por Eli Halfoun
1 - Por conta do recente conflito que mais uma vez apavorou a gente pacata do Rio, o presidente Lula ganhou a manchete do Jornal do Brasil com essa declaração: “É preciso limpar a sujeira que traficantes impõem ao Brasil”. Não só essa, mas corre o risco do Brasil acabar com toda a água e sabão do planeta se decidir realmente limpar toda a sua sujeira. Quando é que finalmente vamos fazer isso?
2 - Durante o recente, mas certamente não o último, conflito entre traficantes e policias no Rio o ministro da Justiça, Tarso Genro, veio a público e colocou à disposição do governo carioca a ajuda da Força Nacional de Segurança. O governador recusou dizendo um simples “ainda não precisa”. Não precisa como? Ainda como? Tá esperando o que: os bandidos tomarem conta de tudo, inclusive do Palácio Guanabara?
3 - Com imagens cedidas pelo SBT, que não tem muito do que se orgulhar em sua programação, a CNN em espanhol e a CNN internacional deram destaque ao conflito do Rio que chamaram ( e não sem motivo) de “quase uma guerra civil” lembrando em todos os textos que o Rio acaba de ser escolhido para sediar as Olimpíadas de 2016. É bom que a gente não esqueça disso...
4 – Nem todos que assumem importantes cargos públicos no Brasil entram no jogo de tentar empurrar a sujeira e a verdade para baixo de um já imundo tapete. É o caso de Luiz Fernando Corrêa, diretor da Polícia Federal: “O Brasil não controla a diarréia como é que vai controlar o uso ilegal de drogas”. Precisa dizer mais?
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2 comentários:
Parece um filme eternamente reprisado. As observações do Eli Halfoun me dão a certeza de que políticos, autoridades em geral, os responsáveis pela aplicação das leis parecem viver em outro mundo. E vivem. Circulam em salões refrigerados, andam com carros com escolta e seguranças, blindados, viajam de primeira classe. Como os principes da Idade Média, estão alojados em torres e nos vêem como uma multidão sem rosto. Há saída? Talvez se o povo melhorasse a qualidade do seu voto...
Foi muito boa a sua observação Isabela. Quem me proporcionou uma grande surpresa no seu comportamento foi o Vicentinho, lembra-se dele? o líder das greves nacionais e presidente da CUT?, hoje eleito deputado federal eleito por São Paulo. Quando o vi na tribuna discursando sobre uma bobagem qualquer pude observar, que aquele líder sindical, sempre em mangas de camisa, calças jeans e de chinelo, falando com lingua presa, trajava um lindo terno da griff Armani, gravata Hermé, camisa de seda e sapatos de legítimo couro alemão. Claro, sob trejeitos e lilnguagem sofisticada o deputado saiu do congresso escoltado por seguranças até o seu carro blindado e motorista particular acomnahado por dois ou mais assessores.
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