segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mulheres, botem o chope pra gelar


Cientistas da Universidade de Extremadura, em Caceres, Espanha, divulgaram pesquisa mostrando que o consumo moderado de cerveja aumenta a densidade óssea das mulheres, especialmente (no caso, a pesquisa foi feita apenas com mulheres de várias faixas etárias). Ou seja, um chope bem tirado ajuda a combater a osteoporose. Alguém precisava de desculpa melhor para ir ao Chico & Alaíde??



Bad girl

Alguém falou que a morte de Ted Kennedy é o fim de uma era? Acertou. Foi-se o DNA da família. A neta de JFK mostrou o dedo para os fotógrafos durante o enterro do tio-avô. Jackie Kennedy, que foi muitíssimo assediada pelos paparazzi, talvez fosse bem mais elegante. Até chegou a bater em um deles, o mais insistente e famoso, o fotógrafo Ron Galella, mas não perdia a pose... usou contra o paparazzo um guarda-chuva de grife, vá lá, era a Jackie. Depois do gesto, a mocinha -, seria Rose Schlossberg Kennedy, filha de Caroline, inexplicavelmente bate palmas. Entendeu? Nem eu...Veja: http://www.youtube.com/watch?v=U5a7yYXnxmc

Chaaaaaatoooooooo....

O que não dá mais para aturar na press:
- O 'desaparecimento' de Belchior
- Pessoas, geralmente milhares, dançando Thriller de Michael Jackson
- O interminável enterro de... Michael Jackson
- a briga GloboXRecord
- Qualquer coisa sobre o reality show A Fazenda
- Qualquer festa country ou rodeio em Barretos
- O tal do Sarney
- A tal da Lina Vieira
- Qualquer político
- Qualquer parente de político
- "Celebridades" no Leblon
- Pré-sal
- Berlusconi assediando ninfetas
- Comentarista de economia chutando sobre a crise sem fim, o fim da crise, o caos econômico...
- Abdelmassih e suas clientes
- Dilma, Serra, Marina, Aécio, Ciro, ou qualquer outro pré-candidato a presidente
- Qualquer coisa sobre Gilmar Mendes (STF)
- A revitalização do Cais do Porto, no Rio
- Ronaldo gordo, magro, de mão quebrada ou anunciando que vai ser pai mais uma vez
- Qualquer coisa sobre Madonna e Jesus
- Raj, Maya, India, Gopal, saco...
- Gripe suína
- bases americanas da Colombia
- Chavez e Evo Morales
- qualquer coisa sobre Eike Batista e despoluição da Lagoa
- Gisele Bundchen grávida ou não

Seria cômico, se não fosse trágico...



Certos micos poderiam ser evitados com uma "apuraçãozinha" básica...

domingo, 30 de agosto de 2009

Após 20 anos da queda do muro de Berlim, a queda do puxadinho do Casé

Finalmente resolveram acabar com parte dessa demonstração ostensiva do mau uso do dinheiro público. Pena que o dinheiro gasto não volta para os cofres da prefeitura pois ninguém é responsabilizado pelo desperdício. Aliás, mais dinheiro está sendo gasto com a demolição. Como diria o Ancelmo, dinheiro meu, seu, nosso. . .

Sequestro do embaixador-1


Entre 4 e 7 de setembro de 1969, guerrilheiros da Ação Libertadora Nacional (ALN) mantiveram sequestrado o então embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick. O diplomata foi libertado em 78 horas após a ditadura militar aceitar a exigência de soltar 15 presos políticos. Quarenta anos depois, o fato volta ao noticiário por dois motivos: o Exército finalmente admite que assassinou o comandante da operação, o guerrilheiro Virgílio Gomes da Silva, o Jonas. Segundo relato de presos políticos, Jonas foi morto a pontapés em uma sessão de tortura feita pela Oban ( a Operação Bandeirantes, organização paramilitar financiada por multinacionais, conhecidos empresários brasileiros e até por pelo menos uma empresa de comunicação de São Paulo); a outra noticia relacionada é o lançamento nesta semana do livro Dossiê Gabeira, de Geneton Moraes Neto, com a revelação de que o ator Carlos Vereza deu uma de maquiador e cabelereiro para disfarçar o visual de guerrilheiros envolvidos na operação, ajudando parte da turma a escapar da feroz caçada empreendida pelos militares após o sequestro. No depoimento para o livro de Geneton, Vereza fez piada e comentou que não conhece os Estados Unidos e não sabe se depois disso conseguirá o visto. Na reprodução, a capa da Fatos e Fotos, edição 451.

Sequestro do embaixador-2


Solto em troca da libertaçao de presos políticos, Elbrick chega de táxi à residência oficial na rua São Clemente. (reprodução da F&F)

Sequestro do embaixador-3


Na Fatos e Fotos, o mapa da operação

Virando a página


Ontem, comentei o lançamento do livro Fala, crioulo, de Haroldo Costa, com depoimentos de negros e da sua luta para afirmação acima e além dos preconceitos. Ao longo da história, essa luta se faz passo a passo. Por coincidência, a matéria de capa da Revista O Globo (na reprodução)registra, hoje, um desses avanços. Há dois ou três anos, os principais jornais do país publicaram editoriais irados (é só conferir as coleções) sobre a democratização de acesso ao Instituto Rio Branco. Criticavam fortemente as mudanças, demonstravam preferir o Itamaraty como eterno reduto de ricos e bem nascidos, da elite e até de dinastias de diplomatas mais deslumbrados com os salões das "metrópoles" do que com as posições brasileiras. O Itamaraty era uma espécie de Ilha de Caras. Muito punho de renda, muita subserviência e pouca afirmação do país lá fora. Com o acesso mais democrático, a diplomacia ganha novo perfil e competência: há engenheiros, administradores, bacharéis em direito e relações internacionais, advogados, professores. São pequenas e fundamentais mudanças que renovam a esperança. Setenta por cento dos candidatos são homens, trinta por cento mulheres. E a Revista do Globo destaca a posse de Amintas Silva, nascido em um bairro de classe média baixa de Salvador. Um negro. Fala alto, crioulo.

sábado, 29 de agosto de 2009

100 anos de Jazz: curso com o professor Muggiati


Em novembro, nos dias 9, 16, 23, 30, o jornalista e escritor Roberto Muggiati dará um curso sobre 100 Anos de Jazz. Veja a programação:

9 de novembro

O que é jazz? Blue note: a célula-mater. A matéria-prima do jazz: standards, blues etc. (Ilustração musical do cd What's Jazz
– uma aula magistral do maestro Leonard Bernstein).
16 de novembro

A história do jazz: como e onde surgiu. Componentes sociais e geopolíticos que deram início ao gênero musical. As primeiras
manifestações do jazz e suas características.
23 de novembro

Um panorama de estilos: o jazz tradicional e suas primeiras gravações. As Big Bands; a revolução do bebop; os anos 1950/
1960/ 1970; a Bossa Nova; a ascensão da fusion; a volta de Miles Davis; as novas divas e os novos Sinatras.
30 de novembro

O erudito descobre o jazz: Ernest Ansermet e Sidney Bechet. O jungle sound de Duke Ellington e a arte africana. Jazz e dança:
do Cotton Club a Hollywood. Anos 1960: a Igreja de St. John Coltrane. A imagem do jazz no século 21.

Muggiati é jornalista e escritor. Autor dos livros O que é jazz, Blues: da lama à fama e Improvisando Soluções: O Jazz como exemplo para alcançar o sucesso, entre outros, como a coletânea Aconteceu na Manchete - As Histórias que Ninguém Contou. Trabalhou na BBC em Londres, período em que viu e ouviu de perto gigantes como Duke Ellington, Thelonious Monk, Miles Davis, Chet Baker, Bud Powell, Bill Evans, Gerry Mulligan e Dexter Gordon. Foi diretor da revista Manchete. Mais informações neste link da página do Polo de Pensamento Contemporâneo

Fala, crioulo 1




Quase três décadas depois da primeira versão, está nas livrarias, revista e ampliada, a segunda edição do livro Fala, crioulo (Record), organizado pelo historiador e jornalista Haroldo Costa. São 33 entrevistados. "Foram escolhidas pessoas de vários setores profissionais e nível educacional. A tentativa é mostrar um painel plural e diversificado", diz o jornalista. Um livro oportuno. Ultimamente, articulistas brancos de importantes jornais pregam que no Brasil não há racismo. Reeditam a velha e furada teoria do "país cordial", da "democracia racial". Bom que leiam o Fala, crioulo, e, de quebra, visitem o site de Haroldo Costa (no link)

Fala, crioulo 2


O jogo Brasil X Inglaterra na Copa de 70 foi um dos mais decisivos para a nossa seleção. Foi um jogo especialmente violento, o Brasil ganhou de 1 a 0, Jairzinho fez um gol apenas aos 13 minutos do segundo tempo, e um dos destaques em campo foi o craque Paulo César Lima, o Caju, que naquele jogo substituiu Gerson. Paulo Cesar, que saiu do Brasil vaiado no Morumbi (a torcida paulista achava que sua convocação poderia ameaçar Rivelino), foi escalado na seleção dos melhores do mundial por Helênio Herrera, ao fim da Copa. Pois é, é do PC Caju um dos depoimentos mais expressivos do livro Fala, crioulo, de Haroldo Costa (Record). "A verdade é que muita gente não aguentava, não aceitava, não engolia que eu frequentasse festas de colunáveis, que eu fosse ao teatro em noite de gala, a bons restaurantes, a boates da moda" (...) "Eu era titular absoluto, estava numa fase esplêndida, maravilhosa, física e tecnicamente, mas como não ficava calado com as coisas que ouvia e sentia na antiga CBD, foram me esvaziando até o final, quer dizer, até me cortarem inteiramente", conta Paulo César, que chama a atenção para um detalhe: nunca fez publicidade no Brasil. Na temporada europeia, revela no livro, quando foi jogar na França assinou contratos com a Puma, com a Perrier e até com o costureiro francês Michel Axel. Aqui, jogando pelo Botafogo e Flamengo, no auge da popularidade como campeão do mundo, não foi chamado pelas agências de publicidade, ao contrário dos "brancos" do time. A propósito, a exceção, nos comerciais da época, por ser Pelé, era Pelé. Na reprodução da Manchete, julho de 1970, Paulo César em ação no México contra a violenta defesa inglesa.

Fala, crioulo 3


Entre os depoimentos reunidos no livro Fala, Crioulo, de Haroldo Costa, (Record), estão as revelações de Vera Lúcia Couto dos Santos. Para os mais novos, um breve perfil. Vera emplogou o Rio, em 1964, quando foi eleita Miss Renascença e, depois, Miss Guanabara. Quer dizer: empolgou a maioria mas irritou a ala racista. Eleita Miss Guanabara no ano do Quarto Centenário da cidade? A primeira negra a conseguir tal título? Era demais, o society entrou em crise. No depoimento a Haroldo Costa, Vera conta que preconceito não era novidade para ela. Ainda aluna da escola Sagrado Coração de Maria, no Méier, ficava sempre isolada no recreio. Era uma das alunas com o uniforme mais bem cuidado e isso a tornava alvo de agressões verbais: "Essa crioula metida a branca compra tudo do bom e do melhor", diziam. Às vésperas de concorrer ao Miss Brasil como representante carioca, recebeu telefonemas anônimos que tentavam convencê-la a desistir "porque um grupo de senhoras da sociedade comprou mesas especialmente para vaiar". Na noite do desfile, quando fez sua primeira passagem na passarela, ouviu uma dessas senhoras gritar: "Sai daí, crioula! Teu lugar é na cozinha! Não se manca não?" Vera foi eleita Miss Brasil 2, perdeu para Miss Paraná. A Fatos e Fotos cobriu o concurso, em julho de 1964, e registrou que Vera Lúcia Couto dos Santos ganhou o segundo lugar, "mas sob polêmica". No livro Fala, Crioulo, Vera diz que considerou aquele segundo lugar uma vitória. E foi, pelas circunstâncias adversas. Na reprodução da F&F, a beleza negra da carioca.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ponto final

Com a morte de Ted Kennedy, encerra-se uma era. O tempo de John, Robert, Ted e Jacqueline, quarteto que povoou a Camelot moderna, na definição de um escritor. Norman Mailer, talvez?. Eram Arthur, Lancelot, Galahad e Guinevere em versão de Washington. O ponto final nessa saga me faz lembrar o livro de William Manchester, A Morte de um Presidente, que a Manchete publicou com exclusividade internacional em revistas, em 1967. O livro, da Harper & Row, ainda não havia chegado ao Brasil. Mas os leitores de Manchete acompanharam a história em capítulos semanais, como se segue a um folhetim irresistível. A revista, então dirigida por Justino Martins, anunciava a série como "o livro que Jacqueline Kennedy proibiu". A coletânea Aconteceu na Manchete - As Histórias que Ninguém Contou (Desiderata) registra que, naquele ano, a Manchete somou uma tiragem anual de 11.007.998 exemplares. Números impressionantes para o mercado de revistas brasileiro na época. Recorde que a própria Manchete só superaria em 1980, ano da primeira visita do Papa João Paulo 2º ao Brasil, quando alcançou 11.577.120 exemplares. Os Kennedy faziam política, tinham tempo para cortejar Marilyn Monroe, mas, ou por isso, vendiam revista, Manchete, particularmente. O que deixava feliz não apenas a redação - Justino dirigia uma equipe onde se destacavam Arnaldo Niskier, Zevi Ghivelder, Raymundo Magalhães Jr, Joel Silveira, José Carlos Oliveira, Maurício Gomes Leite, Roberto Muggiati, Ney Bianchi e outros talentos -, como fazia sorrir um certo russo da rua do Russell, Adolpho Bloch. Na reprodução, a bela Jackie na capa da revista que lançava o segundo capítulo da famosa série. Clique na TV Panis e reveja cenas dos Kennedy.

Barraco no Twitter

Vocês devem ter lido por aí, a coisa está repercutindo, a encrenca está rolando. uma famosa e loura apresentadora estava twitando e, primeiro, foi repreendida por escrever em maiúsculas - o que equivale a gritar na net - depois, entrou a filha, que teclou um sena em vez de cena. A galera partiu para a gozação, o que irritou a apresentadora. Agora, sites que deram como fonte a Globo News e noticiaram que figura iria entrar com um processo contra a rede Twitter. Alegaria que, junto com a filha, teria sofrido ofensa moral e difamação. E teria pedido a retirada de todo o conteúdo e de referências contra seu nome e o da herdeira e o "congelamento" do serviço no Brasil. Ela teria dito à Globo News: "Não permitirei que mexam com a honra de minha filha. Ou essa coisa nojenta, esse Twitter acaba, ou meus advogados vão proibir essa barbaridade". Xuxa desmentiu a intenção de processar mas afirmou que daria um tempo e se afastaria do Twitter. Mas a repercussão do barraco continua. Uma usuária do Twitter acaba de mandar uma mensagem: "Não sabe brincar não desce para o play". (veja na reprodução).

A invasão dos mariachi

Essa nota é apenas pela curiosidade. Nada contra os centros culturais que se espalham aqui e lá fora. O problema, acho, é que falta programação para tantos espaços. Se for a Los Angeles, você verá que os programadores de lá também estão com sérios problemas para preencher o quadro de atrações. Na dúvida, apelaram para uma  exótica "Semana do Cinema Mexicano nos Anos 50 e 60". Não sei se versões extra-terrestres de Chaves e Chapolin estão lá, mas no catálogo, o destaque é um filme de ficção-científica. Não consigo imaginar muito essa conjugação filme mexicano-ficção científica. Dá liga? Peço ajuda à ficha da produção. No longa, as mulheres são de Venus e os homens são mexicanos mesmo. Dirigido por Rogelio González, "A Nave dos Monstros" conta a história de duas fêmeas venusianas que vêm à Terra capturar machos terráqueos. Não se sabe bem porque, vá lá, optaram por mexicanos. A idéia é formar um exército de bigodudos de chapelões, talvez mariachi, torná-los escravos e com esse exército conquistar o mundo. Mariachi é um troço chato pra caramba. talvez conquistem o mundo pelo cansaço. Se for a Los Angeles, não deixe de perder  "A Nave dos Monstros". Ou talvez o filme seja mais engraçado do que bom. Pode ser uma pedida encomendar o DVD.   

 
 

Zumbis e replicantes

Antes que agosto se vá, este blog revira uma tumba. Foi em agosto de 1961. Esse aí dizia-se "o homem do tostão contra o milhão" e chegou ao poder prometendo "varrer a bandalheira". O povo acreditou e cantou o jingle nas ruas. "Varre, varre, varre, varre vassourinha / varre, varre a bandalheira / que o povo já tá cansado / de sofrer dessa maneira / Jânio Quadros é a esperança desse povo abandonado!". Renunciou e criou as condições para o que veio depois: golpe militar, ditadura sangrenta, privilégios que viraram leis, corrupção etc... Outros chegaram ao poder, em fila. De lá para cá, o Brasil construiu um sofisticado sistema de castas que se aproveitam dos cofres públicos. Os políticos são péssimos mas vamos combinar que aí permanecem porque contam com apoios poderosos na imprensa, nos financiadores de campanhas, nas tais bancadas ruralistas, de bancos, de exportadores, de usineiros, do raio que o parta. Reforma política? Impossível. Quem vai mexer em time que está ganhando? As regras para as próximas eleições já estão definidas no Congresso. Políticos condenados, processados, até assassinos que ainda podem recorrer em alguma instância, estão limpos e imaculados e poderão pedir o seu voto sem problemas. Se um ou outro resolver se aposentar nos livramos deles? Não. Voltam como zumbis, são replicantes. Quando não eles, os filhos políticos a quem ensinam a manha. Volta e meia escolhem um para meter o pau. É do jogo dessa turma. Enquanto alguém vai para as primeiras páginas e para o "sacrifício", como "boi de piranha", nós nos distraimos e a manada passa alegremente. Em 1961, a crise que Jânio criou foi a cortina que protegeu a conspiração que preparava a ditadura. Vamos nessa. "Eh, eh, vida de gado, povo marcado, povo feliz". Assim falou Zé Ramalho. No detalhe, a capa da Fatos e Fotos que cobriu a renúncia de Jânio. Na época, a revista, embora editada e impressa no Rio, fingia que era de Brasília. No logotipo, reparem o detalhe da coluna do Alvorada, e na linha de data e local: Brasília, 28 de agosto de 1961... Era a homenagem que Adolpho Bloch, amigo de JK e um entusiasta da nova capital, prestava à cidade.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Continua acontecendo...

Quase um ano depois de lançado, o livro "Aconteceu na Manchete - As Histórias que ninguém contou" (Editora Desiderata), continua em espaço nobre em livrarias como a Prefácio, em Botafogo (foto acima, tirada hoje), e a Nobel, em Itaipava (informação fresquinha de uma amiga que mora lá: o livro está na vitrine). Com relatos curiosos e bem-humorados sobre os bastidores da Bloch Editores, o Aconteceu foi requisitado por várias bibliotecas de universidades.

Some daqui!!!


Outro dia, o Panis falou aqui de alterações de fotos no photoshop e citou os retoques que Stalin providenciava para deletar os amigos que viraram inimigos. O jornal New York Times, que oferece um slideshow de fotos falsas, mostrou essa imagem reproduzida ao lado em dois tempos. O cara que some da imagem era um ex-chefe da polícia secreta que caiu em desgraça.


Volta pra escola!!!!


Tá deprê? Dê uma passada no twitter das celebridades. Nove entre cada dez são semi-analfabetas. Sena de filme assim com um tremendo S, é fichinha. Tem de tudo: sou excessão, ih, viagei, ôo muleque, é bissarro... Entendi, são atores e atrizes e estão aí para nos entreter. Estão conseguindo.

braço extra

O photoshop aprontou mais uma. A revista Cuore publicou uma foto (veja na reprodução) do filho da Jennifer Lopez com um estranhíssimo braço do garoto no meio da testa. Até aí, tudo bem, o artista do photoshop esqueceu de apagar o braço-estepe, mas o que fez o cara tentar mexer no braço do menino???? Vai ver não gosta de braços...

Vasco, por Fernanda Abreu

Imperdível. A cantora e compositora Fernanda Abreu, a bela torcedora do Vasco, lança o livro infantil "Meu Pequeno Vascaíno", no dia 9 de setembro, às 19h, na Livraria Argumento do Leblon. O livro, que tem ilustrações de Fernando Romeiro, é parte da coleção sobre futebol "Meu Time do Coração"", editada para Belas-Letras. Os personagens principais do livro da Fernanda são um menino e uma menina que duelam entre si para saber qual dos dois tem a maior paixão pelo Vasco. Parem as máquinas! Que a CET-Rio interrompa o trânsito na Zona Sul para o deslocamento, em massa, da torcida vascaína. O sentimento não pode parar mas a cidade, sim, claro.

O ovo da serpente


Os políticos brasileiros, de todos os partidos, diga-se, há muito estão dormindo com o perigo. Em troca de supostos votos, abrem cofres públicos, meios de comunicação e se deixam levar pela influência das religiões. Hoje, é fácil ir um cartório, fundar uma igreja e partir para a luta em busca de dízimos. Para isso, vale tudo, inclusive simular curas bizarras. Agora juntas, as tais bancadas evangélicas e católicas impedem votaçoes importantes para o país, como a legalização do aborto, da pesquisa científica, da identidade sexual, de uma legislação mais moderna para uso e combate às drogas etc. Juntas, essas bancadas criam mecanismos para receber verbas públicas, de volumosas isenções de impostos a milhares de Ongs e entidades supostamente filantrópicas a consumir recursos que devariam ir para a saúde e educação públicas. Juntas, derrubam até leis do silêncio em centenas de municípios. Os mais fanáticos perseguem pessoas que praticam outras religiões como a espírita ou de origem afro ou invadem igrejas para destruir imagens de santos católicos. Que cada um pratique sua religião, que respeite a crença, sem invadir os direitos dos outros. Mas agora está no Congresso, o próprio ovo da serpente. Um, de iniciativa católica, é um dispensável Acordo com o Vaticano; outro, de origem evangélica, é uma assustadora Lei Geral das Religiões. Se aprovada, esssa legislações obrigarão, entre outras coisas, ao ensino da religião em escolas públicas e farão o Estado avançar rumo ao fundamentalismo e deixar de lado uma das conquistas da República, no Brasil, o Estado laico. Para variar, não esqueçam que o Sarney, sempre ele, deu uma passo nessa direção ao impôr nas cédulas brasileiras nos anos 80 o "Deus Seja Louvado", uma expressão religiosa que não levou em conta cidadãos que não praticam religião ou que seguem religiões politeístas. Ainda se fosse "Os deuses sejam louvados"... As leis em discussão por deputados e senadores, na falta do que fazer, são uma rota para o Estado fundamentalista. A religião absoluta no poder. Imaginem o Brasil de 2025: dízimo obrigatório, ensino religioso obrigatório, proibição de biquinis nas praia, de carnaval, vamos ver a Bahia sem axé, trios elétricos vão para a clandestinidade, chopinho nem pensar, no sábado então, todo mundo para o culto, fotos de bispos e pastores em escolas e repartições públicas, arrastão nas ruas contra infiéis e ateus, pais de santo, coitados, serão mandados para um presídio-ilha na Antártida, assim o frio apagará os charutos da entidade, nas Tvs e rádios nada de progrmas laicos, só "testemunhos" e "milagres". Padres e pastores serão deputados-senadores efetivos, receberão salários do governo. Judeus? Melhor os rabinos botarem de novo as barbas de molho... Jogador de futebol? Só entra em campo se tiver crachá de fiel... Concurso de miss ou de top-model? Liberado, desde que vistam macacão... Filmes? Melhor não, muita nudez, serão substituídos por documentários bíblicos... turismo? Depende, nada de Las Vegas, Nova York ou Paris, o Estado organizará excursões para o Vaticano e a Terra Santa, só. Comemoração de São João? Sim, para os católicos de carteirinha, os demais acendem fogueiras santas... Música, só gospel e canto gregoriano, pagode, samba, rap estão proibidões. Drogas, não, ou melhor, talvez, depende da contribuição, alguns milagreiros estão bem por dentro dessa engrenagem... Hummm, me incluam fora dessa, ore ou deixe-o, bye, bye Brasil

Photobike no Leblon


Deu no Gente Boa, do Globo: os paparazzi do Leblon adotam agora uma biclicleta adaptada para levar um laptop. Com isso, fazem a foto e imediatamente a transmitem para sites, colunas de jornais, programas de TV e revistas. É mais um recurso para incomodar uns poucos "famosos" e fazer a alegria da maioria das "celebridades" que se amarram em ver suas fotos publicadas por aí. Os paparazzi já usam informantes em restaurantes, quiósques, estacionamento e shoppings, garotos contratados por eles vasculham as praias usando potentes binóculos, fazem "reconhecimento" e avisam ao retratista mais próximo, tudo por uma foto exclusiva. Com toda a criatividade de quem inventou o termo e focalizou os paparazzi em Dolce Vita, a tropa que invadia a Via Veneto, em Roma, Fellini não imaginaria a photobike ou a biketop do Leblon. É o jeitinho brasileiro em alta. E cada um tem a Beverly Hills ou a Veneto que merece...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A História resgatada





O longa-metragem História de um Valente, que começa a ser filmado no mês que vem, conta a trajetória de Gregório Bezerra, o líder comunista que foi barbaramente torturado nas ruas de Recife, em 1964. Há quem diga que os militares golpistas só se tornariam violentos a partir de 1969. Vá contar isso a quem viu Gregório ser arrastado no asfalto, espancado e ameaçado de enforcamento. Na época , a revista Fatos e Fotos publicou imagens chocantes da tortura. Diziam os militares que a exposição do preso destinava-se a quebrar a resistência popular em Recife, onde houve reação ao golpe e opositores foram assassinados pela polícia e pelo exército. O protagonista do longa será Jackson Antunes. Também estão no elenco Nélson Xavier, Hermila Guedes, Germano Haiut, Magdale Alves, Francisco Carvalho, Irandir Santos, Carol Holanda e Edmilson Barros, que interpretará o ex-governador Miguel Arraes. O filme, sob a direção de Cláudio Barroso, reconstituirá as cenas de tortura em lugares como a Praça da Casa Forte, onde Gregório foi massacrado. O líder comunista morreu aos 83 anos depois de passar 23 na cadeia, nove na clandestinidade e nove no exílio. Ele foi um dos presos trocado pelo embaixador norte-americano no Brasil, Charles Elbrick (a propósito, como Roberto Muggiati conta no livro Aconteceu na Manchete – As Histórias que Ninguém Contou, os seqüestradores deixaram na escultura em frente à sede da revista Manchete, na Rua do Russell, um dos bilhetes com as instruções que levariam à libertação de Gregório Bezerra. Nas reproduções, Gregório vigiado pelo militares e a chegada do líder comunista ao México - registrada pela Fatos e Fotos número 451 -, após ser trocado pelo embaixador Elbrick, em setembro de 1969, há 40 anos nada saudosos.

Warner Bros:You must remember...


Para quem gosta de cinema: será lançado no Brasil ainda neste mês (dia 27) o DVD duplo You Must Remember This – A História dos Irmãos Warner. Trata-se do documentário dirigido por um crítico de cinema da revista Time, Richard Shickel, em comemoração dos 85 anos dos estúdios Warner Bros. Narrado por Clint Eastwood, o filme reúne cenas antológicas de filmes como O Cantor de Jazz, Casablanca, Assim Caminha a Humanidade, Um Bonde Chamado Desejo, Bonnie e Clyde e O Exorcista. Como complemento, áudios inéditos e cenas com Jack Nicholson, Humphrey Bogart, James Dean, Paul Newman, Doris Day, Alfred Hitchcock e outras feras.

Vasco, 111 anos


















Haja história e glória. Mais carioca e brasileiro, impossível. O Clube de Regatas Vasco da Gama foi fundado no dia 21 de agosto de 1898, há 111 anos, no bairro da Saúde, antiga freguesia de Santa Rita. Mais precisamente, na rua da Saúde, hoje Sacadura Cabral. Nesta homenagem virtual, algumas reproduções da revista Manchete Esportiva, publicação que se não chegou ao centenário fez história no jornalismo esportivo nos anos 50 e 60, e dos arquivos do clube. Na sequência de imagens, a partir do alto, o escudo lendário, as fichas dos atacantes Almir, um guerreiro que entrou para a história do Vasco, e o brilhante Ademir; Roberto Dinamite, a garra de um artilheiro(reprodução da Fatos&Fotos); encontro de zagueiros: Pinheiro, do Flu, e Bellini, o capitão da copa de 58 ( a foto é de 1956); o vascaíno Delém disputa a bola com o flamenguista Coppolilo, em 1959. Salve!!!!!

domingo, 23 de agosto de 2009

Os sem-destino


Voltando ao tema Caminho das Indias, motivo de papo instrutivo com Maria Alice, nesta sábado, no Informal do Leblon. A novela termina no dia 12 de setembro, segundo a Globo. Glória Perez, a autora, tem, portanto, dezoito capítulos para resolver numerosas pendências criadas pela trama até cravar o ponto final. Vamos à listinha? Quem lembrar de mais alguma, pode acrescentar nos comentários. Autora competente, Glória não vai querer deixar ninguém perdido no folhetim e deve ter anotado nomes e rumos em post-it colado na sala de casa pra não esquecer nenhum desfecho. Mas vai ter que rebolar, tem muita coisa no ar.

- Maya fica com Bahuan, Raj, foge para o Brasil, posa para a Playboy?

- O que será feito dos respectivos filhos de Bahuan e Raj? Haverá troca-troca ou deixa como está? Continuam como figurantes na próxima novela?

- Como será resolvido o caso do bebê-espuma? A falsa gravidez será descoberta ou a família Ananda entuba o menino que vai ser comprado ne mercado para justificar a barriga da nora do Opash? Ou o Opash vai ser avô de um travesseiro?

- A mãe do Opash será desmascarada, se joga no Ganges? Finalmente se levanta e anda pela casa como uma pessoa normal ou vai continuar sentada no mesmo almofadão, como passou toda a novela?

- Opash faz as pazes com Shankar e passa a usar uma camiseta com a frase "meu pai é meu herói"?

- O guru pilantra, Radesh, junto com a patota que armou o golpe do casamento vai para a cadeia? A noiva enganada recupera a grana do dote?

- O bad boy machão que quebra tudo fica bonzinho, vira menina, vai pra Funabem?

- E os pais dele? Principalmente o pai, que vive de dar golpe do falso acidente de trabalho para descolar um seguro? O crime vai compensar?

- A patricinha-bandida que manda sequestrar o tio acaba seus dias no Talavera Bruce, vira estilista, vai trabalhar na Daslu, na Daspu, entra para o elenco de Malhação?

- E o Raul 171, que armou a maior encrenca, fingiu-se de morto, deu desfalque na firma, faz o que, vira evangélico?

- O guarda municipal fica com a maluquete hare-krishna ou volta para a Norminha vadia?

- Tarso melhora, piora, vira Gentileza, abre uma igreja, ganha um programa de TV ou permanece doidão mas se casa assim mesmo com a Tonia, sua personal pinel?

- Yvone também vai puxar cadeia? É internada como louca? Vira senadora?

- A Cadore é desmascarada como empresa de lavagem de dinheiro? Ou finalmente vamos saber o que aqueles caras fazem para ganhar grana?

- Gopal volta pra casa? Ou assume um caso com o Raul, abre uma franquia de catador de papelão na Lapa e é feliz para sempre?

- Que destino terá Dubai. Teve uma época em que todo mundo ia pra Dubai. O que houve? Não se fala mais na cidade... o que Glória Perez vai fazer com Dubai?

- Doutor Castanho segura mesmo a parada indigesta que é ficar com a Suelen?

Desconfio que não vai dar tempo. E mesmo que essas pendências sejam resolvidas, o que vai ficar de neguinho sem-destino ou perdendo o rumo do Caminhos das Indias não é mole. Silvia, Beca, Aminthab, Chanti, Harima, Dario, Camila e filho, seu Cadore, Ramiro, Nanda..., estamos brincando mas a coisa é séria, tem uma multidão aí aguardando um alô. Sem contar os figurantes, a novela tem 80 personagens, gente pra caramba que não sabe o que vai fazer da vida depois do dia 12 de setembro e periga ficar desnorteada, confusa, lelé. Ô dona Gloria, tem que dar um destino a esse pessoal. E que não seja aquela coisa manjada de botar todo mundo em fila pra se atirar no Ganges e resolver de uma vez todas as pendências. Tô ligado.

Escritor check-in


É uma ótima idéia. O Aeroporto de Heathrow, segundo o New York Times, contratou o escritor Alain de Botton para escrever sobre tudo o que vê no hall de embarque. Durante uma semana, com direito a uma mesa com laptop, ele descreverá as cenas reais que passam na sua frente. Gente se despedindo, ladrões batendo carteiras e roubando bagagens, turistas sendo presos como suspeitos de terroristas, prostitutas à espera de milionários indianos, executivos pra lá e pra cá. Botton diz que a administração do aeroporto lhe deu liberdade para escrever sobre o que quiser. O resultado será publicado em livro que, dependendo da qualidade dos personagens e da capacidade do escritor em selecioná-los pode ser chato ou interessante. O detalhe é tudo o que Botton digita no laptop aparecerá em um telão instalado logo atrás da sua mesa. É o próprio reality writer. Um problema será a muvuca que se forma no aeroporto quando este é fechado por causa do mau tempo ou pelos atrasos. Como vai ficar a mesa do Botton no meio do saguão lotado?
E quem se habilita a fazer o mesmo, digamos, na rodoviária do Rio. Deve render boas histórias, mas tem que acorrentar o laptop na mesa e contratar seguranças parrudos.

Reader's Digest pedirá concordata







A Reader's Digest Association, que publica a revista Reader's Digest, anuncia que pedirá concordata como parte de um plano para fazer um acordo com os credores e reduzir para 500 milhões de dólares uma dívida de mais de 2 bilhões de dólares. Segundo informa a Dow Jones, a reengenharia da empresa e a concordata afetam apenas os negócios da holding nos Estados Unidos. A famosa Seleções, que nos anos 40/50/60 divertiu, informou e desinformou (a revista era fanaticamente conservadora) e ainda hoje, em nova fase e estilos editoriais, está nas bancas brasileiras, não será afetada. Seleções tem uma longa história no Brasil. A primeira edição em português foi lançada em fevereiro de 1942. Na sequência, uma "viagem" gráfica e nostálgica através de reproduções de capas e de um página da revista. No alto, Copacabana na capa dupla de 1952; em plena Segunda Guerra Mundial, um perfil do general Mac Arthur assinado por um repórter iniciante, ninguém menos do que o escritor Tom Wolf. E uma das capas de 1942. A chegada da revista às bancas do Brasil era parte do esforço de propaganda do Departamento de Estado americano durante a Segunda Guerra e posteriormente, na batalha para ganhar a opinião pública na chamada Guerra Fria.



Barrichello GP 100


E o Barrichello acaba de ganhar o GP da Europa, em Valência, na Espanha. Foi a 10ª vitória do piloto e a 100ª conquista do Brasil na F-1. Hora de recordar o pioneiro, Chico Landi, que ganhou o GP de Bari no começo da categoria, Emerson Fittipaldi, José Carlos Pacce, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Felipe Massa. Foram oito títulos em 59 anos de história da F-!. 100 vitórias... não é pouca coisa.

...e por falar em Amiga


A capa do número um da revista que fez história na cobertura de televisão e foi pioneira no segmento de celebridades.

Por falar em Tony Ramos...




Olha só o Opash aí na revista Amiga na década de 70. (a página acima, em preto e branco, foi reproduzida do blog Memória da TV). A propósito, no Brasil não há uma política cultural de preservação dos fatos e imagens da televisão. Muita coisa foi destruída pelas próprias emissoras ao longo de décadas. Blogs e sites de especialistas ou de telespectadores têm feito parte desse papel na Internet. Segue o link: http://memoriadatv.blogspot.com/

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Na casa do Opash só dá barraco


Cara, esse Opash, da novela Caminho das Indias, é um tremendo sofredor. A família do sujeito é um encrenca só. É barraco toda hora. Quer ver?

- Primeiro, ele não sabe quem é o pai, só agora começa a desconfiar que a mãe deu uma saidinha pelo mercado fora do casamento;

- o neto não é filho do filho e sim de um dalit, gente que ele abomina;

- a nora inventa uma barriga de espuma e o pobre Opash acredita e fica feliz com a perspectiva de outro neto;

- a filha mais nova se mandou de casa;

- o filho casou com uma estrangeira, coisa terrível também para ele;

- o outro filho teve um caso com outra estrangeira;

- ambas engravidaram; com isso, além do neto dalit, é avô de dois indu-brasileiros, o que não é fácil de aturar;

- vai descobrir que o cara que mais odeia, Shankar, é, na verdade, seu pai;

- a guria neta afana objetos da casa dele para dar para um moleque dalit com quem brinca de médico no matagal perto de casa;
- a nora, que foi operadora de telemarketing, ajudou um empresário brasileiro a dar um desfalque na firma da própria família;

- o tal Opash ainda consegue sustentar toda essa galera, que só de chá toma galões de meia em meia hora, vendendo tecidos em uma lojinha como essas que no Saara tem aos montes;

- a família é de suicidas em potencial, todo dia alguém ameaça se atirar em um poço com um pedra amarrada no pescoço;

- ele só leva vantagem em uma coisa: mora um bando de gente na casa mas dá para levar o serviço com uma empregada só já que o chá, que vem sempre com porção de biscoito Globo, a única coisa que a cozinha da casa oferece, é preparado pelas noras que lhe dão comida, roupa lavada e fazem a faxina;

- a faxina na casa mas menos nos banheiros, sim porque o Opash ainda é obrigado a conviver com um banheiro entupido meio Central do Brasil já que a família é de uma casta que não pode lavar o vaso e também não pode chamar uma faxineira dalit que os deuses vão engrossar.

- aliás, a família deve gastar uma grana de Atroveran, porque quando tem um problema bebe água do Ganges, rio mais poluído do que o canal do Mangue, ter diarreia lá deve fazer parte dos costumes e tradições;

- morando numa zorra dessas, Opash só fica feliz quando sai de casa. Isso se ao abrir a porta não der de cara com uma viúva ou com uns caras esquisitões que dão uma azar do cacete. Nessa hora, Opash tem um ataque, vira uma Shiva enlouquecida, bate o pé, rola um pânico que a família corre para acalmar.
- para encontrar a paz, ele só tem o conforto da religião. Só que o único sacerdote com quem reza e pede conselho é um tremendo vigarista, vive de arrumar casamentos para descolar uma comissão ou de consultar os astros mediante uma quantia quando Opash tem dúvida em fazer ou não algum negócio ou tomar um decisão. É o guru 171.
- tem que rolar uma campanha: salvem as baleias, salvem os pandas, salvem o Opash.

- no capítulo seguinte, tudo começa de novo. (foto divulgação Tv Globo)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

'Abobrinhas' voadoras


Um instituto de pesquisas analisou o conteúdo dos twitters. Concluiu que até dão notícias, mas estas ainda perdem feio para autopromoção, inutilidades, bobagens e spam. Há frases assim: "agora estou fechando a janela do meu quarto", "agora estou andando em direção ao ponto do ônibus", "agora o meu interfone está tocando"... dão a impressão de que a qualquer momento vão teclar "agora estou indo para a pqp". Pensando bem, sites de celebridades, revistas e colunas especializadas em "famosos" há tempos já adotaram o estilo twitter e se amarram nesse "non sense". Quem já não leu por aí legendas bem "informativas" de fotos paparazzi, cheias de lugares-comuns, que anunciam como se fosse a coisa mais importante do mundo: "fulano passeia no Leblon"; "fulano e fulana põem a conversa em dia na orla carioca"; "em pleno calçadão, fulano e fulaninha curtem o sábado ensolarado"; "em clima caliente, fulaninho e fulaninha deixam uma pizzaria no Leblon após um tarde romântica"; e, pela milionésima vez, "Chico Buarque cuida da boa forma ao sol do calçadão do Leblon". Tudo bem, não devemos desprezar as novas formas de comunicação. Se existem é porque atraem audiências. Mas, é curioso, o twitter tem o poder de fazer com que jornalistas cinquentões de repente passem a escrever autênticos diários de adolescentes. "Obama está nesse momento tomando uma cerveja no gramado da Casa Branca, salute, presidente"; "Depois de um ponte-aérea, nada melhor do que um picolé na praia. É o que estou fazendo nesse momento em frente ao Marina Palace, mano"; "A turma da coluna está indócil: amanhã é sábado". Twitter (logotipo aí reproduzido) é, como se sabe, a expressão em inglês para o som que os pássaros fazem, algo como trinar, gorjear. Um significado apropriado.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Galeria de craques da fotografia

Em 19 de agosto, Dia Mundial da Fotografia, o Rio ganha mais uma atração cultural. Instalada em um loft na Marquês de São Vicente, 431, a Galeria da Gávea abre um espaço permanente para exibição, produção e venda de fotografias. Com a curadoria de Isabel Amado, a exposição inaugural, Convergências, mostrará o acervo de 18 fotógrafos: Alexandre Sant'Anna, Ana Stewart, Ana Carolina Fernandes, Antonio Augusto Fontes, Antonio Guerreiro, Bina Fonyat, Bruno Veiga, Julio Bittencourt, Luiz Braga, Marcos Piffer, Marlene Bergamo, Murillo Meirelles, Paulo Jares, Renan Cepeda, Ricardo Azoury, que trabalhou na Manchete, Ricardo Fasanello, Rogerio Reis e Walter Carvalho. “Buscamos reunir uma coleção de trabalhos de profissionais de diferentes gerações representativa da produção brasileira das últimas décadas”, explica Isabel Amado. As imagens, segundo informa o comunicado da exposição, seguem os padrões internacionais, ou seja, são numeradas em tiragens limitadas, têm certificado de autenticidade, assinatura e acondicionamento apropriado.

Um dia a casa...

"Não há bem, que sempre dure e nem mal, que nunca se acabe". Esse é um velho ditado da sabedoria popular.
Hoje, do alto dos meus 78 anos vejo que essa família, que veio do Maranhão, os Sarneys, começa finalmente a ser julgada, não só pela opinião pública, quando já se registram, na mídia, movimentos populares, de ruas, gritando "Fora Sarney", mas também, no Senado, quando os pares do senador e presidente dessa casa, José Sarney, pedem a sua renúncia do mandato da presidência, que ora exerce, em razão dos seus desmandos, quando, por duas vezes, presidente do Senado, nomeou parentes e amigos através de atos secretos.
Hoje, do alto dos meus 78 anos vejo, que essa família, de uma maneira ou outra começa a ser punida e bem punida, porque está sendo desmoralizada, humilhada e ofendida, merecidamente, por achar que poderia fazer da administração pública um território doméstico.
"A justiça tarda mas.. ."
Como sempre a sabedoria popular preenche as nossas expectativas.
Inverno de 2009
deBarros

domingo, 16 de agosto de 2009

E a saúde vai bem, obrigado!

Em 1966, a Copa do Mundo foi realizada na Inglaterra e eu trabalhava nessa ocasião na Revista O Cruzeiro. Mário de Moraes, repórter da revista, foi um dos escalados para fazer a cobertura desse evento. Mas, mal chegou na Inglaterra, Mário de Moraes pegou uma gripe muita séria, muito próxima de uma pneumonia. Diante da gravidade, conseguiu ser atendido por um médico, inglês, no Hotel em que estava hospedado. O médico, que o atendeu, passou uma receita prescrevendo alguns remédios e disse que ela poderia ser aviada em qualquer farmácia do bairro. A receita foi aviada e para espanto do Mário de Moraes não teve de pagar dinheiro algum. Tanto o médico como os remédios eram gratuitos. A Saúde na Inglaterra era socializada.
Estou lembrando desse fato, porque assisti a um documentário na TV, feito por um jornalista americano – infelizmente não me lembro do nome dele – que fez o famoso "Tiros em Columbine" dessa vez abordando o Sistema de Saúde americano com o de outros paises, onde ele pergunta porque a Saúde nos EUA é tão cara e, ao mesmo tempo tão cruel ao ponto de, se um paciente hospitalizado não tiver um plano de Saúde ou não tiver dinheiro para cobrir as despezas, é posto na rua sem mais ou menos e porque em países da Europa como a Inglaterra e a França a Saúde é gratuita. No Canadá a Saúde também é socializada. Na sua pesquisa, com várias pessoas que usaram essa gratuidade comprovando auxílio do governo, chegou a um cidadão britânico, que tentou explicar o porque dessa gratuidade, na verdade, uma socialização da medicina posta em prática num país de economia capitalista. Disse ele:
–" Logo após a segunda guerra, em 1948, com a Inglaterra arrazada economicamente, além, de destruida as suas cidades, como Londres, pelos bombardeios aéreos alemães, com mais de 40 mil civis mortos, veio a pergunta. Se o país tem dinheiro para gastar em material bélico,porque não aplicar esse mesmo dinheiro em Saúde gratuita para todo o cidadão ingles? O que veio responder a essa pergunta foi o sistema político: a Democracia". Continuando:
– "Porque a Democracia? Porque na democracia existe o voto e do voto os políticos tem medo. Com isso os governos passaram a ter medo do povo e não ao contrário ; o povo ter medo do governoe.
Esmeraldo, esqueci de citar logo acima, que Cuba também tem Saúde gratuita para o seu povo.
Na Inglaterra, o jornalista entrevistou um médico, que trabalhava em um desses Hospitais atendendo de graça os seus pacientes, recebendo do governo, salário em torno de 8 mil euros. Casado com um filho, dono de apartamento de 4 quartos, com dois carros, sendo um deles da marca Audi, se dizendo muito contente com a situação.
Pode não ser o Paraíso, mas está bem próximo de chegar lá. Afinal, nada é perfeito neste mundo, dizem, de Deus.
Bem, esses dois países Inglaterra e França, tem pelo menos 2 mil anos de existência varridos por guerras, fome, pestes, febres, tempestades arrazadoras e o que mais se possa pensar. Resistiram a tudo e a todos. Criaram uma civilização voltada para viver dentro de padrões dignos e saudáveis na procura de um ideal de vida em que todos pudessem receber esses benefícios.
E aí Esmeraldo, esse povo brasileiro chegará um dia a ter, ao menos, uma Saúde boa e gratuita?
Inverno de 2009
deBarros
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sábado, 15 de agosto de 2009

por falar em anúncios antigos


Essa é para quem reclama da poluição visual dos outdoors no Rio, hoje. Em tempo: também reclamo e sou contra os tais cartazes que emporcalham a cidade. Mas, só por curiosidade, veja essa reprodução de uma foto publicada no Neatorama. Mostra Nova York, na Times Square, em 1909. Há 100 anos, portanto. Não tem espaço nem para um cartazinho daqueles que "trazem de volta a pessoa amada em meia-hora".

Rio 2016




Está chegando a hora!!!. É em outubro. Veja os logotipos das cidades-candidatas à Olimpíada de 2016. Cruzem os dedos e juntem seus patuás. O Rio merece essa megafesta do esporte. Hoje, sábado, durante o Mundial de Atletismo de Berlim (veja detalhes no campo Panis Notícias, na barra à direita, embaixo) foi inaugurado o stand do Rio no Estádio Olímpico da cidade. Os visitantes pode fazer um passeio virtual pelo Corcovado, Pão de Açucar e o calçadão de Copacabana.

Virou estátua


O escultor americano Daniel Edwards cria uma obra para incentivar a amamentação em público, atitude que é tabu nos Estados Unidos. Angelina Jolie nua é o modelo da estátua que mostrará a atriz amamentando duas crianças. No vídeo (link abaixo) Edwards fala sobre o projeto.

Viagem gráfica ao século passado


Na onda dos rótulos antigos postados pela Jussara, uma pequena exposição virtual de anúncios publicados há 87 anos na Scena Muda e Revista da Semana

Meias, de 1922


Pó de arroz a duzentos réis

Reclame, de 1922, da Perfumaria Lopes, na Rua Uruguayana