sexta-feira, 28 de junho de 2013

Vai e volta... Jornalista mexicana é titular em treino da seleção...

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Não pegou na bola, não foi chamada por Felipão, Parreira não lhe deu nenhuma instrução, não fez gol e não tomou bola nas costas. Mas a repórter mexicana Ines Sainz foi a atração absoluta do treino da seleção brasileira hoje em São Januário. Dá para entender: ela é ótima em todos os fundamentos. Deu no portal Terra.
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Manifestações: cuidado para não diluir o grande movimento popular

por Eli Halfoun

Nada tenho contra manifestações. Pelo contrário: acho sim que elas podem acordar o país para muitas coisas e já participei de várias como manifestante e principalmente como repórter. A manifestação que reuniu 300 mil pessoas no Rio e outras tantas mil em outros estados (estima-se um milhão de manifestantes, isso sem contar os que não foram pra a rua, mas estavam e estão solidariamente manifestando-se. Só que agora "está virado zona", como se diz popularmente. Essa multiplicação de passeatas está tirando a força da primeira e grande manifestação. É verdade que temos muito do que reclamar, mas é verdade também que não se pode reunir duzentas, trezentas e até mil pessoas a pretexto de cobrar mudanças praticamente pessoais. Está ficando muito confuso e diluindo o protesto maior e mais importante feito em nome de todo o povo. Um gritinho aqui outro ali só serve para criar tumulto - um tumulto do qual muita gente está se aproveitando criminosamente. Pensem bem: se todo dia tiver uma "manifestaçãozinha" em qualquer esquina a verdadeira manifestação corre o risco de ficar desacreditada porque sempre haverá pessoas interessadas em minimizar a importância das reivindicações populares. O que o grito do povo pretende é consertar o país e não o esgoto de cada comunidade, que também precisam da atenção dos governantes, mas não a ponto de desviar o foco maior da manifestação maior. É preciso unir forças: dividir-se em pequenos grupos faz barulho, mas não resolve nada. Resolver é a chamada urgência urgentíssima. É como no futebol pequenos grupos de torcedores ajudam, a fazer barulho, mas é a torcida em massa que empurra o time. (Eli Halfoun)

Uma lição de amor e de talento com a autista Linda de “Amor è Vida’

por Eli Halfoun

Nem sempre é preciso aparecer muito, ou seja, em todos os capítulos, e falar um texto enorme (que os atores chamam de "bife") para marcar presença em uma novela de sucesso. O recente exemplo é a perfeita participação da atriz Bruna Linzemeyer interpretando a personagem autista Linda na novela "Amor à Vida". Sem dizer uma única palavra Bruna tem sido destaque porque temo dom das grandes atrizes: ela não precisa de palavras porque fala a linguagem das expressões. Nada revela mais intensamente uma emoção, uma dor e até a felicidade do que a expressão, quer dizer, o olhar. Pode-se afirmar sem médio de errar que nossas emoções estão sempre na cara.

É muito importante que o autor Walcyr Carrasco esteja abrindo fundamental espaço para colocar no foco das atenções uma questão que precisa ser vista (e tratada) com mais carinho até porque autistas, assim como portadores da síndrome de Down, são pessoas extremamente carinhosas e que vivem em um mundo próprio que não podemos invadir, mas precisamos entender sem sufocá-los com excesso de amparo que lhes tire a vida própria e invada o mundo de fantasia no qual depositam seus sonhos e suas vidas muito particulares.  Não tenho dúvidas de que a partir da ótima atuação de Bruna Linzemeyr o autismo (e a síndrome de Down) será visto com maior interesse ajudando a que se coloque fim e enfim um ponto final preconceito que como qualquer outro preconceito não faz o menor sentido. Conviver bem e afetivamente com portadores de autismo ou síndrome de Down é conquistar mais aprendizado de vida. E de amor. (Eli Halfoun)

Thamy Miranda ironiza a “cura gay” e diz que está muito doente

por Eli Halfoun

"Venho por meio deste comunicar que estou impossibilitada de trabalhar. Tô doente desde que nasci e aos 30 anos ainda não consegui minha cura. Preciso de ajuda do governo para pagar minhas contas e sustentar os meus luxos. E não posso nem sair na rua, dá que eu passo para alguém? Vai que é contagioso e todo mundo fica gay por minha culpa" - o texto foi pela atriz Thamy Miranda o Instragam. Thamy, que é lésbica assumida, faz da ironia a sua maneira de discutir a proposta da "cura gay". Aliás, para promover a "cura gay" seriam necessários mais e muitos hospitais que certamente não curariam o homossexualismo, mas seriam bastante úteis para curar muitas doenças. (Eli Halfoun)

Passeata de ‘Saramandaia” foi pura e feliz coincidência

por Eli Halfoun

Não foram as manifestações que inspiraram o autor Ricardo Linhares a incluir no primeiro capítulo do remake de "Saramandaia" uma passeata. O capítulo estava gravado muito antes de qualquer manifestação real, mas a coincidência acabou fazendo com que assim a novela ganhasse mais atualidade. Aliás, na televisão e na vida coincidências têm sido aliadas de grandes sucessos e vitórias. (Eli Halfoun)

Atenção namoradores: intimidade é para ser guardada centre quatro paredes

por Eli Halfoun

Mesmo não tendo ficado chateada (recebeu tudo com naturalidade) com a revelação de Alexandre Frota de que passou uma noite com ela, a jornalista Marília Gabriela espera que a moda não pegue e outros namorados, mesmo que apenas rapidinhos, venham, fazer o mesmo tipo de, digamos, confissões. Aliás, nos últimos dias e por conta do lançamento do livro "Identidade Frota", Alexandre tem sido um prato cheio para programas que gostam (quem não gosta?) de entrevistas polêmicas. Ele pode até exagerar em algumas questões, mas não esconde sua vida e conduta debaixo do tapete. Faria isso se fosse político. (Eli Halfoun)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Gwyneth Paltrow, 40 anos, e ousado strip-tease em cena

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A atriz Gwyneth Paltrow é a estrela do filme Thanks for Sharing. E não é para menos. Aos 40 anos, ela protagoniza um strip-tease capaz de tirar manifestante da rua, derrubar governo e mudar a pauta do Congresso.  
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“Saramandaia” mostra qualidade, mas fica devendo em audiência

por Eli Halfoun

O remake de "Saramandaia" estreou com 27.0 de audiência, o que não é pouco, mas não costuma satisfazer as exigências da Globo. A, digamos, fraca audiência tem como principal motivo o horário de exinbição: é muito tarde para a maioria do público de televisão que dorme cedo para cedo acordar e enfrentar o caos do trânsito para chegar ao trabalho. Talvez a novela siga até o fim com essa média de 27.0 a 30.0 pontos, embora tenha qualidade para conquistar muito mais: o chamado realismo fantástico proposto por "Saramandaia" tem tudo para divertir: o texto é bom, a idéia (original de Dias Gomes) é ótima, os efeitos especiais são convincentes, a direção de imagens é acertada e o elenco oferece um trabalho exemplar. Em sua nova versão "Saramandaia" pode até não conquistar a merecida audiência para desfilar no bloco de outros sucessos do gênero na Globo, mas de qualquer maneira entrará novamente para a história das telenovelas por sua proposta ousada de fazer da ficção o realismo irreal. (Eli Halfoun)

Melhor mensagem das manifestações veio de uma sugestão popular

por Eli Halfoun

"Enfie os 0,20 no SUS" - essa é a melhor mensagem entre as muitas exibidas durante as manifestações. A escolha foi feita através de uma enquete pela internet. Durante as manifestações em todos os estados ficou evidente que o brasileiro também é muito criativo na hora de criar cartazes de protesto. A mensagem é sem dúvida ótima, mas não se sabe se será aceita prelo governo. Até agora não se tem notícia do que os 0,20 foram enfiados no SUS. Ou em outro lugar. (Eli Halfoun)

Duas atrizes já conquistaram o amor do público na novela a “Amor à Vida”

por Eli Halfoun

Se outros méritos não tivesse "Amor à Vida" a boa e dinâmica novela de Walcyr Carrasco poderia orgulhar-se de estar revelando para o grande público duas ótimas atrizes: Tatá Werneck, que já tomou conta da parte cômica da novela com sua confusa Valdirene (aquela que é difícil, dificílima e inteligência pura) e Maria Casadevall que faz uma Patrícia sensual, bonita, louquinha e simpática. É o primeiro trabalho da jovem atriz de 25 anos na televisão e sua natural sensualidade conquistou (mais do que a personagem) a atenção do público que anda mesmo necessitando de ver novas e charmosas atrizes. O encantamento que Maria Casadevall tem provocado nos homens já colocou a revista Playboy atrás da atriz para um ensaio fotográfico mais ousado e que ela não escondeu em vários capítulos provou que tem realmente o que mostrar. A atriz, aliás, é considerada a nova musa fashion da televisão, mas nem por isso perdeu até agora a sua simplicidade. Revela com naturalidade: "Não entendo de moda, sou eu que corto meus cabelos, ando de ônibus e adoro dançar forró". Pares não lhe faltarão. (Eli Halfoun)

Crime hediondo é pouco para corruptor e corruptores, os ladrões do povo.

por Eli Halfoun

É claro que fazer uma urgente reforma política e destinar mais dinheiro para a saúde e a educação (desde que o dinheiro chegue ao endereço certo e não se perca o caminho como é comum) são propostas e ações importantíssimas oferecidas pelo governo. Confesso que de tudo o que a presidente Dilma sugeriu colocando outra vez a cara a tapa, o que mais me atrai é a proposta de transformar a corrupção em crime hediondo. Sem os corruptos tudo fica melhor. Se essa lei for definitivamente aprovada estaremos sem dúvida dando um gigantesco passo para acabar (ou pelo menos diminuir muito) com a corrupção recorde no país. Temos o lamentável comportamento de só fazer o que é certo e necessário quando nos ameaçam com um rigoroso e implacável castigo. Tem sido assim historicamente e o mais recente exemplo é lei seca: só depois que aprenderam carros, aplicaram multas e ameaçaram processos criminais foi que aprendemos a "andar na linha". Também será assim não tenho dúvidas quando corruptos e corruptores forem punidos pela prática de crimes hediondos. Crime hediondo é grave e quem for condenado por ele dificilmente conseguirá sair da cadeia. Que é mesmo o lugar ideal de todo político corrupto que ainda enfia impunemente e a mão grande ao no bolso da população. (Eli Halfoun)

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Nicole Bahls na Playboy (que continua nas bancas)


Pelé é proibido de falar demais nos jornais da Rede Globo

Reprodução You Tube
por Eli Halfoun
A TV Globo não quis "queimar" o filme dos jovens manifestantes e não permitiu que seus telejornais exibissem uma entrevista que Pelé teria dado pra a TV Tribuna de Santos (afiliada da Globo). Na entrevista Pelé teria aconselhado aos brasileiros "para esquecerem as manifestações". A entrevista foi exibida somente no jornal local da emissora santista, mas não adiantou muito tentar esconde-la: está com força total nas redes sociais e já foi vista por milhares de pessoas. Pelé anda precisando encontrar com urgência um bom Caco Antibes como assessor para gritar "cala a boca Pelé".  (Eli Halfoun)
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Atualização: A frase existe, como de vê no vídeo, mas em um longo contexto em que Pelé pede ao torcedor para "não confundir as coisas" e apoiar a seleção. 

Ficou impossível falar mal dos jovens que nos deram uma linda lição

por Eli Halfoun

Mesmo depois da mobilização que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor, a juventude continuava desacreditada e era comum ouvir dizer que "os jovens de hoje são alienados, "os jovens não gostam de política" e também que "os jovens não gostam de ler". Essas afirmações sempre fizeram parte de um injusto folclore em torno da nossa atuante juventude. A história desse país (e a do mundo) está repleta da participação de jovens em diversos movimentos importantes. Agora com as recentes manifestações nossa saudável e atuante juventude voltou a mostrar que é confiável e que país estar bem servido no futuro e que, como se diz popularmente, a juventude brasileira é nota dez. É verdade que muitos jovens envolvidos nas passeatas ali estavam muito mais para divertir-se do que para protestar e exigir. A maioria sabe o que quer e conhece a importância democrática de fazer sua voz ser ouvida fazer. Fica a certeza de que daqui pra frente ouviremos muito menos afirmações que não correspondem plenamente à participação dos jovens em qualquer coisa É uma juventude da qual podemos nos orgulhar. A garotada deu uma lição e mesmo quem estava lá sem saber exatamente porque experimentou um belo exercício de democracia e aprendeu que a verdadeira revolução democrática se exerce com a voz do povo. A voz dos jovens.  (Eli Halfoun)

Brasil quer resolver a saúde com médicos importados

por Eli Halfoun

Os cursos de medicina ainda são os mais ambicionados por jovens universitários. Em todas as faculdades brasileiras a cadeira de medicina é a mais procurada, o que faz com que o país forme centenas de médicos todos os anos. Mesmo assim ainda faltam médicos no país, especialmente no interior, porque os recém formados não estão dispostos a atender doentes tão longe. A falta de médicos dispostos a trabalhar (ganham mal e correm das ofertas de trabalho) está fazendo com que o Brasil comece a importar médicos de outros países. Portugal e Espanha serão os primeiros a mandar profissionais para cá e eles nem precisarão ter o diploma revalidado no Brasil. Os médicos importados receberão um salário mensal de R$ 8 mil e começam na desembarcar no Brasil no final do ano. O governo também estuda a possibilidade de aumentar de dois para quatro anos a obrigatoriedade da residência médica em hospitais. Vai sem dúvida aumentar o número de médicos-estudantes nos hospitais, mas não significa que haverá mais e bons médicos prestando assistência à população. (Eli Halfoun)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A violência que vi


por deBarros
Antes de jogarmos pedras nos estudantes, pelas cenas de vandalismo que aconteceram durante as passeatas, que balançaram o sistema político brasileiro vamos parar e repensar o que vimos nas transmissões pelas TVs brasileiras, principalmente as imagens transmitidas pela TV Globo. O policial militar brasileiro não é um policial preparado para agir contra manifestações políticas como passeatas de estudantes, ele é basicamente preparado para agir contra marginais, traficantes de drogas, estupradores, pedófilos, ladrões e assaltantes através da força física através da violência. Nas imagens que focalizaram o assalto à Assembléia Legislativa do Estado, percebi que havia policiais militares na calçadas e nas escadarias, armados com fuzis e que dispararam balas de borracha contra o grupo de manifestantes que cercava o Palácio Tiradentes além de bombas de efeito moral. De repente, os manifestantes se agruparam e arremeteram contra os policiais militares que se achavam plantados nos degraus da escadaria numa arrancada de uma coragem assustadora obrigando os policiais a recuarem estrategicamente para se refugiarem  para trás dos portões do prédio da ALERJ.  Essa arrancada parecia uma tropa de assalto determinada a arriscar as suas próprias vidas na tomada de um “Bunker” inimigo. Com que armas eles avançaram contra os policiais armados? As suas próprias mãos, pedras e pedaços de pau contra fuzis Ar-15, revólveres, balas de borracha, Spray de pimenta, bombas de efeito moral e gás lacrimogênio. Agora eu pergunto onde estava a violência? Quem mais estava preparado para exercer atos de violência? A TV Globo divulgou imagens de policiais disparando seus fuzis Ar-15 e revólveres na rua da Assembléia contra o grupo de manifestantes que se agrupara naquele momento na rua 1º de Março, mas insistia sempre mas imagens dos movimentos de baderna e destruição promovida por jovens e também por elementos infiltrados nos grupos separados do eixo central da passeata que continuava a desfilar pacificamente nas avenidas do Rio de Janeiro.
Daí por diante, o cerco ao Palácio Tiradentes se perdeu nos excessos dos manifestantes, levados pela ira e pela revolta que se achavam possuídos e o vandalismo começou incendiando carros, fazendo fogueiras, derrubando postes de sinalização e dessa loucura de comportamento se aproveitou, – o que sempre ocorre em todas as passeatas – os marginais e assaltantes para quebrar, invadir e roubar lojas comercias, além de depredar Agências Bancárias. Aliás, os Bancos cujas Agências foram depredadas não estão muito preocupados e chorosos com as suas Agências quebradas. Dinheiro não lhes falta para as remodelarem e, como sempre, vão cobrar do governo o custo das obras.
No final da década de quarenta, estudava no Liceu de Niterói, e aconteceu um aumento de tarifas de transporte de bondes e ônibus tanto em Niterói como no Rio de Janeiro. A passeata de protesto, liderada pelos estudantes, começou no Rio de Janeiro, inclusive depredando ônibus e bondes, e os estudantes do Liceu de Niterói entenderam que não podiam ficar atrás do movimento e depois de se reunirem na Praça da República, em frente ao Liceu, partiram para a passeata de protesto e no primeiro ônibus que parou e ameaçou depredar saltou dele um homem bem vestido se dizendo Comissário de Polícia – na época existia a figura do Comissário de Polícia – tentando impedir o assalto ao veículo. Até hoje me lembro que do meio do grupo saiu um colega, chamado Bira – nunca me  esqueci do nome dele – que partiu para cima do Comissário e deu-lhe um soco com tal força que ele rolou ao chão e fomos todos acabar presos na Delegacia.
Na ocasião vim a saber que protesto estudantil contra aumento de tarifas de passagens de veículos de transporte de massa tinha se tornado uma tradição no país desde a Guerra do Vintém, no século XIX, ainda sob a coroa Imperial.
Até hoje, esses protestos vem se sucedendo sempre que ocorrem esses aumentos de tarifas. Esse ano, em razão da divulgação desses protestos, pela rede social, o movimento tomou essa dimensão nacional, primeiro contra o aumento de R$0,20 centavos nos preços das passagens e logo depois se incorporou a ele outros protestos que viriam a atingir diretamente o governo federal como cartazes contra a PEC 37, outros pedindo a prisão imediata dos réus do mensalão e muitos contra a realização da Copa do Mundo e contra a FIFA. Alguns muito originais como:
MENOS EU, MAIS NÓS; NEM PT, NEM PSDB; COPA É O CARALHO; NÃO ME MACHUQUEM PORQUE NÃO TEMOS HOSPITAIS; CADEIA AO MENSALEIROS; ELES NÃO NOS REPRESENTAM MAIS; SE A TARIFA NÃO BAIXAR SÃO PAULO VAI PARAR e vai por aí afora.
PS.: Os ex-líderes estudantis de ontem ignoram que quem precisa de linha é carretel

Está na Constituição, mas parece que é só para constar

por Eli Halfoun

"Diante da turbulência, protestos e reivindicações" o jornalista Giba Um alertar que '"nunca é demais lembrar a Constituição que garante aos brasileiros "educação, saúde, trabalho, lazer, moradia, segurança, previdência social, proteção à maternidade, à infância, aos desamparados." Ou seja: quase tudo o que não nos dão ou quando o fazem é precariamente. (Eli Halfoun)

Cinco causas da manifestação estão no YouTube

por Eli Halfoun

Já tem mais de um milhão de acessos no YouTube o vídeo-manifesto "As Cinco Causas" postadas pelo grupo Anonymous sobre as recentes manifestações. Segundo o vídeo, as cinco principais reivindicações são: 1) não votação da PEC 37; 2) saída imediata de Renan Calheiros da presidência do Senado; 3) investigação de irregularidades nas obras da Copa 2-014; 4) aprovação de lei no Congresso que transforma corrupção em crime hediondo; 5) fim do foro privilegiado para autoridades.

O grupo Anonymous esteve ativo nos últimos dias e segundo se acredita teriam sido os hackers do grupo os responsáveis pela derrubada de sites e perfis nas redes sociais, atingindo páginas de prefeituras, do PMDB nacional e do Exército que chegou a acreditar que era só um problema técnico. Os hackers também teriam invadido o site oficial do governo sobre a Copa 2014. O que se diz é que até os "os arapongas" da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) estão atordoados e não sabem o que fazer, até porque não tem informações seguras de que os ataques poderão ocorrer outra vez. O que não se pode negar é que a internet é hoje uma poderosa armas de combate a tudo o que está errado. Tudo e todos. (Eli Halfoun)

Sucesso só é possível quando se tem bons profissionais

por Eli Halfoun

Todo mundo sabia que o descrédito que a torcida manifestava em torno da seleção brasileira diminuiria diante de uma ou duas vitórias. Aconteceu: é verdade que não há ainda um entusiasmado olhar para a nossa seleção. As boas atuações, especialmente as vitórias, do selecionado estão fazendo também com que o técnico Felipão volte a ser considerado um dos melhores do país. Felipão assumiu o comando técnico do selecionado depois de amargar derrotas no comando do Palmeiras. A reconquista da confiança da torcida em seu trabalho é mais umas lição de futebol e de vida: nenhum técnico consegue formar e apresentar um bom time se não tiver bons jogadores. Na seleção Felipão tem profissionais de qualidade que unidos permitem caminhar para a vitória. Fora de campo também é assim: nenhum diretor de qualquer tipo de empresa consegue realizar uma boa gestão se não tiver ao lado profissionais competentes. Fica claro que é preciso que as empresas valorizem cada vez mais seus profissionais para que também possam ser valorizadas. Exatamente como está acontecendo o futebol da seleção brasileira. (Eli Halfoun)

Uma lição para ser aprendida com o povo

por Eli Halfoun

Ninguém é dono da verdade e a presidente Dilma Rousseff deixou claro que sabe disso ao fazer há dias um pronunciamento sobre as manifestações de descontentamento escancaradas em todo o país que ela dirige. Dilma não fugiu das explicações e cobranças justas feitas ao governo. Pelo contrário: reconheceu os erros e com bom senso mostrou disposição para ouvir e aprender - aprender principalmente que é preciso de saída acabar com a corrupção, o que, reconheçamos, ela tem tentado desde o início de seu governo não admitindo os malfeitos (expressão que ela utiliza com freqüência) de ninguém. Pode ser que haja um enorme descontentamento com o governo de Dilma. O descontentamento não é tão grande assim como ainda mostram as pesquisas. A Presidência da República apóia as manifestações populares (enquanto simples cidadã Dilma participou de muitas e também fundamentais e históricas) e sabe que o grito de insatisfação não a tem como único alvo. É um grito coletivo contra os políticos de uma maneira geral, contra a corrupção e contra uma situação que só nós podemos mudar protestando principalmente através do voto... do não voto. Como um Judas (o que ela não é nunca foi e nunca será) Dilma foi pendurada no poste par levar pauladas e por isso mesmo não se pode negar que ela foi corajosa ao vir a público colocar a cara ainda mais a tapa (creio até que ela conseguiu diminuir o número de pauladas) e mostrar que está disposta e realmente consciente a marchar junto com povo. Afinal, presidente da República também é povo quando aceita a democracia com sabedoria e até e principalmente na hora dos protestos. (Eli Halfoun)

Jornalista mexicana mostra o que o jornalismo participativo tem...

Reprodução Medio Tiempo/Internet
Reprodução Medio Tiempo/Internet
A repórter do site "Medio Tiempo", Vera Rodriguez, veio ao Brasil para cobrir a Copa das Confederações. Nas horas vagas, fez matérias sobre o Rio. Preferiu não dar muita bola para as manifestações e quis mostrar a Praia de Copacabana e o jeito carioca de aproveitar a vida. Para isso, captou o espírito da coisa e fez a matéria de biquini. Um belo exemplo de jornalismo participativo...


domingo, 23 de junho de 2013

Um curiosidade da "Revolução do Vinagre": comerciais que viraram hinos e slogans

Vem pra Rua, da Fiat. Clique AQUI


por JJcomunic
Há muitas lições a extrair da "Revolução do Vinagre", a onda de manifestações que se espalhou pelo Brasil. As bandeiras são muitas, certamente faltou foco em outras (para citar apenas uma, um jovem lembrou que é preciso denunciar os corruptores, um poderoso elo da cadeia de desonestidade que infelizmente permeia administrações federal, estadual e municipal nas mãos de todo e qualquer partido).
É curioso que os jovens tenham adotado como lemas slogans publicitários popularizados através de comercias de duas multinacionais. Algo inimaginável, por exemplo, nas passeatas dos anos 60 e 70. Coisas da era ainda a ser avaliada em que o Facebook é o motor das convocações.
Do ponto de vista da organização de futuros protestos, é impossível prever o que vai acontecer. Um caminho talvez fosse, agora, a realização de encontros e debates em universidades, colégios, associações de classe, sindicatos, partidos e outras instituições. O  "monstro" é apenas o meio que pode receber qualquer mensagem. Se não for decifrado poderá ser usado para atos democráticos ou anti-democráticas. As multidões que foram às ruas formavam uma massa tudo-junto-e-misturado. Ao lado de um cartaz exaltando a liberdade, havia outro pedindo a volta dos militares. Um cartaz contra a "cura gay" estava em par com outro que, a pretexto de combater cotas raciais, era nitidamente racista. Ao lado dos manifestantes legítimos, havia a ala da turma que depredou prédios e equipamentos públicos. Alguns desses jovens - como a TV mostrou - usavam camisetas onde se lia a frase "100% Ódio". Que o Brasil tire das ruas e leve para as urnas as lições que que realmente interessem ao povo e não apenas a aproveitadores ou parcelas mais altas da pirâmide social. Brasília, por exemplo, foi palco de esperançosos protestos, descontado o quebra-quebra. Mas você sabe quem lidera as pesquisas eleitorais lá, no momento? Isso mesmo, Wilson Roriz. E no Rio? Acertou: Garotinho.

Deu no Portal Imprensa


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Vandalismo contra a imprensa é crime hediondo contra a liberdade

por Eli Halfoun
Seria muita ingenuidade esperar que os baderneiros infiltrados nas manifestações em todo o Brasil tivessem qualquer sentimento e respeitassem a própria manifestação ensurdecendo diante do grito sem “sem violência”. Foram muitos os atos de vandalismo que ameaçaram pessoas patrimônios e até a credibilidade da própria e geral manifestação. Em meio a uma multidão sempre acontecem episódios desagradáveis, mas danificar o patrimônio público e privado é um crime brutal também cometido contra a imprensa com a destruição de carros de reportagem e de, portanto, equipamentos de trabalho, de emissoras de televisão. Os bandidos infiltrados no movimento quiseram calar a boca da imprensa. Não conseguiram. Jamais conseguirão. (Eli Halfoun)

Força das manifestações venceu até as novelas da Globo

por Eli Halfoun
Nem o compromisso com anunciantes impediu a Globo de realizar na última quinta-feira - mobilizada por manifestações e badernas que nada tem a ver com protestos democráticos em todo o país - de exercer seu dever jornalístico de informar aos telespectadores o que ocorria. A Globo fez uma cobertura histórica já que pela primeira vez em sua existência muitas vezes comprometida deixou de lado a quase obrigatória grade de programação e abrindo mão também de intervalos comerciais para cumprir a principal função de um veículo jornalístico informando com agilidade todas as ocorrências das manifestações no país. A Globo arcou com o prejuízo financeiro que certamente acumulou tirando do ar a transmissão do jogo entre Espanha e Taiti e também todos os intervalos comerciais, o que convenhamos foi muito bom para os anunciantes que certamente gostariam de ver seus produtos ligados com a manifestação, mas não gostariam desse ligação com os atos de vandalismo que nada tem a ver como direito e o dever de protestar.  Globo não tomou partido limitando-se a mostrar os fatos e essa é sempre a função maior do jornalismo responsável. Deixar de exibir duas novelas (“Flor do Caribe” e “Sangue Bom”) foi uma corajosa decisão da Globo que tem nas novelas a sua principal fonte de renda e de audiência. A Globo não praticou nenhum ato heroico. Simplesmente cumpriu seu papel de levar aos telespectadores a mais completa informação. (Eli Halfoun)

Cenas do front das manifestações no Rio: Vídeo feito por Frederico Mendes, fotógrafo que cobriu guerras e conflitos para a revista Manchete, e Gabriel Mendes.


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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Deu na revista "Sou Mais Eu"... É o próprio suvaco do Cristo

Adicionar legenda

Tá certo. Melhor avisar... Cartaz de manifestante em Goiânia


Faltam 20 dias para o fim das inscrições do Prêmio Petrobras de Jornalismo

por Eli Halfoun
Faltam 20 dias para o fim das inscrições do Prêmio Petrobras de Jornalismo. Profissionais de todo o país que ainda não enviaram seus trabalhos têm até o dia 10 de julho para concorrer a prêmios que vão de R$ 7 mil a R$ 30 mil (valores brutos). Podem participar jornalistas que tiveram reportagens e fotos publicadas entre 10 de maio de 2012 e 9 de maio de 2013 em jornal/revista, televisão, rádio e portais de notícias sobre cultura, responsabilidade socioambiental, esporte, petróleo/gás e energia. Ao todo, serão concedidos 35 prêmios, divididos nas categorias Nacional e Regional. A Petrobras também vai premiar a melhor fotografia nas duas categorias em qualquer um dos temas descritos acima. Os autores das melhores reportagens e foto nacionais receberão o prêmio no valor de R$ 17.200 (bruto) cada. Já as matérias e foto regionais serão premiadas com R$ 7.150 (bruto). Além dessas categorias, haverá ainda o Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo, de R$ 30 mil (bruto), para a melhor reportagem entre todas as enviadas. Cada jornalista pode inscrever até seis diferentes reportagens. Os participantes do Fotojornalismo podem inscrever um trabalho para cada tema, sendo também proibida a participação simultânea nas categorias Regional e Nacional. Cada trabalho deverá ser encaminhado em envelope separado, contendo a ficha de inscrição, o material inscrito, com a devida identificação da reportagem (autor, o veículo que a publicou e demais documentos exigidos pelo regulamento do prêmio). No caso de matéria não assinada ou assinada com pseudônimo, a autoria deve ser atestada, por escrito, pela Chefia de Redação ou Chefia de Reportagem, em papel timbrado e com assinatura original, anexada à ficha de inscrição. O material deve ser enviado para a sede da Petrobras (Av. República do Chile 65, 10º andar / sala 1001, Centro, Rio de Janeiro - RJ - CEP - 20031-912), aos cuidados da Gerência de Imprensa. Os trabalhos vencedores e seus respectivos autores serão conhecidos em outubro deste ano. 


O Regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www.petrobras.com.br/agenciapetrobras e anexados abaixo. Os participantes podem enviar suas dúvidas através do e-mail  premiopetrobras@agenciapetrobras.com.br ou ligar para (21) 3224 4281 / 3932.

Fonte: Petrobras/Gerência de Imprensa/Comunicação Institucional

O despertar dos “Gigantes”

Passeata dos 100 mil. 1968. Foto: Reprodução Internet/Jornal do Brasil
por Nelio Barbosa Horta
Todos que acompanharam as manifestações populares ocorridas em todo o País, ao longo desta semana, com passeatas pacíficas (a maioria), mas infelizmente com "bandidos" infiltrados no movimento, principalmente no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília, guardarão o fato na memória como "a noite do vandalismo", devido à baderna generalizada da  última quinta-feira. Vândalos, munidos até de "coquetéis molotov", derrubaram postes, saquearam lojas, quebraram orelhões e vidraças de estabelecimentos comerciais e ônibus, 26 radares destruídos e uma grande quantidade de feridos. Sabem quem vai pagar o prejuízo? Mais uma vez, o povo.
No Rio, cerca de um milhão de pessoas, entre jovens, estudantes ou trabalhadores de todas as áreas,  ocuparam as principais avenidas em busca da manifestação que sensibilizasse as autoridades do País para a desigualdade social existente, com a inflação batendo a porta das famílias, onde o preço das passagens dos ônibus foi apenas um pretexto para extravazar toda a insatisfação da população, pressionada por tantas injustiças sociais, tanta corrupção, tantos desmandos, sem que a sociedade fosse ouvida e pudesse opinar.
Acreditem:  O "Gigante Brasil" despertou. Acho que este movimento poderá se repetir em outras ocasiões, sempre que as injustiças sociais ficarem mais evidentes e continuarem "sufocando" este povo, quase sempre pacífico. A mobilização é rápida.
Todos  acompanharam pela Globo, a espetacular cobertura do JN, desde as 17h30 de ontem até ás 21h30, sem interrupção com um trabalho digno de registro. De várias cidades e capitais, Repórteres e cinegrafistas foram colocados em pontos estratégicos, no alto de edifícios, onde tinham uma visão privilegiada de tudo. Parecia que eles já sabiam do que ia acontecer. O "Gigante" da comunicação também precisa despertar. Que tal uma mudança na "grade" de sua programação?  Em vez de tantas novelas seguidas, programas mais educativos como "O Globo Repórter", "Profissão Repórter", "Globo Comunidade", "Globo Mar" em horários mais nobres e com o JN  em edições diurnas e com os âncoras  "falando mais devagar", sem atropelar as matérias que acabam pouco compreendidas pelos ouvintes.
A  Globo com a grande estrutura que tem e seu grande poder de audiência deveria ajudar na educação dos jovens, com debates sobre os problemas do dia a dia enfrentados pelas famílias, inclusive sobre manifestação popular pacífica, que é o perfil da população brasileira.
Em 1968, no auge da repressão, estudantes, artistas e a população,  participaram de passeata sem a baderna generalizada dos atuais movimentos.   (
Nelio Barbosa Horta, de Saquarema)

Turistas americanos são alertados contra perigos no Brasil

por Eli Halfoun

Americanos que visitam o Brasil atraídos pela Copa das Confederações estão recebendo da embaixada de seu país uma espécie de manual de comportamento para enfrentar e livrar-se dos perigos do Rio - perigos que, aliás, quando se trata de turistas existem em todo o mundo. O alerta tem pontos importantes que valem também para os chamados turistas domésticos. De saída, o manual informa que funcionários do governo americano estão proibidos de visitar favelas não pacificadas. O manual também faz questão de informar que a taxa de homicídios no Brasil é quatro vezes maior que a dos Estados Unidos. Entre as digamos regras de sobrevivência turística também estão: 1) tomar cuidado nos caixas eletrônicos; 2) tomar cuidado com os táxis de madrugada; 3) tomar cuidado nas praias, nos aeroportos, nas boates, nas áreas próximas aos hotéis, nos estádios, com o celular e até nas saunas, especialmente nas que oferecem sexo e não por preços muito módicos. Como os americanos não são muito ligados em futebol é de se supor que as ofertas sexuais são o principal atrativo para os turistas que chegam dos Estados Unidos. Como se lá não houvesse nenhum desses perigos e nenhuma dessas ofertas sexuais. (Eli Halfoun)

Televisão é importante, mas no teatro e no cinema talento é fundamental

por Eli Halfoun

Existem várias lendas em torno da televisão. Além do chamado teste do sofá, que nem existe muito e quando é proposto só aceita quem quer, outra lenda forte é a de que qualquer ator precisa do poder de comunicação de uma novela, especialmente da Globo, para fazer sucesso no teatro e no cinema. Verdade que a divulgação pessoal e profissional que a televisão proporciona é importante, mas não é necessariamente obrigatório ficar dependente da televisão pra fazer sucesso em outras manifestações artísticas. O ator Paulo Gustavo, para mim na o melhor de nossos atuais e criativos comediantes é um exemplo de que com talento é possível fazer sucesso no teatro e na televisão sem precisar ser escravo da televisão. Em matéria de TV até agora Paulo Gustavo só deu as caras (com muito talento e qualidade) no "220Volts", programa exibido pelo canal por assinatura Multishow. Gustavo insistiu, trabalhou, acreditou em seu talento, acreditou no público e chegou lá. Primeiro no teatro com "Minha Mãe é uma peça", que por conta do sucesso no palco ganhou uma versão cinematográfica de boa qualidade. Televisão só é fundamental para os atores que não tem coragem de correr atrás do que querem e para os que acreditam que basta botar "a cara no vídeo" para garantir bom público no teatro e no cinema. A realidade nos tem mostrado que não é bem assim: são muitas as peças e os filmes que amargam fracassos, mesmo com o apoio total da televisão. Paulo Gustavo confiou apenas em seu talento. Isso sem dúvida ele tem de sobra.   (Eli Halfoun)

Sexo ganha mais espaço na televisão. Para ser discutido com seriedade

por Eli Halfoun

É o sexo que literalmente move o mundo e é por isso mesmo um dos assuntos preferidos em rodas de amigos e na conversas de casais, porque esse tipo de diálogo libera o par e permite descobrir, na teoria, prazeres quer podem ser levados sem culpa para a prática, ou seja, para a cama. Sexo não é apenas para falar: ultimamente tem se transformado em uma poderosa indústria com um cada vez maior número de ofertas em sex shops e na hoje mundialmente poderosa indústria de filmes pornôs. O sexo está ganhando mais um canal sério de discussões com a estréia do "Gabi quase proibida", programa que Marilia Gabriela comandará no SBT. Fazer esse tipo de programa é um plano antigo de Marília que há anos teve a idéia recusada na Globo, que acabou abrindo espaço para o sexo com o programa de Fernanda Lima, que, aliás, o conduz com perfeição. No "Gabi quase proibida' o tema será discutido em todos os aspectos e serão discussões sérias com especialistas e com representantes dos movimentos que lutam pela aceitação da diversidade sexual. É claro que o programa abrirá espaço para quem ainda acha que sexo é pornografia e que diversidade sexual é sem-vergonhice. Só discutindo o movimentado assunto é que sexo deixará de ser definitivamente e ainda "pecado" e um absurdo tabu.  (Eli Halfoun)

“Dona Xepa” pode ser a última novela da Record

por Eli Halfoun

"Insistir na produção de novelas é bobagem. É o que pensam vários diretores da Universal e da Rede Record que insistem com o chefão Edir Macedo para desistir de continuar concorrendo com a Globo no gênero. A insistência aumentou nos últimos dias com o fracasso da novela 'Dona Xepa" da qual se esperava uma audiência pelo menos satisfatória. Não aconteceu: a novela tem perdido cada vez mais público e começa a sofrer a ameaça de ser reduzida, como aconteceu com outras na emissora. Ainda não há nenhuma decisão sobre o fim da produção de novelas, o que pode até beneficiar financeiramente a Record, mas será um desastre para a classe artística e os funcionários da equipe de retaguarda (técnicos de uma maneira geral). Acabar com as novelas seria uma demonstração clara de fracasso e no momento o mais viável é a mudança nos de horários de exibição, que não tenho dúvidas é a única maneira de atrair um público maior para algumas novelas da Record, que são até bem produzidas. É pouco para enfrentar a Globo no gênero.  (Eli Halfoun)

Memória: Em junho de 1968, quando o Facebook não era nem ficção científica, o povo seguia outro ritual para ir às ruas... Veja aqui, 45 anos atrás

Jovens na rua: pau e pedra para enfrentar a ditadura
As prisões...
... e a revolta.
na Praia Vermelha, assembleia que antecedia a ação nas ruas
O debate das propostas e da formação das passeatas.
Batalhão de Choque: fuzis e balas de verdade
Jornalistas atacados nas imediações da embaixada americana

Kombi incendiada: a preferência era destruir veículos da polícia.
Durante os protestos de junho de 68, a seleção brasileira também estava na mídia. Se hoje é Copa das Confederações, a edição da Fatos & Fots que cobria os protestos trazia matérias sobre Tostão e Cia em excursão na Europa.
Em 1968, 20 centavos  hoje tão falados eram irrisórios, praticamente não existiam. A inflação estava nas cédulas. Veja anúncio na F&F: nota de 5 mil cruzeiros carimbada com o valor de 5 cruzeiros novos. 

por José Esmeraldo Gonçalves
"Rio, a revolta dos estudantes", era a chamada de capa da Fatos & Fotos que foi para as bancas nos últimos dias de junho. Quarenta e cinco anos separam aquela onda de revolta contra a ditadura da atual "Revolução do Vinagre", como estão sendo chamadas as manifestações dessa semana, em função do uso do produto como suposta atenuante dos efeitos do gás lacrimogêneo. São muitas as diferenças no modus operandi de ontem e de hoje. Quarenta e cinco anos no tempo e anos-luz na essência. Em 1968, sem redes sociais ou celular, a comunicação entre os participantes era direta, através de panfletos, jornais mimeografados na máquina Facit, assembleias e boca a boca nos corredores das faculdades, escritórios, fábricas, repartições e colégios. Invariavelmente, as passeatas era planejadas com antecedência, mesmo que fosse de horas. Cada entidade ou diretório se reunia, ouvia as propostas (roteiro, dia, horário, palavras de ordem etc) e trocava informações com os representantes das demais instituições mobilizadas. Chegava-se a um consenso em relação a palavras de ordem. Nas manifestações dessa semana, por exemplo, havia quem pedisse em cartaz a volta do "regime militar" em oposição ao que bradava o manifestante ao lado que exigia mais e verdadeira democracia.  Nas ruas, as alas de 68 se formavam em uma sequência orientada pelos líderes de cada entidade. O povo, ou mesmo a massa de estudantes sem ligação direta com a cúpula do movimento, aderia a essas alas à medida em que ia chegando à concentração da passeata. A formação resultava em uma maior segurança contra a ação de infiltrados. Havia sempre um líder em cada ala. O direção principal passava informações através desses líderes na base do boca a boca mesmo, um telefone-sem-fio que ligava os setores. /os oradores, em geral, eram os presidentes e diretores das entidades envolvidas no protesto. Claro que essa formação persistia até que os batalhões de choque e a cavalaria (muito usada naquele época) investisse contra a multidão. Com um detalhe: as balas eram de verdade e pintavam as ruas de sangue. 1968 foi um ano que terminou.
A resposta dos militares viria em dezembro, com a edição do AI-5, que, nos anos seguintes, tornaria mais escuro e sangrento o que já era treva.  
 Observação: as fotos que ilustram este texto foram reproduzidas da edição 387 da Fatos & Fotos. São imagens históricas que fazem parte do Arquivo Fotográfico que pertencia à Manchete. O acervo foi leiloado e encontra-se virtualmente desaparecido. O Sindicato do Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos-Rio entraram com medida judicial para localizar a valiosa e histórica coleção de imagens e obter informações sobre seu estado de conservação. Em vão. Instituições públicas destinadas a cuidar a memória do país parecem não ter qualquer preocupação com o destino de um acervo de mais de 10 milhões de imagens do século passado.   

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Está na hora de ouvir as vozes claras que vem das ruas

por deBarros
O que ouvimos não foi a voz rouca vindo das ruas. O que ouvimos foi a voz bem clara dos jovens estudantes brasileiros numa manifestação bem viva desfilando pacificamente em passeata pelas avenidas e ruas das cidades brasileiras em protesto contra a situação política que o Brasil atravessa neste momento. A suas vozes bem claras dizem e repetem o que não querem mais e que não precisam de lideres para serem os seus porta-vozes. Nos seus pequenos cartazes, feitos à mão com um hidrocor, sobre os seus joelhos dobrados na grama dos jardins das Praças ou mesmo no asfalto das ruas, ditam os seu pequenos recados, que se tornam gigantesco Out doors, erguidos acima de suas cabeças no desfile das avenidas de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Braz de Pina aos rincões mais remotos deste imenso país, os seus pequenos cartazes são vistos e suas vozes bem claras são ouvidas as acusações pelo o que tem se deixado de fazer neste Brasil.
O recado está sendo dado com muita clareza sem nenhum mistério e mensagem oculta nas entrelinhas. Parem de dizer que não estão entendendo a razão das passeatas estudantis contra o aumento das tarifas dos transportes, porque estão entendo sim e estão se fazendo de surpreendidos com esse movimento autêntico e histórico que por sua força está desmascarando as posturas políticas hipócritas e danosas ao pais. Parem e ouçam com atenção as vozes claras que vem das ruas e se esqueçam das vozes roucas que vem dos corredores palacianos.