terça-feira, 30 de novembro de 2021

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

Para muitos, Lula é o melhor cabo eleitoral de Bolsonaro. Reparem. A partir do momento em que pesquisas deram a liderança ao ex- presidente sumiram da mídia temas cono impeachment, CPI da Covid, cheques em família, Queiroz, Covaxin superfaturada etc. Há poucos minutos STF confirmou nulidade de todas as provas contra a rachadinha de Flávio Bolsonaro. Por firulas técnicas a decisão anula até as evidências da Coaf que atestam movimentações financeiras até hilárias, tal a velocidade que caíam em contas. Isso significa que Bolsonaro está em voo de cruzeiro para 2022 tripulando a mídia conservadora. Bolsonaro já não pode ser  desgastado no noticiário e nas análises. Se o plano B, Moro, não chegar ao segundo turno, o plano A da mídia é o B de Bozo, repetindo 2018. Entendeu?

PÃO PÃO, QUEIJO, QUEIJO


Assistam Glória Maria e Sandra Annenberg apresentando o Globo Repórter. Sensacional. São "apresentadoras de reportagem", um negócio que já é meio redundante. Mas tudo bem. Elas performam no estúdio como atrizes na entonação, no gestual, empostação, expressões, pausas dramáticas. É cult. Tem até desempenho de mãos pontuando o texto.
Não é crítica. São monumentos, as últimas clássicas da TV brasileira.

Livro reúne mais de 90 artigos sobre álbuns que mostram que 1979 foi ano atípico para a MPB


O lançamento de 1979 – O ano que ressignificou a MPB está previsto para o segundo semestre de 2022 e depende do resultado da campanha de financiamento coletivo que foi lançada na segunda-feira (29/11/2021) pela editora Garota FM Books na plataforma do Catarse (www.catarse.me/1979).

O jornalista, escritor e pesquisador Célio Albuquerque , que foi colaborador das revistas Manchete e Fatos & Fotos, envia a mensagem abaixo:



Amigos e amigas,

Chegou a hora de iniciarmos nossa campanha de financiamento coletivo de nosso livro sobre o ano musical de 1979, via Garota FM Books. Segue material em anexo release, imagem de capa e mockup do livro. Caso divulguem em suas redes, se possível, coloquem as hashtags #1979oanoqueressignificouampb  e #GarotaFMBooks #1979 #Brasil #editora #livromusicais  Agora é torcer. Quanto mais cedo chegarmos a meta, mais cedo nosso 1979 irá se materializar. Abraços, Célio Albuquerque.

No livro, que é um desdobramento de outra obra de Célio Albuquerque - "1973/O ano que reinventou a história da MPB", Roberto Muggiati escreve um depoimento sobre o álbum zabumbê-bum-á, do Hermeto Pascoal.

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO


Pela 12ª vez desde que a estátua foi sentada num banco do Posto 6 de Copacabana em 2002, os óculos do Drummond foram arrancados. Por que não colocam lentes de contato no poeta?


Responda rápido: orçamento secreto é a cueca invisível?


por José Esmeraldo Gonçalves

O tempo é de absurdos e a mídia, talvez por enfado, acaba "normalizando" o inimaginável e confundindo o lodo com a água limpa.
 "Orçamento Secreto" é um negócio que vem com carimbo de má intenção. Até uma organização criminosa como o PCC anota em cadernetas com espiral, que ainda existem, a movimentação financeira da casa. Às vezes a polícia apreende esses anais do crime, espécie de ata de sessão da bandidagem. 
Pois o Congresso "legaliza" o uso escondido do dinheiro do povo, claramente em troca de votos no plenário, sem que o povo tenha direito de saber quem botou a mão na grana ou possa auditar a transação. Os engravatados das legislações não mostram a caderneta.

O título do Globo, hoje, é desses que "normalizam" a jogada. Não é só O Globo.  Nós  nos acostumamos com o surreal.  A boiada tanto passa, o trator também, que não surpreendem mais.

O jornal praticamente diz que "Orçamento secreto", pode, terá teto, ufa, mas só falta transparência. Ah, bom. Agora explica, como um orçamento secreto pode ter transparência?  Nunca pode. Não é feito para ser visto.

Resta constatar que o Brasil evolui: dinheiro na cueca, sujeito correndo com mochila cheia de milhões, malas rechonchudas de propinas, apartamento atulhado de pixulés, tudo isso fica no passado folclórico. 

"Orçamento secreto" é o cuecão no modo invisível. Com uma grande vantagem: não é detectável em aeroportos.

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Matéria publicada ontem na Revista Fórum mostra como a ditadura pautou TV Globo, Manchete e Fatos &Fotos


Em 1971 militares obrigam Caetano Veloso a se apresentar na TV Globo com Manchete cobrindo a farsa montada pela ditadura. Na foto, a expressão do cantor diz tudo e revela a verdade dos bastidores. A matéria da Manchete não mostrava créditos de foto e texto.

por José Esmeraldo Gonçalves

Em 1971 Caetano Veloso estava exilado em Londres. Maria Bethânia conseguiu autorização dos militares para o cantor vir ao Brasil visitar os pais, D. Canô e José Veloso, que comemoravam bodas de rubi. Mas foi caro o "preço" a pagar pelo "favor". Por imposição dos agentes do governo Caetano foi obrigado a se apresentar no Som Brasil Exportação, da Globo. A intenção do regime era passar a imagem de que Caetano não estava exilado nem sofrendo qualquer restrição à liberdade.  O "circo" foi armado, Caetano foi à Globo com direito a cobertura da revista Manchete que, ao lado da grande midia, apoiava o regime e tinha "colabôs" infiltrados. As entrevistas foram monitoradas e o cantor não podia falar de política. Manchete também cobriu a reunião da família Veloso em Santo Amaro. A reportagem não fala o motivo da permanência do artista em Londres. Refere-se apenas a "ausência".

Essa imagem da Fatos & Fotos ajudava a divulgar a versão do regime militar sobre a temporada de Caetano e Gil em Londres. A ditadura queria fazer crer que os cantores eram "turistas"  e não exilados após prisão, interrogatórios, tortura psicológica e ameaças.

Ao mesmo tempo, como conta a reportagem da Fórum, Fatos & Fotos publicava matéria com Caetano e Gil, em Londres, como se fossem alegres viajantes. Na época, Caetano escreveu uma carta ao Pasquim sobre a foto da F&F, a da dupla em frente ao Big Ben.

O texto da Fórum, excelente, a propósito, é de Cynara Menezes, a Socialista Morena. Fica como alerta ao atual momento brasileiro em que, além do notório Bolsonaro, figuras que nos últimos anos defenderam o regime militar e a militarização da política agora se apresentam como pré-candidatos "democráticos" às eleições presidenciais de 2022.  

Desconfie das hienas em penas de pombas.

Você pode ler a matéria no link abaixo que remete à Fórum.

https://revistaforum.com.br/blogs/socialistamorena/o-dia-em-que-caetano-foi-obrigado-pela-ditadura-militar-a-cantar-na-globo/

  

domingo, 28 de novembro de 2021

Deu no Sensacionalista: marreco vira rato

Reprodução Twitter

Na capa do Meia Hora...

A terceirona é clone

Reprodução Twitter 

Bolsonaro vai concorrer contra Lula e o balde genético da sopa política que criou e a mídia saúda como terceira via. Os pré-candidatos da terceirona apresentados até agora são seus filhotes íntimos e não poderão negar a paternidade. 

Deduz-se que já têm prontos seus programas de governo. 

É só dar um ctrl-del no que Bolsonaro apresentou na campanha de 2018. Já que o apoiaram, referendaram a seita que desgoverna o Brasil.

sábado, 27 de novembro de 2021

O Globo, hoje, com matéria do repórter Eduardo Gonçalves, revela o narcogarimpo na Amazônia

 






Reproduções O Globo, 27-11-2021

por José Esmeraldo Gonçalves

Revelação estarrecedora. O garimpo na Amazônia tem nova griffe: narcogarimpo. Como as corporações que promovem fusões fazem para maximizar lucros, organizações criminosas estão juntando os departamentos de ouro e pó. Não é segredo que o governo Bolsonaro incentiva publicamente toda e qualquer ação de depredação da Amazônia. Estado mínimo e sem fiscalização é para isso.  Garimpo ilegal? Pode. Garimpo 'legal' descontrolado? Também pode. Extração clandestina de madeira? Venha. Transformação de áreas da floresta em pasto? Financiamos. Soja no lugar de árvores? Manda e o Banco do Brasil dá uma ajuda. Mineração em terras indígenas? Tá valendo. Mercúrio nos rios? É o preço do progresso. 
A reportagem do Globo ouviu a Agência Nacional de Mineração (ANM), vinculada ao Ministério de Minas e Energia de Bolsonaro. Quis saber como um orgão do governo autoriza criminosos a explorar ouro e ainda poluir com mercúrio mortal o Rio Madeira e outros cursos fluviais da Amazônia. Resposta cínica dos poderosos burocratas ao jornal diz que não é competência da agência "pesquisar a vida pregressa, judicial ou afins" de pessoas que requerem o direito de explorar o subsolo amazônico. O que isso significa? F***-se. Os bandidos de todo o mundo podem chegar ?

No pedestal da Estátua da Liberdade, em Nova York, está escrita a célebre frase: 
“Venham a mim as massas exaustas, pobres e confusas ansiando por respirar liberdade. Venham a mim os desabrigados, os que estão sob a tempestade. Eu os guio com minha tocha.”

Pelo jeito, o governo brasileiro quer  reescrever o apelo iluminista do monumento. 

Venham a mim os traficantes, os carteis de droga, os lavadores de dinheiiro e garimpeiros de araque. A Amazónia anseia por progresso. Fazemos qualqeur negócio. Venham a mim os foragidos, os marginais, os canalhas, os que estão sob a tempestade da lei. Eu os guio com a minha tocha, o meu AR-15, a minha pistola Glock, o meu Parafal, o meu M-16. Já diz a bíblia, 'tu és pó e ao pó retornarás'" .

Atualização em 28-11-2021 - Por pressão do Ministério Público e de organizações ambientais, a Polícia Federal faz operação contra o narcogarimpo. Algumas foram incendiadas e a maioria fugiu do flagrante rumo a regiões próximas de fronteiras. Chamava a atenção do mundo a presença maciça e ostensiva de equipamentos ilegais e caros no Rio Madeira, durante dias, sem que as autoridades tomassem qualquer providência. São 600 barcaças com maquinário de alto valor e inacessíveis a autônomos de poucos recursos. Um quilo do mercúrio que contamina o rio e provoca a morte lenta de quem faz uso das águas ou da pesca custa quase dois  mil reais, fora o transporte para a região.

Promoção Black Friday: pague um e leve três

 

Reproduzido do Twitter El País Brasil

Joseph Pulitzer bem que falou...

por José Esmeraldo Gonçalves

O jornalismo deve muito a Joseph Pulitzer. O imigrante húngaro que chegou aos Estados Unidos com apenas 17 anos, combateu os confederados na Guerra Civil, trabalhou como carregador de bagagens e garçom antes de conseguir um emprego de repórter em um jornal dirigido à comunidade alemã. 

Foi o começo de uma carreira que o levou a editor e proprietário de um rede de jornais. As primeiras matérias investigativas da imprensa estadunidense foram pautadas pelos seus veículos. Pulitzer e seus repórteres denunciaram a exploração ilegal de trabalhadores, atuação de cartéis em vários ramos de negocios, combateram a corrupção e defenderam como poucos a liberdade de imprensa. 

O editor criou uma fundação exclusivamente para oferecer bolsas de estudos para jovens jornalistas. Seu nome é mais conhecido hoje por dar nome a um importante prêmio de imprensa, mas Joseph Pulitzer deixou muitas lições.  E nos legou uma frase que mais parece uma visão premonitória. 

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica 

e corrupta formará um público tão vil como ela mesma". 

Ele morreu em 1911, há exatos 110 anos, sem conhecer TV, rádios e sites bolsonaristas. 

Mercúrio do Madeira é mortal: lembrem Minamata • Por Roberto Muggiati

A Pietá de Minamata: trágico símbolo do envenenamento
por mercúrio. 
Foto de W. Eugene Smith

W. Eugene Smith foi agredido por seguranças da fábrica Chisso, corparação influente no Japão, que lançou mercúrio criminosamente, durante anos, nas águas da Baía de Minamata. A foto da mãe japonesa e sua filha custou um olho ao fotógrafo.  

O envenenamento por mercúrio – ingerido pelas populações das áreas poluídas ao consumirem peixe, seu único sustento, causa várias deformidades e, em muitos casos, a morte. Uma das fotos emblemáticas do século 20 – uma mãe japonesa dando banho em sua filha lesada, numa composição que lembra as Pietàs do Renascimento – deu muitos prêmios ao fotógrafo W. Eugene Smith, mas lhe custou um olho, ao ser brutalmente espancado por seguranças da indústria química transgressora na pequena cidade pesqueira japonesa de Minamata. A agressão tóxica foi tão grave que, já em 1954, gerou a denominação do mal: a Doença de Minamata, uma síndrome neurológica causada por severos sintomas de envenenamento por mercúrio. Os sintomas incluem distúrbios sensoriais nas mãos e nos pés, danos à visão e audição, fraqueza e, em casos extremos, paralisia e morte.

W. Eugene Smith (1918-78), um dos maiores foto-ensaistas dos anos dourados do jornalismo ilustrado, passou três anos em Minamata (1971-73) com sua mulher, a nipo-americana Aileen Mioko Smith, documentando a doença. Seu registro Tomoko Uemura tomando banho é considerado uma das obras-primas da arte fotográfica. Antes não o fosse e a pequena Tomoko pudesse crescer com saúde. 

Quantas Tomokos resultarão do garimpo ilegal do rio Madeira? Um crime, como sempre, acobertado pela conivência corrupta das autoridades brasileiras...


sexta-feira, 26 de novembro de 2021

"Muito prazer, sou o fundo do esgoto. Cheguei!"

Reprodução Twitter

Quem disse que assaltante só ataca nas ruas?

A nova capa da Carta Capital. 

Dia da Consciência Negra é todo dia!

Clementina de Jesus, 1978.
Foto Guina Araújo Ramos



por Guina Araújo Ramos 

Todo dia... Em todo dia é necessário que os brasileiros reforcem (ou adquiram) consciência da história e das condições de vida da população negra, a maior do país.

Todo dia é dia de luta contra o racismo, contra a segregação social, contra o preconceito de classe, de cor etc, e ainda contra as várias versões de escravidão de que é vítima a população negra, enfim, todas estas violências que atingem os grupos sociais subalternizados e explorados historicamente pela “elite” colonialista brasileira.

E todo dia é dia de celebrar as grandes figuras negras do Brasil. Hoje, por exemplo, uma das nossas maiores vozes: Clementina de Jesus!

É evidente que, dada a desproporção da presença das pessoas negras nos espaços de prestígio e poder da sociedade brasileira, até que não me surpreendi ao perceber que, na minha carreira de fotojornalista, fotografei muito menos negros...

E isto pode ser demonstrado em rápido balanço dos Bonecos da História que publiquei até agora: a presença de pessoas negras não chega a 25%... Pouco, não por escolha minha, mas por indicação profissional alheia, uma evidência do racismo estrutural vigente, porém todos da maior qualidade!

São eles (nas respectivas postagens): Carmen Costa, Lula, D. Ivone Lara, Marielle Franco, Beto Sem Braço e Aluísio Machado, Jorge Ben Jor, Aracy de Almeida, Júnior, Zezé Mota, Caetano Veloso (com Betânia e Gal), Luisinho do America, Jackson do Pandeiro, "Boca de Anjo", Carlinhos Pandeiro de Ouro, Tia Doca da Portela, Cartola, Apoena Meirelles (e Zé Bel), Milton Nascimento, Alcione, Conceição Evaristo, Baden Powell, Paulinho da Viola, Agnaldo Timóteo, Gilberto Gil e Monarco, se deixei de citar alguém...

E, não por acaso, são também negros os protagonistas da série "Foto Monumento": Trabalhador Desvalorizado, Trabalhador Semiescravizado e Torcedor Desanimado.

Clementina de Jesus, 1978. Foto Guina Araújo Ramos

Creio que só fotografei Clementina de Jesus uma única vez, e é uma pena, para a revista Manchete (ou Amiga?), em um show, e já não sei mais qual... E daí são apenas duas as imagens de Clementina de Jesus as que tenho para apresentar n’[Os] Bonecos da [minha] História [no Fotojornalismo]. Outras fotos, aí só mesmo se alguém conseguir descobrir o paradeiro do sumido arquivo fotográfico da Bloch Editores...

Pena que eu não tenha mais do que estas duas fotos, dois “slides” (diapositivos, transparências...), um deles, aliás, muito ruim de foco... 

Lamento, mas as fotografias, além da perda de detalhes do próprio escaneamento, pela ação do tempo (as fotos são de 1978), estão cobertas de manchas, com tendência ao lilás.Uma escassez que me obrigou a considerável esforço de recuperação digital da imagem principal, o que, infelizmente, nunca dá resultado perfeito... Para que se tenha noção, deixei a foto sem foco na condição atual.É pena, mas, no que nos traz Clementina, vale a pena!

https://bonecosepretinhas.blogspot.com.br/


quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Shipou! GloMoro já está no ar

Reprodução Twitter

por O.V.Pochê
Embora não declare voto, como alguns importantes veículos estadunidenses, a Globo historicamente faz sua escolha entre os candidatos a presidente. No atual ciclo constitucional, abraçou Collor, FHC, José Serra, Aécio, embarcou no golpe contra Dilma, amou Temer, aceitou Bolsonaro, Moro é seu novo crush, mas poderá se apaixonar pelo Bozo caso este enfrente Lula em um segundo turno. O GloMoro já está  bombando na grade jornalistica. Ano que vem é possível que faça périplo por Ana Maria Braga, Dança dos Famosos, visite os confinados de BBB, cante com Fagner no Musica Boa e seja coroinha na Santa Missa do Padre Marcelo.


quarta-feira, 24 de novembro de 2021

A volta do cipó de aroeira do neofascismo bolsonarista

Vi e ouvi. Oligarquias da mídia e comentaristas políticos apoiando a PEC da Bengala cujo objetivo era adiar para 75 anos a aposentadoria dos ministros do STF e com isso impedir Dilma Roussef de nomear um integrante do Supremo. O neofascismo bolsonarista copia o modelo e dá o troco. Se aprovada, já que a tramitação corre como uma blitzkrieg nazista, a PEC da Vergonha retornará a idade de aposentadoria dos ministros para 70 anos. Com isso, Bolsonaro poderá nomear mais dois ministros terrivelmente evangélicos. A liberdade sairá perdendo, a ética e a democracia sofrerão. O Brasil dará um passo gigantesco para se tornar um teocracia opressiva. Falta pouco. Obrigado Globo, Folha, Estadão e demais instrumentos de ataque à democracia no Brasil. Vocês conseguiram de novo f*der o Brasil 

sábado, 20 de novembro de 2021

Empresário carcará de olho na carniça

A ilustração acima é Reprodução/Estadão.

Claro que isso ia acontecer. A ideologia da maioria dos grandes empresários brasileiros é a do carcará. Pega, mata e come. Imagina se os elementos perderiam uma oportunidade dessas. Ainda mais se são bolsonaristas fanáticos e aproveitadores. Essa nota é do Estadão. Previsível. Eles querem surfar na pandemia, tirar lucro do vírus e tornar permanente a supressão de direitos trabalhistas aprovada em emergência sanitária. Se pudessem fazer merchandising em velórios, fariam. Claro, são malandros sem visão social. Vários desses predadores são sonegadores. A postura dessas figuras lamentáveis explica em muito o atraso econômico, ético e social do Brasil. Vivem na Colônia. E se lambuzam. No caso, segundo o jornal, estão contando com a ajuda do Arthur "Severino" Lira.

Da Folha de São Paulo: memória da fotografia tá "on". Na nuvem

 

Reprodução Folha de São Paulo. Clique na
imagem para ampliar.
Veja o vídeo https://youtu.be/0q0hYKSeG3U

"Mora corno aí"

Pra quem não lê o Wall Street Journal nem tem dinheiro em paraíso fiscal fica difícil entender o que faz a estátua do touro  chifrudo ocupando a calçada paulistana. Reprodução Twitter

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Livro retrata a música brasileira em 100 fotografias

 

Reprodução O Globo. Clique na imagem para ampliar


Na terça-feira, 16 de novembro, O Globo publicou no Segundo Caderno uma matéria sobre o lançamento do livro "A história da música brasileira em 100 fotografias" ((Ed.Bazar do Tempo), com curadoria de Hugo Sukman e Rodrigo Alzuguir. A foto destacada na página é de Paulo Scheuenstuhl, da Manchete. Ele foi cobrir para a revista, em 1967, uma reunião de cantores e compositores da MPB que lideravam um movimento para resgate das marcinhas de carnaval. Apesar do esforço, as marchinhas não mais emplacaram, mas ficou a foto histórica. A Manchete publicou essa foto inúmeras vezes, inclusive mapeando os nomes e posições dos presentes. A reprodução abaixo é do livro "Aconteceu na Manchete -as histórias que ninguém contou" (Desiderata)



Série "Pam e Tommy" conta a história secreta de uma sex tape pioneira



Lily James em cenas de "Pam and Tommy"

por Ed Sá 
Hoje, sex tapes são comuns. Grandes estrelas de Hollywood já foram vítimas de vazamento de imagens íntimas. Nos anos 1990, quando a internet ainda não era tão devastadora, uma "fita", como se chamava o cassete VHS, foi comercializada e virou febre no mundo como sex tape pioneira. 

Pamela Anderson
em Baywatch
O maior ícone sexual da década, recordista de capas da Playboy, a loura estrela de maiô vermelho da série Baywatch (aqui S.O.S Malibu) havia ligado uma câmera para registrar todos os detalhes da sua quentíssima lua de mel. Filmou, vazou. Pamela Anderson e Tommy Lee, da banda Mötley Crüe mostravam corpos e habilidades na cama. O casssete, hoje digilalizado e ainda acessado em sites para adultos, era oferecido em canais de venda clandestinos: certas bancas de jornais, estações de trem e metrô e bares frequentados por jovens executivos Cópias piratas da pirata estavam disponíveis de Nova York a Amsterdam, de Londres a Viena, de São Paulo a Caicó, de Salgueiro a Bodocó. Dizem que em Niterói um jornalista fã do cinema adquiriu seu exemplar na estação das barcas. 

A plataforma Hulu acaba de lançar o trailer da série "Pam and Tommy" que contará toda a história do vazamento das cenas. A bela Lily James interpreta Pamela Anderson. A transformação da atriz é impressionante. Sebastian Stan é Tommy Lee. Seth Roger ´vive Rand, o homem que roubou a fita. O ator Nick Offerman faz o papel do empresário pornô Tio Miltie, que comercializou a fita. Ainda sem data de lançamento no Brasil, a série será exibida aqui no canal de streaming Star+ .

VEJA O TRAILER DE "PAM AND TOMMY" AQUI

O Brasil precisa conhecer a verdade sobre a Escravidão

 por J.A.Barros

“Existem muitas Áfricas escondidas no Brasil”. 

Com essa frase, o jornalista e escritor Laurentino Gomes começa a decrever para o Brasil de hoje o que foi o Brasil de ontem. Nos seus livros - Escravidão volumes I e II - ele revela o Brasil que ainda não é contado e nem ensinado nas escolas.

Todos nós, brasileiros, precisamos tomar conhecimento da história da escravidão que nos é ocultada em seus pormenores. Tanto vai surpreeder que nos perguntaremos depois: 

- Por que o racismo?

O fato é que, após a leitura desses livros, entendi mais do que nunca que devemos aos negros brasileiros gratidão e respeito pelo que fizeram, pelo que trabalharam, pelo que trouxeram nas suas mãos acorrentadas, por todo o conhecimento de como lidar com a terra, com o ferro, como descobrir o ouro que se escondia nos fundos dos riachos e como garimpar as pedras preciosas que rolavam nos leitos dos rios, de como plantar os pés de café e a cana que nas usinas produziram o açúcar. Na sua tragédia, explorado e torturado, vivendo em condições terríveis o negro mostrou conhecimento. Os escravagistas que pouco ou nada sabiam de como trabalhar nessas generosas terras, encontraram no homem negro, caçado na imensa África, os braços fortes para explorar as riquezas que enchiam os bolsos dos colonizadores. O que aqueles crueis senhores não sabiam é que por trás do drama e das correntes os negros lançavam ali, com a sua cultura, as bases da nação em que, a cada dia, estão mais presentes. E agora que  a nação se construiu como são vistos aqueles que foram espancados, torturados, chicoteados, desprezados e humilhados? Sim, aqui fica a pergunta que pede resposta. O homem branco se nega a reconhecer no homem negro a sua importância. Daí o racismo que nos divide e que em tempos absurdos parece aflorar ainda mais. 

Por que o racismo se devemos tanto ao homem negro pelo mundo em que vivemos hoje?

terça-feira, 16 de novembro de 2021

O boi e os boys da Bolsa de Valores de São Paulo

O  boi dos boys do mercado. Reprodução Twitter

por O.V.Pochê
Os boys da especulação financeira estão eufóricos. Mercado é assim mesmo. País descendo a ladeira e a bolsa quebrando recordes de movimento. urante a ditadura militar, no começo dos anos 70, o período mais intenso da carnificina de Garrastazu Médici, a Bolsa faturava como nunca. Os rapazes da especulação andavam de Puma, o carro ambicionado na época, e bebiam Dimpus às garrafadas. Corria a boca pequena e nariz voraz que aspiravam outra coisa além de ficar ricos. Ganharam dinheiro na primeira leva e, após a euforia, fizeram incautos perderem os "tubos", como se dizia. 
Pois eu contava que os boys  do mercado estão novamente com o boi na sombra e faturando na gangorra financeira e frequentemente anunciada do Paulo Guedes. Tanto que hoje inauguraram em frente à sede da Bovespa, agora chamada de B3, um "touro" similar à escultura famosa de Nova York. O touro americano parece mais feroz. A versão paulista tem jeitão passivo. É feito de que? Plástico? O de NY é de cobre, metal que aqui seria rapidamente roubado.
Protesto contra a fome. Reprodução Teitter

Hoje pipocaram na web memes com o boi dos boys, que recebeu cartaz de protesto contra a fome em alta no Brasil e a pobreza em curva ascendente. Em tempo o boi paulista foi doado por um empresário bolsonarista. É o bezerro de ouro do deus mercado.

domingo, 14 de novembro de 2021

No GP São Paulo a resposta de Hamilton

Hamilton à maneira de Senna festeja o povo brasileiro. Povo, não o neofascista governo brasileiro. Foto: reprodução de imagem da Band

por Niko Bolontrin 

Luís Amilton deu hoje na pista de Interlagos uma resposta aos bastidores insondáveis da Fórmula 1. Mostrou que jogadas, pressões de marcas poderosas, injustas punições, podem ser superadas pelo talento. Hamilton emocionou Interlagos ao lembrar Senna. Derrotar o desleal Vesttappen e o seu sogro bolsonarista Piquet foi o bônus extra, o plus, da grande vitória do Lewis Hamilton. A Mercedes é, neste ano, carro inferior ao da arrogante e encrenqueira Red Bull. Dificilmente ganhará o campeonato. Mas essa corrida vale como um título.  

The Intercept Brasil concorre a prêmio internacional com a série de reportagens Vaza Jato



por José Esmeraldo Gonçalves 

Na quinta-feira, 18 de novembro, a organização Repórteres Sem Fronteira anunciará os vencedores do Prêmio RSF 2021 para a Liberdade de Imprensa.  Jornalistas e veículos de 11 países foram indicados em três categorias: coragem, impacto e independência do jornalismo. Com a ascensão da ultradireita e do neofascimsmo em muitos países, inclusive no Brasil, meios de comunicação independentes são censurados, profissionais são ameaçados e perseguidos. O Brasil tem apenas um indicado entre os finalistas: The Intercept Brasil concorre ao prêmio na categoria Impacto: a série de reportagens que ficou conhecida como Vaza Jato e revelou mensagens trocadas entre promotores sobre a Lava Jato provou a parcialidade do juiz Sergio Moro e seu envolvimento abusivo na elaboração de acusações  que resultaram anuladas pelo STF. Jornalistas do TIB receberam ameaças de morte por revelarem as ilegalidades da Lava Jato.

PARA CONHECER OS DEMAIS CONCORRENTES CLIQUE AQUI