sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Ancelotti deu um drible da vaca na mídia esportiva




Reproduções 

por Niko Bolontrim

Carlo Ancelotti não deixou apenas a CBF no vácuo. Ele deu um drible da vaca em grande parte dos jornalistas esportivos. Alguns mais experientes, desconfiaram desde o início, mas coleguinhas de destaque embarcaram no primeiro de abril fora de época pregado pela CBF. Houve muito deslumbramento, houve até quem confirmasse que a vinda de Ancelotti para treinar e seleção e tentar tirá-la da fracassada trajetória em duas Copas na chamada Era Tite estava confirmadíssima e havia acordo assinado. Não havia nem papel assinado, nem o interesse de Ancelotti. 

O treinador do Real Madrid nunca deu sinais reais de de que deixaria um dos principais times da Europa para encarar uma aventura tropical. Foi um devaneio da CBF para levantar o próprio astral após o desastre no Catar. Foi como jogar milho para a mídia esportiva se distrair por uns tempos. 

Fantasia à parte, o ano termina mal na vida real para a CBF. Intervenção, FIFA ameaçando punição por interferência judicial na entidade (risco de afaastamento de competições), seleção encrencada nas Eliminatórias e com treinador interino que dificilmente será efetivado em razão do desempenho sofrível. Em meio a tudo isso, até que o ridículo episódio Ancelotti deu leveza a um ano pra esquecer.

A CBF contou uma piada e a mídia acreditou...

Joel Santana está disponível.

Governadores bolsonaristas têm relação incômoda com a democracia

 



Reportagem do Globo, hoje, diz que governadores bolsonaristas não vão ao ato que celebra a vitória da democracia contra a tentativa de golpe empreendida por apoiadores de Bolsonaro porque estão "incomodados" com Lula. Ruim seria se esse quarteto estivesse confortável com o novo governo. Na verdade, o incômodo desses elementos é com a democracia. Se o golpe tivesse acontecido eles estariam comemorando no palanque vestidos com a camisa da CBF. Outra coisa, Globo, "já foram alinhados", não, são os quatro são soldados do capitão que o Exército chutou.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

A farra das emendas...

 


Você já ouviu falar em "emendas de relator", "emendas de bancadas", emendas de deputados e senadores, orçamento secreto etc. Se você tinha dúvidas sobre para onde vai o dinheiro, uma pista é essa notícia acima publicada no portal Metrópoles. Esses instrumentos que empoderaram o Congresso surgiram no governo Michel Temer e foram bombados no governo Bolsonaro. Hoje embolsam grande parte do orçamento federal. 


Privatiza que melhora

 

Reprodução 

A privataria está ruindo por um motivo muito simples. Grupos estrangeiros ou financeiros que ocupam as concessões têm o foco principal em maximizar os lucros, os dividendos e os bônus de diretores e acionistas. Sobra pouco para investimentos. A regra geral, quando esses grupos assumem concessionárias de serviço público, é a demissão de pessoal, principalmente equipes técnicas. Distribuidoras de energia elétrica, linhas de transmissão, trens urbanos, barcas, rodovias, aeroportos, metrôs, saneamento, terceirização de hospitais (essa é a privataria disfarçada), etc, objetivam altos lucros e baixo investimento. É natural que, como está acontecendo agora, a qualidade dos serviços prestados vá pelo ralo. Se o Brasil não quiser ter um colapso nesses setores nas próximas décadas, veremos a mídia neoliberal defender o investimento público em corporações privadas para evitar o caos. Não há quem goste mais de dinheiro público do que os neoliberais.

O contribuinte é vitima, o contribuinte paga a conta

 



Cacau Protásio foi ofendida em um quartel por dois bombeiros identificados. Corretamente a Justiça determinou um reparação financeira à atriz. Fez-se justiça? Mais ou menos. Infelizmente  a indenização, como ocorre em todos os casos que envolvem servidores públicos, sairá do sofrido bolso dos contribuintes. Os dois servidores responsáveis pelas ofensas respoderão aoenas a procedimentos administrativos quando a conta, nesse e em outros casos, milhares, semelhantes, deveria ir para os autores das ofensas e não para o Estado. Vale dizer, sobra sempre para os sacrificados contribuintes. Por que o Estado tem que pagar por um erro, falha ou crime dos seus agentes?  Assim é mole. O contribuinte é vítima e o contribuinte paga. Há muito de errado nessa lógica. 

Influenciadores na mira da lei. Caso Choquei e a fake news assassina. O "aviãozinho" malandro e o banco muito "izperto"

por Ed Sá

O trágico Caso Choquei - o site de fofocas que publicou a fake news que angustiou a menina Jéssica Canedo e a levou ao suicídio; a parceria de influencers famosos com portal que promove o jogo do "aviãozinho" e recebeu queixas de internautas que acusam a empresa de não pagar os ganhadores de quantias mais altas;  e o Girabank,  montado em sociedade com influenciadores e que é acusado de impedir o resgate de depósitos dos contistas, acendem alerta nas redes. Em foco, o pessoal que tem milhões de seguidores e usa esse poder para recomendar produtos financeiros e muitas vezes impulsionar fraudes ou simplesmente publicar fake news, notícias maldosas e irresponsáveis. São as plataformas 171.

Já passou da hora de o Brasil aprovar legislação que responsabilize os donos dessas páginas por manipulação dos seus seguidores, autoria direta e cumplicidade em esquemas fraudulentos e em agressões e crimes variados. Se houver regras legais sobre isso talvez os influenciadores passem a atentar para a ética e investigar seus patrocinadores antes de ajudar muitos pilantras a enganarem milhares de pessoas. 

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Futebol: o retiro dos artistas

por Niko Bolontrim

A imprensa esportiva - e não apenas a mídia brasileira - deve achar que o torcedor é idiota. Uns e outros estão aí festejando o Christiano Ronaldo como o maior artilheiro de 2023. Caros, um gol do Haaland, na Champions, vale 10 gols do R7 nas peladas da Arábia Saudita. Um gol do Mbappe vale 15 gols do Messi na Flórida onde o futebol e também indigente. Não dá para comoarar. Os árabes vão investir bilhões e contratar uma multidão de craques em fim de carreira até que a bola ganhe alguma inteligência no deserto. Mas isso não importa para veículos que vislumbram alguma chance de morder um pouco do patrocínio dos sheiks. Daí, levam a sério o futebol que se pratica no Golfo e na Flórida, na China etc. Messi está certo. Foi curtir a aposentadoria em Miami onde, aliás, os estadunidenses coroas vão curtir sol e coqueiros antes de bater as botas. R7 não deve ser criticado. Não tinha mais pernas para jogar na Europa e foi ganhar sobrevida com os petrodólares dos sheiks. Neymar não mais cogitado por times de ponta do futebol digno desse nome descolou uma licença médica remunerada nas Arábias. Está no estaleiro e só deve voltar a jogar, se voltar, no segundo semestre do ano que vem. Luiz Suarez tamvrm sabe das coisas. Depois de uma boa passagem pelo Grêmio, percebeu que o Brasileirão era puxado demais para a sua idade. Esperto, foi para onde? Para a Flórida descolar alguns milhares de dólares antes de trocar as chuteiras pelo pijama. Todos os citados acima são jogadores de talento respeitável. Ninguém dúvida. Mas estão atuando nas ligas dos quase inativos. Merecem o descanso remunerado em ligas que, com todo o respeito, mais parecem o retiro dos artistas.




Mídia: jornalismo do Estadão precisa passar por estação de tratamento de resíduos fecais

 

Reprodução X


O jornalão da oligarquia Mesquita está apanhando nas redes sociais. A hashtag "Estadão mente" dispara na web. A mais nova canalhice é atribuir compras para o Palácio da Alvorada como se fossem presentes para Lula e Janja. O título desonesto é intencional. Vídeos e fotos mostraram em janeiro de 2023 o estado em que o governo Bolsonaro deixou o palácio. Ao mesmo tempo caravanas de caminhões-baú deixaram o local ao na madrugada ao fim do regime bolsonarista. Enquanto isso, nos salões do Alvorada, parecia que uma vara de porcos residira no ambiente. Lula levou semanas aguardando que o local se tornasse habitável. O Estadão sabe que a reposição de itens foi necessária. Inclusive a do tapete que exibia manchas indecifráveis. Mas, com esse titulo, preferiu seguir com a manada de porcos.

Do Globo, hoje: programa do governo cria "emendas religiosas" e ensina como sequestrar a democracia

 

Título de matéria


A informação é do Globo. 

O comentário que se segue é do blog. 

Igrejas estão há muito turbinadas com verbas públicas de estados, municípios e governo federal para montagem de "clínicas" e instituições  de "assistência". Na mesma proporção são frequentes denúncias publicadas na mídia de desvios de dinheiro (a fiscalização é nula) e de maus tratos de pacientes em muitas dessas arapucas montadas para uso político como parte da expansão ideológica de igrejas neopentecostais. 

A vítima maior é a democracia. 

O futuro dirá. 

Ao lado de isenções de impostos que alcançam bilhões de reais, "convênios" como esses não são novidades. Todos os governos e de todos os partidos fazem isso. O que Lula e o Ministério do Desenvolvimento Social, com Wellington Dias à frente, estão implementando é tornar a prática uma política de Estado. É criar as "emendas" religiosas. A propósito, questionado pelo Estadão, Dias já afirmou que é católico e a esposa e filhos são evangélicos.

A ironia é que o governo federal organiza um evento para marcar o 8 de Janeiro como o dia em que a Democracia venceu o golpe. Pois a maioria dessas igrejas que vão receber benesses apoiou o golpe, pastores pregaram abertamente a sedição e muitas "ovelhas" ferozes estiveram nas invasões dos Poderes. São claramente, e não negam, aliados da ultradireita.

Lula talvez não saiba, mas nessas organizações existem coisas "cura gay", "regeneração" de praticantes de religiões de origem africana, "expulsão do diabo do corpo dos dependentes químicos" etc.

Não se trata de crítica a religiões. É política, estúpido! É a indústria religiosa em ação, avançando na sua anunciada montagem de um complexo político para ocupação do Estado. Cada vez mais, como mostra a notícia, com a ajuda da vítima, o proprio Estado Laico. Não há mais esperança de que esse processo seja revertido no Brasil. Não há no horizonte uma política que um dia defenda a privatização das igrejas neopentecostais e impeça o sequestro da democracia.


segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Javier Miley e o massacre da serra elétrica

O personagem Leatherface, do filme Massacre da Serra Elétrica, inspira Javier Miley. Foto Divulgação 


por José Esmeraldo Gonçalves

Javier Milei é um fascista debochado com traços de crueldade e psicopatia galopante. Como segue a cartilha neoliberal recebe apoio das oligarquias da mídia brasileira. Outro dia a Globo News foi buscar Mailson da Nóbrega, ex-ministro de José Sarney para convencer a audiência de que Milei é gênio. Mailson tem nome o obra ligados a fracassos. Cruzado Novo, Plano Verão, hiperinflação e incompetência para negociar a dívida externa no fim dos anos 1980. Pois o ministro desastrado apoia as medidas de Javier Milei. Teme apenas que o Congresso argentino derrube o pacotão neoliberal. "Está no caminho certo", disse Mailson. O "certo", para ele, é fazer aumentar a pobreza no país, confiscar percentuais das aposentadorias, liberar preços e condições dos aluguéis, impor regras selvagens para empregos e salários, beneficiar os ricos e levar a privataria ao extremo. 

Entre outros absurdos, Milei e sua junta de maníacos bolaram até uma legislação que é símbolo do deboche: empresários podem pagar salários em qualquer moeda, bens ou objetos. Cachos de bananas, por exemplo. Isso mesmo. No fim do mês o trabalhador passa no caixa e recebe pencas da fruta de acordo com o preço de ocasião. Se o funcionário tem que pagar o aluguel no dia seguinte, deve correr à feira mais próxima para vender o produto. O locatário não vai aceitar o pagamento em hortifruti, claro.

Dizem que Milei sofreu bullying e abusos quando jovem. Trata- de uma doença social que alcança muitos estudantes. A maioria consegue superar o trauma, outros carregam a mágoa e, em casos extremos se vingam dos algozes invadindo colégios e metralhando pessoas. Poucas horas depois da posse, Javier Milei já demonstrou que a presidência é a sua vingança e o povo da Argentina a sua vítima. Milei nada mais é do que um "serial killer" adormecido que usa a caneta como arma.   Não por acaso, adotou como símbolo do seu programa de governo a serra elétrica. 

Miley é o Leatherface da vida real.

Quanto a Mailson da Nóbrega, deve lamentar não ter decretado a banana como moeda trabalhista nos seus tempos de  ministro de José Sarney e "cérebro" do Plano Verão. Sabendo-se que o Brasil tem mais variedade de frutas do que a Argentina, os empregadores e o governo iriam se dar bem. Além de bananas, jaboticabas, usariam abacaxis, pitombas, mamão, umbu, cajarana e côco para pagar  salários, décimo terceiro, aposentadorias, FGTS, horas extras e auxílio doença etc. 

Se Milei transformar a Argentina em uma imensa Ceasa, Mailson vai achar do cacete e a Globo News vai convidá-lo mais vezes para nós ensinar que banana tem vitamina e faz a economia crescer.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Se a iguaria de Natal fosse global, o troféu do Mundial de Clubes deveria ser uma rabanada

Guardiola deixou Diniz sem rumo.
 Foto FIFA 

por Niko Bolontrim

O técnico Diniz, no jogo contra o Manchester City, lembrou Tite no segundo tempo dos dois jogos em que foi despachado das Copas da Rússia e do Catar: nada a fazer a não ser pensar no que dizer nas coletivas após as derrotas. Ambos falam difícil, são intelectuais da bola. Os dois são chegados a auto-ajuda.

O Mundial esteve longe do alcance do Flu, mas Guardiola não precisava ter dado esse nó  de quatro voltas no Diniz. Quatro a zero foi sacanagem.

Mas, para consolar o tricolor, esse título é meio mais ou menos. Nos anos 1960 começou com certa relevância por confrontar times brasileiros (na verdade o Santos em sua fase áurea), argentinos e uruguaios com equipes europeias em jogos de ida e volta. O time paulista ganhou dois títulos (contra Benfica e Milan). Essa fórmula não vingou, times como Ajax e Bayern chegaram a se recusar a jogar, tinham coisa melhor para fazer, e só anos depois surgiu a Copa Toyota que era uma espécie de festa da firma da marca japonesa. A FIFA organizou em seguida uma versão de mundial sem muito sentido, no Maracanã, apenas um "evento" que a entidade armou. E foi acabar nas Arábias para divertir beduíno. A FIFA imaginou jogos eliminatórios insuportáveis de se assistir para "legitimar" a coisa. Também não deu muito certo. É  continua algo natalino como a rabanada.

Agora a entidade que quer ser mãe de todos as bolas vai organizar um mundial de clubes ao estilo de copa do mundo reunindo representantes de todos os continentes. É  que a FIFA teme perder o controle sobre o futebol. Atualmente, o torneio mais importante de clubes é a Champions, que não é da FIFA; a própria Copa da UEFA, onde a FIFA não bota a mão, mostra mais qualidade em campo do que a surrada Copa do Mundo, que vai piorar na próxima edição ao reunir 46 seleções, sendo que a maioria é de perebas de várias etnias. 

Daí, ainda com a UEFA nos seus calcanhares, a FIFA bolou o novo formato do mundial de clubes com mudanças em duas etapas a partir do ano que vem e uma Copa do Mundo de Clubes prevista para os Estados Unidos em 2025. Vai melhorar? Talvez. Serão 36 times mas pelo menos chegar às finais implicará em um caminho mais competitivo, mas em geral não livrará o torcedor de assistir jogo chatos entre times de continentes onde a bola ainda é quadrada.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Paul McCartney pode ser preso a qualquer momento

 

Reprodução X

Coitado. O ex-beatle não tem ideia de quem são as pessoas que adentraram o camarim na cota da produção. Penetras de foto são comuns. Acontece  que a figura em questão, à direita,  praticamente já posou com todos os pilantras da vida nacional. Alguns saíram da foto e entraram em cana. As redes sociais se divertem com as coincidências. Paul não foi alertado sobre isso. Vai pagar caro em moeda de ziquizira.


domingo, 17 de dezembro de 2023

Milei, autoritarismo e vaias

 

Imagem reproduzida do 245


por Pedro Juan Bittencourt (Panis)

Milei foi votar junto aos sócios do Boca e imaginou colher aplausos. Longe disso, tomou vaias segundo informou o portal 245. Além das medidas econômicas que penalizam a pobreza (mais de 40% da população) e favorecem os ricos, ele baixou decretos que criminalizam manifestações e protestos. Milei sinaliza que buscará no autoritarismo inspirado na ditadura de 1976 sustentação para o seu programa elitista de governo. Hoje o jornalista do canal LN Eduardo Serenelli, ligado ao ex-presidente Macri, atual tutor de Milei, sugeriu que os argentinos passem a comer apenas uma refeição por dia para colaborar com a recuperação da economia prometida pelo governo de ultra direita.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Milei é o novo crush da Globo News

 

Reproduções X

O que a posse do ultradireita Milei juntou foi uma coluna de líderes da direita radical e do fascismo global. Cientistas políticos já usaram a expressão Internacional da Direita para nomear a ascensão de políticos que radicalizam o neoliberalismo. O que a GloboNews faz é tentar passar um verniz no Milei, principalmente porque apoia seu pacote econômico ultraliberal, assim como, no Brasil, apoiou Paulo Guedes e seu desprezo por qualquer polica social. Milei é o mais novo crush da Globo.

sábado, 9 de dezembro de 2023

Braskem: a origem do crime em Maceió



Nos anos 1970, manifestação de moradores contra a mineração de sal gema na área urbana de Maceió. Foto: Reprodução 


A ditadura foi responsável por um grande número de desastres ecológicos. Transamazônica, a ocupação desordenada e corrupta da Amazônia, Serra Pelada, Hidrelétrica Balbina, entre outros. Os governos militares se lixavam para qualquer licença ambiental. A exploração de sal gema na área urbana de Maceió foi autorizada por Garrastazu Médici. Coube a Geisel dar início à escavação de túneis embaixo de bairros da capital. A ditadura respondia a qualquer protesto de moradores com a polícia e acionava o temido SNI contra opositores da mineração. Depois disso, o crime foi continuado em governos civis. Interesses de políticos prevaleceram sobre alertas de especialistas e protestos de moradores. Hoje, o desastre que se arrasta há anos está em vias de atingir seu ponto máximo: uma inacreditável catástrofe ambiental.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Neymar recebe seu maior troféu

 

Reprodução X

por Niko Bolontrin

Neymar está perto de completar mil dias afastado dos campos desde 2018. E deve ter quase o mesmo número de presença em festas e baladas.

Em função de contusões frequentes perdeu jogos importantes e decisivos no Barcelona, PSG, Seleção e, agora, Al Hilal. Ausentou-se em jogos dos campeonatos francês, espanhol, Champions e Copa do Mundo. Em matéria de títulos teve uma carreira de soma sofrível para um jogador de primeiro nível da sua geração.  

Atualmente em mais um período de recuperação após cirurgia no joelho, Neymar teve um encontro com o parça Jair Bolsonaro. Deu match. Não se sabe exatamente sobre o que conversam. Quando Bolsonaro era presidente, um dos assuntos possivelmente era uma dívida do jogador à Receita Federal. Rolava um papo sobre isso entre um pão com Leite Moça e uma 

Na semana passada, finalmente, Neymar, que é  meio desprovido de prêmios individuais, recebeu o que deve considerar seu maior troféu. O Bozo lhe entregou a “medalha dos 3 ‘is’: ‘Imbrochável’, ‘imorrível’ e ‘incomível'”. 

As redes sociais se divertiram com a cena ridícula de entrega de tamanha e tão idiota láurea. Mas Neymar merece o vexame. Um dos memes faz uma comparação com as bolas de ouro (que Neymar nunca conseguiu) de Messi, CR7 e Martha.

Maldosos insinuam que há dúvidas e Neymar e seu parça Bozo se encaixam em dois dos três itens, além, é claro, do "imorrivel".

Onde você mora? Na Rua dos Canalhas, número 1964...

Título de matéria do Globo

por Ed Sá 
Boa medida. Mas deve ser expandida. Tão importante quanto os monumentos é a nomenclatura de ruas, avenidas, pontes e viadutos. O Rio tem Ponte Costa e Silva, Viaduto 31 de Março, Avenida Castelo Branco, etc. Os 'gorilas' da ditadura que sequestrou, torturou e assassinou brasileiros são até nomes de escolas. Veja só: Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, em Mesquita, e as escolas municipais Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, em Sulacap; Presidente Médici, em Bangu; e Arthur Costa e Silva, em Botafogo. Castelo Branco é homenageado com um estátua no Leme. A escultura de péssima lembrança já foi pichada várias vezes, mas resiste. Outro dia um general qualquer pediu que o passado seja esquecido. Não. A democracia não pode esquecer os golpes que a ameaçaram e ameaçam. O 8 de Janeiro de 2023 mostrou que os inimigos da liberdade que publicamente apoiam a tortura e os assassinatos ocorridos durante a longa ditadura que ensaguentou o Brasil (1964-1985) estão atuantes. Para eles, o tempo não passou: querem de volta o regime autoritário.  

Editorias de economia dos jornais são abusadas pelo mercado

 



As editorias de economia da mídia neoliberal são normalmente seviciadas pelas previsões do mercado. Acredita em todas. Ao longo de 2023, o mercado errou todas as previsões. Os canais de notícia também, o que é facilmente explicável. Os âncoras e economistas convidados a palpitar nesses veículos são comprometidos. Os jornalistas por orientação editorial e política. Os "especialistas" por ligações com o mercado, muitos são consultores de instituições financeiras, seguem.a boiada. Ninguém sequer calcula, por exemplo, o custo para investidores que seguem as previsões do mercado em relação a papéis de estatais, dólar, inflação etc. Muitos quebraram a cara ao acreditar nas "tendências".

O editorial do Globo de hoje, inconformado com bom desempenho da economia ao fechar 2023, chuta do meio do campo e usa um "mas" safado para informar que em 2024 o governo Lula vai "s3 fu4der". 

sábado, 2 de dezembro de 2023

Racismo e xenofobia avançam em Portugal sob a sombra do crescimento do neonazismo

 


por Ed Sá

Recentemente a embaixada brasileira em Portugal recebeu ameaças de grupo neonazistas. A cordialidade com que os imigrantes portugueses foram tratados no Brasil começa, em sentido contrário, a ser minada no dia a dia dos brasileiros que procuram em Portugal uma opção de sobrevivência. Xingamentos e espancamentos de imigrantes brasileiros são registrados cada vez com maior frequência. A maioria das vítimas silencia por temer problemas legais retaliações. As autoridades locais, quando chamadas, se omitem. O governo brasileiro pouco pode fazer, a não ser pedir a apuração das violência recorrentes. 

Resta esperar que o Brasil recupere a sua economia e seus postos de trabalho, como já está acontecendo e evite a exposição e a humilhação dos brasileiros que caem no conto da bonança em Portugal a um preço insuportável. 

Segundo relatos de imigrantes, além do racismo e da xenofobia um problema real que agrava ainda mais a situação é o aumento dos aluguéis de imóveis.  Aqueles que conseguem apenas subempregos destinam até 50% da renda mensal para a moradia. E ainda enfrentam preconceitos na busca por imóvel ao se identificar como brasileiro. 

Brasileiros ricos falam maravilhas da vida em Portugal. Já os de classe média baixa estão comendo o pastel de nata que o diabo amassou. O fato de a economia portuguesa estar patinado aumenta não só a tensão como afeta o número crescente de imigrantes que pede ajuda ao Itamaraty para retornar ao Brasil. 

O sonho de botar o pé na Europa pela porta de entrada do seu país economicamente mais fraco acabou. Vai quem quer, mas o ambiente só vai piorar. Pergunte ao gajo neonazista que olha atravessado para você nas madrugadas lusitanas.

Atualização em 3/12/2023  - O Globo de hoje publica uma matéria sobre oportunidades para brasileiros em Portugal com base em mudanças da legislação que supostamente favorecem imigrantes, mas apenas aqueles de maior pode aquisitivo ou alta qualificação profissional. A matéria alega "estabilidade" da economia, mas admite que a inflação está em alta e cita a grave crise dos aluguéis. Em toda a matéria as palavras racismo e xenofobia não são usadas. Brasileiros que foram para Portugal, muitos com formação universitária, são entregadores sujeitos à precariedade da atividade. Já as vítimas de racismo podem ser qualificadas ou não, basta ser "zuka", o termo pejorativo usado para segregar brasileiros para serem alvos de agressão. O último caso de repercussão foi a agressor de um estudante brasileira de pós graduação, apanhou na sala de aula e foi chama de prostituta. A polícia foi chamada mas quis apenas saber o que ela fez para irritar o colega português. O Globo usa apenas "cases" de imigrantes bem sucedidos, é uma matéria "fofa", e ignora a dura realidade da maioria dos cerca de 400 mil brasileiros que partiram em busca da sobrevivência e encontraram humilhação do dia a dia.

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Indústria religiosa explora trabalho escravo

 

Reprodução X

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Liberação dos vapes: os coveiros vão se amarrar...


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) toma decisões que impactam a saúde. E também a vida e a morte. Coube à Anvisa, por exemplo, liberar para comercialização no Brasil agrotóxicos proibidos em outros países. Na prática, com aval político sempre suspeito, cedeu ao poderoso lobby do setor. 

Hoje a Anvisa decidiu abrir consulta pública para novamente liberar a morte. É o caminho que outro forte lobby queria para impor a liberação dos chamados cigarros eletrônicos, o devastador vape, atualmente proibido porque é um notório fabricante de cadáveres.

Os vape carregam mais de 80 substâncias tóxicas além da nicotina. Segundo estudos do Instituto Nacional do Câncer, os cigarros eletrônicos aumentam em até três vezes o risco de o jovem usuário e candidato a defunto passar para o cigarro convencional também danoso. 

As agências reguladoras foram criadas pela máfia política neoliberal para contornar o poder público em decisões que mais interessam às corporações do que propriamente às pessoas. O contribuinte sempre pagará a conta bilionária de atendimento médico no SUS das vítimas dos vapes, assim como cobre o imenso custo de tratamento dos fumantes de cigarros comuns doentes. O lobby dos vapes atua no Congresso (há projetos em curso para atender aí rico setor), na mídia e a bordo de bancadas facilmente recrutáveis. 

Eles têm a força, mas resta esperar que a sociedade se manifeste, se conseguir. Essas consultas públicas também sofrem influência dos lobbies milionários.

Um nazista no governo do "ultraliberal" (como Globo prefere chamar a ultradireita) Milei. Existe naziliberal, Globo?

Javier Milei, o ultradireita que os argentinos elegeram (e os veículos do Grupo Globo preferem chamar de ultraliberal) acaba de nomear um nazista para a procuradoria do Tesouro. Outros virão. A direita argentina não se diferencia da rede nazista que viceja no país. E não são "neonazistas" são nazistas-raiz. O nazi Rodolfo Barra admite que foi nazista, participou de atentado contra instituição judaica, mas se "arrependeu". 

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

O capeta recebe Henry Kissinger

1975: Kissinger, o jogador Marinho e o então ditador de plantão Ernesto Geisel. Foto Manchete.

A capa da edição da Manchete na semana em que Kissinger visitou o Brasil em 1975. Enquanto ele era paparicado pelo staff da ditadura e suas damas em coquetéis abertos e conversas fechadas, as tropas de Ho Chi Min e Giap entravam em Saigon. Com Kissinger nos trópicos, longe do game over da encrenca
que ajudou a criar.


Henry Kissinger, então secretário de Estado, visitou o Brasil em 1975. Foi recebido no Congresso e passeou com o general Geisel, o gorila de plantão na ditadura. Curiosamente, enquanto o arquiteto de guerras perambulava pelo Brasil, a capa da Manchete mostrava a correria em Saigon quando guerrilheiros e tropas de Ho Chi Min ganhavam a periferia da cidade. 

Um carniceiro nem sempre precisa por a mão em armas. Kissinger talvez nem soubesse atirar. No fim, viveu muito mais do que suas milhares de vítimas na Ásia, na África, na América do Sul. Ele esteve por trás de incontáveis carnificinas. Autorizou, por exemplo, junto com Nixon, bombardeios de napalm e pesticidas no Vietnã. "Queima tudo", era a política. Com um agravante: sem que decisões desse tipo passassem pelo Congresso. Apoiou as ditaduras na América do Sul, com todo o pacote de intervenção dos Estados Unidos, dólares para montagem de máquinas de mortes, cursos de técnicas de tortura para militares e policiais da Argentina, Chile e Brasil. Uma característica da época foi a eliminação de líderes de esquerda em todo o mundo. Para Kissinger, isso era parte da Guerra Fria. Na Indonésia, foi "conselheiro" de uma operação que resultou em 100 mil mortos. 

Apesar de tudo isso, Kissinger recebeu o Nobel da Paz. Algum sueco bêbado o julgou merecedor por supostamente ser o articulador do fim da guerra do Vietnã quando o seu objetivo era apenas iniciar a retirada das tropas estadunidenses do Sudeste Asiático. Era a tentativa de evitar  um desastre militar incomensurável e, com isso,  livrar a cara dos republicanos alvos da rejeição dos eleitores cansados de receber jovens soldados em sacos pretos. Danos colaterais, diria ele. 

Kissinger morreu aos 100 anos. Não se sabe se pensou em tudo o que fez ou mostrou arrependimento. A frase que mais se aproxima disso, embora ainda distante, é algo como "fiz o que achava que estava preparado para fazer na época". 

Ele foi defenestrado do cargo pelo democrata Jimmy Carter.

Se existe inferno, o carniceiro Mr. K. estará lá certamente como conselheiro do capeta. Experiência no cargo ele tem. E vai ter isso como destaque no Linkedin que o Chifrudo vai ler. 

A morte de Kissinger lembra famosos versos de um cordel de José Pacheco sobre a chegada de Lampião ao inferno. O diabo, avisado da chegada do cangaceiro, ordenou que a segurança o barrasse...

Diga a ele que vá simbora/Só me chega gente ruim/Eu ando muito caipora/Eu já to inté com vontade/De botar mais da metade/Dos que têm aqui pra fora


Crime organizado domina a Amazônia: e a boiada passou

 

Ilustração reproduzida do G1

Há alguns anos surgiu a expressão "narcogarimpo". A mídia neoliberal chegou a usar o termo, mas logo o abandonou. O ouro dos garimpos da  Amazônia, lavado e brilhando, vai parar em joalherias elefantes no Brasil e no exterior, depois de passar pelas dragas do crime. Facções também atuam no contrabando de madeira, nas rotas do tráfico de drogas, na grilhagem de terras, na eliminação de "pessoas incômodas", incluindo indígenas. Se o Brasil não consegue combater a expansão do crime organizado nas periferias das grandes cidades, como vai alcançar a imensidão amazônica? Será muito mais difícil cercar a boiada.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

GloboNews - Esperando Gonet ou "como é bom meu conservador na PGR"

 

Reprodução O Globo.
Clique para ampliar 

Hoje, no Estúdio I da GloboNews, a apresentadora fez uma espécie de "divulgação" de Paulo Gonet. Boa gente, segundo os amigos dos amigos que ela "apurou". Uma diarréia de jornalismo declaratório. Algo que não chega a ser jornalismo. Deve ser útil nos portazinhos digitais da quinta série.

No mesmo programa, a jornalista Flávia Oliveira recolocou, em seguida e com fatos, o que significa Gonet na PGR. Se alguém tem mais dúvidas deve ler a coluna do Bernardo Mello Franco, do Globo, acima reproduzida. 

A âncora em questão, por iniciativa própria ou a pedido do editor que, por sua vez, responde aos degraus acima,  apenas caiu na arapuca de uma excrescência chamada jornalismo declaratório. Um troço condenável que só serve para veicular opiniões de credibilidade zero porque movidas por interesses pessoais. A curriola ouvida ficou na exaltação: fulano da PGR é durão, o fulano é independente, o fulano é praticamente o Ruy Barbosa ressuscitado.

Memórias da redação: como o Caso Carlinhos foi parar na Manchete

 


Carlinhos fake ataca na Rua do Russell. Reprodução do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou". Clique para ampliar.

por Flávio Sépia
O sequestro do menino Carlinhos em 1973, 50 anos, permaneceu na mídia durante anos, talvez décadas. É até hoje um mistério, assim como o sumiço da ossada de Dana de Teffé, que muito impressionava Carlos Heitor Cony. O recorte acima é dos anos 1990 e mostra que a revista Manchete caiu em um golpe de baixa periculosidade, digamos. Leia acima. Enquanto o falso Carlinhos alimentou as páginas da revista, Manchetes até faturou algum em vendas. Tornou-se proscrito quando foi desmascarado e tomou rumo desconhecido. O Carlinhos "fake" deve ter entrado para a política. Tudo a ver com a esperteza dele.

Na capa da IstoÉ: a dama da mutreta


 

domingo, 26 de novembro de 2023

Mídia: Governo de Netanyahu ataca jornal israelense Haaretz



Sob ataque do regime de extrema direita liderado por Netanyahu, o jornal israelense Haaretz, o maior do país, se defende. Na prática, luta pela liberdade de imprensa. O governo ameaça a publicação com multas, boicote financeiro e acusa os editores de publicarem mentiras. O Haaretz é crítico à ultradireita, posicionou-se contra a iniciativa de Netanyahu e sua coligação radical que aprovaram lei que dá ao governo poderes para rever ou desautorizar decisões dos juízes da Suprema Corte. Em relação à guerra contra os terroristas do Hamas, o jornal apontou falha dos órgãos de segurança e condenou os bombardeios sobre as populações  civis. "O desastre que se abateu sobre Israel”, escreve o Haaretz, “é de clara responsabilidade de Benjamin Netanyahu”.


sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Fotomemória na Sweet London - Em 1968, Manchete registrou Roberto Carlos comprando roupas na butique dos Beatles

Roberto Carlos e um bobby londrino,
na frente do Palacio de Buckingham.
Foto de Alécio Andrade


Roberto na butique dos Beatles, a Apple, na Carnaby Street.
Foto de Alécio de Andrade

Em 1968, Roberto Carlos ainda não tinha seu compromisso anual e inadiável na Rede Globo: o tradicional Especial de Natal. O primeiro só iria ao ar em 1974.

O fotógrafo Alécio de Andrade, então correspondente da Manchete na Europa, fotografou Roberto no seu périplo em Londres, então mais sweet do que nunca. O rei deu uma passadinha na Apple, a butique dos Beatles, onde renovou o guarda-roupa 

Soldados de Deus não querem a paz

A jornalista brasileira Leneide Duarte-Plon entrevistou, em Paris, para a Carta Capital, o dominicano e astrônomo Régis Morelon. Especialista em ciências árabes, ele viveu na Argélia, Beirute, Alep e Cairo. Morelon não é otimista quanto a uma solução para o eterno conflito entre Israel e Palestina. 

- Atualmente a única solução seria a dos dois Estados. E os dois Estados não são mais possíveis devido à colonização. Os diplomatas podem continuar dizendo “queremos dois Estados”. Mais já é impossível".

A crise tem outros complicadores. A propósito, Morelon citou na conversa com Leneide uma frase do judeu austríaco, escritor e jornalista Stephen Zweig.    

Os homens que pretendem combater por Deus são os mais antissociais da terra porque creem que ouvem mensagens divinas e suas orelhas permanecem surdas a qualquer palavra de humanidade”.

Eternas ondas antidemocráticas na América do Sul

Vale lembrar Eduardo Galeano: a América do Sul (me recuso a usar o termo inadequado e racista "América Latina") tem "veias abertas" e a hemorragia política sempre vem em ondas. Foi assim com a onda de ditaduras que derrubaram democracias como se fossem peças de dominó. Depois veio a onda da eleição em dois turnos e da reeleição que vários países da região adotaram. Agora, um tsunami de ultradireita é a ameaça que paira sobre o "quintal" . 

Outra recente inspiração antidemocrática vem de vários países e continentes. É o cerco às Cortes Supremas.  Em diferentes graus de intervenção, Venezuela, Polônia, México, Mali, El Salvador e Israel criaram instrumentos ou estudam mecanismos para colocar o poder executivo como uma espécie de instância final sobre as decisões das Cortes. O Brasil acaba de entrar nessa fila suspeita. O Senado aprovou projeto que interfere no funcionamento do STF. O que moveu os senadores? Nada mais do que o jogo de bastidores para a eleição da presidência da Casa, além de ressentimentos corporativistas diante de decisões dos ministros do STF que incomodaram políticos investigados. Não demora muito deputados e senadores vão pedir cargos no STF. Nunca fazem nada de graça.

Lula veta a farra da desoneração imposta pelo Legislativo. É certo que interesses derrubarão o veto

 

Reprodução X


quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Céu estrelado? Lamento dizer que parte do que você vê agora é lixo espacial

por Ed Sá


Pense nisso. Você está em um chalé na serra, noitinha, céu limpo, olha para cima e vê uma apoteose de estrelas. O visual desperta a paixão que você, subitamente romântico, divide com sua parceira. A cena poderia se repetir com casais de turistas em Atacama, "o céu mais estrelado das Américas". 

Caia na real. Muitas daquelas novas "estrelas" são pequenos satélites de comunicação, restos de foguetes descartados por naves a caminho da órbita, caixas de ferramentas que astronautas e cosmonautas deixam cair quando fazem "passeios espaciais" para consertar painéis de cápsulas ou de estacões espaciais. O chamado lixo espacial reflete a luz do sol,  brilha no firmamento e aquece corações apaixonados e ludibriados. 

A maior parte do refugo é incinerada ao reentrar na atmosfera da Terra. A ameaça maior do lixão é provocar sérios danos caso se choque com naves e satélites em órbita. 

Portanto, os antigos versos "estrelas brilham lá no céu", de Roberto e Erasmo Carlos, já não correspondem à verdade. Astrônomos, coitados, ao observarem o céu, agora são obrigados a saber distinguir uma chave inglesa que brilha ao lado de Vênus, um resto de painel solar, um exaustor de um foguete, de um estrela de verdade ou até, quem sabe, de um asteróide desembestado. O Cruzeiro do Sul, a constelação orgulhosa que nomeia a maior condecoração do Brasil, agora corre o risco de navegar ao lado de um coletor de resíduos de uma nave abandonada. A Estela do Norte, que, entre outras coisas, orienta Papai Noel e suas renas, está cercada de sucata descartada. Se o Bom Velhinho não aparecer na sua casa, releve, ele confundiu uma tampa de privada com a sua estrela guia.

Da RFI: Editora francesa lança livro "Lumière d'Avril", sobre a Revolução dos Cravos, com fotos de Alécio de Andrade, ex-fotógafo da Manchete. "Luz de Abril' marca os 50 anos da revolução que serão comemorados em abril de 2024


A poucos meses da comemoração dos 50 anos da Revolução dos Cravos, em Portugal, a editora francesa Chandeigne publica o livro “Lumière d’Avril (Luz de Abril), Portugal 1974”, com 56 fotos de brasileiro Alécio de Andrade e texto do historiador Yves Léonard. O fotógrafo, primeiro  brasileiro a integrar a equipe da lendária agência Magnum, trabalhou na sucursal da Manchete, em Paris, da década de 1960 até meados dos anos 1970. A série de imagens registra os primeiros meses da revolução que pôs um ponto final em 40 anos de ditadura em Portugal. Alécio faleceu em 2003. As fotos foram selecionadas inicialmente por Patricia Newcomer, viúva do fotógrafo, contando com indicações que ele deixou escritas em contatos e molduras de cromos. “Ao todo, ele fez 3 mil imagens em preto & branco e 300 slides a cores resultados de três viagens a Portugal", diz ela.  A escolha final coube a Anne Lima, da Editora Chandeigne, e ao historiador Yves Léonard, professor do Instituto de Ciências Políticas de Paris, a Sciences Po. 


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terça-feira, 21 de novembro de 2023

O petróleo é deles

Reprodução X

por O.V. Pochê

"Otimizar" o gasto de combustível pago pelo contribuinte sempre foi uma prática dos maus políticos. Ultimamente estão exagerando. Alguns deles conseguem abastecer o carro na mesma hora em postos distantes um do outro por até mil quilômetros. A explicação está no voo supersônico das notas fiscais.

Jornal francês classifica Milei, o rei do "gado" argentino, como louco


 L'Humanité chama Javier Milei de "louco perigoso". De fato, a Argentina pode virar um hospício da ultradireita. Milei assume o cargo levando sua "Evita", a irmã, Karina Milei, a quem ele chama de "o Chefe". A musa do antissistema tem ascendência sobre o novo presidente e poderá ganhar um alto cargo no governo. A não ser que prevaleça seu modo de agir discreto como uma "Rasputina" de saias.