sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Em 2022, Brasil volta a ser Brasil de todos

BOAS FESTAS, FELIZ 2022. SAÚDE, RESISTÊNCIA, DEMOCRACIA, JUSTIÇA SOCIAl E UM NOVO BRASIL. SEM FASCISMO, SEM MILÍCIAS POLÍTICAS, COM LIBERDADE, SEM O #VAGABUNDO.

Chega de sequelado!

Cabelos curtos para um ano longo • Por Roberto Muggiati

Uma coisa puxa a outra. Fiz um dos meus “haicais safados” para um amigo astrólogo diagnosticado com Alzheimer.  Alois é o primeiro nome do médico que nomeou a doença.

Alois vero

o astrágalo

do astrólogo:

Alzheimer


O jeu de mots recuperou a palavra “astrágalo”, enfurnada numa gaveta do meu primeiro casamento, já nas vascas da agonia, quando líamos os últimos lançamentos franceses e apareceu a margarida, Albertine Sarrazin com seus romances La Cavale e L’Astragale. Astrágalo (ou tálus) é o ossinho que articula o pé com os ossos da perna (tíbia e fíbula), formando o tornozelo. (Com o formato de um cubo, era muito usado em jogos de azar na Antiguidade, como precursor dos dados modernos, principalmente na Grécia e Mesopotâmia). Albertine quebrou o seu astrágalo ao pular de um muro de dez metros de altura fugindo da penitenciária. Abandonada pelos pais ao nascer, ela foi estuprada por um tio aos dez anos, mandada para um reformatório pelos pais adotivos; prostituta e ladra, passou a maior parte da vida na prisão. Nossos caminhos quase se cruzaram no sul da França. Ela nasceu em 1937, vinte dias mais velha que eu; morreu aos 29 anos, de um erro médico durante a anestesia para uma operação dos rins, em Montpellier, em 1967. Bolsista de jornalismo em Paris, fiz um estágio no jornal Midi Libre, de Montpellier, na época a Sarrazin já morava por lá. A roqueira Patti Smith escreveu sobre ela: “Encontrar uma foto de Albertine sentada num café de Paris depois de ter cortado suas longas tranças foi uma revelação. Colei a foto com uma fita adesiva na minha parede ao lado de Falconetti, Edie Sedgwick e Jean Seberg – garotas de cabelos curtos, as garotas do meu tempo”.


Vou perfilar brevemente estas garotas de close-cropped hair, como Patti as define, incluindo outras do meu elenco pessoal. A francesa Falconetti foi descoberta na Comédie Française pelo cineasta dinamarquês Carl Theodor Dreyer, que a escolheu para estrelar seu ambicioso filme O Martírio de Joanna D’arc. Todo o martírio seria de Falconetti, que deixou a Comédie, ficando desempregada um ano e meio até que as turbulentas filmagens começassem, só em 1928. O cinema sonoro fora lançado no ano anterior, mas Dreyer, com a verba curta, teve de rodar um filme mudo, recorrendo ainda às legendas. O obsessivo diretor filmava a mesma cena inúmeras vezes. Foi tão exigente numa tomada em que Falconetti tinha de cair ao chão que a atriz só atingiu o realismo que exigiam dela quando quebrou a perna. Seguiu trabalhando de perna quebrada, a dor e as lágrimas na tela se tornaram reais. Teve também os cabelos cortados brutalmente. Na cena da fogueira foi obrigada a ficar de joelhos sobre pedras pontiagudas, sob a luz de refletores tão fortes que lhe queimavam o rosto.

Em 1940, depois de uma volta bem sucedida ao palco, Falconetti tinha seu próprio teatro, L’Avenue, nos Champs-Elysées. Quando as botas nazistas pisotearam a sacrossanta avenida, o teatro foi fechado. Ela fugiu para a Suíça, para proteger o filho de dez anos, nascido do seu relacionamento com o judeu Henri Goldstück. Por sugestão do cineasta Alberto Cavalcanti – que a protegeu de Dreyer durante as filmagens de Joanna D'Arc – Falconetti e o filho vieram para o Brasil em 1942. Tentou fazer teatro no Rio, não conseguiu, mudou-se para Petrópolis, onde dava aulas de francês e de canto para sobreviver. Problemas com o visto a fizeram mudar-se para Buenos Aires, onde continuou dando aulas. Com o fim da guerra, pensou em retomar sua carreira de atriz na França. Como estava acima do peso, iniciou uma dieta tão radical que acabou causando sua morte, ainda na Argentina, aos 54 anos.


Americana do Kansas, Louise Brooks fez em 1929 na Alemanha, aos 23 anos, dois filmes que a tornaram figura cult instantânea, ambos dirigidos por G.W. Pabst, A caixa de Pandora e Diário de uma garota perdida. O penteado que escolheu, autêntica marca registrada, lhe valeu o apelido “a garota do capacete”.


Americana de Iowa, Jean Seberg estreou no cinema aos 19 anos, no filme Santa Joana, do prestigiado Otto Preminger, baseado na peça de George Bernard Shaw, com roteiro do romancista Graham Greene. Teve de cortar os cabelos curtos para o papel e incorporou o penteado à sua persona. Sua atuação de cabelos curtinhos no Acossado de Godard a imortalizou. Uma campanha difamatória do FBI a matou: suicidou-se em Paris, aos 40 anos. O filme Seberg contra todos (2019) foi uma tentativa de resgatar a sua dignidade.


Nascida em Santa Barbara, Califórnia, Edie Sedgwick foi apelidada de "It Girl" pela mídia mundana e de "Youthquake" (terremoto juvenil) pela revista Vogue. De rica e tradicional família americana, foi a primeira jovem socialite a escandalizar os Estados Unidos, descrevendo como gastou toda a sua herança em apenas seis meses em sexo, drogas, roupas e rock & roll. Participou dos filmes experimentais de Andy Warhol – ignorados pelo grande público – e embarcou numa viagem sem fim de anfetaminas, barbitúricos, álcool e fumo, morrendo em 1971 aos 28 anos – um ano a menos e teria pegado o bonde do Clube 27.




Tem ainda a cabecinha redonda perfeita da Twiggy, a manequim chaveirinho da Swinging London. E não podia esquecer Mia Farrow , filha do diretor de cinema John Farrow e da atriz Maurren o''Sullivan (a Jane dos filmes de Tarzan com Jonhnny Weissmüller. É de cabelos curtinhos que Mia - em O Bebê de Rosemary dirigido pelo malsinado  Roman Polanski -  vai parir o filho do diabo num apartamento sinistro  no Edifício Dakota em Nova York, onde John Lennon seria assassinado depois. Foi no próprio set de filmagem que Mia recebeu de um oficial de justiça o pedido de divórcio de Frank Sinatra, com quem havia casado um ano e meio antes – ela com 21, ele com 50 anos. 


Encerro esta galeria com minha mulher e fotógrafa favorita Lena Muggiati. Desobedecendo o Diktat do rabugento Raul Giudiccelli – “editor não escreve, não reporta, editor edita!” – eu me dava a liberdade de, pelo menos uma vez ao ano, deixar a prisão da mesa de edição e sair por aí cobrindo festivais de jazz como o de Montreux e fazendo matérias culturais, como A Suíça de Heminegway, A Londres de Sherlock Holmes e A Alemanha do Jovem Werther (de Goethe). E escapando de morrer de fraque e cartola, ao lado da Rainha, no casamento do Príncipe Andrew, quando a Abadia de Westminster por pouco não foi explodida pelos guerrilheiros do Ira. Em 1985, nossa primeira vez em Montreux, eu ainda podia me dar ao luxo de ter cheveux aux vents e Lena estreava um modelito curtinho exemplar. Valeu correr o mundo pela Manchete, enquanto durou...

Brasil em "pixie"






Dina Sfat, Anecy Rocha, Elis, Maria Della Costa, Tarsila do Amaral em auto retrato,
Tonia Carrero e Ana Cristina César. . Fotos Divulgação e Reproduções

Antecipando-me ao companheiro J.A. Barros, sempre alerta em apontar omissões nos meus textos, lembro aqui algumas brasileiras que saíram bem na foto em sua fase “pixie”: Dina Sfat, Ana Cristina César, Anecy Rocha, Clarice Lispector, Elis Regina, Maria Della Costa, Tarsila do Amaral, Tonia Carrero e a poeta Ana Cristina César.

Ruy Castro para a Folha de São Paulo: Bolsonaro atrás das grades

Reprodução Folha de São Paulo,
 31-12-2021

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Quando o debochado amarela

Reprodução Twitter

Allan Richard Way II divulga previsões para 2022. Ele resume o ano em uma frase: "Vai dar merda"


Asteróide ou vírus: escolha seu futuro. Colagem-Reprodução

Allan Richard This is the Way
Em The Hollow Men/Os homens ocos (1925), o poeta T.S. Eliot escreveu:This is the way the world ends; Not with a bang but a whimper.
Na tradução de Ivan Junqueira: Assim expira o mundo. Não com uma explosão, mas com um gemido.
(Traduzido em covidês)
Não é um mega asteroide que vai acabar o mundo. Mas um minúsculo vírus de tamanho infinitesimal...

O vidente Allan Richard Way II acaba de enviar suas previsões para 2022. Embora  diagnosticado com Covid19 - foi testado há dez dias, revelando-se a presença da cepa Ômicron - Way II permanece assintomático e pessimista. Sombrio, na verdade. Tire as crianças da sala, o ano é de encrencas. Para o vidente, 2022 oscilará entre momentos muitos difíceis e outros piores. Uma terceira via indica que a humanidade terá que se adaptar a novas realidades climáticas, econômicas e sanitárias. O ano é regido por Mercúrio. O filho de Zeus é ambicioso e voltado para finanças. Não por acaso 2022 é de abalos no mercado. Leia a seguir as observações astrológicas do vidente britânico, herdeiro do famoso Allan Richar Way que durante três décadas fez previsões com exclusividade para Manchete, onde cravou um históricos de acertos.

por Allan Richard Way II

* A disputa política em ano eleitoral será acirrada como analistas políticos antecipam. Infelizmente, ultrapassará todos os limites também em fake news e violência provocadas por paramilitares e "milicianos", como se diz no Brasil, e aliados da ultradireita.

* A ameaça de golpe de Estado rondará  a cena política brasileira ao longo do ano. O êxito ou o fracasso da tentativa de implantação de um regime autoritário dependerá da reação da sociedade com apoio das instituições e de uma forte pressão internacional (leia-se União Europeia, Estados Unidos, além da atuação inusitada da China (esta mobilizará o fator comercial).

* Aumentarão as pressões para que sejam desengavetadas numerosas acusações de corrupção envolvendo o governo brasileiro. 

* A questão ambiental, no Brasil, continuará crítica com consequências no clima regional. Alguns desses fatores climáticos, como irregularidades no regime de chuvas (falta ou excesso), já são irreversíveis. Brasil sofrerá as primeiras sanções ambientais oficiais.

* Mas o Brasil não estará sozinho no desprezo por temas como aquecimento, destruição de florestas, escassez de água. Crescerá a frustração dos ambientalistas de todo o mundo com as promessas não cumpridas após conferências de clima.

* A crise de energia veio para ficar.

* 2022 ainda será ano de Covid 19 e seus vírus mutantes.

* Haverá uma mudança inesperada na presidência de uma grande potência.

* Tensões entre Estados Unidos, China e Rússia evoluirão para incidentes militares que serão contidos com muita dificuldade pela gestão diplomática de líderes de outros países.

* Crise econômica gerada por perdas financeiras nos mercados globais levará multidões às ruas. Protestos serão reprimidos com violência e vítimas fatais. 

* Modelo econômico global continuará contribuindo para aumento da pobreza extrema em muitos países. 

* Desemprego e subemprego se manterão estáveis no Brasil. E estável aí é tão ruim quanto hoje.

*  Um gigante da internet entrará em estado pré-falimentar após constatação de enorme fraude fiscal.

* O Brasil dará adeus a um dos seus maiores ídolos da música.

* Cantor sertanejo sofrerá grave acidente automobilístico.

* Denuncia de assédio sexual abala uma instituição religiosa. 

* Astrônomos descobrem asteróide que ameaça a Terra. Órbita do objeto estava "escondida" por Vênus. Aproxima-se velozmente.

* Sem Neymar, afastado por contusão, seleção brasileira será eliminada da Copa do Catar nas quartas de final ou na semifinal. 

* Um crime que envolve celebridades choca o Brasil.

* Polícia investiga ação de quadrilhas de milicianos em bairros de classe média de duas grandes capitais. Uma das modalidades é cobrar de moradores taxa para não ser assaltado.

* Um dos grandes jornais do país cancela edição impressa.

* Brasil se comove com perda de ex-âncora famoso.

* Tsunami na Ásia.

* Crescem no mundo seitas anti5G. "Provoca câncer". alegam negacionistas. Alguns pastores pregam que as ondas da 5G abrem o corpo para uma conexão de alta velocidade com o demônio. O diabo, dizem, é o maior hacker da eternidade. 

*Bolsonaro decreta sigilo por 200 anos nas compras da família por internet; no cadastro da sex shop; no diário que escreveu em Agulhas Negras; no celular do general Heleno; e na notas fiscais do posto de gasolina da sua preferência.

* Romário será intimado a pagar dívida do Café do Gol. Pela centésima quinta vez.

* Bolsonaro libera porte de armas para síndico de prédios, guardador de carros, pastor, motorista de ônibus e para quem se recusa a usar máscara.

* Turista espacial morre durante aterrissagem de nave.

* Alto funcionário do governo brasileiro sofre infarto.

* Em setembro, brasileiros começam a receber a sexta dose de vacina contra quinta cepa da Covid-19.

* Paulo Guedes promete que depois de crescer em V economia vai decolar em C-U.

*  Vaticano elege novo Papa. Já o Papa Emérito, o aposentado Bento, passa bem.

* Olavo de Carvalho está cotado para participar do BBB 23. Precisa de dinheiro para pagar indenização por novo processo movido por Caetano Veloso.

* Morre grande ídolo do futebol brasileiro.

* Vaza video que mostra membro do governo brasileiro assediando militar de alta patente.

* Bolsonaro libera a Amazônia para empresários da Muzema construírem prédios.

* General do Planalto convoca golpe de Estado. Antes, pede ao Centrão que aprove emenda de relator para financiar o levante.

*Bolsonaro perde eleição e militares se recusam a sair dos cargos. Famílias dos fardados fazem greve de fome de picanha em protesto.

* A última árvore da Amazônia já tem data para cair: 22 de setembro de 2045.

* Bandido é preso com 2 milhões de reais em mala de carro e justifica: " é emenda do relator".

*FBI investiga esquema de rachadinha no governo Trump. Suspeita é que fraudadores trumpistas foram treinados por brasileiros  durante "imersão" em hotel de Miami. Lá o golpe é chamado toscamente de "little share". 

* Israel bombardeia o Irã

* Joe Biden é fotografado cochilando durante cerimônia.

* Caso de infidelidade agita Brasília.

* Melania Trump faz revelações sobre vida conjugal. Envolve vegetais.  

*  Desabamento de prédio faz vítimas em São Paulo.

* Jatinho cai com celebridade a bordo. 

* 76 é número da sorte. 76 anos depois, cassinos são liberados no Brasil.

* Atriz de Hollywood é encontrada morta.

* Terremoto em Los Angeles assusta americanos, Mas ainda não é o Big One.

* Identificado mandante do assassinato da ex-vereadora Marielle.

* Logo depois da Copa do Mundo Neymar confirma que não atuará mais pela seleção brasileira e abre negociações com o PSG para encerrar contrato. Ele quer parar com o futebol. Flamengo e Santos tentam trazer o jogador para encerrar carreira no Brssil.

* Inspirados no QAnon, que espera em Dallas a ressureição de Kennedy para anunciar Trump como presidente dos EUA,  bolsonaristas se reúnem diante do Doi Codi, em São Paulo, para aguardar a aparição do falecido torturador Brilhante Ustra que vai anunciar reeleição de Bolsonaro.

* Posse ameaçada. Lula será o alvo principal de todos os concorrentes à Presidência. Disputa será dura e polêmica. Vencendor será eleito com pequena margem. Eleição será levada à justiça. Posse do vencedor será adiada.

P.S. A propósito, A.R.W II aponta a Palavra do Ano para 2022.
Bom Ano Novo. Resistência, sempre.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Bacalhau à la Bloch • Por Roberto Muggiati

Brincando na cozinha neste fim de ano, acabei inventando – em função da grana escassa – um “batatalhau” dos mais dignos e saborosos. Na verdade, fiz uma apropriação do Bolo de Batata Finlandês, receita do livro |NOVA| ALEGRIA DE COZINHAR, de Helena B. Sangirardi (Edições Bloch).

A Bloch tinha dois grandes livros – esse da Sangirardi, que considero um dos melhores guias de culinária brasileiros – e A VIDA DO BEBÊ, do Dr. Rinaldo Delamare. Eram presentes imbatíveis. Quando a moça casava, ganhava o tijolaço ALEGRIA DE COZINHAR. Conquistava o marido pela boca com o livro da Helena e, depois de algumas receitas mais picantes, engravidava e ganhava A VIDA DO BEBÊ. Ambos se tornaram best-sellers ao longo das últimas quatro décadas do século 20. Hoje você os encontra nas estantes virtuais da vida por preços que variam de 20 a 100 reais. (Vi até um A alegria de cozinhar na primeira edição de luxo com capa de couro da Martins Fontes por cerca de 1.200 reais).

Helena Sangirardi era uma peça, eu me lembro dela circulando pela Manchete com seus vestidões, no final dos anos 70, quando preparou com Hélio Carneiro e Lincoln Martins a nova edição do livro pela Bloch, atualizada e com ricas fotos em cores.

O sobrenome italiano é enganoso, ela nasceu em Ribeirão Preto em 1905, Helena Bechuath, de ascendência sírio-libanesa, com marcada tradição culinária familiar. Foi uma das figuras luminares da Era do Rádio, trabalhou na Nacional de 1939 a 1955 apresentando o programa Consultório Sentimental. Em 1963, passou a produzir seu programa Alegria de Cozinhar na TV Rio. Na década seguinte destacou-se como apresentadora do Hebe Camargo Show. Finalmente entre 1972 e 1977 comandou seu próprio show, o Programa Helena Sangirardi.

Conheci também nos corredores da Bloch uma de suas duas filhas, a figurinista e agitadora cultural Sílvia Sangirardi, que a leucemia levou cedo, em 1999, aos 52 anos. Sílvia tinha um humor finíssimo, a atriz Maria Padilha contou ao JB, às gargalhadas, este episódio:

“Teve um dia em que ela e o Antônio Pedro (seu marido) estavam tendo uma dessas brigas típicas de casal e uma hora ele falou ‘Por que você não vai embora?’. Ela imediatamente respondeu: ‘Porque dos malas, o menor’ (aludindo a sua pequena estatura). Ele teve um ataque de riso e a briga terminou na hora”.Saudades daqueles 35 anos em que trabalhei num império de comunicação cujo* dono, Adolpho Bloch, definia nessa frase irônica: “Somos um grande restaurante que, por acaso, também imprime revistas...”Enfim, vamos à minha receita, é muito fácil – e, nestes tempos de pandemia, bastante acessível:


 
Batatalhau finlandês do italiano, Natal 2021

Num refratário, untado com azeite de oliva, superponha camadas de bacalhau em lascas, rodelas de batata, rodelas de cebola e retângulos de pimentão verde. Polvilhe as camadas com pitadas de Lemon & Pepper (do moedor da BR Spices). Junte batata e bacalhau na camada superior e cubra com queijo ralado para gratinar. Acrescente (tratando-se de um refratário pequeno) 200 ml de leite e um ovo batido. Leve ao forno por aproximadamente meia hora.

*Adolpho detestava a palavra “cujo”, concordo com ele: mesmo na escrita, você tem de dar sempre atenção ao seu ouvido musical... Aliás, cacófatos abundavam na Manchete. Uma frase clássica do nosso folclore:
“Se você não obedecer a ordem que Adolpho deu, ou aquela que Jaquito havia dado, então o Oscar ralha!...”

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Fotomemória: a revista que embranqueceu Romário

Reprodução Revistas Antigas

Em 1995 a Revista do Futebol fez uma capa com o jogador Romário. Tornou o craque tão branco que até podia ser confundido com atacante da seleção da Finlândia. 

Farra com verba da Covid

Reprodução Twitter

Herodes no Planalto

Reprodução Twitter

Poitrine da Liz: um bem imaterial

Reprodução Twitter

Alô torcedor. O futebol brasileiro como você conhece começa a acabar nesse fim de ano. O futuro é business

A bola não está rolando, mas o futebol brasileiro não está parado.  Pelo menos não no campo das jogadas financeiras. 


Depois do Cruzeiro, adquirido por Ronaldo Nazário em transação ainda não inteiramente esclarecida, o Botafogo foi vendido para um empresário norte-americano. O próximo da fila pode ser o Vasco. 


Outros certamente virão no rastro da lei que permite às associações esportivas (clubes) venderem o futebol e seus ativos a investidores. O real desvalorizado estimula o interesse dos estrangeiros. 


É cedo para avaliar os efeitos da nova lei no futebol brasileiro, na qualidade técnica e na sobrevivência dos times. 


Certamente não haverá interesse dos investidores em muitos clubes de menor expressão. Provavelmente, como aconteceu na Europa, ocorrerá uma maior elitização do futebol com os times de grande investimento prontificando ainda mais em campo. Por isso a UEFA estabeleceu normas para regular investimentos, de forma a minimizar em alguns pontos o poderio financeiro. Há um limite, embora tênue, para os muitos ricos. Nesse sentido, não há regulação prevista no Brasil, por enquanto.  


Ainda no quesito futebol-empresa, há algo mais preocupante. A UEFA, que comanda a liga europeia, é entidade associativa. Reúne federações e, por tabela, os times. O Globo notícia hoje o andamento da criação de uma Liga nacional no Brasil reunindo clubes da Séries A e B. É mais uma etapa da tentativa de modernizar o nosso futebol. A matéria fala em um grupo financeiro interessado em comprar a Liga. .


Aí já entra o péssimo jeitinho oportunista brasileiro nessa reestruturação. Vender uma Liga? Ligas devem ser obrigatoriamente neutras, com dirigentes eleitos por associados, como na UEFA, ou não terão credibilidade. Empresários , por definição, visam interesses. Como poderão dirigir campeonatos sem que levantem suspeitas ou criem polêmicas? E os times passarão a ser meros empregados do patrão da Liga? 


Todo esse processo é embrionário ainda. O que parece faltar é transparência. E aferir as reações das torcidas que não têm voz ou qualquer participação nas transações. Em princípio vão se manifestar apenas na hora de exigir gols, vitórias e títulos. Poderão eventualmente protestar contra eventuais compradores. Por exemplo, digamos que o Véio da Havan compre o Flamengo, com certeza parte da torcida não ficará feliz.

domingo, 26 de dezembro de 2021

Desmond Tutu: herói da resistência. Deixa luta e ideias. Veja dois exemplos entre tantos que o Twitter registra hoje

É simples...

Reprodução Twitter

Jorge Jesus é o D. Sebastião do Flamengo

D. Sebastião, quem diria, inspira
a frustração do Flamengo 
por Niko Bolontrin 

O Flamengo virou "ovelha" eterna do "pastor" Jorge Jesus. A relação entre o treinador e o time carioca é religião. Jesus é o guru, o "pai" Jesus. 

A Gávea disparou emissários  à Europa para convencer o português a inflar as velas da sua caravela e cruzar os mares até o Ninho do Urubu. Apesar da santa cruzada, o Flamengo não encontrou Jesus.

Curiosamenrte, a atual saga flamenguista lembra um fato histórico. Assim como Jorge Jesus, D.Sebastião, Rei de Portugal e Algarve, era conhecido como "O Desejado". Os portugueses o amavam. Se pudessem cobririam as ruas de toucinho do céu para vê-lo passar. Mas D.,Sebastião pisou foi num bacalhau vencido. Promoveu uma Cruzada fracassada pras bandas do Marrocos e morreu na batalha de Alcácer Quibir. 

O povo tanto o venerava que durante séculos se recusou a acreditar na sua morte. Criiu-se uma seita, o Sebastianismo, que defendia piamente que um dia o rei voltaria a Portugal. 

Assim é o Flamengo com Jorge Jesus, que também conheceu seu fracasso, o Benfica.  Tal qual o Sebastianismo, a Gávea jamais acreditou que o treinador que lhe deu títulos foi embora. 

Apesar da jornada mística dos diretores do Flamengo, Jorge Jesus não vem. Mas o sonho da torcida permanece vivo mesmo morto. 

O Flamengo vai de Paulo Sousa e ainda acredita que um dia Jorge Jesus caminhará sobre as águas de uma banheira nas brumas do vestiário e anunciará: "Rejubilem-se, o Míster voltou".

O problema é que daqui pra frente e nos próximos séculos, qualquer treinador que o Flamengo contrate estará apenas esquentando o trono enquanto D. Sebastião, digo, Jorge Jesus, não vem. 

  

Um "príncipe " que ataca os súditos ou o Maquiavel do Cerrado...

por J.A. Barros 

Um Príncipe, no mundo de hoje, precisa conhecer a história da humanidade. A história não se repete, dizem muitos, mas se não se repete fatos passados que foram gravados no livro de memória da civilização dos homens, de uma forma ou de outra, vem a se repetir.

 Não é a primeira vez que o mundo é atacado por ondas de vírus que assombram a sociedade e geram pandemias letais. A vacina é a primeira solução que o homem cria para conter e derrotar o vírus mortal que espalha a morte.

 A varíola, desde os impérios que dominaram povos tanto no mundo ocidental como nas terras da Ásia, derrubou de camponeses a imperadores. No final do século XVII, a China, sob a Dinastia Qing e o então imperador Kangxi, - seu pai, o ocupante anterior do trono havia morrido atacado pela varíola – que começou a reinar ainda criança. Diante da epidemia, os chineses desenvolveram uma vacina que combateu a doença. Esse fato surpreendeu o Ocidente, que passou mais tarde a desenvolver esforços nesse sentido.

 A Rainha da Inglaterra, Elizabeth I, no século XVI, sofreu o ataque do vírus da varíola, e, contam alguns historiadores, ficou com marcas no rosto. Conta-se também que a Rainha Elizabeth I, na luta contra a epidemia, decretou um  “ lockdown “, e botou soldados armados nas portas dos castelos e residências para impredir que seus súditos saíssem de suas comunidades. Sob esse decreto real real até William Shakespeare ficou preso em casa, com um guarda à porta. Digas-se que o mundo ficou muito agradecido à Rainha Elizabeth I, porque Shakespeare, detido, escreveu  Rei Lear ­ - considerado sua obra prima – e outras peças.

 Depois dessas histórias como entender que um “príncipe” de um país, responsável pela vida de seu “súditos”, seja insistentemente contra o combate a uma pandemia que se espalha velozmente em todo o mundo matando impiedosamente centenas de milhares de homens, mulher em fuga da morte. Em campanha aberta, esse príncipe” desafia a pandemia e expõe os seus súditos desprotegidos ao vírus mortal.

 Não basta ser referenciado como “príncipe”, é preciso saber se comportar como um verdadeiro Príncipe e com suas asas de poder acolher e proteger o seu povo. O Príncipe salva vidas humanas, salva o seu povo das tragédias maiores e lhe dá todas as condições e sustentações para que tenha uma vida saudável e plena de felicidade. E como Príncipe, não se esquecer que por um momento de sua vida lhe foi dado o poder de governar um povo, mas ao mesmo tempo que lhe dá esse poder, lhe tira esse poder que tanto pode durar uma eternidade e não durar o tempo do acender de um fósforo. Não há mal que nunca acabe, senhor  “príncipe”.  

sábado, 25 de dezembro de 2021

Não olhe para os lados

por Ed Sá

Estreou ontem na Netflix o filme "Não olhe para cima". Na trama um cometa entra em rota de colisão com a Terra. Uma cientista anuncia a catástrofe com seis meses de antecedência. Autoridades são avisadas. Se a idéia não é tão original é a partir daí que se desenrola uma comédia de humor negro que captura a realidade política atual. Negacionismo, polarização, fake news, crise ambiental, corrupção, âncoras que por motivos ideológicos privilegiam "boas notícias", nomeação de um xerife para a Suprema Corte. Basta olhar pro lado que você verá que está cercado por esse mesmo e rotineiro cinismo. Digamos que identificará canalhas que, nos Estados Unidos, desfilam na Fox e, aqui, na CNN Brasil e na Jovem Pan. No elenco, nomes como Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep e Cate Blanchett.
No filme, a presidente (Meryl Streep) é claramente caricaturada como Donald Trump. Dá para reconhecer referências a jornalistas, empresários, funcionários da Casa Branca, financiador de campanha política e milionário dono de gigante de celular e políticos americanos. Se mudar a chave você vai se lembrar das cópias semelhantes e igualmente desclassificadas e cínicas que vicejam por aqui.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Há 60 anos: Missa do Galo no Tirol • Por Roberto Muggiati


Paris, 1961: eu no paredão, coberto de anúncios de pacotes de excursões turísticas para estações de ski. Foto Arquivo Pessoal

Sabe essas mulheres que o provocam com vara curta? A imagem fálica é cabível. Vão até pra cama, mas não vão até o fim. Assim foi meu caso com a brasileirinha mignon, bolsista em Paris como eu. Perdidos numa noite de sábado na rive gauche, acabamos num hotelzinho barato perto da place Saint Germain, o
Helvétia. Depois de muita pegação, só pegamos no sono quando já amanhecia, em conchinha, irmãozinhos. À noite de domingo ligo para ela de um orelhão do aeroporto de Orly, mando abraços e beijinhos sem ter fim. Eu viajava como jornalista convidado para uma visita oficial à Alemanha. Ela iria passar o Natal numa estação de ski austríaca, eu a encontraria lá no dia 24 de dezembro. 

O mundo vivia um momento histórico especial: mal cheguei a Berlim me levaram para tirar fotos no “Muro da Vergonha”, erguido havia apenas quatro meses. Mandaram as fotos para jornais do Brasil inteiro. Sentia-me mal, usado como peça de propaganda capitalista, mas tinha minhas compensações. Em cada cidade, o convidado da InterNationes tinha à sua disposição um guia-interprete alemão. Em Berlim, minha guia foi Ursula, trinta pra quarenta anos, simpática, amante de cachorros, quis logo saber da pequinesa Lady que eu deixara em Curitiba. Levou-me a um restaurante de comida asiática, um prato excitou minha curiosidade (e palato) – Reistafel indonésio aos 48 sabores. O maître explicou que era um prato que, por sua complexidade, precisava ser encomendado de véspera. Encomendamos. Outra noite, jantando na cobertura do Hilton, topamos com o coquetel de lançamento do filme Julgamento em Nurembergue – pasmem, vi de perto meus ídolos Spencer Tracy, Montgomery Clift e Judy Garland. O megaelenco todo foi obrigado a comparecer, Burt Lancaster foi multado pela produtora porque não deu as caras – aquele foi o mais caro lançamento de um filme na história do show business.
Em Munique, o guia era um velhinho que me levou na primeira noite a um programa de sua predileção, Holiday on Ice, com cadeira de frente colada à pista de gelo, tremi de frio durante todo o show, a cidade estava sob uma onda de frio com temperatura negativa de 12 graus. Desligando-me da viagem paga, fiquei por conta própria, em hotéis mais baratos. Encontrei numa turma de brasileiros – imaginem! – minha ex-colega do Colégio Estadual do Paraná, Angela Häusler, nos anos 50 era meninas de um lado, meninos do outro – namorávamos à distância debaixo dos pilotis. Ignorante completo, fui conhecer Salzburgo, a cidade de Mozart. Burgo de alma primaveril (lembram das cenas iniciais da Noviça rebelde?), estava irreconhecível no inverno, soterrado pela neve. Andando na neve no meu recorde de temperatura negativa – 26 abaixo de zero – ficava com os pés congelados, tinha de entrar num café e passar uma hora me aquecendo, sorvendo lentamente um cafezinho que logo esfriava. Os jornais do dia, na língua local, enquadrados em “paus”, de nada me adiantavam.


Tirol.Reprodução
Finalmente, peguei um trem para Innsbruck e, no dia seguinte, um pequeno ônibus que me levou para a estação de esqui de Sölden, no Tirol. Tive ainda de subir de teleférico até o topo da montanha onde estava minha musa esportista. Sentia-me um caipira com meus trajes urbanos em meio àquela fauna multicolorida em suas vestes de esqui. Ela havia reservado para mim um quartinho simpático num hotelzinho da aldeia, uma cama convidativa com edredons fofíssimos.

À meia-noite fomos à Missa do Galo na igrejinha local, comoveu-me ouvir a Noite Feliz – Stille Nacht, em alemão – que me acompanhava nos natais familiares de Curitiba, cantada no berço original. A música foi composta não muito longe dali, na cidadezinha de Oberndorf e tem uma história curiosa. 

Transcrevo direto da Wikipedia:

Na vila de Oberndorf, o padre Joseph Mohr saiu atrás de seu amigo músico Franz Xaver Gruber para que transformasse em melodia um poema que ele havia escrito, a fim de que fosse tocada na missa de Natal que aconteceria horas depois. Algumas fontes dizem que Mohr havia criado a letra dois anos antes, em 1816; outras dizem que o padre a escreveu no caminho até Gruber, pois, em verdade, Mohr não estava atrás do músico, mas atrás de um instrumento para ser tocado na Missa do Galo de 1818, já que o órgão de sua paróquia teria tido os foles roídos por ratos.

A canção se tornaria o terceiro single mais vendido de todos os tempos, com cerca de 30 milhões de cópias comercializadas no mundo inteiro. Terminado o serviço, foi cada um para o seu canto, não havia vida noturna na pacata Sölden.

O dia seguinte foi de DR absoluta, eu e Ela pelas ruas vazias. Estranhamento total. Eu pensava: “Por que vim passar o fim do ano neste fim de mundo?” A mídia anunciava em letras garrafais o início da Revolução Sexual – estávamos no final de 1961 – mas não havia combinado com os jovens, ainda confusos diante de tanta liberdade. Esqueceram de nos dar um manual do usuário. Eu andava com um minidicionário Alemão-Português por toda parte, Ela me arrancou o livro da mão numa ponte e jogou na correnteza gelada lá embaixo. Foi quando o libriano em mim interveio:

– Olha só, vamos dar um tempo? A gente se encontra pro réveillon em Munique, tá?

Na manhã seguinte peguei um pequeno ônibus local para sair daquele buraco. A viagem parecia não acabar nunca. O ônibus serpenteava por uma estradinha apertada entre montanhas majestosas com cachoeiras congeladas, era um espetáculo da natureza que poucos tiveram o privilégio de desfrutar na vida. A dor-de-cotovelo era tanta que demorei a me dar conta de que o ônibus tinha um sistema de som a bordo. Quando comecei a ouvir, imaginem só o que estava tocando? Recuerdos de Ypacarai com as Harpas Paraguaias. Não podia haver combinação melhor: cachoeiras congeladas e harpas paraguaias. Vocês não imaginam como eu gostaria de refazer neste Natal aquela viagem de sessenta anos atrás. Com todas as cachoeiras congeladas e harpas paraguaias do mundo.

• Sintam o clima, com letra e música

https://www.youtube.com/watch?v=Dh08NPL0Dsk

Recuerdos de Ypacaraí
Musica: Demetrio Ortiz - Letra: Zulema de Mirkin

Una noche tibia nos conocimos
Junto al lago azul de Ypacaraí
Tú cantabas triste por el camino
Bellas melodías en guaraní

Y con el embrujo de tus canciones
Iba ya naciendo tu amor en mí
Y en la noche hermosa de plenilunio
De tus blancas manos sentí el calor
Que con sus caricias me dio el amor

Donde estas ahora cuñataí
Que tu suave canto no llega a mi
Donde estas ahora, mi ser te añora
Con frenesí

Todo te recuerda mi dulce amor
Junto al lago azul de Ypacaraí

Vuelve para sempre, mi amor te espera
Cuñataí

Os dois cavaleiros do apocalipse neofascista

Reprodução Twitter

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Desenho do Nando: o bonde fascista sai do trilho

 

Reprodução Twiter

Chile: o povo comemora vitória nas urnas e o mercado financeiro, que adora ditaduras, já reage negativamente

 

Chilenos nas ruas comemoram a vitória de  Gabriel Boric. Sempre na contramão da democracia e saudoso de Pinochet o mercado financeiro do país reagiu negativamente. Mercado em geral, especuladores,  lavadores de dinheiro e traficantes de valores queriam a eleição do nazi-fascista José Antônio Kast. Com a nova Constituição e a eleição de Boric, o Chile pretende enterrar de vez a ditadura do assassino e corrupto Pinochet. Mas a maioria democrática deve estar atenta e forte. Os nazi-fascistas aliados do mercado vão tentar tumultuar o país.  

Gracias, Chile: Cuando miro el bueno tan lejos del malo (*)

Reprodução Twitter
(*) Com licença de Mercedes Sosa e Violeta Para.

sábado, 18 de dezembro de 2021

Publicado ontem no twitter: Manchete na memória

Amigos da Bloch em confraternização na Taberna da Glória: 2021 mete o pé, 2022 é bem chegado

 







Os colegas da Bloch Editores provoveram encontro de fim de ano na tradicional Taberna da Glória. Hora de superar o difícil 2021 e virar a chave para um 2022 mais amigável. 

Amizade é, aliás, o que une antigos companheiros das revistas da Rua do Russell, do jornalismo, da fotografia, da diagramaçao administração, de todos os setores onde tantos conviveram por tanto tempo. São momentos para boas memórias e, principalmente, de celebração do tempo presente, da vida. 

Nos últimos dois anos, compreensivelmente, a Covid-19 fez diminuir o número de participantes. Muita gente ainda aguarda melhores dias que certamente virão em um Ano Novo mais prommissor. 

As fotos acima registram o encontro na Taberna: Claudia Figueiredo, Armando, Lili, Cristina, Behula, Décio, Simone, Maria do Carmo, Claudia Richer e Susana Tebet. 

Feliz Natal e um 2022 perfeito para todos.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Tristeza não tem fim

Confirmado: 90% dos velórios, com margem de erro de 3% para mais ou para menos, são mais animados do que o pessoal da Globo News anunciando e comentando a mais recente pesquisa eletoral do Ipec, antigo Ibope. Calma, jornalistas, ainda faltam dez meses para as eleições. Muita coisa pode acontecer, inclusive o Cabo Daciolo subir nas pesquisas.