quarta-feira, 21 de outubro de 2009

E os jovens favelados?

É muito fácil do alto de um mandato de Presidente de um País soltar frases feitas, a torto e à direita, como se fosse salvar ou consertar situações como a do Rio de Janeiro com relação ao banditismo e o tráfico de drogas que domina essa cidade. Não será com Tropas Especiais de assalto que acabará com o bandido das favelas. Resultará em muitas mortes, é verdade, mas não acabará com o bandido. O banditismo no Rio se tornou um problema social e só com soluções sociais, a longo prazo, teremos, senão erradicado, pelo menos substancialmente reduzida a bandidagem que hoje impera e manda na cidade, que dizem "maravilhosa".
Escolas primárias muitas escolas no entorno das favelas. Postos de saúde, saneamento básico nas favelas, urbanização dessas favelas, transformando os seus barracos em moradias dignas e saudáveis. Fazendo essas obras o Rio terá recuperado os jovens favelados, que perdidos num mundo sem objetivos se voltam para o crime como única alternativa para a sua vida, pobre e miserável. Não será com a força e muita bala de fuzil AR-15, que esse problema será resolvido.

3 comentários:

Gonça disse...

Tráfico não é problema social. Países com bons índices de desenvolvimento lutam contra esse problema. Os problemas sociais que estão presentes em favelas e outras comunidades carentes são uma coisa, o milionários tráfico de drogas são outra. É injusto e preconceituoso associar banditismo a pobreza. Exatamente por ser visto ingenuamente como tema de sociologia por políticos e intelectuais é que o tráfico se instalou e prosperou em fortificações nas favelas. O mais próximo de um problema social que ele gera é a opressão que traficantes impõem a moradores honestos dessas comunidades. Vivem submetidos à ditadura das armas. Alguém acha que o traficante vai entrar seus fuzis a um médico de um posto, a um professor de uma escola, a um assistente social??? Só operações militares farão isso. E operações militares muito mais poderosas do que essas montadas aí. O resto é firula política diante de um gravíssimo problema. É preciso uma operação conjunta que envolva os três poderes: o Legislativo, que faça leis atualizzdas e que acabe com a festa de penas progressivas e dimunição de penas etc e que mude a legislação para que as Forças Armadas, como em qualquer país civilizado, partiocipe dessa guerra (curiosamente, as nossas Forças Armadas têm feito um trabalho elogiado no Haiti ao combater precisamente as gangues locais, ou seja, lá fora pode) e vigie as fronteiras; o Judiciário, que convença juízes a parar de soltar traficantes assassinos por "bom comportamento"; o Executivo, que destine mais recursos à vigilância da fronteira e contrabando de drogas e armas. Há muitas frentes a combater, como a lavagem de dinheiro e operações que levem à prisão os financiadores do tráfico que não moram em favelas e não são "problema social", são bandidos também. A sociedade costuma reclamrar, quando o estado aperta o cerco, de intervenção em coisas do empresariado ´privado. Curiosamente, no governo passado foram criadas as famosas contas C-5, aquelas do bilionário escândalo do Banestado jamais investigado na segunda metade dos anos 90. Pois as tais C-5, que foram desativadas só recentemente, foram o instrumento "legal" para transferência de milhões de dólares para paraísos fiscais que, depois, voltavam "limpos" para financiar o tráfico e outros crimes. Ou seja, o combate na favela é militar, para destruir gangues, mas a luta contra o crime organizado e o tráfico vai muito além. Rico ou pobre com arma na mão jamais será problema social, deve ser alvo da polícia mesmo.

Milfont disse...

Há é muita hipocrisia social. Após e recente derrubada de um helicóptero, até os jornais divulgaram com falso espanto, oh, oh, que a ordem para a invasão dos morros partiu de um traficante preso em um presídio federal. Alô, alô, acordem. Pode ter partido de um presídio federal ou de qualqeur outro. Anotem aí: não existe no Brasil preso incomunicável. E não é porque falem no celular não, isso é babaquice, os presos no Brasil têm direito a várias visitas semanais, advogado vê o preso quando quer, muitos respondem a vários processos e recebem advogados várias vezes por semana, têm visitas íntimas, de parentes etc. A OAB é a primeira a protestar quando algum diretor de presídio tenta organizar essa suruba. Assim como impede que advogados e muitos já foram flagrados como pombos-correio sejam revistados. O corporativismo fala mais alto do que o bom senso.
Quanto ao post do debarros, um comentário: importam armas caríssimas, pagam altos valores em propinas, dão dinheiro a políticos em campanha, moram em mansões dentro das favelas. Onde está o problema social? São é ricos. O governo e o estado não entram lá, é território deles, manda um assistente social subir lá, um médico, vão pra vala. Primeiro tem que limpar, depois, sim, entram as escolas, esgotos, creches, quadraas esportivas, e outros direitos que os moradores honestos merecem. Primeiro o combate aos criminosos, depois a mão amiga.

deBarrros disse...

Vejam bem, não sou contra a nenhuma ação policial que venha a acabar com o banditismo nas favelas que se derramam para as ruas em assaltos e assassinados nas ruas e em casas de moradores, Esposo a idéia de que: "bandido bom é bandido morto", axioma copiado de uma frase famosa de um general americano – que não foi o "Custer" – que disse: "IIndio bom é o indio morto". Mas, a verdade é que a polícia vem matando bandidos há tanto tempo e não consegue acabar com eles. Matam dez e surgem mais onze para cobrir a baixa.
Parecem praga de gafanhoto.
A favela tem gente boa e honesta. Claro que tem mas vivem
aterrorizados pelos bandidos e são obrigados a acobertá-los. Até porque ninguem desconhece que esses moradores bons e honestos vivem recebendo dos bandidos sexta básica, auxílo saúde, apoio fianceiro. Quer dizer fazem o que os governos, municipais, estaduais e federais não conseguem fazer. Desconfio que agora a própria polícia está encontrando o caminho certo com a ocupação das favelas. Não basta, em uma operação militar apenas vencer o inimigo é preciso ocupar o espaço conquistado para não deixar que ele seja novamente invadido pelos bandidos. Roma conquistava as cidades inimigas e passava a ocupá-las pelo resto da vida.
Buush pai cometeu o maior erro militar de sua vida, na guerra do Golfo, em não invadir e ocupar a capital do Iraque
Depois do inimigo vencido e conquistado deve entrar o Estado implantando nas favelas os seus melhores projetos sociais, se ele, o Estado tiver!