por Eli Halfoun
Aqui tem muita, e pelo visto cada vez mais, mas corrupção não é “privilégio” do Brasil: segundo o FMI a corrupção movimenta no mundo por ano, cerca de US$ 1 trilhão, ou seja, mais do que os US$ 740 milhões gastos no mundo todos os anos com o ensino fundamental, segundo dados da UNESCO. É lamentável, mas o Brasil avança a passos largos (bastas ler o noticiário diário para constatar isso) para a conquista de uma “medalha de ouro” ou uma “medalha de prata” em corrupção e deverá atingir em 2010 sua melhor “performance” movimentando, segundo estimativas (não oficiais é claro até porque oficialmente todos são ou se dizem honestos) US$ 12 bilhões.
Tudo indica que no Brasil a coisa deve continuar correndo leve, livre e solta (nenhum corrupto vai pra cadeia), mas o mundo está se precavendo: segundo a revista Fortune, as 500 maiores empresas mundiais estão adotando (a cada dia com mais rigor) uma política específica de combate à corrupção. Não são apenas as empresas que se cuidam: agora mesmo, por exemplo, o Escritório das Nações Unidas sobre Crimes e Drogas desenvolveu o manual “Anticorrupção: políticas e medidas”. É na verdade uma cartilha que visa diminuir ( triste ilusão) a ação dos corruptos em empresas e, principalmente, na administração pública. Quer dizer: vai todo mundo voltar para escola, cartilha na mão, para aprender o que já devia saber e praticar a muito tempo.
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