por Eli Halfoun
Dois mil policiais militares estão nas ruas (nos campos de batalha) para combater a marginalidade que nos tem atormentado. A mobilização tem, não há dúvidas, a principal missão de capturar os marginais que derrubaram o helicóptero que resultou na morte de PMs em serviço oficial. Diante dessa informação uma pergunta é inevitável: se agora é possível tirar dos quartéis dois mil policiais, onde eles ficam e atuam o ano inteiro? Não seria mais competente se esses mesmos dois mil policiais estivessem nas ruas todos os dias para tentar evitar que conflitos como os de agora sejam figurinha repetida, uma história que estamos cansados de conhecer? É verdade que enquanto (até quando?) policiais estiverem agindo próximo aos morros, onde se transformam em verdadeiros alvos humanos, as coisas por lá certamente ficarão mais calmas. Todo mundo sabe que sem poder agir em seus quartéis generais os traficantes procuram (e acham) outra maneira de faturar e assim colocam seus paus-mandados em locais movimentados para cometerem pequenos furtos ou grandes assaltos, o que significa que a maioria da população continua desprotegida. A polícia está, sim, mobilizada, mas essa guerra está longe de acabar: por mais que mostre serviço a polícia não tem (será que um dia terá) o mesmo poder de fogo dos marginais armados até os dentes.Agora mesmo os jornais noticiam que foram apreendidos cinco poderosos fuzis (com poder idêntico aos que derrubaram o helicóptero) supostamente comprados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Cinco foram apreendidos, mas certamente muito outros chegaram às mãos dos bandidos. A Policia Militar enfrenta uma luta desigual contra um poderoso gigante armado. Mesmo com todo o momentâneo esforço da polícia só nos resta a esperança de que um dia o pequeno David (no caso a polícia) consiga derrotar o gigante bandido, que são os marginais. Enquanto isso ao acontecer e bom precaver-se (principalmente agora) nas ruas, onde os bandidos buscam novas fontes (e essas fontes somos nós) de renda. Pelo visto continuaremos fritos e mal pagos. Aliás, fritos sempre estivemos. Mal pagos também.
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Um comentário:
Eli, não sabemos, na verdade, que polícia temos. Enquantos policiais do BOPE do CODE e do FODE arriscam as suas vidas lutando contra bandidos bem armados com fuzis AK-47, AR-15 e M-16 além de fuzis antiaéreos, outros policiais da ronda de patrulha chantageam um bandido que acabou de matar um cidadão, o Evandro do Afroregae, covardemente e vem a polícia e toma do bandido o produto do assalto e manda ele embora. A impunidade começa nesse exato momento. O bandido feliz da vida vai embora se preparando para um novo ganho e um outro assassinato certo que nada lhe acontecerá.
Essa Eli, é a nossa realidade. Estamos no meio desse tiroteio de quem quer ganhar mais. A policia roubando do bandido o que o bandido roubou da gente. E agora como é que fica. Que polícia vai nos proteger? Houve um momento na história da formação do EUA, lá no oeste selvagem, que o banditismo cresceu tanto, que os cidadãos, revoltados, se reuniram e criaram uma força tarefa denominada "Texas's rangers" especificamente para perseguir os ladrões de qualquer coisa, principalmente de cavalos, e atirar contra eles. Se não morressem no tiroteio morreriam enforcados. A idéia era essa perseguir e matar os bandidos.
Não sei qual será a solução para o Rio de Janeiro. Não podemos confiar na polícia que temos. Há muitos anos viciada em roubos e safadezas em chantagens ao cidadão comum, em roubar tambem o pobre do cidadão indefeso.
Diria que o melhor o que o carioca poderia fazer hoje seria arrumar as malas e ir embora para uma cidade do interior deste imenso pais onde haja paz e harmonia para viver com um pouco de tranquilidade e serenidade. aleluia!!!
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