sexta-feira, 29 de junho de 2018

Aqui é Brasil! - Árbitro de vídeo chega às peladas de futebol...


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Fototrívia: identifique o ministro se for capaz...



por O.V. Pochê
Se fosse um concurso, o prêmio para o acertador poderia ser uma toga de relator, usada, a ser sorteada pelo STF. Ou uma cesta de pães de queijo da terra da presidente Carmen Lúcia. Ou uma bolsa para a escola de Direito de Gilmar Mendes. Ou uma viagem em jatinho da FAB a convite de Fachin. Ou um auxílio moradia concedido por Fux. Ou um estágio com o Máskara para administrar os sorteios do STF. Ou, se preferir, uma passagem só de ida para um país onde o tribunal seja Supremo.

Bastidores da Copa da Rússia - O material esportivo de hoje pode ser "tecnológico", mas as seleções não dispensam os velhos sapateiros para cuidar do que importa: as chuteiras dos craques

Foto Getty Images/Fifa

A Copa do Mundo é cada vez mais tecnológica, o relógio do árbitro apita quando sensores eletrônicos indicam que a bola ultrapassou a linha do gol, o VAR, que estréia na Copa da Rússia pode calar um grito de gol ou referendar ou não pênalti, as camisas são feitas de tecidos inteligentes e as chuteiras incorporam recursos de alto rendimento a cada modelo lançado.

A foto acima mostra o vestiário da seleção da Dinamarca. As ferramentas dispostas sobre a mesa são o elemento romântico que resiste às inovações. O material fica em espaço nobre, arrumado como se fosse o instrumental de um cirurgião.

Apesar de toda a tecnologia, os roupeiros das equipes não dispensam o pé-de-ferro (a bigorna do sapateiro), martelos e alicates para ajustar as travas aos campos secos, molhados, de grama alta ou baixa. Muitos jogadores usam, atualmente chuteiras personalizadas, mas isso não dispensa o ofício do artesão. Talvez apenas elimine uma função que era quase obrigatória no tempo das pesadas chuteiras de couro: amaciar o calçado. Para isso, alguns roupeiros "domavam" as chuteiras e gastavam um pouco de sola e antes de entregá-las aos pés dos craques.

Vale lembrar que a Dinamarca se classificou para as oitavas. Até aqui, o sapateiro da equipe mandou bem no pé-de-ferro. (José Esmeraldo Gonçalves)

Rússia 2018: jornal inglês coloca Brasil em primeiro no ranking da Copa. Até agora.

Foto Getty Images/Fifa

The Telegraph publica hoje um ranking das 32 seleções na Copa da Rússia após a primeira fase. Em último lugar, Panamá. A carismática Islândia ficou em 22° lugar. Alemanha surpreende negativamente no 21° posto. Rússia em 14° lugar, quase colada à Argentina, em 12°. Inglaterra em 10°. México, próximo adversário do Brasil, em 8°, França em 7°, Portugal em 4°, Espanha em 3° e Croácia em 2°. Liderando o ranking, Brasil.

O Telegraph explica porque colocou o Brasil em 1° lugar. Diz que a seleção de Tite joga na defesa se for necessário e é rápida no contra-ataque. Observa que o time dá a impressão de que ainda não está dando tudo e pode ser muito mais forte. Neymar é a "superstar", mas Philippe Coutinho é o cérebro. Acrescenta que a defesa é confiável, lembra que o Brasil está invicto há 14 jogos, encontrou a forma na hora certa e deve ganhar a Copa.

Que os deuses do futebol os ouçam.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Brasileiro faz a foto que se torna símbolo contra o racismo e a Fifa compartilha a imagem para o mundo

Foto de Rodrigo Villalba
Uma das fotos da Copa mais compartilhadas até o momento é do fotógrafo brasileiro Rodrigo Villalba. A cena, durante o jogo Senegal 2 X Polônia 0, em Moscou, mostra o momento em que Thiago Cionek, o brasileiro naturalizado da seleção polonesa, ajuda Sadio Mané a se levantar.

Rodrigo Villalba queria flagrar a diversidade, como contou ao site Chuteira FC: "Eu estava no estádio credenciado para fazer o jogo. Quando as duas seleções (Polônia e Senegal) entraram no campo, fiquei impressionado. Muito contraste. Senegal muito negro, negro. Polônia, branca. Fiquei com essa ideia na cabeça esperando por um momento.”

A Fifa compartilhou para o mundo a foto que se torna símbolo da rejeição ao racismo.

A hora é Hexa...

Foto de Lucas Figueiredo/CBF
Com Philippe Coutinho se destacando, a Seleção Brasileira parte para cima do México.

Na hora do vamos ver, dia 2 de julho, em Samara, Rússia, o que vai contar é bola na rede, mas o histórico de Brasil X México em Copas do Mundo favorece o Brasil.

Até hoje foram quatro confrontos, com três vitórias e um empate.

Em tempo de "guerra", Ruy Castro lança "A Arte de Querer Bem"

Em tempo de torcidas divididas, trincheiras cavadas e cidadelas erguidas, Ruy Castro celebra seus 70 anos lançando no campo de batalha em que se transformou o Brasil o livro "“A arte de querer bem” (Estação Brasil).

São 70 pequenas crônicas escritas entre 2008 e 2017 publicadas na Folha de São Paulo.

Não procure conflitos nas 256 páginas do livro onde Ruy, que foi redator da Manchete e da Fatos & Fotos no anos 1970, reúne amigos e experiências de vida e narra encontros com personagens que admira, como Braguinha, Pixinguinha, Paulo Francis, entre outros.

Leitura que oferece tréguas e desata armaduras.

Repórteres lançam livro "Rio sem Lei". É o B.O. de uma tragédia social...

Os repórteres Hudson Corrêa e Diana Brito acabam de lançar o livro "Rio sem Lei: como o Rio de Janeiro se transformou num estado sob o domínio de organizações criminosas, da barbárie e da corrupção política" (Geração Editorial).

Na capa, dois dos muitos símbolos da tragédia social: a juíza Patrícia Aciolli, assassinada em 2011 e a vereadora Marielle Franco morta em 2018.

Hudson Corrêa trabalhou nos Diários Associados de Campo Grande (MS), JB, Folha, Globo e Época.

Diana Brito foi da TV Brasil, UOL, Canal Futura. Folha de S.Paulo e BBC Brasil.

Hudson e Diana demonstram a partir de uma longa investigação como o Rio foi rendido pelo narcotráfico, milícias e corrupção.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Jornalismo? Manuela D'Ávila, do PCdoB, é submetida a "interrogatório" em TV tucana. Não, não havia pau-de-arara no recinto...

Foto: Reprodução You Tube/Roda Viva/TV Cultura
Tudo bem que a TV Cultura em matéria do jornalismo não passa necessariamente pela estação de tratamento de efluentes. Tanto que estranhos resíduos fecais de ultra-direita vieram à tona durante a entrevista que o Roda Viva, da emissora tucana, fez com Manuela d'Ávila, pré-candidata do PCdoB à presidência.

O programa cheirou à altura dos rejeitos, claro.

O pelotão conservador atuou como se estivesse em uma trincheira da Guerra Fria, deixou de lado coisas como programa de governo, temas urgentes do país, prioridades. Idéias da candidata não interessavam, nem respostas. O importante era o que os "entrevistadores" tinham a dizer. Parecia mais um interrogatório do antigo CCC (Comando de Caça aos Comunistas), incluindo a característica de interromper a fala da entrevistada, provocar etc.

Davam a impressão de que, em vez de perguntas, teriam preferido ter à mão máquinas de choques elétricos. O pau-arara foi dispensado ou, pelo menos, não apareceu nas imagens. O logotipo do DOI Codi também não.

Um dos "entrevistadores" era, aliás, um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro e, incrivelmente, suas ideias nem se chocaram muito com as dos demais interrogadores.

Segundo o PCdoB, Manuela foi interrompida 62 vezes. O partido comparou a extrema falta de educação dos interrogadores, para dizer o mínimo, com a do programa em que Ciro Gomes foi recebido. Na ocasiões, suas respostas foram cortadas apenas 8 vezes.

O jornalista Ricardo Kotscho escreveu no seu blog Balaio do Kotsho: "Tratada como se fosse uma criminosa no tribunal de Nüremberg, Manuela foi interrogada por uma bancada de fuzilamento, acusada de todos os crimes praticados por regimes comunistas ao longo da história. (...) Como havia na bancada também jornalistas, fiquei envergonhado com o que estão fazendo da nossa profissão, sem o menor respeito ao público que assistia ao programa e queria ser melhor informado sobre a candidata, que está há vinte anos na vida pública e não é uma paraquedista como tantos outros."

Copa do Mundo - Rússia 2018 - Alemanha é derrotada pela Coréia do Sul; Argentina dá lição de garra

Timo Werner incrédulo ao fim do jogo. Foto Getty Images/Fifa/Divulgação


* A Alemanha nunca se deu bem na "Frente Russa". O futebol confirma dramaticamente a história. A Coréia do Sul desclassifica a poderosa tetracampeã. Com a Itália fora da Copa, a Alemanha era a única equipe capaz de se igualar ao penta brasileiro. 

* O destaque de ontem  - Maradona na platéia, à parte - foi a garra da Argentina. Nunca a frase do folclórico Neném Prancha, na voz de Sandro Moreyra e João Saldanha, ou vice-versa, foi tão verdadeira. Os hermanos foram na bola como quem ataca um prato de comida. No caso dos jogadores argentinos, impulsionados por fome de honra. Um pouco desse apetite faria bem ao time de Tite, logo mais.

* Fora de campo, ontem, o show foi de Maradona. Dançou, pairou perigosamente sobre o guarda-corpo da arquibancada, tirou um cochilo tão bom que pareceu incomodado ao ser acordado e xingou torcedores adversários quando foi ao delírio com o gol salvador de Rojo. No fim, desmaiou. O Marca, espanhol, foi na contramão dos risos que o comportamento do ex-jogador, genial camisa 10, provocou. "Deixem de rir com Maradona; ele está doente, precisa de ajuda", pediu o jornal.

* Uma coisa e´certa: os chamados "pequenos" botaram pressão e eletricidade na Copa do Mundo da Rússia.

domingo, 24 de junho de 2018

Neymar sob ataque. Não é o primeiro, nem será o último

Brasil 2 X 0 Costa Rica. Neymar "fingindo" que está sendo puxado. Foto CBF

por José Esmeraldo Gonçalves 

Neymar está sob ataque. E a ofensiva é "fogo amigo" em colunas especializadas, mesas redondas e redes sociais do Brasil.

O jogador não é o primeiro na história do futebol brasileiro a virar alvo pelos mais diversos motivos. É extensa a lista dos que se tornaram "malditos". Tinham todos uma característica em comum: eram "rebeldes". Um traço saudável, mas repudiado pelo conservadorismo de todas as épocas.

No auge da força do rádio, nos anos 1940, Heleno de Freitas foi a bola da vez de odiosa campanha. Nos campos, incomodava como o craque excepcional e temperamental que era. Fora do campo, recebia críticas por ser um ponto fora do padrão: rico, bem nascido, galã cercado de mulheres, de carros e de fama. Heleno foi personagem forçado de um dos momentos mais baixos e repulsivos do jornalismo esportivo: já doente, fisicamente degradado, foi cruelmente fotografado pela revista O Cruzeiro que estampou reportagem paparazzo mostrado seu triste estado no interior do hospício que consumiu seus últimos dias de vida, em Barbacena. Minas Gerais.

Almir, o Pernambuquinho, tinha apenas 19 anos quando chegou ao Vasco. Logo se impôs pela habilidade e garra extraordinárias. O torcida celebrava seu espírito de luta, mas a imagem que predominava nos jornais era a do "brigão". Almir tanto se destacava que em 1957 foi convocado para uma amistoso da seleção brasileira. Pediu dispensa porque, na mesma semana, iria viajar para a Europa em longa excursão do Vasco. Por isso, não voltou a ser lembrado pela CBD. Ganhou títulos pelo Vasco, como o lendários super-super de 1958. Havia muito jogadores brigões, mas Almir era "o" brigão. Com alto salário no bolso e vida boêmia, ficou marcado pela "falta de patriotismo" e pelas encrencas. Não demorou muito a preferir deixar o Brasil, jogou no Boca Juniors, na Fiorentina, no Genoa, sem muito sucesso. Virou heroi quando voltou ao Brasil, contratado pelo Santos e substituiu Pelé, machucado, nas finais contra o Milan e fazendo gols nos dois jogos decisivos. Foi o título mundial (de clubes) que a seleção não lhe deu.

Garrincha, que era ídolo e fazia o impossível nos campos, também não escapou do bombardeio. No seu caso, bombardeio moralista. O bicampeão mundial foi massacrado por deixar a primeira mulher, "fiel companheira dos tempos difíceis", para ficar com a amante, a cantora Elza Soares.  Ela, por sua vez, foi rotulada e massacrada como a "destruidora de lares".

Com a ditadura e a militarização do futebol brasileiro às vésperas da Copa de 1970, a então CBD assumiu esse tipo de código até então não escrito e emitiu o "Regulamento do Atleta Convocado", que incluía normas de comportamento e até de corte de cabelo e barba. O objetivo, contudo, era preventivo. No curto período em que ficou à frente da seleção, João Saldanha deu entrevistas para jornais franceses denunciando prisões políticas e tortura no Brasil. O fato não apenas o tirou do cargo - a recusa em convocar Dario, indicado por Garrastazu Médici, foi um detalhe na crise que se instalou na CBD - como acendeu o alerta dos militares preocupados com declarações semelhantes no México, com a mídia mundial presente. As normas de "comportamento" ficaram em vigor por muitos anos.

A barba e as convicções de Afonsinho, a personalidade e a "arrogância" de Paulo César Caju, rotulado como "o preto incômodo que não sabia seu lugar", a militância política de Reinaldo (seu estilo de comemorar gols com punho fechado não era bem visto), depois do anos 1980 a Democracia Corintiana de Casagrande, de Sócrates, Wladimir, Zenon etc, Sócrates e Casagrande na campanha das Diretas Já, não eram exatamente o que a mídia hegemônica esperava dos jogadores de futebol. Mais recentemente, Dunga, que foi criticado em 1990, dando até nome à pejorativa "era Dunga", também o foi em 1994. Tanto que ao erguer a taça da Copa de 1994, jogou o gesto na cara da imprensa. Depois, como treinador, quis evitar privilégios, não teve habilidade para enfrentar pressões, desafiou a Globo e perdeu, playboy.

Em tempo de redes sociais, as opiniões, os fatos e as fake news têm o poder de incinerar imagens.

Neymar está no meio desse furacão. Jornais espanhóis ressentidos com a saída de Neymar do Barcelona espalham "notícias" sobre o jogador, sem fontes, há mais de um ano. São matérias inteiras baseadas em um "amigo próximo", um "dirigente", "um influente assessor". Até a prisão de Neymar foi noticiada. Muitos desses "furos", que jamais se confirmaram nos dias e semanas seguintes, são reproduzidos por sites e jornais brasileiros sem o mínimo de checagem. A Copa está cheia de jogadores que simulam faltas, Neymar é "o" simulador. Claro que pelo seu estilo de jogo, de prender a bola e driblar (habilidade que em tempo de elogios a longos minutos de troca de passes passou a ser considerada quase uma heresia), Neymar está mais sujeito a faltas, a simples desequilíbrios ou simulação, quem nunca? Neymar se ajoelha em campo ao fim do sofrido  jogo contra a Costa Rica, é "ator", "está fingindo". Jogadores da Alemanha fazem o mesmo após o sufoco que levaram da Suécia e estão sob "intensa emoção".


Dos marcadores em campo, Neymar sabe se defender. Mas aparentemente não
lida bem com a marcação cerrada fora de campo. Talvez deva pedir ajuda ao
Canarinho Pistola.

Hoje circula na internet, Globo, DCM, entre outros sites, uma antiga foto de Neymar pai com Milton Lyra, lobista do PMDB preso em uma das operações da PF. A nota explica que o encontro deu-se antes da denúncia. Supostamente, Lyra teria se oferecido ao pai do jogador para intermediar gestões com a Receita Federal em pendências fiscais. O encontro com o lobista, diz o jornal, em foi em abril de 2018, Lyra ainda não estava encalacrado na PF. Digamos que seria como se jornalistas posassem ao lado de Eduardo Cunha e Aécio Neves ainda  não citados pela Lava Jato. Ocorre que entre março e agosto de 2017, bem antes do tal encontro, a Fazenda desistiu de recurso e o caso foi encerrado. Neymar Jr nem precisou recorrer ao Refis - como fazem grandes empresas acusadas de sonegação - para regularizar sua situação. A nota conclui que depois que Lyra foi solto por Gilmar Mendes, "a conversa não teve prosseguimento".

Provavelmente porque não havia mais o que conversar.

Como não há mais detalhes ou apuração em cima do suposto fato, se é verdade ou não, a nota cumpre sua função, que claramente é insinuar. E botar mais lenha na fogueira que cerca Neymar.

Não é possível prever se Neymar algum dia ganhará a Bola de Ouro de melhor jogador do mundo. Mas um título já lhe foi conferido na mídia e nas redes sociais: é o mais novo "bad boy" do futebol.

sábado, 23 de junho de 2018

Alô, jornalista! Imigrante bom é imigrante preso?.

Reprodução O Globo

Algumas opiniões parecem recolhidas de valões. Artigo publicado no Globo (22/6/2018) assinado pelo jornalista Rasheed Abou-Alsamh justifica a política anti-imigratória de Trump. Ele escreve que há meio milhão de menores ilegais e famílias vindos da América Central, "a maioria deles ainda à solta nos Estados Unidos". "Ainda", o jornalista quer mais jaulas? Fala em cidadãos americanos "sitiados" por imigrantes. E que já estava na hora de "botar ordem'. Lembra a linguagem autoritária dos ditadores da Arábia Saudita. O colunista do Globo é filho de sauditas, nasceu em Washington e mora em Brasília.

Deu na Variety: executivo da Netflix usa expressão racista e vai pro olho da rua...



A Netflix acaba de demitir seu diretor de comunicação, o jornalista Jonathan Friedland. Ele usou a palavra "nigger" em duas ocasiões ao se dirigir à sua equipe. Antes de entrar para a Nwetflix, ele trabalhou na Disney. A notícia está na Variety.

As empresas sérias tendem a se tornar cada vez mais sensíveis a ofensas à diversidade. Não que sejam anjos, o fato é que denúncias como essa se propagam nas redes sociais e podem causar graves prejuízos às corporações. Executivos despreparados já não estão tão livres para cometer assédio sexual, moral, racismo, homofobia, perseguir funcionários por motivos culturais, humilhar clientes etc.

Rede social neles!

A liberdade sequestrada


Chamada de capa? Legenda? Quem precisa disso?

O artista gráfico canadense Barry Blitt, autor da capa da revista The New Yorker para o mês de julho, dispensa adereços.

Blitt costuma ser irônico e satírico nas suas aquarelas.

Às vezes, carrega no humor. Dessa vez, não. Ele não sacou essas importantes armas.

Criou uma capa dramática. Sombria. A indignação que envia um apelo à Liberdade. (José Esmeraldo Gonçalves)

sexta-feira, 22 de junho de 2018

A foto do fato: Neymar entre a cruz e a espada...

Fim do jogo Brasil 2 x 0. Depois do sufoco, a prece de Neymar. Haja proteção. Após se recuperar de uma fratura, o jogador tem sido alvo constante de botinadas e pisões Foto Richard Heathcote/Getty Images/FIFA/Divulgação

Dois toques: o alívio e a decepção




Fotos Getty Images/FIFA/Divulgação

Brasil e Argentina vivem momentos de tensão na Copa da Rússia. Hoje, Phillipe Coutinho e Neymar aliviaram o drama da seleção brasileira ao fim do jogo contra a frágil Costa Rica.

Para Messi & Cia, sobrou a enorme decepção da derrota por 3x0 para a Croácia. A situação da Argentina é desesperadora, como mostram as imagens de Messi e companheiros. o time depende de vitória no último jogo e de resultados dos demais adversários.

O Brasil está em melhor posição, mas não pode comemorar ainda a classificação para a segunda fase.

As duas tradicionais escolas de futebol ainda não brilharam em campo.

Drama na Copa - Nos jornais dos hermanos, Argentina é terra em transe...






Adivinhou! Gato Achilles faz sucesso na Copa da Rússia

Reprodução Instagram
O gato Achilles, cujo CEP é ilustre (mora no Hermitage, o antigo palácio de inverno dos czares), adivinhou mais um vencedor em jogo da Copa.

Foi por pouco. A seleção brasileira quase derruba o palpite felino.

Ele apostou no Brasil contra a Costa Rica, em São Petersburgo, sua terra, e a vitória só veio a partir dos 40 minutos do segundo tempo. Achilles já acertou vários resultados, cravou as vitórias da Rússia e escapou das zebras da Alemanha e Argentina por não ter sido convidado a palpitar: suas aparições são racionadas para evitar estresse. Ele se prepara para indicar o campeão, mas só mais adiante, quando sobrarem menos concorrentes. É que o gato aponta o vencedor ao escolher o prato de ração correspondente. Com 32 seleções jogando, correria o risco de se empanturrar com tanta comida.

Reprodução 
Cada performance diante das bandeirinhas das seleções é acompanhada por dezenas de fotógrafos e câmeras.

Achilles desperta mais interesse e atrai mais mídia do que qualquer coletiva convocada por um Michel Temer da vida.

Obviamente, o gato tem muito mais a dizer.


quinta-feira, 21 de junho de 2018

Capa da Time: a besta encara sua pequena presa

Matéria da Time lança uma pergunta sobre os Estados Unidos: "que tipo de país nós somos?
Para compor a montagem da capa, a Time usou o detalhe de uma foto dramática de autoria
do fotojornalista John Moore, da Getty Images. O fotógrafo flagrou o instante em que uma menina chorava desesperadamente ao ser separada da mãe na fronteira do Texas com o México. A foto foi reproduzida
em centenas de países e se tornou o símbolo da crueldade da política imigratória de Donald Trump. 

Ruy Portilho: trajetória de integridade e profissionalismo, com ponto de partida na Manchete

Reprodução Facebook
Em 1981, como responsável pela sucursal do Estadão, no Rio, Ruy Portilho e equipe levantaram uma informação crucial sobre o caso do ato terrorista no Riocentro: os militares transportavam no Puma as bombas que explodiriam durante o show de 30 de abril. Foi a matéria que desmentiu a versão oficial  e fantasiosa da ditadura imposta em transmissão em rede nacional de televisão, segundo a qual militantes de esquerda haviam "plantado" uma bomba no carro dos militares.

Criado em 1965, o Prêmio Esso de Jornalismo foi extinto em 2015. Foram 60 anos de existência, dos quais 23 (desde 1992), sob a coordenação de Portilho.

Antes de ser o responsável pela comunicação da multinacional, ele ganhou o Prêmio Esso Regional Sudeste, em 1984, pela matéria "Os Vintes anos do BNH", do Jornal da Tarde.

Fatos como esses balizam a carreira de um atuante profissional de comunicação que, além das funções acima, foi diretor de comunicação e marketing do grupo Viamar, da área de navegação e siderurgia. Nos últimos anos, dirigia a RP consultoria. 

Ruy Portilho começou sua carreira na Bloch Editores, em meados dos anos 1960.  Ele morreu na última quarta-feira, aos 74 anos.  Era irmão de Creston Portilho, jornalista que também trabalhou na Manchete. Ruy e Creston entraram na Bloch por uma porta de mérito: o Curso Bloch de Jornalismo.

"Make 'guetos' again" ? - A jornalista que não conseguiu ler notícia sobre crianças engaioladas pelo governo Trump


As redes sociais compartilham um vídeo que mostra a jornalista Rachel Maddow, da emissora MSNBC, emocionada e impossibilitada de falar ao vivo sobre a separação de crianças imigrantes do seus pais detidos na fronteira. Ao ler a notícia sobre bebês engaiolados, Maddow chora e sob intenso nervosismo pede que um repórter a substitua na continuação da cobertura.

De fato, as imagens são fortes. Há celas que abrigam 20 crianças. Folhas de papel servem de cobertores.

The New York Times lembra que Trump não foi o primeiro a separar crianças dos seus pais.
Reprodução

A política parece inspirada em manuais nazistas, que também separavam crianças dos pais e produziam cenas terríveis que o mundo jamais esquecerá e talvez imaginasse que não se repetiriam. Donald Trump começa a rascunhar seu próprio manual ao se aproximar desses métodos na sua missão de clonar princípios que lhe agradam e aos seus apoiadores racistas e preconceituosos.

Guetos, ele já criou.

As imagens dos filhos de imigrantes, incluindo bebês, detidos e engaiolados no Estados Unidos chocam o mundo. Em dois meses, o governo republicano já segregou mais de 2 mil crianças. Há 49 brasileiros nas gaiolas de Trump.

Diante das reações, os Estados Unidos suspenderam a política de separação de crianças, mães e pais. Mas anunciam que a tolerância zero contra imigrantes continuará. Na verdade, ontem mesmo, republicanos pediram "mais" tolerância zero. Suspender a separação é um recuo parcial e atinge apenas um aspecto visível da política que classifica estrangeiros sem documentos, notadamente os que entram pela fronteira mexicana, como traficantes, estupradores, insetos, vermes e criminosos.

Sim, isso tem sido dito com todas essas palavras.

VEJA O VÍDEO AQUI

E os torcedores brasileiros em Moscou? Por que não escolheram um hooligan russo para molestar?

Não vale a pena reproduzir a cafajestagem em vídeo de torcedores brasileiros na Rússia.

Mas é importante valorizar a reação nas redes sociais condenando os molestadores de jovens russas.  Faltou educação na turma de boçais que ilustra pelos menos três vídeos. E sobraram mau caratismo, machismo em suspeita intensidade e até ficha suja, como comprovam registros policiais divulgados.

A indignação de milhões de internautas teve consequências. Algumas instituições e empresas às quais os elementos são ligados já anunciaram demissão e abertura de procedimentos de punição interna. A agressão moral não foi obra de meninos. Há até engenheiro e advogado em meio à turba.

Pessoas solidárias às vítimas da covardia e que conheciam os boçais ajudaram na identificação. A ativista russa Alena Popova oficializou petição para transformar o episódio em caso de polícia.

Durante a Copa de 2014, no Brasil, um atleta americano forjou um assalto e o fato foi divulgado no mundo inteiro. A polícia carioca entrou em ação, comprovou a mentira, e o mentiroso sofreu processo por falsa comunicação de crime. Espera-se que os torcedores envolvidos na agressão moral às mulheres e até a uma criança não fiquem impunes. Que a polícia russa aja e que empresas, escolas e instituições que abrigam esses elementos sejam cobradas a responder à ação dos molestadores.

Um dos envolvidos alegou que estava bêbado. O que não é atenuante. Se estavam bêbados, não pareciam estar sem noção. Tanto que escolheram para molestar jovens russas. E não correram o risco de maltratar, por exemplo, um holligan russo. 

Da rede social: quem dá mais?



sexta-feira, 15 de junho de 2018

Desculpe aí, foi mal! Quando a foto compromete a imagem...


Trump bate continência para general norte-coreano. "Falcões" americanos não gostaram da foto...
Reprodução Korean Central Television.

Teerã, 1943: cadeira mais baixa deixou Churchill inferiorizado na comparação com Roosevelt e Stálin.
No fim do mesmo ano, em...

...Yalta, o protocolo organizou a pose oficial dos líderes no mesmo plano. 

por Flávio Sépia 

O encontro de Donald Trump e Kim Jong-un pode até ser cenográfico e resultar em nada ou pouca coisa. Mas a Coréia saiu na frente na cobrança dos pênaltis do jogo político. O presidente americano bateu continência para um general norte-coreano sob o olhar de Kim Jong-un. Cowboys e falcões americanos se irritaram com a foto que viraliza na internet.

Durante a Segunda Guerra, mesmo sem a força das redes sociais, a divulgação de uma foto de Stálin, Roosevelt e Churchil em Teerã, 1943, não agradou aos ingleses. Embora o "leão britânico" fosse  baixo, como Stálin, a cadeira minimalista que lhe coube o deixou na foto em versão mais compacta ainda diante do líder soviético. No fim daquele mesmo ano, na conferência de Yalta, o protocolo providenciou para que os líderes aparecessem no mesmo plano.

Viu a Copa do Mundo por aí?

A Copa em cena Foto Rovena Rosa/Agencia Brasil

por Niko Bolontrin

Ameaçando o cidadão com as teorias mais desencontradas, algumas até meio loucas, outras com um certo fundamento, antropólogos, sociólogos, o motorista do 409, o coreano da pastelaria e o cagueta da Lava Jato de folga no spa, tentam teorizar sobre o desinteresse dos brasileiros pela Copa do Mundo. O uso da camisa amarela por coxinhas e paneleiros e a consequente associação com o golpe e com o governo Temer, o desastre dos 7X1, a crise econômica, a desesperança, o desemprego, o povo de Jesus - o do Oriente Médio, não o craque - que tem mais o que fazer, as denúncias de corrupção na CBF, a existência de Gilmar Mendes, a ausência de Lula, o El Niño, a alta do dólar, a separação de Luciana Gimenez, o cachorro da família Temer, as ordens do pastor Crivella que é contra samba, carnaval, futebol e beijo na boca, os delírios da direita que denunciam o lateral Marcelo como comunista por jogar pela esquerda, a greve dos caminhoneiros e o imposto de mais de 60% sobre o chope. Tudo é motivo.

Todas e cada um dessas teorias terão que ser revistas, a cada jogo, se a seleção avançar. Um dado que ajuda na polêmica. A audiência da TV Globo, segundo o Ibole, subiu 12 pontos em São Paulo e 13 no Rio, no momento em que transmitia a abertura da Copa da Rússia, em relação aos índices que o horário registrou no último mês. Durante o jogo Rússia 5 X 0 Arábia Saudita, do qual não se esperava muita coisa, foi a 23 pontos em São Paulo e 29 no Rio.


quarta-feira, 13 de junho de 2018

Estados Unidos-México-Canadá 2026: a Copa do hot dog, dos nachos e do poutine. E uma multidão de 48 seleções e 1104 jogadores que disputarão 80 jogos. Haja overdose...

por Niko Bolontrin 

A Fifa bateu o martelo e a Copa de 2026 será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá, inflada para 48 seleções. Com tantos times, muitos dos 80 jogos serão duros de ver. Várias seleções de perebas estarão em campo, pode crer.

Na verdade, mexicanos e canadenses receberão subsedes: 59 partidas e a final serão disputadas nos Estados Unidos; os vizinhos serão anfitriões de 10 jogos  cada um.
Por trás dessa decisão tem uma briga de cachorro grande. Incomodada com o crescimento e a popularidade global da Liga dos Campeões da Europa e da Copa da UEFA, que reúnem os melhores times e as melhores seleções do mundo, a Fifa cava trincheiras e busca aliados. Para isso, faz três jogadas: cede  a Copa aos Estados Unidos - que ampliou seu poder de pressão junto à entidade ao subitamente despertar para polêmicas investigações de corrupção no futebol -, inclui mais países no seu maior torneio e tenta criar um Mundial de Clubes com 24 participantes - 12 da Europa e 12 do resto do mundo - também sob seu escudo.

A Europa já anuncia que vai torpedear esse novo campeonato de clubes que, obviamente, concorreria com suas próprias e milionárias atrações.

A Fifa aguarda mais pressões dos americanos. Se vai ceder de novo o mundo só saberá em breve. Se a Copa de 2018 já incomoda Washington por ser na Rússia, a do Catar, em 2022, é quase insuportável. Com Donald Trump, as pedras se moveram no xadrez da região, o Catar foi isolado e passou a sofrer sanções por parte da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Bahrein. Egito, Iemen e Líbia, aliados dos EUA. Países do Golfo Pérsico pedem à Fifa que tire a Copa do Catar. No meio do fogo cruzado, o presidente Gianni Infantino não parece disposto a resistir. Já foi decidido que a Copa de 2026 terá 48 participantes em vez de 32. Se a Fifa fizer o mesmo com a Copa de 2022, o minúsculo Catar terá problemas para receber tantos jogos. O país está construindo oito estádios, teria que fazer mais quatro ou mais seis. Já há na mesa a ideia de forçar Doha a dividir a Copa com o Bahrein, Dubai e Abu Dhabi, mas os governantes do Catar nem se dispõem a conversar com a Fifa sobre esse rateio tão inesperado quanto o prejuízo e a quebra de contrato que acarretará.

Ao dar a Copa aos Estados Unidos, Gianni Infantino ganha dois bônus: o FBI sai do pé da entidade e, segundo promessa dos organizadores, a Fifa vai faturar cerca de 14 bilhões de dólares, quase o triplo do que ganhou no Brasil e ganhará na Rússia.

A dúvida é saber se essa jogada vai garantir o futuro da entidade.

Talvez não.

A Copa de 2030 poderá ser na Argentina, Uruguai e Paraguai, como quer a Conmebol. Não se sabe ainda se países europeus concorrerão pra valer. Foi significativo o desinteresse deles em brigar para sediar a Copa de 2026. Aparentemente, a Europa não demonstra mais o mesmo empenho de antes. Tem, como disse acima, dois dos três torneios mais importantes do mundo, os melhores times e os melhores jogadores.

E estão empurrando a Fifa para a periferia do futebol.
 

Jornalismo: quem vai checar as agências de checagem?

por José Esmeraldo Gonçalves

Alguns veículos digitais alternativos pedem transparência ao mais novo e promissor nicho da comunicação: as agências de checagem.

E transparência nunca é demais.

O conceito de agência de checagem surgiu por volta de 1992, quando a CNN pediu a uma equipe de repórteres para investigar a veracidade dos anúncios da campanha presidencial de Bill Clinton e George Bush. Até então, dados da propaganda eleitoral escapavam à apuração jornalística e circulavam como verdades. Em eleições seguintes, o método foi adotado por veículos impressos regionais e nacionais dos Estados Unidos. Só após a virada para o século 21, com a velocidade e o crescente alcance dos sites jornalísticos e, em seguida, das redes sociais, foi fundado a FactCheck.org, uma agência independente. Desde então, esse sistema de checagem se espalhou por vários países.

Apurar corretamente e checar informações é ou deveria ser tarefa agregada ao bom jornalismo. Às vezes a premissa é relaxada na grande mídia por interesses econômicos, políticos, corporativos,  ideológicos, raciais, religiosos e sociais e até por falta de tempo e de profissionais (grandes veículos estão em processo de enxugamento das suas equipes). Por sua vez, a mídia digital, a velocidade inerente à internet e as redes sociais, principalmente estas, potencializaram tais distorções. Isso não quer dizer que a internet inventou a notícia falsa - manipulação de fatos por grandes veículos é uma realidade jurássica -, mas multiplicou por milhões de cliques as mais loucas ou mal-intencionadas pós-verdades e fake news.

O papel das agências de checagem em um país onde a mídia dominante é historicamente porta-voz das mensagens do poder econômico-financeiro e político seria em tese democrático. Pode tornar-se discutível se algumas relações de mercado ou posições políticas turvarem a desejada independência. São tão novas, principalmente no Brasil, que merecem ser seriamente discutidas.

É natural que algumas questões sejam levantadas. Seria aceitável um político contratar uma agência para investigar a campanha eleitoral do adversário ou isso fugiria à ética do checador, tornando-o parte da campanha que deveria investigar? Agência de checagem investigar reportagens ou notas originadas na velha mídia, por exemplo, é fato tão raro quanto o unicórnio cor de rosa. O que a impede? O corporativismo, a eventual prestação de serviços aos grandes veículos, o foco apenas nas mídias sociais e nos sites jornalísticos não vinculados a grandes corporações de mídia?  As agências de checagem chegaram ao Brasil há cerca de três anos em meio à radicalização política do país, isso as deixou imunes ou expostas a investigações seletivas? Agência de checagem não é um veículo no sentido jornalístico da palavra. Presta serviço sob demanda do cliente. Uma prova de transparência seria publicar e manter atualizada sua relação de contratantes.

Nos últimos dias, pelo menos duas polêmicas com conteúdo político envolveram agências de checagem. Você pode saber detalhes clicando AQUI e AQUI

Uma consequência irônica do quadro: se não houver mais transparência, será preciso criar agências de checagem para checar agências de checagem. Especialmente em um ano eleitoral.  O lado bom dessa surreal redundância é que o Brasil seria pioneiro em um novo nicho da comunicação...

Outra possibilidade aguardada é a "checagem cidadã": futura popularização de aplicativos de checagem do poderes, como Executivo, Legislativo e Judiciário, políticos, mercado financeiro, além de mídia e empresas, a partir de ferramentas à disposição do eleitor, contribuinte e consumidor,  muito além dos atuais "sites de transparência". Alguns desses aplicativos já estão em desenvolvimento. Eles vão rastrear a rede e confrontar informações com milhares de bancos de dados. Com um clique, você terá a verdade ou a mentira na tela do seu smartphone.

terça-feira, 12 de junho de 2018

A capa da Time que leva os nerds à loucura... Veja o making of


Para criar a capa da sua mais recente edição especial, A Era dos Drones, já nas bancas americanas e no site da revista, a Time usou  958 aparelhos. Intel, Astraeus Aerial Cinema System e Drone Light Show participaram da produção realizada na Califórnia. A foto em que cada pontinho é um drone foi tirada por outro drone a 120 metros de altura.



VEJA O MAKING OF AQUI

Capa da Trip para mês dos namorados abala a internet

Deborah Secco e o marido, Hugo Moura, em ensaio de Jorge Bispo. 

Bruna Marquezine reclama de entrevista que O Globo publicou: "frases que eu não disse"



Reprodução Twitter
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Leitura Dinâmica: do tiro no celular a Donald Chaves e Kim Chapolin Colorado


* Juiz saca revólver e atira em um vizinho. Advogado alega que o tiro foi em um celular. Ah, bom! Atirar em celular de vizinho pode.

* Cada vez mais frequentes na mídia conservadora artigos "fofos" sobre Bolsonaro.

* A Lava Jato parou a obra de Angra 3. Foi por uma "boa causa". O prejuízo com a paralisação é colossal. Agora o governo anuncia que vai elevar a tarifa de energia elétrica para... retomar as obras de Angra 3. Sobrou pra nós.

* São os novos tempos. Alguns grupos de comunicação montaram departamentos de eventos que rivalizam em tamanho com editorias. Chega a ser impressionante a frequência com que são produzidos debates, seminários, encontros, workshops, palestras e conferências. Explica-se: com a queda da publicidade na mídia impressa, criar oportunidades para faturar tornou-se fator crucial para o caixa das empresas. As equipes criativas desses departamento trabalham ativamente. Explica-se: a maior parte desses eventos é patrocinada pelo governo federal, estatais, o pródigo Sistema S, confederações patronais, apoio de leis de renúncia fiscal, e, para ser justo, empresas privadas, embora minoritariamente. Difícil, mas os otimistas devem esperar que, a depender desses eventos, o Brasil encontre soluções para seus impasses. A pauta dessa caça corporativa ao dindin praticamente não deixa qualquer setor de fora: educação, segurança pública, turismo, meio ambiente, saúde, esporte... Os veículos promotores da pajelança lucrativas vão aonde o cliente estiver. Se os problemas estratégicos do Brasil serão resolvidos, não se sabe, mas instituições publicas dão impressão que estão trabalhando, o cofrinho da mídia engorda, palestrantes faturam seus cachês... Parece a conjugação perfeita.

* Deu match? Donald Trump se encontra com Kim Jong un. Estão dizendo que é fato histórico e o mundo será melhor daqui pra frente. As redes sociais discordam. A história recente mostra que outros encontros foram muito mais relevantes para a humanidade: Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, Temer e o coronel, Sérgio Moro e João Dória, Danny Glover e Lula, Eliseu Padilha e caminhoneiros, Fátima Bernardes e Túlio Gadelha, Ivete Sangalo e Claudia Leitte, Chaves e Chapolin...

* Segundo Notícias na TV, a Globo vai publicar regras duras sobre o comportamento dos seus jornalistas nas redes sociais. É para normatizar a conduta ética pessoal dos profissionais em relação a preferências por clubes de futebol, partidos políticos, produtos, restaurantes, lojas etc. Isso nas páginas pessoais. No ar, eles podem continuar veiculando as opiniões da empresa.


* Quando jogava na Fiorentina, Edmundo já foi muito execrado na mídia por uma opinião. Um jornalista peguntou o que ele achava de Florença. O jogador respondeu que a cidade "era muito velha". O Globo de hoje publica uma frase no mesmo tom de Paulo Betti sobre Moscou: "parece uma Disneylândia". Betti deve ter confundido as cúpulas da Catedral de Sâo Basílio, também "velha", de 1555, com as torres do Castelo Encantado do parque americano. Betti tem sorte de não ser jogador de fubebol. É apenas espirituoso...

* Pesquisa do Folha apura que desinteresse dos brasileiros pela Copa alcança 53% da população. Parece natural depois do trauma dos 7X1 e pela pouca identificação e distanciamento dos torcedores com os jogadores que já não atuam em clubes brasileiros. O que não impede que caso a seleção avance no mundial mais brasileiros se postem diante da TV do que lendo a Folha.
 

Junho de 2013, 5 anos depois da hora do pato: Não pergunte por quem as panelas bateram...

Foto André Tambucci/Fotos Públicas
Em junho de 2013, uma caricatura de protestos foi às ruas brasileiras. As manifestações eram a face visível de uma conspiração política e começaram com uma farsa. Os 20 centavos, lembram?, eram bobagem. Tanto que depois daquilo os preços das passagens dispararam e não mais se viu um só estandarte nas avenidas.

Muitas faixas pediam intervenção militar, alegorias enforcavam políticos de esquerda, a mídia conservadora dava cobertura 24h por dia, patos tomavam as cidades. Protesto mais apoiado pela imprensa só a Marcha com Deus Pela Democracia, de 1964. Faixas contra a corrupção tinham forte apelo popular, claro, quem seria contra um combate ao roubo? 

Mas aquela "vontade das ruas" mostrou-se seletiva. Se não o fosse, os manifestantes estariam até hoje mobilizados. A seletividade está expressa no grupo político que ascendeu ao Planalto e cumpriu direitinho a pauta de reivindicações institucionais e empresariais que a mídia de direita e a Avenida Paulista pediu. A conta está aí visível na intolerância, no racismo, no neoliberalismo selvagem, na destruição de setores da economia nacional, na corrupção político-empresarial, que segue firme, no desprezo aos direitos sociais, na perseguição à cultura, na ampliação do desastre ecológico em benefício de grupos de pressão postados no Congresso, na habilidade a la Messi com que certos personagens driblam a Justiça, na violência urbana e rural que o corte de verbas determinado pelo rentismo potencializou, na perseguição a professores e na formulação da escola fascista, no aumento da pobreza extrema, na piada que o Brasil virou no mundo, na ascensão do fanatismo religioso fundamentalista que já se codifica em leis com inevitável interferência nas liberdades individuais e no caos econômico desenhando para beneficiar o mercado,

Seria o caso de parodiar Hemingway. Não pergunte por quem as panelas bateram.

Elas bateram por eles. Jamais por você. 

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Rússia 2018: videoclipe da música oficial da Copa tem Will Smith, Ronaldinho Gaúcho, Messi, Neymar, Willian e os cantores Nicky Jam e Era Istrefi

Ronaldinho Gaúcho

Will Smith

Lançado no fim de semana, o videoclipe da música oficial da Copa do Mundo da Rússia/Fifa 2018, com a participação do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e de Willian, que faz parte da seleção brasileira para o campeonato mundial. A música Live It Up é intrepretada pelos cantores Era Istref e Nicky Jam, com uma performance do ator Will Smith.
VEJA AQUI

Rússia 2018 - Fifa Fan Fest já agita Moscou

Foto Fifa/Divulgação