segunda-feira, 30 de abril de 2018

Economia de mercado - Banqueiro de Wall Street investe em virgem.

A francesa Jasmine foi parar em Wall Street. Reprodução Cinderella Escort. 

por Jean-Paul Lagarride

O Mercado é, hoje, o Quinto Poder, talvez o Quarto junto com mídia. Ou já seria o Primeiro? Analistas e colunistas de economia se referem à entidade como os poetas gregos cantavam seus deuses. Ainda não fazem poemas, mas estão chegando perto. O Mercado triunfa nos mais diversos campos. Faz e derruba presidentes. Trump, Macron e Dilma que o digam. Seus poderes são épicos e não têm limites.

O Daily Mail anuncia hoje que o sexo é a nova commoditie do poderoso "mecanismo".

Não sei se já ouviram falar no site Cinderella Escort. Trata-se de um aplicativo bastante popular na Alemanha, Espanha, Suíça e Áustria. Uma espécie de Uber do amor, que se anuncia como uma agência internacional de acompanhantes de alta classe, incluindo caríssimas virgens. Uma delas, que acaba de participar de um leilão, recebeu um lance vencedor equivalente a R$ 5,5 milhões.

A estudante francesa Jasmine, de 20 anos, foi conquistada em hasta pública por um banqueiro de Wall Street, segundo o Daily Mail, que não identifica o investidor gringo nem insinua que poderia até ser um "laranja" de Trump.

O banqueiro bateu um DJ de Los Angeles e um magnata do setor imobiliário de Munique. A commoditie já foi entregue e Jasmine revelou em entrevista que resolveu vender a virgindade para arrecadar dinheiro para a família e abrir seu próprio negócio. Segundo ela, deu tudo certo, o banqueiro foi educado gentil e quer encontrá-la novamente. “A maioria das pessoas trocaria mais de um milhão de euros pela primeira vez se pudessem voltar no tempo", a empreendedora  Jasmine concluiu.

E ainda há quem critique os analistas quando estes pregam que a economia de mercado é a resposta para a recuperação das finanças do Brasil e do mundo.

Presidente argentino quer Carlitos Tévez jogando na seleção ao lado de Messi. Caso lembra a convocação de Dario, em 70, imposta por Médici

Reprodução El Destape

por Niko Bolontrin 

Uma informação divulgada ontem no programa "Fútbol al Horno", do canal 26, de Buenos Aires, agita a Argentina. Ainda sem um time formado, o técnico da seleção dos hermanos, Jorge Sampaoli, ganhou mais um problema: o presidente Mauricio Macri quer impor a escalação do atacante Carlitos Tévez, 34 anos.

Macri, ex-cartola do Boca Juniors, é amigo do jogador. Além disso, planejaria fazer uma média com a torcida do clube já que no ano que vem tentará sua reeleição para a Casa Rosada. Tévez, que disputou as copas de 2006 e 2010, é atualmente jogador do Boca. Macri tem sido vaiado nos estádios argentinos e Tévez costuma defender o presidente em entrevistas.

A pressão de Macri lembra o caso do jogador Dadá Maravilha.

Em setembro de 1969, jogando pela seleção mineira, que foi montada com o time do Atlético, Dario fez o gol que derrotou a seleção brasileira, por 2x1, em jogo-treino. O técnico era João Saldanha, comunista de carteirinha, o que, em plena ditadura, provocava urticárias nos militares. Um mês depois, em outubro, Médici assumiu o plantão da ditadura. Tempos depois, deu uma entrevista na qual elogiava Dadá Maravilha que, apesar de trombar com a bola, era um dos maiores goleadores da época.

Nos meses seguintes, o elogio se transformou em pressão. Médici não escondia a preferência: "Dario tem que ser convocado", dizia. O cordão dos puxa-sacos, como Jarbas Passarinho, então ministro da Educação, levava o recado cada vez mais insistente. No auge da pressão, ao ser indagado por jornalistas se chamaria o "Peito de Aço", Saldanha respondeu com uma frase que ao longo do tempo ganhou várias formas, mas que era mais ou menos o seguinte: "O senhor organiza o seu ministério que eu organizo o meu time". Em março de 1970, o treinador foi demitido. Na verdade, a seleção já estava ocupada por militares como supervisores e preparadores físicos fardados e o João Sem Medo desagradava à ditadura por denunciar torturas e prisões sempre que dava entrevistas à imprensa internacional e algum jornalista levantava a questão.

Zagalo assumiu. Dario foi convocado, foi para o México e virou tricampeão sem entrar em campo. Mesmo  submetido à exigência do Planalto, Zagalo não teve como escalar Dadá Maravilha. Simples: quem ele botaria no banco? Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho, mesmo Roberto (o atacante do Botafogo, que era reserva), Edu, Paulo César? Ficou difícil pro Dadá.

Quanto a Tévez, Sampaoli tem até 14 de maio, data da lista final de convocados para a Copa da Rússia, para fingir que não ouviu o presidente argentino ou ceder a Maurício Macri e botar o parça Carlitos na aba de Lionel Messi.

"O Musical da Bossa Nova" reabre Teatro Adolpho Bloch, que estava fechado para o público há quase 18 anos...



(Texto reproduzido do site Ingresso Rápido

Após transformar o Cine Palácio no Teatro Riachuelo, em 2016, a Aventura Entretenimento, dos sócios Aniela Jordan, Fernando Campos, Luiz Calainho e Patrícia Telles, irá reabrir o Teatro Adolpho Bloch. Em parceria com a BR Properties, a produtora resgata o espaço com a estreia do espetáculo “O Musical da Bossa Nova”, dirigido por Sérgio Módena com direção musical de Délia Fischer. Apresentado pelo Circuito Cultural Bradesco Seguros, ele já foi encenado em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e São José dos Campos e reabrirá o teatro no dia 04 de maio.

Fechado para o público desde 2000, o Teatro Adolpho Bloch fica no edifício Manchete, no bairro da Glória. O espaço, projetado na década de 1970 pelo arquiteto Oscar Niemeyer em estilo modernista, fica localizado no prédio onde era a sede da Rede Manchete, da Revista Manchete e de todos os veículos da Bloch Editores. O imóvel foi desocupado depois de decretada a falência do grupo em 2000 e, em junho de 2010, a BR Properties comprou o local para a construção de um edifício-garagem, mantendo e reformando também o teatro, que recebeu, em 2012, estofamento com veludo cor de vinho em suas 400 cadeiras pelo Ateliê Tereza Racca, o mesmo que assina todos os salões e suítes do Copacabana Palace.Usado nos últimos anos para gravações e eventos fechados, ele ficará sob a responsabilidade da Aventura Entretenimento nos próximos seis meses. A ideia da produtora é encontrar um patrocinador para manter o espaço aberto.


O Musical da Bossa Nova” reabre no dia 04 de maio o Teatro Adolpho Bloch, após 18 anos

A iniciativa é da Aventura Entretenimento, que busca resgatar para o público o espaço tombado, projetado por Oscar Niemeyer nos anos 70

Um dos movimentos mais importantes da música brasileira, criado na Zona Sul do Rio de Janeiro no final da década de 1950 e que revelou grandes nomes como Vinícius de Moraes, Tom Jobim e João Gilberto, marca a volta do emblemático Teatro Manchete, agora Adolpho Bloch, à cidade. A ação é comandada pela Aventura Entretenimento, dos sócios Aniela Jordan, Fernando Campos, Luiz Calainho e Patrícia Telles, em parceria com a BR Properties.  Com direção de Sergio Módena e direção musical de Délia Fischer, “O Musical da Bossa Nova”, espetáculo, apresentado pelo Circuito Cultural Bradesco Seguros, que cumpriu temporada de quatro meses em São Paulo e já passou por Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e São José dos Campos, reabre o espaço no dia 04 de maio.

Usado nos últimos anos para gravações e eventos fechados, o teatro foi inaugurado em 1973 com “O Homem de La Mancha”, espetáculo que ficou famoso na Broadway e no Brasil foi encenado pelo trio Paulo Autran, Bibi Ferreira e Grande Otelo. Outros grandes nomes da arte nacional como Natalia Timberg, Tonia Carrero, Tony Ramos, Marília Pera, Marco Nanini, Suely Franco, Raul Cortez, Marieta Severo, Edwin Luisi, Cristiane Torloni e Sergio Mendes também passaram pelo palco do Adolpho Bloch, que ficará sob a responsabilidade da Aventura Entretenimento nos próximos seis meses. “Acreditamos que os empresários, cada um em seu setor, precisam apostar no Rio de Janeiro. A Aventura continua acreditando no poder na arte, da cultura e do entretenimento para transformar uma cidade”, comenta Luiz Calainho. A abertura do Teatro Adolpho Bloch com “O Musical da Bossa Nova” marca também os 60 anos do surgimento do movimento (segundo críticos, a Bossa Nova iniciou-se em agosto de 1958, quando foi lançado um compacto simples do violonista baiano João Gilberto).

O Musical da Bossa Nova

Com realização da Em Foco Produções e Aventura Entretenimento e apresentado pela Bradesco Seguros, o musical traça a história da Bossa Nova e a sua importância para a nossa música. No elenco estão os atores-cantores Claudio Lins (vice-campeão do programa Popstar, da TV Globo, e com mais de 10 musicais no currículo), Marcelo Varzea ("Cazuza para Sempre" e "Lei do Amor"), Nicola Lama (ator italiano, que atuou em "Nine, um musical Felliano"), Jullie (“Chacrinha, O Musical”) Stephanie Serrat (“Chacrinha, o Musical” e Beth Carvalho em “Andança, o musical”),  Andrea Marquee ("Hair", "Rent" e "Cats"), Ariane Souza ("Show em Simonal"), Eduarda Fadini (aclamada como Beth Carvalho em “Andança, o musical”), Juliana Marins (“Elis, A Musical”) e Tadeu Freitas (“Chacrinha, o Musical”).

O espetáculo é dividido em quatro partes: na primeira são abordadas as histórias e curiosidades sobre o nome 'Bossa Nova'; na segunda a origem do estilo musical, as influências do passado e como o cenário musical brasileiro propiciou o surgimento do movimento; o terceiro bloco trata dos costumes dos artistas da época e os locais onde se reuniam para criar; e o último mostra como a Bossa Nova ganhou o mundo. Durante 90 minutos, os artistas interpretam composições que ficaram na memória afetiva de toda uma geração, como Samba de uma nota só (Tom Jobim e Newton Mendonça), Ela é carioca (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), Samba da minha terra (Dorival Caymmi), O Barquinho (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), Chega de saudade (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), Minha namorada (Carlos Lyra e Vinícius de Moraes), Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), Samba de Verão (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), Mas que nada (Jorge Ben), entre outras.

Quem assina a direção é Sergio Módena, que dirigiu o elogiado Ricardo III, A arte da comédia, do Eduardo Di Filippo, a trilogia musical para crianças e adultos Sambinha, Bossa Novinha e Forró Miudinho, de Ana Velloso, entre outros. O texto é de Módena ao lado do jornalista e pesquisador musical Rodrigo Faour. Segundo o diretor, a ideia era fazer um show sobre a Bossa Nova que fosse cênico e que contasse a história desse gênero tão brasileiro. "Gosto desse formato bastante informal, onde os cantores são, antes de tudo, contadores de histórias. A Bossa Nova é um estilo livre, descontraído e leve. E são esses aspectos que dão o tom do espetáculo. Rodrigo Faour levou seu amplo conhecimento musical para não só construir o repertório, mas também os textos que ligam as canções".

A direção musical é de Delia Fischer, que esteve à frente de montagens como Beatles num Céu de Diamantes (2009), Milton Nascimento - Nada Será Como Antes (2012), Rock in Rio, o musical (2012), Elis - A Musical (2013), Chacrinha, O Musical (2014), entre outros. "Nesse espetáculo o espectador terá a oportunidade de fazer uma viagem às décadas de 50 e 60 e se lembrar de músicas marcantes para nossa história", conta Delia.

"Em O Musical da Bossa Nova decidimos colocar a música à frente da ficção, como um musical show", conta Aniela Jordan, sócia da Aventura Entretenimento. Ainda fazem parte da equipe criativa Roberta Serrado (coreografia), André Cortez (cenário), Kika Lopes (figurino), Carlos Esteves (desenho de som) e Wagner Antonio (Iluminação).

“O Musical da Bossa Nova” é apresentado pela Bradesco Seguros, recebe o patrocínio da Riachuelo, apoio do BMA Advogados e tem a Localiza Hertz como Locadora de Carros Oficial.

Ficha técnica:

Texto - Rodrigo Faour e Sergio Módena

Direção - Sergio Módena

Direção musical - Delia Fischer

Coreografia - Roberta Serrado

Cenário - André Cortez

Figurino - Kika Lopes

Desenho de som - Carlos Esteves

Iluminação - Wagner Antonio

Elenco - Claudio Lins, Marcelo Varzea, Nicola Lama, Stephanie Serrat, Jullie, Andrea Marquee, Ariane Souza, Eduarda Fadini, Juliana Marins e Tadeu Freitas;

 Serviço - O Musical da Bossa Nova:

Data: 04 a 27 de maio

Horários: Sexta (20h), Sábado (17h e 20h) e Domingo (18h)

Local: Teatro Adolpho Bloch (Rua do Russel, 804)

Vendas:

- Bilheteria do Teatro Adolpho Bloch (nos dias de sessão, a partir das 14h)

- Bilheteria do Teatro Riachuelo Rio (Rua do Passeio, 38/40 – Centro// Terça a sábado: 12h às 20h | Domingos e feriados: 12h às 19h)

- Site Ingresso Rápido

Valores: Plateia - R$ 80 (Inteira) /Plateia Popular - R$ 50 (Inteira)

Capacidade: 358 lugares

Classificação: Livre

Duração: 90 minutos

Fonte e Informações para a imprensa: MNiemeyer Assessoria de Comunicação -http://www.mniemeyer.com.br 




domingo, 29 de abril de 2018

Veja é marca de tênis. Se quiser, você agora pode até pisar nela



No Brasil, Veja tanto é marca da revista da Abril quanto do famoso detergente criado pela empresa Atlantis Brasil.

Uma não tem nada a ver com a outra e ambas chegaram ao mercado em fins dos nos 1960.

O site da Paris Match  mostra que um novo produto incorpora a marca Veja. O mercado de tênis, na França, está em alta, segundo a revista.  Dobrou de volume desde 2000. Entre os concorrentes, uma nova griffe se destaca, a Veja, lançada em 2005 e que vem crescendo entre 50% a 60% ao ano.

As atrizes Emma Watson e Marion Cotillard, além do presidente Emmanuel Macron, já aderiram ao Veja.

Embora sem qualquer ligação com a editora de revistas, o Veja francês tem algum Brasil na marca.  Os tênis usam látex da Amazônia, algodão orgânico de produtores do Nordeste e são feitos em Porto Alegre em fábrica que respeita as regras da Organização Internacional do Trabalho, ao contrário de algumas confecções brasileiras já flagradas explorando mão de obra escrava no próprio Nordeste e, em São Paulo, ao confinar imigrantes bolivianos em senzalas pós-modernas.

Um especialista marketing e branded lança a pergunta: quem tem mais futuro, o detergente, o tênis ou a mídia impressa?

sábado, 28 de abril de 2018

Fábio Porchat quer poluir Veneza

por O.V.Pochê
Em entrevista ao programa de Amaury Jr., que vai ao ar amanhã, o humorista Fábio Porchat declarou que quer se cremado. "Quando morrer, quero ser cremado e que minhas cinzas sejam jogadas em Veneza", disse. Ele teve o cuidado de avisar que quer ir para o forno só "quando morrer", mas não demonstrou a mesma cautela com a integridade de Veneza.  Coitada da bela e cantada La Sereníssima. A cidade já sofre demais com a horda de turistas que desembarcam dos gigantescos navios de cruzeiro e deixam lixo nos becos e canais. Receber as cinzas de Fábio Porchat não vai ajudar. Melhor levar para Las Vegas. Lá tem o clone The Venetian, com canais e gôndolas fakes, é mais perto e vai poupar a cidade italiana. A Comune di Venezia agradece.

O Brasil é a piada internacional. Até filhote de Pinochet tira onda com o país...

Foto: Reprodução Brasil 247
por O.V. Pochê

Que a desigualdade, a violência, o golpe e a corrupção arrastaram para o esgoto as instituições, conta outra.
A surpresa é que a imagem do Brasil no mundo não para de despencar. Autoridades tupiniquins lá fora são agora alvos de bullying, levam chá-de-cadeira, nos encontros internacionais ficam no fundão do auditório e quando são chamadas para o almoço oficial o prato já está frio. A exceção é o pessoal que vai fazer conferências cenográficas e exóticas em Harvard a convite de alunos brasileiros, também conhecidos como coxilunos. As figuras levam vaias na entrada, mas são glorificadas lá dentro.

O que não se esperava era que uma autoridade estrangeira ousasse visitar o Brasil para tirar uma onda. Milionário, pró-Pinochet (montou seu ministério com figuras ligadas, como ele próprio, ao legado da ditadura), um dos donos da Lan, da rede de TV Chilevisión e do time Colo Colo, o presidente do Chile, Sebastián Piñera tem negócios em São Paulo, mas isso não o impediu de trolar Carmen Lúcia, a presidente do Supremo Tribunal Federal.

O ódio dispara: ataque a tiros em acampamento pró-Lula deixa dois feridos

por Yara Aquino (Agência Brasil)

Um ataque a tiros na madrugada de hoje (28) ao acampamento onde apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazem vigília desde sua prisão, em Curitiba, deixou duas pessoas feridas, de acordo com a coordenação do movimento. A Polícia Militar de Curitiba confirma a ocorrência de tiros na região e informou que o caso está em investigação. Ainda não há informações sobre a autoria dos disparos. A coordenação do Acampamento Lula Livre divulgou que Jeferson Lima de Menezes, de São Paulo, foi atingido por um tiro no pescoço e está internado em estado grave. Os tiros foram disparados entre 3h e 4h da manhã.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, divulgou um vídeo na página do partido relatando o episódio e disse que, momentos antes do ataque, pessoas haviam passado várias vezes pelo local gritando e se manifestando de forma contrária à mobilização. “A situação de violência e intolerância no país está muito grave, não podemos aceitar isso”, disse Gleisi no vídeo. Segundo ela, Jeferson Lima é do movimento sindical de São Paulo.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que, segundo as primeiras informações, uma pessoa a pé efetuou disparos de arma de fogo contra o acampamento de simpatizantes do ex-presidente Lula. A secretaria confirma que uma pessoa baleada foi levada ao hospital e que um tiro acertou um banheiro químico e os estilhaços feriram uma mulher no ombro, sem gravidade. De acordo com a nota, no local foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm e um inquérito foi aberto para apurar o caso.

A nota da coordenação do acampamento diz que a violência contra os apoiadores de Lula não vai diminuir a mobilização e que o local vai receber grande quantidade de pessoas no feriado do 1° de maio, Dia do Trabalhador.

O ex-presidente Lula chegou à carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, no dia 7 de abril. Desde então, manifestações pró e contra Lula ocorrem na cidade.

Fonte; Yara Aquino/Agência Brasil

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Fotografia - Leni Reifenstahl: acervo da cineasta gera polêmica na Alemanha

Leni Reifenstahl/ Reprodução site Kultur Radio
por Flávio Sépia 

Desde que uma antiga secretária de Leni Reifenstahl doou o espólio da cineasta preferida de Adolf Hitler à Fundação Prussiana do Patrimônio Cultural de Berlim, há dois meses, uma polêmica abala os meios culturais da Alemanha.

O material - rolos de filmes e fotografias feitos a partir da década de 1920, documentos, cartas e objetos pessoais - foi agora encaminhado ao Museu da Fotografia de Berlim e a discussão se reacendeu.

Leni Reifenstahl, que dirigiu os documentários "Triunfo da Vontade", de 1934, e "Olimpia", de 1938, e ficou marcada como propagandista do nazismo, morreu em 2003, aos 101 anos, e seu marido, Horst Kettner, que guardava o acervo, faleceu em 2016. Os arquivos da cineasta permaneciam guardados em caixas na última residência do casal, na Baviera.

Quem critica o Museu da Fotografia de Berlim por ter recebido o acervo considera a iniciativa uma afronta às vítimas do nazismo. Para outros setores, a importância cultural e histórica do trabalho de Reifenstahl não pode ser ignorada, assim como a relevância artística da sua obra. Como argumento, os defensores da preservação dos arquivos dão um exemplo: Werner von Braun, que apesar de responsável pelas bombas voadoras e foguetes da Segunda Guerra, que fizeram milhares de vítimas, foi anistiado pelos Estados Unidos, tornou-se um herói da corrida espacial, e teve sua imagem assimilada sem tanta polêmica. Para outros, futuras exposições não podem deixar de associar o material, à margem do valor histórico e artístico, aos horrores do nazismo.


Memória da propaganda: nos tempos dos clichês para mães e namoradas







por Ed Sá

O Dia das Mães e o Dia dos Namorados são datas especias para a publicidade há décadas. Desde o tempo em que não se falava em "empoderamento" feminino. Nos anúncios mais antigos, mães eram associadas às funções de cuidar do marido, dos filhos e da casa. Sua performance sexual era apenas subentendida, fazia parte, era como uma retribuição a tudo isso. A partir dos anos 1960, o sexo começou a sair do armário da comunicação, mas a linguagem de alguns comerciais não melhorou muito e a publicidade passou a conjugar o verbo dar como duplo sentido preferencial das namoradas. Anúncios como esses acima seriam, se publicados hoje, repudiados pelas redes sociais. Mas ainda há quem condene a "censura" do politicamente correto.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

"Afasta de mim essa capa!" - Allan Richard Way II alerta: sair na capa da Veja dá um tremendo azar...

por O.V.Pochê 

O vidente Allan Richard Way II foi convidado para fazer previsões sobre as eleições presidenciais brasileiras. Declinou. Ou, pelo menos, adiou seu parecer astrológico.

Mas encaminhou ao blog algumas rápidas observações e um surpreendente conselho aos candidatos e seus marqueteiros. "Evitem ao máximo sair na capa da Veja". Para ele, estampar aquele espaço retangular e ganhar apoio da revista dá um tremendo azar.

Way nem se deu ao trabalho de consultar os astros, apenas clicou no Google mesmo e enviou vários exemplos para comprovar sua teoria astrológica. Ele avisa que não tem provas, só convicção de guru.

A ironia está no fato de que os capáveis e, em seguida, azarados, são geralmente personagens que desfrutam por uns tempos do jornalismo-exaltação da publicação. São queridos, digamos assim, antes do mundo girar e a Lusitana rodar.

Para Way, não resta dúvida de que a "suprema honra" de ser capa da Veja dá mais urucubaca do que ver três corvos juntos, sendo este um do piores sinais de maus presságios segundo a tradição britânica.

O vidente enviou o resumo da sua pesquisa iconográfica sem maiores comentários. Segundo ele, as capas falam por si. Acrescentou, além das estrelas das capas, outros personagens celebrados pela publicação e que, depois disso, passaram a enfrentar o inferno na terra. O ex-senador Demóstenes Torres, apontado como "mosqueteiro da ética", Carlos Arthur Nuzman, o brasileiro que despencou do Olimpo e Marcelo Odebrecht e Joesley Batista, os titãs da livre iniciativa.

Em 2014, todas as fichas em Aécio Neves. Da mala de votos, sobrou só a mala.

José Serra virou alvo de delações e se desintegrou.
Foi abduzido por denúncias.

Alckmin perdeu a eleição. É novamente candidato,
agora sob múltiplas suspeitas a partir de delações.

Eike Batista foi capa da Veja e da Veja Rio: dupla derrocada.


Empresário badalado virou suspeito de ser operador de Aécio Neves. 

O "Plano Temer" acabou em processos de corrupção,
com direito a gravações e encontros nas madrugadas
do Planalto, coronel-mensageiro etc.


A Veja apostou que Marcela Temer faria bombar
a popularidade dos Temer.
Lula é alvo do ódio da Veja desde sempre, a capa da posse talvez tenha sido
a única sem surto de parcialidade, mas isso não
deteve a maré de urucubaca pós-capa.

Dilma também nunca fez parte do altar da redação da Veja,
muito ao contrário. Mas o fato de não ser exaltada, não a
livrou do revés conspiratório.

Collor foi "queridinho" da revista. 

Tancredo foi vítima da sina identificada
pelo vidente Allan Richard Way

terça-feira, 24 de abril de 2018

Trump e Lava Jato inspiram filmes pornôs. O mecanismo agora é sexo...




por Ed Sá 

Diria um crítico pernóstico que "o novo ângulo das atuais narrativas em curso no Brasil e nos Estados Unidos mostra que o sexo, data vênia, faz parte dos processos políticos".

Traduzindo: Trump e a Lava Jato acabaram na cama.

Lá, a política virou sexo nas curvas de Stormy Daniels, a atriz que teve um caso com o empresário-presidente e revelou detalhes da performance do dito cujo.

Primeiro, segundo ela, ele não é nenhum Trump Tower, ao contrário, está mais para um puxadinho de pé-direito baixo. Segundo, é distraído na hora do 'vamos ver', perde a concentração, liga TV, pede um tempo pra comer pasta de amendoim etc.

Stormy acaba de lançar sue primeiro filme depois do escândalo que atingiu a Casa Branca. Na verdade, ela fez uma pausa na carreira não apenas em função da repercussão do caso com Trump, mas porque havia sofrido um "acidente de trabalho" que resultou em uma distensão nas costas. De volta ao set, lança Stormy Secret e prepara o próximo longa, o sugestivo "The Felate Show", prática que o Salão Oval bem conhece. .

No Brasil, a política também cai de quatro. A produtora Brasileirinhas lança "Operação Leva-Jato", filme inspirado em delatores, investigados, agentes e autoridades que protagonizam o atual momento.

Com muita condução coercitiva, habeas corpus, agravo de instrumento, embargo infringente e felação premiada, a paródia é estrelada por Isabella Martins, Britney Bitch, Aline Rios, Pamela Pantera, Big Macky e Falcon.

Não vazou ainda se a Casa Branca fará sessão-vip para convidados, nem se, no Brasil, haverá cineminha especial para celebridades e autoridades tal qual aconteceu na estréia de "A lei é para todos", filme que também focalizou a Lava Jato.

Afinal, o mecanismo agora é puro sexo.

sábado, 21 de abril de 2018

Fotografia: jornal inglês pirateia foto clássica de Pelé

Foto de Alberto Ferreira

Não foi por falta de informação. A foto de Alberto Ferreira que captou na sua Leica M3, em um único fotograma, a histórica bicicleta de Pelé, em 1965, em jogo da seleção brasileira contra a Bélgica, no Maracanã, é clássica, já foi exibida em exposições em vários países, figurou em mostra na Maison Européene de La Photographie e, durante a Copa de 2006, na Alemanha, esteve exposta em outdoors nas ruas de Berlim.
Mesmo assim, o jornal The Telegraph ignora a autoria da foto em matéria publicada ontem. E, pior, credita a imagem à agência Getty, tão somente.

Foto de Alberto Ferreira

Alberto Ferreira, que faleceu em 2011, trabalhou no Jornal do Brasil durante quase 30 anos. Também é dele outra foto antológica de Pelé. Em 1962, na Copa do Chile, o fotógrafo registrou o exato momento em que o jogador sentiu a contusão que o tirou do mundial. O flagrante único lhe valeu o Prêmio Esso.

Bom, piratear está no DNA histórico do Reino Unido. Um dos seus corsários, Francis Drake, foi até condecorado pela Rainha Elizabeth I. Mas isso não dá ao Telegraph o direito de ser um bucaneiro dos direitos autorais.


Fato & Foto: Boff condenado à guarita


Foto de Eduardo Matysiak/Agência PT

A foto de Leonardo Boff sentando em uma cadeira diante da guarita da sede da Polícia Federal, em Curitiba, é o retrato da semana. Amigo de Lula, ele foi impedido de visitá-lo e sequer pode esperar na recepção do prédio a decisão judicial que analisava o pedido. Boff, assim como  o argentino Prêmio Nobel Adolpho Esquivel foram barrados por ordem de uma juíza local.

Vai ver havia o temor de que Boff resgatasse Lula da prisão e ambos, um com 80 e outro com 72 anos, saíssem em desabalada carreira pelas ruas de Curitiba.

A foto, que viralizou nas redes sociais, foi feita por Eduardo Matysiak, da Agência PT.

À revista Fórum, Matysiak se disse contente com a repercussão da foto no Brasil e no exterior, mas comentou a tristeza que a imagem e suas circunstâncias lhe causaram.

Leitura Dinâmica: o tamanho da encrenca

* É fake news - André Petry, da Veja, dizer ao Comunique-se a revista faz jornalismo "que bate nos dois lados". Deve estar se candidatando ao posto de correspondente em Marte. Não existe jornalismo isento na mídia tradicional, que tem clara missão política ao longo da história do Brasil,  e a Veja sempre teve lado. Quer ver? Apoiou com entusiasmo Collor de Mello, FHC, José Serra, Geraldo Alckmin, Aécio Neves e Temer. Isso diz muito, não? Na atual indefinição das eleições de 2018, a Veja ainda aguarda engajamento em Alckmin, Flávio Rocha, Bolsonaro, Rodrigo Maia, Henrique Meireles, João Amoedo ou Temer. Joaquim Barbosa e Emayel  ficam, por enquanto, no banco de reservas.

* As redações da Folha de São Paulo e Agora SP se tornam uma só. Todos os jornalistas por dois jornais. Menos dez vagas para profissionais.

* Cuidado! Para a mídia tradicional, rede social é o novo demônio. Do diretor do Observador, de Portugal, Miguel Pinheiro: "Como em todo o lado, nas redes sociais existe bom trabalho e mau trabalho. E se é verdade que há muita porcaria nas redes também é certo que a mentira sempre deu a volta ao mundo mais rápido que a verdade. As redes sociais ajudam a fazer bom jornalismo se forem bem usadas."

* Destaques da nova temporada do Febeapá (o "Festival de Besteiras que Assola o País" idealizado por Stanislaw Ponte Preta, nos primeiros anos da ditadura). A senadora gaúcha Ana Amélia em momento de surto critica Gleise Hoffman por dar entrevista à rede de TV Al Jazeera, que para a desgorvenada  Améliaé a mesma coisa que Estado Islâmico. Surfando no Febeapá, a PGR pretende investigar a entrevista; o ex-ministro do STF,  Eros Grau, vai buscar "jurisprudência" na canção "Como uma onda", de Lulu Santos e Nelson Motta. Em artigo para O Globo, ele defende que a Constituição está aí para ser "interpretada" no "momento em que as leis estiverem sendo aplicadas. Para ele, a chamada Lei Maior é "nada do que foi será do jeito que já foi um dia". O ex-ministro leva Grau zero em karaokê jurídico; Michel Temer, que está com a corda no pescoço em investigação por corrupção desenfreada, faz pronunciamento em rede nacional de TV e se compara a... Tiradentes;

* A Europa fechou fronteiras para o frango brasileiro por deficiências sanitárias, leia-se porcaria nas penosas. O que o consumidor brasileiro não sabe ainda é que pagará caro para comer frango contaminado. Fora do mercado europeu, alguns frigoríficos vão cortar a produção e dar férias coletivas aos empregados. Resultado: além de desovar aqui o frango com "deficiências sanitárias!, a menor oferta fará o preço subir. O frango a passarinho vai ficar mais caro. Sujou! Já a exportação de juízes para palestras em puxadinhos de Harvard está liberada.

* Pensão do tio: Aécio ganhava uma mesada de 50 mil reais depositada por Joesley Batista, segundo acusação. Nada demais, a pensão mensal era para comprar material escolar, uniforme, lanche, cobrir passeios da turma, juntar dólares para viagem à Disney e pagar o sanduba e o mate na praia do Leblon.

* A lei é para todos? -  Nas ruas do Rio, camelôs estão vendendo iPhone zero baratinho. Suspeita-se que são os aparelhos roubados na semana passada em mega assalto ao Galeão. As autoridades devem estar ocupadas com outras operações que rendem mídia já que os aeroportos, que são área federal, são o novo filé da bandidagem. Há mais de um mês bandidos roubaram 5 milhões de dólares do aeroporto de Viracopos. Nem a mídia fala mais desse assalto em estranhas circunstâncias. Associações de despachantes de cargas também apontam sucateamento e falta de investimento em segurança nos terminais privatizados. Sem surpresa; depois de ganhar as bocadas, concessionários costumam não cumprir as cláusulas de investimento contratuais e ainda levam moleza no adiamento do pagamento das outorgas contratuais, Tá bom pra você?

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Vai nessa? Bolsas para jornalistas: ONU seleciona repórteres (até 35 anos) para cobertura da Assembleia Geral, em Nova York



O Departamento de Informação Pública das Nações Unidas (DPI) abriu vagas para o Programa de Bolsas para Jornalistas Memorial Reham Al-Farra (RAF), que leva repórteres para cobrir o debate anual da Assembleia Geral em Nova Iorque. Esse ano, o Programa acontecerá de 16 de setembro a 6 de outubro.

O prazo para inscrições se encerra em 7 de maio de 2018.

Os candidatos (as) devem ser jornalistas com idade entre 22 e 35 anos; possuir fluência em inglês oral e escrito; ter um passaporte válido por pelos menos seis meses contados a partir do início do programa; e ser de países em desenvolvimento ou de economias em transição, conforme definido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (DESA).

A ONU pagará as passagens de ida e volta para Nova Iorque e fornecerá diárias para cobrir as despesas com alimentação e acomodação.

O Programa de Bolsas para Jornalistas Memorial Reham Al-Farra (RAF) é uma oportunidade para jovens jornalistas observarem de perto a ONU em ação, entrevistarem funcionários do alto escalão e compartilharem experiências com pessoas do mundo todo. Nos anos anteriores, os bolsistas se reuniram com o secretário-geral António Guterres, com o presidente da Assembleia Geral e com representantes permanentes nas Nações Unidas.

Os jornalistas aprovados também terão a oportunidade de visitar empresas de comunicação como o New York Times, a Democracy Now! e a rádio WYYC. Desde a sua fundação em 1981, a bolsa já foi concedida a 581 jornalistas de 168 países, incluindo o Brasil.

Mais informações:

https://nacoesunidas.org/onu-oferece-bolsa-para-jovens-jornalistas-cobrirem-eventos-em-nova-iorque-prazo-e-7-de-maio/


Fonte: UNIC Brazil - Centro de Informações das Nações Unidas - Rio de Janeiro

Memórias da redação: a reportagem que virou memorial...


Em 1995, a Coluna Prestes - movimento político liderado por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa, que percorreu o interior Brasil pregando reformas sociais -, comemorava 70 anos desde sua partida de Santo Ângelo (RS) em abril de 1925.

Alguns meses antes, o economista e pesquisador Luís Carlos Prestes Filho, que era colaborador da Manchete, propôs à redação uma pauta que parecia quase tão épica quanto a marcha que o pai empreendera dos pampas aos sertões nordestinos, cortando o cerrado do Centro-Oeste.

Prestes Filho queria refazer os passos do Prestes pai. A "coluna" jornalística revisitaria sítios históricos, identificaria as marcas do passado e localizaria descendentes dos revolucionários. O material apurado seria publicado em uma série de reportagens na revista.

E assim foi feito. Luís Carlos Prestes Filho partiu para o Rio Grande do Sul em dupla com o fotógrafo Gustavo Stephan.

Como a Coluna havia percorrido 11 estados, no total, cerca de 25 mil quilômetros, previa-se que a tarefa seria árdua. Na verdade, apenas Prestes Filho, naturalmente motivado pela ligação emocional com o episódio histórico, fez o trajeto completo. A Manchete providenciou um revezamento de fotógrafos. Stephan fez a primeira etapa, João Mário Nunes cobriu parte do Centro-Oeste e José Egberto fechou a jornada no Nordeste. Mesmo assim, todas longas e exaustivas etapas. A série publicada pela Manchete mostrou as mudanças que o tempo registrou na rota da Coluna, ouviu descendentes, localizou armas e objetos deixados no caminho pelos revolucionários.

Aquelas reportagens foram, pode-se dizer, o primeiro grande resgate jornalístico da epopeia vivida pelo Cavaleiro da Esperança.

O assunto seria abordado depois pelo Globo, em 1997, ano que marcava os 70 anos do fim da Coluna, em reportagem de formato semelhante assinada por Cristina Massari com fotos do mesmo Gustavo Stephan. Livros e documentários também refizeram os passos do Cavaleiro da Esperança por ocasião dos 80 e 90 anos da Coluna.

Aqui vale um exagero, mas não totalmente. A matéria da Manchete deve ter sido a primeira na história do jornalismo a resultar em um... memorial. Ao passar por Santo Ângelo, Luís Carlos Prestes Filho teve um encontro com o então prefeito Adroaldo Loureiro e a Coordenadora do Museu Municipal, Gládis Maria Pippi. A cidade, que estava programando uma solenidade para marcar os 70 anos da Coluna, foi surpreendida pela presença do filho do líder. E foi a partir daquela conversa que a ideia evoluiu para a instalação de um Memorial Coluna Prestes. A homenagem se concretizou em 1996, a família Prestes doou documentos, fotos e objetos, alguns deles localizados por Prestes Filho na longa jornada ao passado do pai. O acervo ocupa salas da antiga estação ferroviária de Santo Ângelo, de onde os revoltosos partiram, em 1925.

Tudo isso veio à rubrica Memória da Redação, neste blog, a partir de uma nota publicada no Jornalistas & Cia.

Em parceria com a fotógrafa Stela Martins, especializada em organizar expedições fotográficas, Gustavo Stephan, que hoje mora em uma fazenda em Minas Gerais, promove uma jornada de imersão no fotojornalismo e no trabalho do mestre Evandro Teixeira, além de passeios fotográficos na região.

Veja detalhes abaixo:




quarta-feira, 18 de abril de 2018

La Casa de Papel: quando as máscaras caem na real

Reprodução WhatsApp
por Ed Sá 

Deu no G1: três adultos e um adolescente foram presos, ontem, após invadirem um centro de triagem de detentos, em Abreu de Lima, próximo a Recife (PE). O grupo utilizava máscaras de Salvador Dali e o macacão vermelho dos personagens de "La Casa de Papel", série da Netlix.

Segundo mensagem de WhatsApp enviada à TV Globo, os quatro invasores seriam youtubers que tentavam gravar uma pegadinha.

Não é raro máscaras saírem da ficção ou até do rosto de personagens reais para cair na realidade. São muitos os exemplos. Veja alguns:


O gibi "V de Vingança" popularizou a face de Guy Fawkes, conspirador que tentou explodir o parlamento inglês em 1605 e acabou condenado à forca. O rosto de Fawkes virou logotipo de protestos e passeatas em todo o mundo.


"Barack Obama": assaltante usou máscara do então presidente, em 2013, em Oklahoma.
Foto Merrimack/Police Departament. 


A gangue "Ex-presidentes" em cena do do filme "Caçadores de Emoções": máscaras de
máscaras de Nixon, Carter, Reagan e Johnson.


A famosa máscara do assassino do filme "Pânico", a do rosto aterrorizador, também foi usada por um ladrão de banco, em 2010, em Long Island, no estado de Nova York (EUA). Foto PD

terça-feira, 17 de abril de 2018

Memórias da redação: o "Forrest Gump" que viveu no Brasil...


Revista Fatos & Fotos/Reprodução



por José Esmeraldo Gonçalves

Acontece com todo jornalista. Algumas matérias entram na rotativa e logo são esquecidas, são perecíveis. Outras permanecem impressas na memória do repórter.

Em 1976, Justino Martins vivia um dos recorrentes litígios editoriais com Adolpho Bloch e havia sido afastado da direção da Manchete. Depois de uma breve temporada à frente de edições especiais, o gaúcho foi escalado para editar a Fatos & Fotos/Gente. O "Gente" fora acrescentado ao logotipo da revista por conta de uma parceria com a People, então o mais novo e badalado sucesso editorial do mercado americano.

Justino ficou pouco mais de um ano à frente da FF/Gente, mas deixou muitas lições para os jovens repórteres da revista. Lembro que as reuniões de pauta eram marcantes, quase um happening, tantas as histórias pessoais que ele intercalava entre uma e outra sugestão de pauta da equipe. Outra característica do "revisteiro", um dos maiores do Brasil, era chamar os repórteres à mesa para comentar cada texto, mais como aula do que como crítica. Talvez tivesse tempo para fazer isso apenas na sua fase de Fatos & Fotos, semanal que era, digamos, da segunda divisão da Bloch e, embora vivesse em crise, estava longe de ser a panela de pressão que mantinha a Manchete sob eterna vigilância e permanente ebulição.

Depois de uma daquelas reuniões, fomos escalados, eu e a fotógrafa Isabel Garcia, para entrevistar Jean-Gérard Fleury. Justino viajou de Paris para o Rio pelo Concorde, da Air France, e Fleury estava no mesmo voo. Voando a 20 mil metros de altura, à velocidade de 2.500km/h, o jornalista e piloto francês comentou com Justino que não podia deixar de lembrar do Breguet 14, o monomotor da Primeira Guerra com o qual cruzara o Atlântico. Foi desse encontro no Concorde que surgiu a pauta para a F&F.

Na grande mesa de edição em formato "L", no 7° andar do prédio da Rua do Russell, Justino deu instruções para a entrevista enquanto traçou sobre uma folha de diagramação, com uma lapiseira vermelha, a "foto de abertura". Ele sempre fazia esse tipo de storyboard. Raramente era possível conciliar a expectativa com a realidade, mas os fotógrafos até se esforçavam para replicar o tal desenho e, principalmente, voltar com coisa melhor.

Além de receber o desenho, ouvimos de Justino um briefing sobre Jean-Gérard Fleury - jornalista e escritor apaixonado por aviação, autor de livros como "A Linha", e "Caminhos do Céu" e de várias reportagens sobre a Aéropostale, a lendária companhia aérea que teve entre seus pilotos Saint-Exupéry, Jean Mermoz e Henri Guillaumet. Assim abastecidos, partimos para a casa do entrevistado, no Jardim Botânico.

Simpaticíssimo, vê-se pelo sorriso aberto captado por Isabel Garcia, o jornalista-aviador, como se definia, morava no Rio havia muitos anos e era, na época, correspondente do France Soir. Dedicou-nos uma tarde inteira recheada de fatos e fotos. E não podia ser diferente. Não comparei no texto Fleury a um Forrest Gump real porque a entrevista aconteceu em 1976 e o filme com o personagem vivido por Tom Hanks só seria produzido em 1994. Mas seria pertinente. Fleury estava no último voo do Hindenburg para o Rio de Janeiro (logo depois o dirigível foi transferido para a rota do Atlântico Norte e se incendiou em Lakehurst); cobriu a Guerra Civil Espanhola, fez reportagens na URSS de Stalin, conheceu Roosevelt, entrevistou Herman Goering; e denunciou o rearmamento da Alemanha e da Itália antes da Segunda Guerra.

Dos seus arquivos, ele nos cedeu várias imagens desses momentos "Forrest Gump". E posou para a foto de abertura segurando um desenho que Saint-Exupéry lhe dera, que mostra o avião do autor do  "Pequeno Príncipe" perseguido por um caça alemão. Na dedicatória: "Ah! Jean-Gérard Fleury, si se conchon m'attrape, je ne te reverrai plus! - Antoine Saint-Exupery".



Quanto a mim, também saí de lá com uma amável dedicatória (ganhei do entrevistado uma antiga edição do seu livro "Peregrinações Sul-Americanas", lançado no Brasil em 1944) e essa lembrança que a rotativa não apagou. 

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Que mídia é essa? Jeito e maneiras de ouvir e ver a Copa através dos tempos...

Copa de 1938: a primeira transmitida 
para o Brasil, via rádio



A Copa de 1950 era exibida nos cinemas, 

dias depois dos jogos 


Em 1958, rede de rádios trazia as 

emoções da Suécia



Em 1962, a chegada do videotape



Em 1970, a primeira transmissão de uma Copa do Mundo,
ao vivo, pela TV, ainda em preto e branco


Em 1974, Zagalo convoca o torcedor a ver 

a Copa em cores

Desde 1930, quando a bola tinha cadarço, a Copa do Mundo já mobilizava jornais, revistas e rádios.
O primeiro mundial transmitido direto para o Brasil foi o da França, em 1938.  Com estática e tudo, coube ao rádio trazer a Copa "ao vivo" e, com ela, as jogadas de Leônidas da Silva e Domingos da Guia, os astros do scratch, como a seleção era chamada.

Os locutores tentavam fazer com que ouvinte "visse" o jogo, antecipando os lances que as precárias radiofotos dos jornais mostrariam nos dias seguintes. Daí a rica e panorâmica linguagem dos radialistas.

O escritor Luís Fernando Veríssimo já escreveu que se decepcionou na primeira vez em que foi a um estádio: o jogo, na voz do locutor, disse ele, era muito mais emocionante.

Trazer a "imagem" do jogo não era um desafio apenas dos locutores. O texto, nos jornais, era detalhista e, mais do que opinar, os jornalistas descreviam a experiência de ver os lances, as defesas do goleiros, os gols.

O futebol mudou e o caminho da bola até a sala da casa do torcedor, também. A Copa de 1950, no Brasil, ofereceu aos cariocas a chance de ver o jogo, de fato, embora com um atraso de dias, no cinema, mais precisamente no antigo Cineac, na Avenida Rio Branco. Nos anos seguintes, os cinejornais da Atlântida e, depois, o Canal 100, tornaram mais ágil a chegada dos jogos de futebol às salas de cinema. 1958 foi a última Copa em que o rádio reinou absoluto. Foi também o ano que o radinho portátil, a pilha e transistorizado, chegou ao Brasil. No Mundial de 1962, o videotape desembarcou aqui.  As fitas eram despachadas por avião, do Chile, e exibidas por uma rede de TV poucas horas depois dos jogos. 1970 foi o ano da Copa colorida. Mas não no Brasil, para nós foi só a estreia da Copa ao vivo. Embora transmitida em cores, do México, a imagem do Tri ainda era distribuída em preto e branco pela TV brasileira. Apenas alguns postos da Embratel especialmente montados para autoridades e convidados mostraram o novo sistema. Em 1974, Copa da Alemanha, sim, o Brasil viu as cores do Mundial. Pena que em tempo de derrota.

Aquele torcedor que, em 1938, ouviu os jogos do scratch pelas pioneiras Rádios Clube do Brasil e Cruzeiro do Sul se surpreenderia com a quantidade de modos e maneiras de ver futebol ao vivo que a Copa da Rússia 2018 vai oferecer à galera. TV aberta, TV por assinatura, sites e redes sociais, streaming, 4K, transmissão em 3D para salas de cinema e portais que narram em texto, minuto a minuto, o desenrolar das partidas, há gosto pra tudo e mídias para todos os gostos.

Até mesmo para o rádio, que sobreviveu à TV e pegou carona nos smartphones, tablets e PCs, nos receptores dos carros, nos modernos micro systems caseiros, sem esquecer as folclóricas "amplificadoras" que, por incrível que pareça, ainda existem em pequenas comunidades do interior do Brasil.

De um jeito ou de outro, a partir de 14 de junho, a Rússia é aqui.

domingo, 15 de abril de 2018

Na capa da Time, a arte do designer Tim O'Brien: a ventania que virou tempestade em um ano de governo de Donald Trump


HOJE

Time: capa de 27/4/2018


A capa da Time dessa semana mostra o caos tempestuoso que Donald Trump levou para a Casa Branca. Foi desenhada por Tim O'Brien, artista que já fez dezenas de capas de revistas.

Dessa vez, a redação pediu a O'Brien que recriasse uma capa da Time feita por ele em 27 de fevereiro de 2017. Naquela edição, o designer mostrou a ventania que começava a varrer a mesa do presidente. 

De lá para cá, na visão da revista e na arte de O'Brien, só piorou. Virou a tempestade que inunda o Salão Oval. 

Um detalhe: em plena era da computação gráfica, Tim O'Brien usa ferramentas analógicas para criar suas capas: lápis, pincel fino, airbrush, guache e óleo. 

ONTEM

Time: capa de 27/3/2017.