sábado, 31 de outubro de 2015

Memórias da redação: o folhetim de Sergio Porto (Stanislaw Ponte Preta), na Manchete, em novembro de 1952

Reprodução da revista Manchete, número 30. Clique na imagem para ampliar

Luta pelos direitos trabalhistas: Ex-funcionários da Bloch em mobilização permanente

Com o auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro lotado, mais uma vez, foi realizada na última sexta-feira, 30, uma assembleia conduzida pela Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores (Ceebe). A categoria foi atualizada sobre a movimentação da Massa Falida da extinta empresa e as gestões empreendidas por José Carlos Jesus, presidente da Ceebe, em torno das reivindicações mais urgentes. Foram discutidas posições do grupo frente a questões de alto interesse em pauta, no momento, quando torna-se ainda mais importante o acompanhamento de decisões cruciais para os direitos dos trabalhadores, principais credores da Massa Falida.

Mulheres protestam contra Cunha


A Cinelândia, no Rio: defesa da democracia e das liberdades individuais. Foto de Vladimir Plantonow/AG Brasil

Foto de Vladimir Plantonow. AG Brasil

Direitos sobre o próprio corpo: uma bandeira contra o fundamentalismo de Eduardo Cunha. Foto de Vladimir Plantonow.AG Brasil
Um protesto que mira em Eduardo Cunha mas também atinge a oposição, os manifestantes conservadores, "paneleiros" e a mídia, que, juntos, impulsionaram e festejaram a candidatura do notório político à presidência da Câmara. O objetivo era enfraquecer Dilma a qualquer preço. Daí, Cunha virou o grande aliado. Mas o Brasil, infelizmente, está pagando a conta do conservadorismo mais retrógrado alçado ao Legislativo.
Cunha vai passar, Dilma também, o baixo interesse político imediato igualmente, mas, enquanto isso, a Câmara aprova leis "talibãs" que interferem nas liberdades individuais. Este é o entulho conservador que ameaça os avanços que o Brasil experimentou em termos de direitos e liberdades nas últimas décadas. Contra isso, as mulheres estão nas ruas. É pouco. Falta a indignação de intelectuais, de líderes de classe, de instituições e até a reação de muitos jovens manifestantes que foram às ruas em nome de direitos legítimos e que estão sumidos agora que existe uma ameaça concreta representada pela coalizão que colocou Cunha no poder e legisla de olho no retrovisor. As mulheres estão dando o exemplo de como não deixar barato a ameaça aos direitos individuais e à liberdade.

Qualquer semelhança... Títulos dos jornais, hoje. Em Portugal... Propina, corrupção em hospital, pedalada, político preso e vazamento ilegal de informações...





sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A palavra é: controle editorial. Pesquisa quer saber o que os jornalistas pensam de quem pensa que pode pensar por eles...

Promovida pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), com sindicatos, e realizada pela Universidade Federal do Paraná, uma pesquisa quer saber como os profissionais de mídia reagem às interferências na sua atividade por parte de grupos políticos e econômicos. A ideia de ampliar o alcance de uma enquete sobre o tema surgiu após um pesquisa local, realizada em 2013, também no Paraná, que revelou a submissão da grande maioria dos jornalistas a critérios não-éticos como forma de preservar o emprego. De um modo geral, jornalistas se sentem desprotegidos e com as relações de trabalho em risco no mercado quando tentam rejeitar, por exemplo, "matérias recomendadas" (no jargão das redações, matérias obrigatoriamente feitas em alinhamento irrestrito com os interesses políticos, comerciais, religiosos ou ideológicos da empresa proprietária do meio de comunicação). O mesmo temor leva um número expressivo de profissionais, segundo a pesquisa local, a praticar autocensura a fim de "adaptar" a matéria, omitindo, no caso, informação que "pode dar merda" (no jargão interno, qualquer coisa que vá contra a linha empresarial, política e até pessoal, do veículo e de seus dirigentes, proprietários ou concessionários). No momento em que os grandes veículos engajam redações em uma intensa campanha política, com ênfase na derrubada do governo, enquanto a crise, por outro lado, elimina empregos, vale saber até onde vão o stress profissional e os questionamentos individuais sobre o atual momento.
É para entender a amplitude dessa questão que atinge diretamente a liberdade de expressão que os promotores da pesquisa, agora nacional, estão em campo.
ACESSE O LINK DA PESQUISA "LIBERDADE JORNALÍSTICA", CLIQUE AQUI

Ao estilo "Pernambuco falando para o mundo", VIP escolhe a "mulher mais sexy do mundo"...

por Omelete
"Pernambuco falando para o mundo". Este era o antigo slogan da Rádio Jornal do Commércio. A emissora mudou de nome, mas a frase bem-humorada entrou para o folclore nacional. A revista VIP leva a sério, reedita o ufanismo e também "fala para o mundo". Embora tropeçando na circulação - de resto, como o meio impresso em geral - e com uma tiragem não lhe permite chegar nem a todos os municípios brasileiros, a revista garante na capa eleger "a mulher mais sexy do mundo". É a cantora Anitta. Bom, não deu no New York Times, a notícia não vai ultrapassar o ABC, ecoará na Baixada Fluminense mas não será o assunto do dia no bairro São Francisco, de Curitiba, nem no Savassi de BH, ou no Marco Zero, de Recife, mas vá lá que seja. O que a VIP não explica - e o site Pure People está zoando - é porque "a brasileira mais sexy do mundo" teve que importar uma pose sexy de uma certa americana que quase ninguém conhece e, coitada, não chegou nem perto de ganhar o "oscar" mundial da sensualidade entregue na Marginal Pinheiros?


A da esquerda é a Anitta. A outra, a VIP não sabe quem é. Reproduzido do Pure People (clique AQUI)



Meio Ambiente: armas químicas usadas na guerra contra as drogas na Colômbia podem contaminar a Amazônia... Alguém já contou isso a você?

Le Monde aborda esse semana um tema que nunca encontrou muito espaço na mídia conservadora da América do Sul e nem na agenda ambiental do governo brasileiro. Trata-se de uma tragédia ambiental silenciosa que abateu a Colômbia por mais de 20 anos. A omissão das autoridades e da mídia se explica, em parte, porque o país é uma espécie de queridinho dos colunistas de economia neoliberais. A maioria aponta a terra de Pablo Escobar como um oráculo para a região. Sabe-se que, entre outras concessões, a Colômbia abriu mão da soberania em várias áreas de governo. Medidas na área econômica e de defesa interna são implantadas no país após decisões tomadas a milhares de quilômetros de distância.
Uma delas pode atingir o Brasil. E nem o governo brasileiro, agora acossado por tentativa de golpe, está atento ao problema. Pelo menos, não se tem conhecimento de qualquer iniciativa ou consulta à Colômbia sobre o fato. Durante anos, na guerra contra as drogas, a a Colômbia lançou de aviões militares toneladas de glifosato. O objetivo era destruir plantações de coca. Ocorre que a contaminação pode ter ido parar em rios que formam a Bacia Amazônica. Resumindo: trechos brasileiros de cursos d'água podem estar envenenados. Depois de protestos e denúncias de organizações internacionais, a pulverização foi suspensa só há poucos dias. Suspensa, não encerrada definitivamente. Estudos indicam que o herbicida permanece ativo na água durante um ano, segundo pesquisadores. Mas nem essa informação é confiável. Na verdade, cientistas da Universidade de Colúmbia admitem desconhecer os efeitos da substância a longo prazo. OMS aponta o glifosato como um cancerígeno poderoso. É o mesmo ingrediente presente no "agente laranja" com o qual os Estados Unidos bombardearam durante dez anos as florestas e plantações do Vietnã. Cerca de 600 mil soldados americanos foram afetados pelo desfolhante, já que combateram em áreas envenenadas pela própria Força Aérea.
Não há estatísticas conhecidas quanto aos danos humanos provocados na Colômbia. Os efeitos vão de câncer a malformações cerebrais de bebês.
Assim como não se tem notícia de qualquer monitoramento feito pelo governo brasileiro nas águas da fronteira da região amazônica.
A falta de ação não surpreende: o Brasil - onde os fabricantes de agrotóxicos ostentam bancadas ativas no Congresso - é uma espécie de campeão mundial no uso de glifosato na agroindústria. Além dos problemas ambientais e de saúde, o descontrole causa até prejuízo a exportações, já que alguns países boicotam entrada de produtos brasileiros por contaminação química.
Se não cuida do seu próprio veneno, porque o Brasil procuraria investigar se vazou, ou o quanto vazou, "agente laranja" colombiano nos rios da Amazônia?
O jornalismo investigativo que vive de "vazamentos" poderia correr atrás dessa pauta.

Os intocáveis

por Luís Nassif (para o GGN)
No Judiciário há três linhas de conduta em relação aos crimes do colarinho branco.
Existe a linha dos garantistas, que privilegiam os direitos individuais em relação à mão pesada do Estado. Existe a linha-dura, para quem o Estado - através dos códigos de processos - criou barreiras para impedir a aplicação das penas. E existe a corrupção, que se vale do suborno para obter sentenças favoráveis. Acima deles, uma legislação que permite postergar o máximo possível a punição.
O resultado final é um modelo em que o pobre é penalizado e o rico beneficiado.
Nesse lusco-fusco, cria-se um clima de animosidade entre linhas duras e garantistas. Respeitar direitos individuais significa se curvar a um modelo criado para impedir a punição dos culpados.
Este é o cenário a ser considerado quando se analisam os episódios recentes. Para a maioria dos procuradores envolvidos com essas operações, a briga central é contra a impunidade.
A maneira encontrada para contornar o poder dos tribunais superiores foi recorrer a outro poder de fato, a mídia.
As novas estratégias
Há muito tempo, procuradores e PF montam parcerias com repórteres policiais. Em vez do contraditório e de um juiz mediando a disputa, muitas vezes dificultando a apuração dos crimes, há apenas um repórter recebendo as informações de forma passiva e um editor buscando a manchete mais apelativa. É como disputar um jogo sem adversário.
O que era uma tática individual transformou-se em política de Estado na Lava Jato com a estratégia Sérgio Moro endossada pelo Procurador Geral da República Rodrigo Janot.
Em documento de 2004 – já analisado aqui no GGN – Moro expõe de forma magistral a estratégia, a partir das lições da Operação Mãos Limpas, da Itália. O foco central funda-se em três pontos:

            1. Assumir o protagonismo no noticiário, para criar o clamor das ruas e, através desse trabalho, superar as resistências políticas.

            2. Definir a delação premiada como peça central das investigações.

            3. Valer-se da cooperação internacional.

Depois da Lava Jato, todo vazamento deixa de ser coibido. Pelo contrário, passa a ser peça central na estratégia de cada investigação.
Os pontos obscuros
No entanto, há pontos obscuros nessa estratégia que, provavelmente, ainda não foram objetos de reflexão interna tanto no MPF quanto na Polícia Federal.
O primeiro, os limites entre cooperação internacional e interesse nacional. Até agora o MPF e, especialmente, o PGR não explicaram adequadamente a troca de informações com autoridades norte-americanas, visando alimentar inquéritos contra a Petrobras – que é um braço do estado brasileiro – em tribunais estrangeiros.
O segundo, os limites dos pactos tácitos com os grupos de mídia.
Grupos jornalísticos são empresas, com interesses comerciais e políticos. A extrema concentração do mercado jornalístico brasileiro transformou os grandes grupos de mídia em um dos poderes de fato, com privilégios, blindagens e práticas comerciais em nada diferentes de outros setores empresariais que mexem com o poder político.
O MPF montou uma estratégia eficaz para se valer dessa parceria, mas nenhuma estratégia para garantir autonomia em relação aos grupos de mídia.
As relações conflituosas com a mídia
A Satiagraha e a Castelo de Areia foram anuladas por pressões políticas. A Castelo de Areia respeitou o sigilo e morreu mesmo sendo juridicamente perfeita. A Monte Carlo caminhou sigilosamente e só  recebeu ampla divulgação devido à CPMI de Carlinhos Cachoeira. Mesmo com a profusão de provas levantadas, acabou abafada.
Por seu lado, a Lava Jato conseguiu amplo sucesso, recorrendo a métodos profissionais de vazamento de informações. Seu poder foi amplificado pela descoberta de valores inacreditáveis da corrupção na Petrobras.
O que a Lava Jato tem de diferente de todas as demais não é ter recorrido a uma comunicação profissional, mas a circunstância de se adequar aos interesses dos grupos de mídia.
A Satiagraha não interessava à mídia e morreu. A Castelo de Areia menos ainda, e acabou. A Monte Carlo incriminava diretamente a Editora Abril, como parceira de Cachoeira. Não gerou um indiciamento sequer de jornalistas ou executivos do grupo.
A Zelotes investiga a quadrilha que atuava na CARF (o conselhinho que analisa as multas fiscais) que beneficiou as maiores empresas nacionais e alguns grandes grupos jornalísticos. Nas fases iniciais não despertou nenhuma curiosidade da imprensa e houve a resistência do juiz em autorizar pedidos de detenção provisória e busca e apreensão.
De repente, os procuradores e delegados fogem do script e passam a vazar informações sobre a tal Medida Provisória supostamente comprada que nada tinha a ver com o objeto inicial da Zelotes. Interrompem uma operação que envolve somas bilionárias para centrar fogo em um suposto suborno no qual, segundo as próprias informações do inquérito, os financiadores haviam interrompido os pagamentos ao suposto subornador, pelo fato do dinheiro não ter chegado ao seu destino.
Deixam de lado provas robustas de anistias fraudulentas envolvendo centenas de milhões de reais e vão atrás do indício de crime apontado em um e-mail do tal escritório, mencionando duas bonecas de plástico dadas de presente para filhas de Gilberto Carvalho. “Bonecas” pode ser senha para suborno, alegam procuradores e delegados. Assim como “café”. Basta isso – e muita reportagem prévia - para serem autorizados a avançar sobre o sigilo fiscal dos suspeitos, deixando os grandes grupos incólumes.
Se alguém considerar que essas discrepâncias são naturais nos inquéritos, que se apresente.
O resultado final foi esse: a mídia não deu aval para que a força tarefa da Zelotes invadisse grandes grupos, e ela não invadiu; autorizou que avançasse sobre as bonecas das filhas de Gilberto Carvalho e ela avançou.
Essa é a nova era da justiça, sem blindagens e com independência de atuação de procuradores e delegados?
Quando o promotor, o delegado e o editor tornam-se juiz
A exposição de qualquer pessoa à mídia é uma condenação em si. Não se trata de um ato indolor que poderá ser corrigido nas instâncias superiores. Mesmo que, no final do processo, a vítima seja inocentada, que a soma de indícios não permita sequer que seja indiciada, mesmo assim ela e seus familiares conviverão por anos com a marca da suspeita.
Além disso, quando esse festival de vazamentos atinge só um dos lados do jogo, tem repercussões políticas.
Mais que isso, a nova justiça confere um poder absurdo ao procurador e ao delegado para definir o alvo, impor o castigo público e até exercitar suas preferências partidárias.
Por que razão, tendo indícios de que Aécio Neves recebeu de Furnas e tendo informações concretas sobre o número de sua conta em Liechtenstein, o PGR brecou uma investigação e sentou em cima da outra? É evidente que o filho de Lula deve explicações sobre sua renda, sim. Mas qual a razão para blindar Aécio?
Fizeram bem procuradores e delegados de investir contra a impunidade. Mas devem satisfações à opinião pública mais esclarecida, cujo grau de compreensão não se limita à leitura de jornais: a Lava
Jato veio para romper com toda forma de blindagem dos culpados, ou para criar uma nova casta de protegidos?
A prova dos nove será a delação premiada dos executivos da Andrade Gutierrez.
Além das obras em Minas, a Andrade raspou o caixa da Cemig, obrigada por seu controlador – o governo de Minas – a adquirir debêntures da construtora, enrolada com os problemas da usina de Belo Monte.
Se Aécio sair ileso desses depoimentos, não haverá como a Lava Jato se livrar do julgamento da história.
Para ir ao GGN, clique AQUI

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A jornalista Heloísa Marra lança hoje, na Livraria da Travessa (Botafogo), o livro "Padre Marcelo Rossi: uma vida dedicada a Deus"


Muito além do fenômeno de comunicação que sobe ao púlpito e eletriza multidões, há paixões, conflitos, dramas, traumas, polêmicas e a capacidade de superar tudo isso junto e misturado. É o que conta a jornalista Heloísa Marra - que, no início da carreira, trabalhou nas revistas Fatos & Fotos e Manchete, antes de passar pela Editora Globo e pelo jornal O Globo -, em "Padre Marcelo Rossi: uma vida dedicada a Deus", biografia não-autorizada de um religioso carismático cuja atuação impulsiona o catolicismo no Brasil. O livro de Heloísa Marra já está nas livrarias e será lançado oficialmente, hoje, às 19 horas, na Livraria da Travessa, em Botafogo. 

O site "22 Words" resolveu listar os 25 prédios mais bizarros do mundo. A Catedral de Brasília entrou no ranking. Um leitor pergunta se é uma base de lançamento de mísseis...


VEJA NO 22 WORDS, CLIQUE AQUI

Vladimir Herzog, 40 anos depois: fotógrafa Elvira Alegre revela imagens históricas. A matéria está no Portal Imprensa


LEIA A MATÉRIA NO PORTAL IMPRENSA, CLIQUE AQUI

Um prefeito “street blocker”...

por Nelio Barbosa Horta (de Saquarema)
Não sei exatamente o que ele pretende: notoriedade, placa, colocar seu nome na história como o prefeito que revolucionou a Zona Portuária, também chamada de Porto Maravilha (alguns dizem que ele vai se lançar candidato à Presidência da República); ou se é, simplesmente, para, influenciado pelo prefeito Francisco Pereira Passos, infernizar a vida do carica e dos moradores dessa outrora Cidade Maravilhosa.
Foto de Fernando Frazão AG Brasil
Se o motivo são as Olimpíadas de 2016, podem esperar que ano que vem o Rio vai ficar intransitável, “parado”, porque não haverá tempo hábil para finalizar tanta obra. Será preciso um “guia” para andar pelas ruas. Até os GPS dos carros vão enlouquecer, levando as pessoas a “sabe Deus para onde”, se não houver um mapa interativo, com informações atualizadas diariamente e com “ajuda divina”.
O fato é que a quantidade de obras que estão sendo realizadas, (Zona Portuária, Centro da cidade, Avenida Brasil), com mudanças quase que diárias dos trajetos dos ônibus, fazem com que todas as pessoas (e os motoristas) que dependem de transportes para ir e vir para suas casas depois de um dia estressante de trabalho, ou de alguma consulta médica, passem o maior “sufoco”, “presas” em engarrafamentos e levem horas e horas para chegar aos seus destinos.
Foi o que aconteceu comigo e, tenho certeza, com muitas pessoas que têm horário para cumprir em seus trabalhos ou outros compromissos inadiáveis.
Depois de fazer vários exames na Policlínica de Bacaxá, ultra-sonografias e tomografias computadorizadas, fiquei por dois anos aguardando uma chamada para a operação de próstata e hérnia que preciso fazer. Recebi o aviso que deveria me apresentar no Hospital dos Servidores  do Estado, localizado na Rua Sacadura Cabral. Para chegar lá, peguei um ônibus às 5.30 horas da manhã em São Gonçalo, que, soube, me deixaria na porta do hospital. Consegui chegar às 8 horas, num trajeto de mais de duas horas. Até aí, nada demais...
Feitos os exames, que eram apenas de avaliação, o médico me disse que eu não precisaria operar agora e me receitou um medicamento bom, mas apenas paliativo. O pior estava para acontecer: saí do hospital um tanto decepcionado com a consulta e fui em busca de condução para voltar para Niterói ou São Gonçalo. Que condução? Andei pela Praça Mauá, Rua do Acre, Marechal Floriano, Presidente Vargas, Avenida Passos, Praça Tiradentes, Rua da Carioca,
Foto de Fernando Frazão AG. Brasil
Cinelândia e ninguém sabia onde eu poderia pegar o ônibus para atravessar a ponte. Pessoas, jornaleiros, bares, lojas, camelôs, até um fiscal de uma empresa de transportes. Ninguém, ninguém sabia como eu poderia embarcar em um ônibus para Niterói. Lembrei-me das barcas, mas já estava muito longe para voltar. Nesta busca infernal levei mais de três horas, até conseguir um, na Cinelândia, cujo motorista me disse que, no dia seguinte, o trajeto seria outro. UFA!
Pessoalmente, acho que o prefeito Eduardo Paes é bem intencionado. Mas bem que ele poderia fazer as obras um pouco mais devagar, ter começado antes, com planejamento, sem atropelos e sem tantas alterações nas linhas de ônibus.
Quem pega a Avenida Brasil todos os dias sabe do que estou falando... Tenho certeza, que, se o prefeito se aventurar nesta viagem, vai mudar, completamente, seu projeto urbanístico.


Livro "O Brasil e as Nações Unidas: 70 anos" pode ser baixado gratuitamente do site da Funag...


As Nações Unidas no Brasil e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil realizarão nesta quinta-feira, dia 29 de outubro, às 17h, no Palácio Itamaraty, uma cerimônia de abertura da exposição conjunta de fotos “70 anos para um mundo melhor”. A mostra fotográfica reúne momentos importantes do trabalho da ONU no Brasil, bem como a participação do Brasil nas Nações Unidas. Na ocasião, a ONU também lançará um site com o conteúdo da exposição.
A ONU completou 70 anos no último dia 24 de outubro, data que marca a entrada em vigor, em 1945, da Carta da ONU.
O Ministério das Relações Exteriores e a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), em parceria com o Sistema ONU no Brasil, realizarão também o lançamento do livro “O Brasil e as Nações Unidas: 70 anos”. Dentro da coleção ‘História Diplomática’ da FUNAG, o livro foi organizado por Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura, Maria Luisa Escorel de Moraes e Eduardo Eziel, e pode ser acessado gratuitamente em http://goo.gl/VEH3Vq
A FUNAG editou, na coleção História Diplomática, o livro “O Brasil e as Nações Unidas: 70 anos”, organizado por Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura, Maria Luisa Escorel de Moraes e Eduardo Uziel.
O livro reproduz as instruções para a delegação do Brasil à Conferência de São Francisco (1945) e seu relatório, além de reunir textos inéditos de cinco Representantes Permanentes do Brasil junto às Nações Unidas.
O livro está disponível para download gratuito no site da FUNAG. AQUI

(Fonte: ONUBr)

Campanha salarial: patrões de jornais e revistas não apresentam nova proposta salarial e jornalistas ficam com salários congelados

(do site do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro)
Passados quase 30 dias, e apesar das cobranças do Sindicato, as empresas de jornais e revistas ainda não apresentaram uma nova proposta salarial para os jornalistas deste segmento. A promessa foi feita na última rodada de negociação, realizada em 30 de setembro. Na ocasião, as empresas trouxeram proposta com valor de piso bastante inferior ao da lei: R$ 1.660. A Lei do Piso Regional prevê pagamento de R$ 2.432,72 para jornadas de cinco horas. A proposta foi recusada pela diretoria do Sindicato, que não está autorizada a negociar piso salarial abaixo do que manda a legislação.
O desrespeito patronal ao piso da lei estadual tem sido o grande entrave ao fechamento das negociações desta campanha salarial, que completa um ano no próximo mês. O impasse criado pelas empresas tem provocado, na prática, o congelamento dos salários dos jornalistas. A data base da categoria é em 1º de fevereiro. Os patrões insistem em apresentar propostas de piso rebaixado mesmo cientes de parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT) que alerta para a anulação imediata de uma convenção coletiva que desrespeite a lei.
Já no segmento de rádio e TV, o Sindicato segue à espera do julgamento do dissídio na Tribunal Regional do Trabalho. A campanha salarial de radiodifusão foi parar na Justiça por conta de polêmica a respeito do piso salarial, que os patrões pressionam para que seja inferior ao da lei. No fim de agosto, parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT) entregue à Justiça recomenda decisão pelo piso da lei estadual e a concessão de reajuste inflacionário (7,13%) com 1% de aumento real.

Sindicato entra com ação contra a Infoglobo exigindo cumprimento imediato do piso
O Sindicato ajuizou ação trabalhista na 40º Vara do Trabalho do Rio contra a Infoglobo – que edita os jornais ‘O Globo’ e ‘Extra’ – para exigir o cumprimento imediato do piso salarial previsto em lei aprovada em maio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj): R$ 2.432,72 para jornadas de cinco horas. A Infogolobo, ao contrário de diversas empresas, não adequou os salários dos jornalistas após recebimento de ofício do Sindicato sobre a vigência da lei – e, por isso, é a primeira a ser processada por não cumprir o piso. O Sindicato pretende ingressar com ações semelhantes contra outras empresas que desrespeitam esse direitos dos jornalistas. Se a sua empresa paga salários inferiores ao da legislação estadual, denuncie para denuncia@jornalistas.org.br.

Ato público denuncia demissões, exploração e desrespeito aos jornalistas do Rio


Os jornalistas do Rio foram às ruas nesta terça-feira (20/10) denunciar à população os problemas enfrentados pela categoria na cidade. Demissões, precarização dos postos de trabalho, salário rebaixados – quando não atrasados – e diversas irregularidades foram expostas ao público durante uma hora e meia nas escadaria da Câmara Municipal, na Cinelândia. Foi distribuído durante o ato um manifesto que reivindica aos governos federal, estaduais e municipais o fim do repasse de verbas de publicidades para empresas que desrespeitam os direitos de seus trabalhadores. A manifestação fez parte da Semana Nacional pela Democratização da Comunicação.
 LEIA MAIS NO SITE DO SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, CLIQUE AQUI


A Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores convida para assembleia amanhã, às 11h, no Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro. Na pauta, questões decisivas na luta pelos direitos trabalhistas da categoria

Os ex-funcionários da Bloch Editores realizam assembléia, a partir das 11 horas desta sexta-feira (30/10), no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (Rua Evaristo da Veiga, 16/17. Cinelândia). Os profissionais que trabalharam na extinta empresa de Adolpho Bloch vão atualizar informações sobre o andamento dos processos da Massa Falida. A Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores (Ceebe) conta com o comparecimento de todos e alerta que há questões críticas a discutir e posições a tomar diante de dificuldades que se apresentam à frente de reivindicações encaminhadas. Nesses momentos, o comparecimento é ainda mais importante por demonstrar a união dos trabalhadores da extinta Bloch na luta pelos seus direitos. 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

"Liberdade relativa" e "controle da mídia" em regulamento de concurso de fotografia...

A revista National Geographic promove um concurso de fotos livres. Livres? Mais ou menos. A própria revista mostra no regulamento (veja reprodução acima) que é obrigada a seguir legislação de censura do governo americano e avisa que fotógrafos que moram na Crimeia, Cuba. Irã, Coreia do Norte, Sudão e Síria não podem participar, mesmo que eventualmente não concordem com os governos desses países ou regiões. Já as "ditaduras do bem", como a da Arábia Saudita, feroz regime cortejado pelo Ocidente e acusada de apoiar grupos terroristas como Al Qaeda, não sofrem restrições. Os governos autoritários do Golfo, idem. Notórias ditaduras africanas, igualmente. O Estado Islâmico, tido pelo Ocidente (mais pelos Estados Unidos do que pela Europa, que sofre mais diretamente as consequências) como algo com alguma "utilidade"na disputa do poder em foco na Sírio, poderia, se quisesse, concorrer com uma imagem de decapitação coletiva.

ONU está preocupada com projeto de lei que define conceito de família

Proposta legislativa que institui o Estatuto da Família (PL 6583/2013) foi aprovada por uma comissão da Câmara dos Deputados no final de setembro. Negar a existência de composições familiares diversas viola tratados internacionais e representa uma “involução legislativa”, disse a Organização em um comunicado.
A ONU no Brasil disse estar acompanhando “com preocupação” a tramitação, no Congresso Nacional, da Proposição Legislativa que institui o Estatuto da Família (PL 6583/2013), especialmente quanto ao conceito de família e “seus impactos para o exercício dos direitos humanos”.
Citando tratados internacionais, a ONU disse por meio de uma nota ser importante assegurar que outros arranjos familiares, além do formado por casal heteroafetivo, também sejam igualmente protegidos como parte dos esforços para eliminar a discriminação. Entre os demais arranjos, a Organização citou o unipessoal, casal com filhos, casal sem filhos, mulher/homem sem cônjuge e com filhos, casais homoafetivos com ou sem filhos.
“Negar a existência destas composições familiares diversas, para além de violar os tratados internacionais, representa uma involução legislativa”, disse a ONU por meio do comunicado.
O Projeto de Lei 6583/2013 define família como a união entre homem e mulher, por meio de casamento ou união estável, e exclui a união homoafetiva. O texto também considera família o arranjo formado por apenas um dos pais e os filhos. O projeto está em tramitação desde 2013 na Câmara dos Deputados, onde está sendo analisado.
O Sistema ONU afirmou, por meio da nota, que tem avaliado positivamente decisões do Estado brasileiro, que têm “buscado acompanhar transformações sociais, ao incorporar em seu ordenamento jurídico a garantia de direitos das/dos integrantes dos diversos arranjos familiares”.
A ONU destacou positivamente a decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer a união contínua, pública e duradoura entre duas pessoas do mesmo sexo como “entidade familiar”, estendendo a esta as mesmas regras e consequências da união estável heteroafetiva. Além disso, lembrou ainda que uma resolução do Conselho Nacional de Justiça proibiu recentemente as autoridades competentes de se recusarem a habilitar ou celebrar o casamento civil ou a converter em casamento a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
“Decisões como estas se alinham à jurisprudência de órgãos de tratados das Nações Unidas, que têm reiterado serem a orientação sexual e a identidade de gênero motivos de discriminação proibidos pelo Direito Internacional”, disse a ONU no comunicado.
Acesse o posicionamento do Sistema ONU no Brasil em http://bit.ly/onu_familia

Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Inscrições para o Prêmio Petrobras de Jornalismo 2015 começam hoje

Edição deste ano premiará também reportagens da área de Transparência 
e Governança Corporativa. 
O Prêmio Petrobras de Jornalismo entra em sua terceira edição a partir de hoje, 26 de outubro, quando são abertas oficialmente as inscrições. A novidade da edição 2015 é que será dado um prêmio especial para a melhor reportagem no tema de Transparência e Governança Corporativa.
Profissionais de todo o país podem inscrever reportagens que tenham sido publicadas ou veiculadas entre 10 de abril de 2014 e 9 de julho de 2015 em jornais/revistas, emissoras de rádio e de televisão e portais de notícias na internet. As matérias podem ser enquadradas como Nacional, para veículos de qualquer cidade do país com abrangência e repercussão nacional, e Regional, em que a sede esteja localizada nas regiões descritas abaixo. As áreas englobadas são Petróleo, Gás e Energia; Responsabilidade Socioambiental; Esporte; Cultura e Fotojornalismo. Também será premiada a melhor matéria internacional feita por correspondente residente no Brasil. As inscrições vão até o dia 26 de janeiro de 2016 por meio do site www.premiopetrobras.com.br.

Ao todo, serão distribuídos 34 prêmios, 17 da categoria Regional, 14 da categoria Nacional, um da categoria Internacional, um para a categoria Especial (Transparência e Governança Corporativa), além do Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo, para a melhor matéria inscrita entre todas as categorias e veículos. 

Na edição 2015 será dado um único prêmio para reportagens veiculadas em emissoras de rádio, dentre as quatro diferentes áreas da categoria Nacional.
Cada jornalista pode inscrever até seis diferentes reportagens, entre regional, nacional, especial e internacional. No entanto, a mesma reportagem não pode ser inscrita em diferentes categorias – regional, nacional, especial e internacional. Os participantes de Fotojornalismo podem inscrever um trabalho para cada tema, sendo também proibida a participação simultânea em regional e nacional. Cada trabalho deverá ser inscrito separadamente no sistema.
O Prêmio Petrobras de Jornalismo foi criado para reconhecer a importância dos meios de comunicação e, sobretudo, dos jornalistas que participam do processo de democratização e de disseminação de informações relevantes para o país.
Avaliação
Os trabalhos serão avaliados em duas etapas. Na primeira, uma Comissão de Pré-Seleção, supervisionada pela coordenação do prêmio e composta por oito jornalistas com experiência comprovada, realizará a primeira triagem selecionando 10 finalistas de cada categoria e tema. Na segunda etapa os trabalhos finalistas serão avaliados pela Comissão Julgadora, composta por seis profissionais renomados da imprensa, com vasta experiência jornalística. Os trabalhos vencedores em cada um dos temas e seus respectivos autores serão conhecidos no primeiro semestre de 2016.
Áreas:
- REPORTAGEM PETRÓLEO, GÁS E ENERGIA: matérias relacionadas aos processos de exploração, produção e distribuição de energia sob diversas formas, como combustíveis fósseis, eólica, biomassa, elétrica, nuclear e outras fontes alternativas e que destaquem a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico.
- REPORTAGEM DE TRANSPARÊNCIA E GOVERNANÇA CORPORATIVA: matérias referentes ao processo de governança de empresas e/ou entidades, para a obtenção de maior transparência e melhoria da gestão como um todo.
- REPORTAGEM RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL: matérias sobre ações sociais e de preservação ambiental, desenvolvidas em todo o Brasil, incluindo as promovidas a partir do apoio do setor público e/ou empresarial, como projetos direcionados à educação, à geração de renda, aos direitos humanos, ao reflorestamento, à preservação de ecossistemas e da biodiversidade brasileira.
- REPORTAGEM ESPORTIVA: matérias que abordem o incentivo às atividades esportivas profissionais ou amadoras, individuais ou coletivas, incluindo as promovidas a partir do apoio público e/ou empresarial, como projetos de formação de novos atletas e de esporte educacional.
- REPORTAGEM CULTURAL: matérias que abordem manifestações culturais e artísticas do país, ou o incentivo em áreas como música, cinema, teatro, artes plásticas, dança e literatura, incluindo as promovidas a partir do apoio público e/ou empresarial, com o objetivo de promover a democratização e a disseminação da cultura brasileira.
- FOTOJORNALISMO: coberturas fotográficas sobre qualquer um dos temas acima relacionados que, sozinhas ou como parte integrante das reportagens, foram capazes de transmitir o impacto de cenas do dia a dia ou de acontecimentos marcantes, cumprindo o papel disseminador da informação. Não serão aceitas fotografias que apresentem manipulação digital que altere seu conteúdo.
Divisões da categoria Regional
- Norte, Centro-Oeste e Minas Gerais: Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais;
- Nordeste: Sergipe, Alagoas, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão;
- São Paulo e Sul: interior do Estado de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
- Rio de Janeiro e Espírito Santo: interior do Estado do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Fonte: Gerência de Imprensa/Comunicação Institucional da Petrobras



domingo, 25 de outubro de 2015

"Yes, yes". Aeroporto de Lisboa exibe acidentalmente filme pornô.

Foi mal, pá. O monitor do setor de bagagem do Aeroporto de Lisboa exibiu nessa semana, acidentalmente, um filme pornô. Não foram registradas queixas. Apenas alguns passageiros teriam levado um pouco mais de tempo para recolher malas e mochilas. Os administradores do aeroporto tiraram o filme do ar assim que alertados. E informaram que o vídeo estava sem som, o que poupou os viajantes de ouvirem os "ohs", "my god", ""yes". O vídeo não está disponível neste post. Alguns passageiros levaram na gozação e mandaram o vídeo para o You Tube. E o que se ouve, ao fundo, são apenas risadas nada chocadas.

sábado, 24 de outubro de 2015

De santos, sapateiros e Shakespeare


Por ROBERTO MUGGIATI
Vinte e cinco de outubro, dia dos Santos Crispim e Crispiniano, é o Dia do Sapateiro. Desenhos datados de 10.000 a.C. mostram sapatos em cavernas da Espanha e  da França, embora estudiosos falem de um histórico de cerca de 3000 aC. Lembro do meu avô, Pietro Giovanni Diego Muggiati, registrado no Brasil como Diogo Muggiati, que começou a vida como sapateiro e se tornou industrial de calçados. Lembro do pai da mocinha em A TALE OF TWO CITIES, de Dickens, que fazia sapatos em sua cela na Bastilha. E dos santos mártires Crispim e Crispiniano, que pregavam durante o dia e faziam sapatos à noite. Vejam só: o costume de deixar um sapato para Papai Noel encher de presentes nasceu com eles. A história dos dois foi encampada também pelo sincretismo afro-brasileiro.
Crispim e Crispiniano eram irmãos de origem romana. Cresceram juntos e converteram-se ao cristianismo na adolescência. Ganhando a vida no oficio de sapateiro, eram muito populares, caridosos, e pregavam com ardor a fé que abraçaram. Quando a perseguição aos cristãos ficou mais insistente, os dois foram para a Gália, atual França.
As tradições seculares contam que, durante a fuga, na noite de Natal, os irmãos Crispim e Crispiniano batiam nas portas buscando refúgio, mas ninguém os atendia. Finalmente, foram abrigados por uma pobre viúva que vivia com um filho. Agradecidos a Deus, quiseram recompensá-la fazendo um novo par de sapatos para o rapazinho.
Trabalharam rápido e deixaram o presente perto da lareira. Mas antes de partir, enquanto todos ainda dormiam, Crispim e Crispiniano rezaram pedindo amparo da Providência Divina para aquela viúva e o filho. Ao amanhecer, viram que os dois tinham desaparecido e encontraram o par de sapatos cheio de moedas.
Quando alcançaram o território francês, os dois irmãos estabeleceram-se na cidade de Soissons. Lá, seguiram uma rotina de dupla jornada, isto é, de dia eram missionários e à noite, em vez de dormir, trabalhavam numa oficina de calçados para sustentar-se e continuar fazendo caridade aos pobres. Quando a cruel perseguição imposta por Roma chegou a Soissons, era época do imperador Diocleciano e a Gália estava sob o governo de Rictiovaro. Os dois irmãos foram acusados e presos. Seus carrascos os torturaram até o limite, exigindo que abandonassem publicamente a fé cristã. Como não o fizeram, foram friamente degolados, ganhando a coroa do martírio.
A Igreja celebra os santos Crispim e Crispiniano como padroeiros dos sapateiros no dia 25 de outubro. Essa profissão, uma das mais antigas da humanidade, era muito discriminada, por estar sempre associada ao trabalho dos curtidores e carniceiros. Mas o cristianismo mudou a visão e ela foi resgatada graças ao surgimento dos dois santos sapateiros, chamados de mártires franceses.

--------------------------------------------------

Aqui no Brasil, a devoção trazida pelos portugueses misturou-se com o culto aos Espíritos meninos (Ibejis ou Erês) da tradição africana.
A falange de Ibejí, também chamados "crianças" é composta de meninos e meninas de todas as raças e idades. Em geral, as cores que os representam são o azul e o rosa, sendo que geralmente são conjugadas com o branco. Os Ibeji são chamados de Erês e também de Curumins. São Cosme e São Damião são os padroeiros das crianças, dos médicos e farmacêuticos. Também são sincretizados com os Ibeji.

Hino a São Crispim e São Crispiniano

Dois exemplos da Santa Humildade, 
Que renega o fastígio do mundo,
Trocam fausto, riquezas, vaidade
Pelo amor do trabalho fecundo.
CORO
São Crispim, nosso provido guia! 
Crispiniano, da cruz mártir santo!
Consegui que possamos, um dia,
Repetir lá no Céu este canto!
A oficina dos santos obreiros
É, então, um sacrário de luz,
Onde todos acorrem ligeiros
Ao chamado da voz de Jesus.
Mas dos ímpios o féro delírio, 
Aos clarões da verdade singela,
Os dois santos conduz ao martirio, 
Que milagres de Fé mais revela.
Coroados, por fim, com as palmas,
Que aos justos reserva o altar,
Jubilosas estão nossas almas
Seus louvores e glória a cantar.

Gira de Ibeji - Cosme e Damiao, Mariazinha, Doum, Dois Dois, Zezinho, Caboclinho Crispim Crispiniano, VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Shakespeare e São Crispim/Crispiniano
Amanhã a Batalha de Agincourt (1415) faz 600 anos. A batalha é o ponto alto da peça de Shakespeare, Henrique V. Antes de lançar à luta seu exército esgotado – numericamente inferiorizado na razão de cinco a um - contra os franceses bem descansados, o Rei exorta seus soldados num discurso famoso – o discurso de São Crispim.
Nós brasileiros costumamos usar expressões famosas de uma maneira rasa, sem saber seu verdadeiro significado. Assim, quando citamos “the happy few”, pensamos nos poucos eleitos para fama e fortuna, para desfrutarem uma vida de felicidade e prazeres.
Os “happy few” de Henrique V são os poucos eleitos para morrerem em batalha. Vejam o discurso abaixo.
This story shall the good man teach his son;
And Crispin Crispian shall ne’er go by,
From this day to the ending of the world,
But we in it shall be remembered-
We few, we happy few, we band of brothers;
For he to-day that sheds his blood with me
Shall be my brother; be he ne’er so vile,
This day shall gentle his condition;
And gentlemen in England now-a-bed
Shall think themselves accurs’d they were not here,
And hold their manhoods cheap whiles any speaks
That fought with us upon Saint Crispin’s day.



VEJA O DISCURSO DE HENRIQUE V NA INTERPRETAÇÃO DE KENNETH BRANAGH, CLIQUE AQUI

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A corrupção sorridente e engravatada...

por Flávio Sépia
Com frequência, os telejornais badalam um painel, em São Paulo, montado por corporações e instituições patronais, sobre o Impostômetro. O neoliberalismo e os coxinhas gostam de alardear isso. Não gostam de falar é sobre o Sonegômetro, precisamente o crime que tem como uma das consequências o aumento de impostos. A equação é clara; se nem todos pagam, quem paga, paga mais. Em 2015, a sonegação de impostos chegou a R$420 bi no Brasil. Isso, sem contar os escândalos do tipo pagar propina para ter o valor do imposto estadual reduzido, caso notório, denunciado e sumido em uma distante galáxia chamada São Paulo.
Para se ter uma ideia, o quase meio trilhão de reais surrupiado é 13 vezes maior do que o governo tentaria arrecadar com a volta das CPMF. A denúncia espantosa é de servidores do Fisco que também instalaram, em São Paulo, uma ""máquina de lavar gigante"para representar os desvios resultantes da lavagem de dinheiro no país, coisa de "gente fina" e gente grande. Para os servidores, um combate ao crime de sonegação ajudaria a resolver o problema do ajuste fiscal, sem sacrifícios ainda maiores para a população, já que essa mega sonegação é, principalmente, coisa de poderosos.
Há mau uso do imposto arrecadado no Brasil? Claro. Especialmente no caso de privilégios e altos salários. Mas você não verá essa turma flagrada pelo Leão gritar contra isso ou alvejar poderes da República com os quais têm pendências bem manejadas, entre elas a de postergar infinitamente a quitação da dívida. Irônica ou cinicamente, a ofensiva e o ódio expresso nesses movimentos não são contra os privilégios, as altas aposentadorias e pensões, os subsídios desenfreados, os empréstimos em bancos oficiais não pagos e outras torneiras que sangram o Tesouro. Não, eles convivem bem com essas "trivialidades". O que alardeiam e gostariam de detonar são as ações sociais de saúde pública e de educação. Preferem mandar blindar o BMW do que apoiar uma distribuição de renda menos cruel que ajude a diminuir a violência.
O alvo das campanhas são os programas que combatem a miséria, a falta de habitação, o "inimigo" a exterminar é o SUS combatido com se fosse uma perigoso covil do tráfico ou assediado por empresas que sonham em privatizá-lo. E, pelo jeito, aos poucos estão conseguindo. O "Minha Casa. minha vida" também é um alvo. Sabe-se que um programa de tal magnitude tem seus percalços. Mas não é isso que preocupa o andar de cima.
Acredite, a BBC Brasil divulgou recentemente uma pesquisa feita por uma socióloga inglesa onde fica "demonstrado" que o programa literalmente prejudica as classes de baixa renda. A tal pesquisa ainda está sendo tabulada. Quando ficar pronta certamente ocupará os telejornais, os debates, as entrevistas dos meios conservadores. A socióloga aponta dois "graves" problemas. Segundo ela, ao receber casa própria, as pessoas perderam rendas já que aumentaram as despesas com taxas e até consumo (???). Ou seja, deduz-se que para inglesa melhor seria deixar o morador na favela, à beira do esgoto, submetido a condições de vida que ela certamente deve achar "românticas". Segundo apurou - não se sabe como, pois a "metodologia" não foi divulgada - obter uma casa próprio é uma desgraça inominável, um castigo bíblico, na vida dos que têm o azar de sofrer essa "tragédia".
O Ministério da Fazenda recentemente divulgou uma impressionante lista do 500 maiores devedores. Só tubarão. Tem construtora que deve mais do que supostamente desviou da Petrobras na Lava Jato. tem banco cujos executivos costumam ser entrevistados por comentaristas de economia na TV, posam de especialistas e esquecem de falar do passivo fiscal das suas empresa.
Pois é, esse é o escândalo invisível e silencioso que jamais chegará às primeiras páginas. Você não vai ver cartazes em passeatas na Av. Paulista denunciado tal crime. Mais fácil será flagrar um manifestante bem intencionado, coitado, protestando contra a corrupção bem ao lado de um feliz beneficiário desses gigantescos desvios.
Como diria o Batman, "Santa ingenuidade". Ou "Santa paciência".


terça-feira, 20 de outubro de 2015

A jovem que mata por controle remoto. Site The Daily Beast revela como trabalham os pilotos de drones de combate...

A guerra por controle remoto. (Foto e ilustração de Emil Lendof/The Daily Beast) link do site abaixo
O alvo e a sala de controle: 10 milkm de distância entre um e outro. Foto de Veronique de Viguerie/Getty Images/The Daily Beast, Link do site abaixo
Vai vendo isso. A matéria é do site The Daily Beast. Uma jovem americana, sargento da Força Aérea, acaba de jantar e vai para o jardim brincar com o cachorro enquanto ainda há luz solar. Ela mora em Las Vegas. Enquanto muitas pessoas estão saindo do trabalho e outras se preparam para cair na noite ou ir aos cassinos, ela segue para uma base militar onde assumirá seu turno noturno. Seu "local de trabalho" fica, na verdade, do outro lado do mundo, onde já é dia e sua ferramenta é um drone de combate. Seu alvo, terroristas a 10 ou 15 mil quilômetros de distância. Apenas seu nome de guerra é divulgado, Sparkle (Faísca). Ela passa a noite voando missões sobre o Iraque e o Afeganistão. Na maior parte do tempo, filma enterros, festas, pessoas andando em estradas, pequenas aldeias, movimentos de inimigos. Os analistas verificam as imagens, cruzam informações e tentam catalogar terroristas. Se identificados, recebem um crachá de pena de morte. Mas quando os sensores do drone localizam os suspeitos, cabe a ela puxar o gatilho de um devastador míssil Hellfire. Os veículos aéreos não-tripulados são projetados para operações de inteligência e vigilância ou para destruir veículos ou edificações do inimigo com bombas guiadas a laser e mísseis ar-terra. Podem voar durante 14 horas e dependem do trabalho de um piloto e de um operador de estações de controle.
Apesar da causa justa - matar terroristas - os drones são motivo de controvérsia ao fazer, em vários casos, vítimas civis inocentes. Drones americanos já mataram americanos, acidentalmente. Há relatórios do próprio governo americano que elogiam a atuação dos drones mas criticam o que chamam de "déficit crítico", a margem de erro. Segundo esse documentos, 200 pessoas já foram mortas por drones no Afeganistão, mas apenas 35 eram alvos comprovadamente terroristas.
Estudos recentes mostram que pilotos de drone sofrem de alto nível de estresse. Pilotos de aviões de combate convencionais bombardeiam alvos mas não assistem à cena. Os pilotos de drone vêem as imagens bem detalhadas (os drones têm câmeras poderosas e dispositivos em infravermelho) antes, durante e depois da ação.
Naquela noite, Sparkle pulverizou um líder talibã que vinha sendo observado havia mais de uma semana. Ele morreu sem nem saber o que o matou. "Muitos jihadistas radicais acreditam que ser morto por uma mulher significa que eles não entrarão no céu. Considerando a forma como eles tratam suas mulheres, para mim está tudo OK, eu até ajudo a esfregar sal na ferida", diz Sparkle, antes de voltar para casa com o dia já amanhecendo. Os vizinhos não fazem a menor ideia da sua rotina noturna. E nem imaginam que naquela noite ela impediu um terrorista de entrar no céu e ainda deu-lhe passagem e estadia grátis para o inferno.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE THE DAILY BEAST, CLIQUE AQUI

O original e a cópia...

Os técnicos do The Voice, da NBC/Sony: Pharrell, Adam Levine, Gwen Stefani e Blake Shelton. Foto NBC/Divulgação
Os Estados Unidos, naturalmente, têm um mercado competitivo em todos os setores. Na música, então, a concorrência é brutal, capaz de devastar as pretensões profissionais de quem não somar ao talento, a preparação, a técnica, a teoria musical. No programa The Voice, da NBC, exibido no Brasil pela Sony, tal nível de exigência se sobressai tanto no corpo de técnicos quanto nos cantores finalistas. Comentários embasados, com justificativas que identificam técnicas vocais, potência e características de voz, afinação, extensão e dinâmica, dicção etc. Mais do que nos comentários que acompanham o voto, a orientação técnica fica evidente nos bastidores, durante a preparação dos cantores, quando os seus respectivos técnicos (o nome já diz) corrigem eventuais falhas do seu time e aprimoram desempenhos. Tudo isso junto e misturado explica, também, o alto nível dos finalistas do programa. Já a versão The Voice Brasil, da Globo, parece estar preparada para apostar mais no entretenimento. Remete, em muitos momentos, a um dos antigos programas da TV brasileira com os concorrentes lembrando calouros e os técnicos atuando como os antigos jurados. No futebol há técnicos tidos como estrategistas e outros rotulados de "motivadores".O motivador é aquele que fica à beira do gramado gritando, "vamos lá", "manda a bola na área", "chuta, meu filho". Pois é. Aqui, os comentários tendem quase sempre ao superficial e os concorrentes mostram mais autodidatismo do que estudo. Ao contrário do mercado americano tradicionalmente exigente, o nosso é menos seletivo do ponto de vista da preparação técnica. Muitos cantores aqui vão levando - e fazem sucesso, têm público - na base da intuição, do carisma e do talento natural, nem sempre da afinação. Assim, o The Voice é um show de técnica, talentos e entretenimento enquanto o The Voice Brasil é um show de entretenimento e talentos. No palco e na bancada. Por falar em bancada, houve na rede social, na última semana, quem considerasse falta de respeito ao concorrente e reprovasse a atitude de Lulu Santos que, no momento da apresentação, tirou Claudia Leitte para dançar. Seria, no mínimo, um irresistível impulso de não dividir o protagonismo? Outra impropriedade no The Voice Brasil foi registrada pelo blog de Maurício Stycer, no portal UOL:: antes da virada das cadeiras, cenas explícitas de técnico estimulando outro a aprovar determinado candidato, dando a impressão de que há combinação de votos. Uma postura, digamos, informal demais, em comparação com o original da NBC. Axé!
 
POLÊMICA NO THE VOICE BRASIL, CLIQUE AQUI

Um implosão na alma do Bairro Imperial



Rua São Luiz Gonzaga, São Cristóvão: explosão de gás destroi 19 casas e atinge outros 54 imóveis. 

Bombeiros trabalham no local do desastre que ocorreu na madrugada da segunda-feire. Fotos de Tania Rego/Ag.Brasil

por Nelio Barbosa Horta (de Saquarema)
São Cristóvão foi o bairro da minha infância e adolescência, lá pelos anos 50 do século passado. Largo da Cancela, ponto de encontro de alunos dos vários colégios das adjacências, parada obrigatória dos bondes São Januário, Alegria e Penha, que seguiam pela rua São Luiz Gonzaga, passando pelo Largo do Pedregulho, rua da Alegria, depois Bonsucesso, Ramos, Olaria até a Penha, num trajeto inacreditável para os dias de hoje.
A Quinta da Boa Vista, chamada de “Central Park” pelos moradores, a Rua São Januário,
A Loja Cabral, citada no texto, foi uma
das atingidas. Reprodução Facebook
a Loja Cabral, onde eu comprava material escolar, o Instituto Cylleno, o Colégio Pio Americano, o Colégio Pedro II, o Pavilhão, que naquela época era um campo imenso com uma linda arquibancada toda de ferro, onde, aos domingos  eram realizadas 15 ou 20 “peladas” ao mesmo tempo, numa convivência absolutamente pacífica.
Havia a feira, muitas famílias portuguesas que realizavam festas incríveis nas suas casas, que ainda não eram chamadas de mansões, ao som de “Rago e seu conjunto”.
A rua Emancipação, passagem obrigatória da Escola de Samba “Paraíso do Tuiutí” e seus moradores. A praça Pinto Peixoto, onde morava a cantora Olivinha de Carvalho, eterna “madrinha” do C.R. Vasco da Gama. A praça Argentina, ponto final do bonde São Januário, a rua Coronel Cabrita, onde morava a família do “seu” Menezes, pai do ex-jogador Ademir, o “queixada”, artilheiro que os vascaínos “ mais antigos” não esquecem.
A implosão desta segunda-feira,  foi incrível.  Além dos prejuízos materiais, destruiu quase um quarteirão do antigo bairro que se orgulhava de sua tranqüilidade. O cantor Sílvio Caldas, o “caboclinho querido” , iniciou sua carreira vitoriosa da “época de ouro” do rádio brasileiro ao cantae “o Bonde São Januário leva mais um operário, sou eu que vou trabalhar”...
Os atuais moradores estão chocados com o impacto da explosão, que, embora não tenha registrado vítimas fatais, causou forte abalo na “alma dos residentes”, com toda série de dificuldades para refazer suas vidas e seu cotidiano depois de constatadas a insegurança e o descaso a que foram relegados.
Segundo depoimentos, o cheiro de gás era forte e as tentativas de pedidos de ajuda, à Prefeitura, à defesa civil, e às demais autoridades, foram inúteis, todos  parecem ficar surdo-mudos  diante de tamanha ameaça. Que os fatos sejam apurados, e os responsáveis pela tragédia  punidos, para que tais acontecimentos sirvam de lição  e não voltem a se repetir.
O bairro de São Cristóvão. Reprodução Google

Pavilhão de São Cristóvão, anos 60. Reprodução

Largo da Cancela, anos 40. Reprodução
Palácio Imperial (Museu de História Natural), Quinta da Boa Vista. Foto Alexandre Macieira/Riotur

Quinta da Boa Vista,/Reprodução da revista Manchete

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Em entrevista à revista do Wall Street Journal, a atriz Kate Winslet revela que guarda seu Oscar no banheiro


por Clara S. Britto
Para Kate Winslet, lugar de Oscar é no banheiro. E nem é para desvalorizar a estatueta. É apenas uma pegadinha amistosa. Na entrevista, ela explica guardou o prêmio no banheiro para dar às visitas uma chance à qual poucos resistem: pegar o Oscar, postar-se diante do espelho e fazer os tradicionais agradecimentos ao filho, ao pai, ao diretor, à equipe...  Segundo ela, as pessoas acabam ficando um pouco mais de tempo no banheiro. "Saem de lá coradas, com bochechas ainda rosadas", diverte-se a atriz.


Ninguém fala muito nisso, mas os jornais do Rio estão sob censura...

Reprodução do jornal O Dia
Uma liminar impede que a mídia carioca divulgue fotos de pessoas presas, mesmo que seja em flagrante ou acusadas de crimes.Se a Lava-Jato fosse aqui ninguém ia ficar sabendo nem como é a cara dos caguetas premiados. A foto acima foi publicada no Dia. Nada mais claro, são traficantes armados em ponto-limite de Marechal Hermes. Daí prá lá, é território do tráfico, como fica claro na barreira de "contenção". A foto foi feita por pessoas que sofrem com a ação dos bandidos. Mas o jornal é obrigado a botar tarja para proteger as figuras. Como a rede social é menos sujeita a tal censura, até por ter sites hospedados em outros estados ou países, a mesma foto pode ser vista por milhões de pessoas na web. Não se sabe se, desde a liminar, caíram os números de assaltos e homicídios no Rio. Abaixo, a mesma foto como circula na rede. Também não se sabe de ainda é possível fazer cartazes do tipo "procura-se" do Disque Denúncia ou se isso ofende o procurado e a tal liminar.
Reprodução do Whatsapp

O que você não vê na mídia conservadora e que pode ajudar a diminuir o marketing da deprê. Tem gente trabalhando...

por Flávio Sépia
Por incrível que pareça, nem só de sopradores de bonecos "pixulecos" e políticagem vive o Brasil. Tem gente trabalhando, embora tais movimentos não sejam notícia para os clãs da mídia.
* Empresas do Brasil fecham US$ 1,4 bilhão em negócios em feira na Alemanha. Você não leu nem viu na TV mas aconteceu durante os cinco dias da Anuga, feira internacional de alimentos e bebidas realizada a cada dois anos na cidade de Colônia, Alemanha. Os números foram divulgados pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). A Apex informou ainda que a maior parte do montante total está vinculado a negócios envolvendo carne. Segundo André Favero, diretor de negócios da agência, de 84 empresas que representaram o Brasil na Anuga, cerca de 30 são do setor de carne bovina, suína e de frango. De acordo com Favero, o total em negócios, em 2015, supera em 28% o volume atingido na edição anterior da feira de alimentos, em 2013. O diretor de negócios da Apex informa que, apesar de as carnes terem sido o maior destaque, produtos típicos brasileiros e alimentos naturais também tiveram boa procura nesta edição, realizada entre 10 e 14 de outubro.
* Empresários brasileiros que participaram da feira World Food Moscow, na Rússia, na semana passada, fecharam negócios no valor de US$ 99,9 milhões nos quatro dias de evento. De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil), o número engloba o que foi negociado durante a viagem e o previsto para os próximos 12 meses, resultado das 430 reuniões feitas com compradores russos. Segundo a Apex-Brasil, a relação comercial entre Brasil e Rússia é concentrada nas exportações brasileiras de carnes. As carnes bovina, suína e de frango representaram 63,5% do total das vendas brasileiras para o mercado russo no ano passado. Em 2014, o Brasil exportou US$ 3,8 bilhões para a Rússia e importou US$ 3 bilhões, resultando em um superávit de US$ 800 milhões na balança comercial.
(Fonte Agência Brasil)


Dislexia jornalística ou... saudades da caserna

por Flávio Sépia 
Não é novidade que Dilma se atrapalha com as palavras. Exemplos não faltam. Um modo, digamos, disléxico, de falar. Por isso, a presidente não precisa de "ajuda" da mídia para a transformação das suas falas. Nesse caso, o disléxico passa a ser o mau jornalismo. Vários sites e alguns jornais provavelmente adeptos do quanto mais confuso pior deturparam uma frase de Dilma sobre Eduardo Cunha, o mesmo que a mídia conservadora em geral exaltou ao ser ele eleito presidente da Câmara. No caso da "adaptação" da frase dilmística, nem fizeram questão de esconder a manipulação. Há vários exemplos facilmente encontráveis no Google, desde ontem. Reproduzo abaixo apenas um deles em que o título foi "reconfigurado" para causar maior impacto enquanto, no corpo do texto, a frase inteira diz outra coisa. Confira você mesmo. "Lamento que seja um brasileiro" é bem diferente de "lamento que isso aconteça como um brasileiro". Das duas uma: ou estagiário não entendeu ou é um coxinha que quer ver o circo pegar fogo e sonha em engraxar bota de milico. Menos, rapaziada... Como dizia um centro-avante do Íbis, que tem a alcunha de "pior time do mundo", "nóis sofre mas nóis tem vergonha e não perde a dignidade".

A FRASE NO TÍTULO...

...E A FRASE NO TEXTO.