segunda-feira, 29 de maio de 2017

Fotografia - Manchete 65 anos - A Exposição Impossível-6


Manchete fotografava em cores as passeatas de 1968. Lembrando que...

... a TV era em preto e branco e os jornais idem. Há pouco material jornalístico colorido da época

Mais dinâmica, a Fatos & Fotos produzia no front do Centro do Rio um vasto material p&b.




Balas de borracha? Que nada... 

...a munição real deixou mortos e feridos nas ruas do Rio.

A policia se preparando para invadir o campus da UFRJ, na Praia Vermelha...

...em uma operação que prendeu centenas de estudantes. 

A silhueta em contraluz pode dar a impressão, mas touca ninja em passeata ainda não era moda. 
O gás era arma, mas ninguém usava as máscaras comuns nos protestos de hoje. 

Um dos acontecimentos dramáticos de 1968: a polícia ditadura assassina o jovem Edson Luís. 

O enterro do estudante assassinado se transformou em uma

comovente manifestação pública de indignação e revolta. 
A palavra de ordem

Barricadas na avenida

O líder estudantil Vladimir Palmeira discursa durante passeata

Em 2018, o mundo revisitará as revoltas estudantis. Serão os 50 anos do Maio de 68. Em Paris, Praga, Roma, Londres, nas universidades americanas, em inúmeras outras grandes cidades, os jovens montavam barricadas em nome das transformações comportamentais, políticas, sexuais e éticas.

No mundo desenvolvido, o furacão de 68 buscava o sonho de um nova realidade.

No Brasil, a juventude vivia um pesadelo real: a ditadura.

Em comum com os dias de hoje, o governo fazia baderna institucional e o povo respondia nas ruas com uma onda de protestos legítimos na forma e no conteúdo.

As cenas vistas acima, registradas pela Manchete e Fatos & Fotos, no Rio, são um breve trailer dos acontecimentos daquele ano. Sucessivas edições das duas revistas, especialmente da Fatos & Fotos, levaram aos leitores a onda revolucionária que ocupou as ruas. A cobertura do campo de batalha em que se transformava o Rio exigia a presença de várias equipes da Bloch. Na época, jornais eram em preto e branco, a TV idem, os jornais cinematográficos também, a Veja não existia e O Cruzeiro agonizava. Assim, os arquivos desaparecidos da Manchete guardam ou guardavam um material raro, quase único: as imagens das passeatas, incluindo a dos Cem Mil, em cores.

Adolpho Bloch, gráfico por origem e formação, preferia que os fotógrafos da revista Manchete, usassem filmes 6x6. O formato maior do cromo, segundo ele, "imprimia" melhor. Daí, no meio da guerra urbana, havia fotógrafos trabalhando com câmeras Hasselblad equipadas com o pouco prático (para fotojornalismo) visor de cintura (waist). Esses profissionais abasteciam a principal revista da editora com cromos coloridos 6x6.

Já as equipes da Fatos & Fotos, publicação bem mais ágil e dinâmica, percorriam as ruas fazendo fotos em 35mm. Se a Manchete fez história com a cor, a Fatos & Fotos produziu maior quantidade de material e registrou as cenas mais marcantes do período. As coberturas eram creditadas por equipe na maioria das edições. Mas em algumas delas destacam-se os nomes dos fotógrafos Antonio Trindade, Nelson Santos, Vieira de Queirós, José Martins, Gervásio Baptista, Milton Carvalho, Juvenil de Souza, Nicolau Drei, Jorge Aguiar. Armando Rozário e Moacir Gomes.

Além do que é visto aqui nessas poucas reproduções de exemplares disponíveis, haverá em algum lugar muito mais registros fotográficos de uma época de contestação feitos pelos fotojornalistas da Manchete e da Fatos & Fotos.

Mas é material tão sumido quanto os ideais das gerações de 1968.

Governo saca a pistola...


(do site da ABI)

Os fotógrafos André Coelho e Joedson Alves, do jornal O Globo e da agência EFE, respectivamente, foram alvos de violência da polícia durante manifestação realizada na quarta-feira, 24, em Brasília. Em reportagem para o site do jornal global, o profissional narrou em primeira pessoa como foi ameaçado por um policial que carregava arma de fogo em punho.

Segundo relato do repórter, ele está acostumado a acompanhar manifestações. Na ocasião, ele estava na cobertura com equipamento de segurança que inclui máscara e capacete. “Desde os primeiros momentos havia um clima de que o ato poderia desandar. Mas não imaginava que descambaria para o vandalismo, nem que a Polícia Militar perderia o controle. E que seria ao mesmo tempo testemunha e vítima”, disse.

Durante o ato, os dois fotógrafos perceberam que um grupo de policiais militares havia sacado suas pistolas e apontado para os manifestantes. Quando se aproximarem para fotografar a cena, um dos policiais se aproximou de Coelho com a arma em punho. De onde estava, Joedson registrou a abordagem.

“Ao perceber que o PM vinha armado na minha direção, só me restou gritar: Sou jornalista, sou jornalista!”, narrou o profissional do jornal O Globo. “Não adiantou muito. Ele respondeu se aproximando e dando um disparo em direção ao chão, perto de mim. Não satisfeito, me chutou. Atingiu minha perna. Ainda fora do controle, o policial partiu para cima de Joedson dando um tapa na câmera dele”.

Apesar da agressão, o repórter continuou fotografando e filmando a ação da polícia que disparou também na direção dos manifestantes. Depois, seguiu para o gramado central da Esplanada dos Ministérios, onde uma pessoa foi atingida por um disparo. “Ainda consegui filmar um homem que sangrava que poderia ser a vítima. Não tenho como dizer de onde partiu a bala que atingiu aquele senhor. Mas já há registro suficiente para o caso ser apurado”, finalizou Coelho.

Investigação

Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Edval Novaes informou que a agressão do policial militar contra os fotógrafos será investigada pelo órgão. “É inaceitável o que aconteceu. Mas os policiais já foram ouvidos no inquérito que foi aberto”, declarou.

Segundo o secretário, os dois policiais que foram flagrados, em vídeo registrado pelo repórter André Coelho, atirando em manifestantes já foram ouvidos em depoimento.  Ele não soube dizer, no entanto, se os agentes foram afastados das atividades na rua.

Novaes ressaltou, ainda, que a orientação dada aos policiais é nunca agredir ou atirar contra manifestantes e que em mais 150 manifestações na Esplanada dos Ministérios, no último ano, não houve registro de tiros de policiais do DF.

“Não há orientação para os policiais atirarem. Esses policiais não eram da tropa de choque, que estava no meio da Esplanada. Tinham três mil policiais na manifestação”, ressaltou Novaes.

Fonte ABI

FENAJ repudia violência contra manifestantes e jornalistas no exercício profissional

(do site da FENAJ) 

A Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ vem a público repudiar veementemente a repressão violenta à manifestação de milhares de brasileiros e brasileiras, ontem, 24 de maio, em Brasília. Igualmente repudia as agressões dirigidas a profissionais jornalistas que faziam a cobertura da manifestação popular contra as reformas trabalhista e da Previdência e contra o governo ilegítimo de Michel Temer.

O uso da força policial e das Forças Armadas para conter de forma violenta uma manifestação pacífica evidencia que o Brasil está vivendo um Estado de exceção, no qual os direitos civis e políticos de sua população são desrespeitados pelo próprio Estado.

O fato de o presidente ilegítimo decretar o emprego das Forças Armadas “para a Garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal” mostra que o governo que não mais se sustenta está disposto a recorrer ao arbítrio e à barbárie para se manter. Por isso, a FENAJ chama a sociedade brasileira para a defesa da democracia e do Estado Democrático de Direito. Não podemos aceitar retrocessos históricos!

A FENAJ também chama a atenção da sociedade para os frequentes casos de agressões a jornalistas.  Nos últimos anos, profissionais têm sido agredidos durante manifestações públicas, principalmente por policiais, mas também por manifestantes. Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Distrito Federal, pelo menos quatro jornalistas foram agredidos na manifestação de ontem.  A repórter Giselle Garcia, da TV Brasil, foi atingida por uma bomba lançada à distância e teve de ser levada a um hospital para a retirada de estilhaços na perna.

O jornalista Nilson Klava, da Globo News, foi agredido por um policial militar, no momento em que fazia uma entrevista com um manifestante. Ivan Brandão, repórter da rádio BandNews, foi coagido e impedido por homens da Força Nacional de fazer uma transmissão ao vivo.  Um repórter da agência Bloomberg também foi agredido e outros profissionais sofreram com o uso indiscriminado de bombas de gás lacrimogênio.

A FENAJ reafirma a importância do trabalho dos jornalistas para a democracia e para a constituição da cidadania, ao mesmo tempo em que pede respeito aos profissionais. Também reafirma sua firme disposição de lutar pelos direitos dos trabalhadores e  trabalhadoras brasileiros, bem como pela ordem democrática.

Fonte: Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ.

Fatos & Fotos: em dia de Diretas Já, Rio pede Fora Temer...












FOTOS AGÊNCIA BRASIL, REPRODUÇÕES TWITTER E FACEBOOK

por bqvMANCHETE

Cariocas vão à ruas pelas Diretas Já.
Durante quase todo o domingo, a orla de Copacabana foi ocupada por manifestantes que pediram Fora Temer e protestaram contra as reformas trabalhista e da Previdência. Ao lado do povo, artistas e políticos defenderam a mudança da Constituição para tornar possível as eleições diretas antes de 2018. Durante o ato, cantores que pedem a saída de Temer, como Crioulo, Maria Gadu, Martn'ália, Teresa Cristina, Otto, Digitaldubs, Bnegão, Pretinho da Serrinha, Pedro Luis, Caetano e Milton Nascimento se revezaram no palanque. Wagner Moura, Maria Casadevall, Bete  Mendes, Antônio Pitanga, Sophie Charllotte, Daniel de Oliveira, Laura Neiva, Renato Góes, Humberto Carrão, Chad Suede, entre outros, apoiaram o domingão das Diretas Já. O público inicial foi calculado pelos organizadores em cerca de 70 mil pessoas. Ao longo do protesto que se estendeu por várias horas, estima-se que em torno de 150 mil pessoas circularam pela Av. Atlântica.
O ato repercutiu no exterior e nas redes sociais. A cobertura da mídia conservadora foi previsivelmente discreta, Ao mostrar as primeiras cenas da manifestação, a Globo News foi "cautelosa" e omitiu que a principal reivindicação da multidão eram as Diretas Já. A omissão, aliás, remeteu à histórica campanha das Diretas Já, em 1984, quando a Globo, em suporte à ditadura, levou ao ar um flash do primeiro comício pedindo eleições democráticas para presidentes e chamou o ato de "comemoração do aniversário de São Paulo". Em 2014, 50 anos depois, a Globo reconheceu publicamente, no JN, que aquela autocensura foi "um erro". Ontem, o "ato falho" foi reeditado.


Ui! os gurus da direita estão com fixação filosófica...













 por O.V. Pochê

Sabe-se lá porque, os cardeais da direita brasileira andam com uma fixação em certa parte terminal da anatomia. São muitos os posts que ultimamente se referem ao "aparelho excretor", como prefere chamar um deputado da mesma linha retro-ideológica. De qualquer forma, para quem pretender se aprofundar nos altos conhecimentos dos gurus da direita, aí está parte do "diario della volontá" cultural do setor. Acima, digressões intelectuais sobre a rosca capturadas nas redes sociais e, por afinidades, registros de um candidatura presidencial e uma opinião do fascio sobre a mídia.

Janio de Freitas: Em nome da solução


Reprodução Facebook/Folha de São Paulo. Clique para ampliar 

quinta-feira, 25 de maio de 2017

"Sai da frente, mané"; Donald Trump empurra primeiro-ministro de Montenegro

Trump atropela primeiro-ministro de Montenegro e ainda dá um esporro na mulher da vítima,
que reclama educadamente. Reprodução

por Ed Sá
Donald Trump é o seguinte: um elefante em loja de louças, um hipopótamo solto no chá dos imortais da ABL, um rinoceronte em templo budista. Ele geralmente se espalha. O Papa Francisco se arriscou ao dar ao presidente americano, como uma crítica sutil, um livro sobre aquecimento global, coisa em que inquilino da Casa Branca não acredita a abomina. O homem expulsa jornalista de coletiva e deixa primeira-ministra da Alemanha com a mão no vácuo. Dessa vez, a vítima foi o premier de Montenegro. Foi agora mesmo, o cara ainda está tentando entender o que aconteceu.
Veja o vídeo, Trump empurra o sujeito e abre caminho na marra. AQUI

Viu isso? Você poderá pedir comida pelo Facebook. O Foodbook vem aí?


por Niko Bolontrin

Calma aí. Ainda está em teste nos Estados Unidos. Mas vai funcionar assim: você clica no ícone, navega por um menu com variadas opções, paga on line e corre pra porta receber o entregador. O formato não é novo, o inédito é o Facebook pegando pesado na concorrência com os aplicativos de restaurantes e lanchonetes. O Face tem dois bilhões de conectados, mas obviamente não pense que você vai poder encomendar comida chinesa diretamente em Pequim. O aplicativo vai disponibilizar empresas da sua base de clientes nas proximidades do usuário, que deverá estar com GPS ligado e permissão para localização. O certo é que o Facebook está abrindo uma nova frente. Depois do "Foodbook", estará livre o caminho para Uberbook, Drugbook (farmácia, por favor), Bookbook, Lovebook, Partybook...


Mundo em Manchete: campeã olímpica tira a roupa em reality show para descolar um namorado



Fotos RTL 5/Divulgação



Reprodução Instagram
por Ed Sá

Musa olímpica também tem que correr atrás.

Aos 44 anos, a ex-atleta Inge de Bruijn, detentora de quatro medalhas de ouro olímpicas, de um total de oito, e tendo quebrado três recordes mundiais, topou participar do reality show "Adão procura Eva", do canal RTL 5, gravado em uma ilha do Caribe. No programa, Inge, a única mulher, escolherá um namorado entre os demais participantes. Todo mundo nu, para melhor aproximação e mais transparência nos relacionamentos.

Claro que além da motivação sentimental, os euros do cachê são bem-vindos.A  Holanda está ainda sob efeitos da crise e nem todo mundo está com o boi na sombra. Desde que deixou as piscinas, em 2007, a loura holandesa já fez trabalhos como modelo, presença vip em eventos e comerciais. Ao protagonizar "Eva", reforçará o caixa enquanto espera encontrar o homem da sua vida.

Inge acredita que ficou mais bonita depois que sua massa muscular diminuiu. "Sinto-me agora mais como uma mulher", disse ela em entrevista à revista Metro.

Ministro divulga fake news ao usar foto de um incêndio ocorrido em 2005 para denunciar "criminosos" na manifestação de ontem contra o governo

Foto: Reprodução DCM

O pessoal que faz checagem de informações nas redes sociais vai ficar de olho no ministro Osmar Terra, do Desenvolvimento Social e Agrário.

Ontem, ele "desenvolveu" uma notícia falsa. Enquanto aconteciam cenas de violência, do tiroteio com balas de verdade, das agressões, do tumulto e do quebra-quebra de prédios públicos, vidraças estilhaçadas e objetos incendiados em Brasília, o ministro postou a mensagem acima, divulgada pelo site DCM. A autoridade usou uma foto de 2005, quando um incêndio destruiu parte de um prédio da Previdência Social no Setor de Autarquias.

Vai ver que o Temer chamou o Exército ao ver essa fake news que seu ministro espalhou por aí.

Fatos & Fotos: Brasília com a corda esticada

A manifestação: indignação contra o desgoverno Temer e as reformas trabalhista e previdenciária

A resposta do poder

Discussões: a Câmara, onde Temer montou um rolo compressor para aprovar medidas que cancelam direitos, vira caldeirão.   

A "cavalaria aérea"

O grito do povo

À sombra da repressão

Ofensiva aérea e terrestre

A revolta

Temer chama o Exército.

FOTOS AGÊNCIA BRASIL

O "Rambo" de Brasília: policial dispara tiros de pistola contra os manifestantes. (Reprodução You Tube)


VEJA O VÍDEO DO "RAMBO DE BRASÍLIA, CLIQUE AQUI