segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ironia de periodista 1


Há uma preocupação justificada, diga-se, com a gastança que vem por aí em função da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. São dois eventos importantíssimos para o Brasil e o Rio. Que a imprensa, o Ministério Público, instituições e a sociedade civil cobrem, fiscalizem e acompanhem todo o processo. Mas com isenção. Veja o título de um jornal de hoje: "Clubes terão desconto de IPTU para treinar alunos". É bom que o contribuinte saiba que está pagando duas vezes por isso. O Globo esqueceu de dizer que estádios e instalações esportivas do Pan 2007, construídos, como se sabe, com vasta dinheirama pública..., deveriam ter exatamente essa destinação... pública. No projeto do Engenhão, por exemplo, havia pistas de externas de atletismo que seriam destinadas a receber alunos de escolas públicas, formar novos talentos etc. O estádio olímpico foi arrendado a precinho camarada a um clube de futebol, endividado, que, pelo contrato, deve cuidar da manutenção do conjunto e devolvê-lo em perfeito estado ao fim da concessão. Vai conseguir? A bela Arena, na Barra, também foi arrendada e virou casa de shows. Cobra tão caro para receber eventos esportivos de vôlei, basquete e futebol de salão que os promotores desses campeonatos, alguns importantes eventos internacionais, preferem o velho Maracanazinho, que, aliás, foi reformado para o Pan e está em ótimas condições. Como vítima do deboche, o contribuinte, que ajudou a pagar aquele gigante, nem sequer tem condições de pagar para assistir aos caríssimos shows que são a atividade número um da Arena ex-esportiva. O Velódromo e mesmo o conjunto aquático Maria Lenk, estes em poder do Comitê Olímpico Brasileiro, estão praticamente ociosos. Curiosamente, os jornais criticam os gastos do Pan, no que estão certos, mas preferem omitir os danos sociais provocados pela privatização predatória das instalações. A crítica ao descontrole de gastos também deveria valer para a absurda transferência de recursos e investimentos públicos para empresários privados. Ou não?

Um comentário:

deBarros disse...

"Se correr o bicho pega se ficar o bicho come". Cara, se esses estádios e instalações esportivas foram, vamos dizer, privatizados, e não estão cumprindo a sua finalidade a culpa é do estado que não cumpre a sua função primordial, que é a de fiscalizar. Se os proprietários dessas instalações estão abusando o Estado tem todo o direito de suspender a conceção e entregar a outro mais capaz. Se for o inverso, o Estado assumir a responsabilidade da administração dessas instalações vai acontecer o que aconteceu com os CIEPS. As instalações esportivas nos colégios foarm abandonadas e hoje não servem para mais nada.. O Estado é péssimo admnistrador e ladrão de si mesmo. Esses colégios tinham até piscina para treinar nadadores, além de quadra de volei e basquete e um pequeno campo de futebol. Onde estão essas instalações. Estão todas abandonadas e sucateadas pelo próprio governo. É isso aí cara, quando achar que tudo neste País de m... deve ser estatizado, pense nos CIEPS do Darccy Ribeiro e Leonel Brizolla.
Vamos acreditar nas empresas privadas. Haja visto a telefonia no Brasil, ou já se esqueceu que para ter um telefone,nos tempos da estatal TELERJ, você teria de comprar uma linha, dependendo do bairro, por dez mil, quinze mil chegando às vezes a mais de 30 mil e não se tornava dono da lilnha, ela era da TELERJ. Não, se há governo, sou contra. Meu Deus, quantas barbaridades se cometem no Brasil em nome do poder ser público. Agora, esse maior blefe da reforma agrária, o MST, formado por gangues urbanas, lideradas por pessoas que já foram até julgadas e condenadas por assassinato, financiadas ostensivamente pelo governo fazem e acontecem depredando e destruindo plantações causando prejuizos da ordem de milhões de reais e nada acontece. Continuam impunes se preparando para depredar outra fazenda ou mesmo invadir algum Ministério sob o olhar complacente e protetor do governo daquele que não se pode dizer o nome.