Depois de classificar o Rio como uma nova Medellín, o colombiano Elkin Velásques, novo coordenador do Programa Cidades Mais Seguras que faz parte do também Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos, anunciou que enfim teremos ação (só palavras não resolvem nada e já estamos cansados dês promessas e discursos). Um dos compromissos é implantar projetos de mediação local de conflitos em comunidades carentes brasileiras, além de estipular (olha aí mais um tiroteio de palavras) ações até 2016. E depois? Voltaremos a ser uma área de combates diário? O coordenador colombiano garante que o trabalho de mediação será feito também em São Paulo e em outro estado ainda não escolhido. O representante da ONU Não dispensa um discurso: ”Vamos fazer um trabalho complementar de prevenção da delinquência e criminalidade, principalmente no que diz respeito às favelas”. Esse tipo de trabalho leva anos para ter êxito, mas a verdade é que o Rio não tem mais saúde e paciência para esperar. Nesse momento, com as balas comendo soltas por aí, precisamos de ações imediatas. Imediatamente. Elkin Velásques usa a Colômbia como exemplo de bons resultados É, convenhamos, um exemplo nada animador embora ele ínsita em dizer que “em Medellín, onde a deliquência é alta fizemos um trabalho de integração, melhorando a convivência entre as pessoas e investimos também nas comunidades onde estava o foco da violência, o que contribuiu muito para a melhoria das estatísticas”. Então ta: vamos esperar sentados. Ou melhor: deitados atrás de trincheiras que nos protejam. Palavras não protegem ninguém. Aliás, o jornal americano The New York Times tem utilizado muito espaço para falar da violência no Rio que chama de “cidade da carnificina e da cocaína”. Nesse caso é bom lembrar ao jornalão americano um velho ditado popular: “macaco, olha teu rabo”. O Rio não é (mesmo abençoado por Deus em sua natureza) um paraíso, mas é bom não esquecer que quando Londres, a capital inglesa, foi escolhida para a Olimpíada de 2014 terroristas explodiram bombas em trens e ônibus fazendo 60 vítimas fatais e deixando mais de 700 feridos. O mundo fala demais, mas o Rio é nosso. Maravilhosamente nosso. (Na foto, de Jussara Razzé, entardecer em Ipanema)
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Um comentário:
É isso. Amamos esta cidade e vamos lutar por ela. Está nos jornais de hoje que há uma campanha na imprensa de Portugal não para explorar o lado negativo do Rio mas pedindo que as autoridades e os cariocas ajudem a salvar a Cidade Maravilhosa, que eles admiram. É isso o que temos que fazer: cobrar, denunciar, tentar cada um fazer sua parte - até em coisas simples como não jogar lixo na rua coisa que gente deplorável da classe média adora fazer - e fazer com que o Rio, que tem vários eventos internacionais aí pela frente mostra sua civilidade e beleza.
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