terça-feira, 31 de maio de 2016

Rainha Elizabeth está na capa da Vanity Fair, fotografada por Annie Leibovitz, mas preferiu deixar a família em casa e posar só com os cachorros. No jornal Globe, Charles é alvo de novo escândalo


por Clara S. Britto
Além de não ceder o lugar ao herdeiro, o príncipe Charles e, na sequência, William, Elizabeth II festeja 90 anos cheia de energia. Ela posou para a Vanity Fair, de junho, fotografada por Annie Leibovitz, e nem para a capa convidou os herdeiros. Em um sinal de que não vai largar a coroa tão cedo, ela esnobou o resto da família e convidou apenas Holly, Willow, Vulcan e Candy, cães da raça dorgis, os únicos autorizados, por enquanto, a sentar no trono.

Olha o flagra!
A capa com a rainha chega às bancas junto com um escândalo - mais um na família real. O jornal Globe publica na edição lançada ontem, 30 de maio, uma série de fotos explosivas para os Royals. Nelas, supostamente, o principe Charles aparece beijando um homem não identificado. Não há confirmação oficial, mas a repercussão já atinge o Reino Unido. Dizem os especialistas que, se tudo for confirmado, o escândalo elimina de vez qualquer possibilidade de Charles assumir o trono e ainda pode atingir seu filho William, o primeiro na linha de sucessão.



Contra o golpe: ato nacional no dia 10 de junho


Em São Paulo, concentração terá início às 17h, em frente ao Masp

(da Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular) 

Com menos de um mês da aplicação do golpe, a conta já chegou aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. O presidente ilegítimo e golpista, Michel Temer, não esconde o que estava por trás do afastamento ilegal da presidenta Dilma Rousseff: reforma da previdência, com arrocho nos direitos dos trabalhadores, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como Minha Casa, Minha Vida, Fies, Prouni e Pronatec, criminalização e perseguição dos movimentos sociais.

Os escândalos de corrupção envolvendo Aécio Neves, Temer e Eduardo Cunha demonstram que os chefes do golpe arquitetaram toda movimentação para derrubar a Presidenta Dilma, sem crime de responsabilidade, para parar as investigações da Lava –Jato, usurpar o poder e aplicar o projeto mais neoliberal da história do Brasil.

Não reconhecemos o governo golpista, Temer não governará. A rua já é o nosso lugar de resistência, as ocupações são os comitês de resistência, e a luta o nosso lema. Não temos nada a Temer.

Por isso, convocamos toda população brasileira, que preza pela democracia e que não reconhece o governo golpista, a ocupar as ruas e avenidas no dia Nacional de Mobilização pelo “Fora Temer”, no dia 10 de junho de 2016. Seremos milhões em todo o Brasil.

Frente Povo Sem Medo

Frente Brasil Popular



ATO EM SÃO PAULO

10 de junho – sexta-feira

Concentração às 17h em frente ao Masp (Avenida Paulista)


Fonte: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo

A cantora Adele manda fã cair na real, parar de filmar com celular e ver o show...

por Clara S. Britto 
Durante um show, ontem, na Arena de Verona, na Itália, a cantora inglesa Adele perdeu a paciência com uma mulher que filmava o espetáculo com um celular.
"Você pode parar? Eu quero dizer para aquela senhora que pare de me filmar, porque eu estou aqui na vida real. Você pode curtir esse show na vida real, ao invés de através de sua câmera. Poderia colocar esse tripé para baixo? Isso não é um DVD, é um show". Ainda indignada, a cantora completou, falando para a plateia: "Gostaria que vocês desfrutassem do meu show, porque há muitas pessoas lá fora que não puderam entrar“. O público aplaudiu. Mas é tão irresistível o vício por celulares - que, na Itália, se chamam telefoninos - que um outro fá filmou o desabafo de Adele.

Veja o vídeo que foi postado no L'Huffingtonpost Itália,  clique AQUI

Conexão Jornalismo: a dor e a coragem da jovem vítima de estupro


LEIA NO CONEXÃO JORNALISMO E VEJA O VÍDEO DA ENTREVISTA, CLIQUE AQUI

LEIA SOBRE O BRASILEIRO COXINHA QUE FOI DEMITIDO DE UMA EMPRESA AMERICANA, NOS ESTADOS UNIDOS, POR IRONIZAR O CASO DE ESTUPRO COLETIVO.
CLIQUE AQUI

domingo, 29 de maio de 2016

Plantão policial: hacker vaza foto de escrivã e boletim de ocorrência agita a rede social

por Omelete
Depois da policial mexicana que fez selfie sexy na viatura, uma loura russa também da lei - é escrivã -  mostra o que seu uniforme esconde. Um dia, ela aproveitou que o movimento no distrito estava devagar e produziu uma ocorrência de fotos em pleno plantão. As fotos vazaram, a chefia reclamou, mas a policial argumentou que as imagens eram antigas e pessoais e ela as havia enviado há muito tempo para um namorado que só agora fez a delação premiada do material. O namorado, que agora é ex, jura que foi um hacker o responsável pela divulgação. Um hacker, de fato, ligou para a policial, avisou que tinha mais fotos e pediu uma grana para não postá-las na rede.

Maridão democrático compartilha foto de Luana Piovani



Luana em Portugal. Foto:Pedro Scooby/Reprodução Instagram

por Omelete
Surfista profissional, especialista em ondas gigantes e um dos brasileiros destacados no circuito internacional, Pedro Scooby tem um troféu equivalente em casa: Luana Piovani, com quem é casado e tem três filhos. Scooby costuma compartilhar no Instagram fotos de Luana em posts que bombam na web. O marido democrático recebe elogios e, às vezes, críticas. De Portugal, ele liberou, ontem, mais uma foto da musa. Entre apoios e recriminações, a Internet ficou inquieta. Scooby surfou nas críticas. Também pudera.
Reprodução/Extra

Por que a Folha parece estar desconstruindo o golpe que ajudou a dar?

(por Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo)

Muitas pessoas estão perguntando: por que a Folha está desconstruindo o golpe que ajudou tanto a dar?

A resposta cabe numa palavra: marketing.

Para a Folha, interessou, até o afastamento de Dilma, derrubá-la. Nunca o jornal publicou um só editorial, por exemplo, para criticar o descarado partidarismo de Gilmar Mendes.

Nunca, também, o jornal moderou sua escandalosa cobertura da Lava Jato. Quantas vezes você viu o pedalinho na manchete?

Numa conversa gravada, Renan disse ter ouvido de Otávio Frias Filho a admissão de que seu jornal estava exagerando na Lava Jato. Mas um momento: se o dono achasse isso mesmo bastaria uma conversa com os editores para que o problema fosse desfeito.

Sobre que assuntos ele despachava com seus jornalistas para não tocar nesse tema de importância tão dramática para o país e, também, para a imagem de seu jornal? Meteorologia? Astrologia? Futebol? Novela?

Claramente ele aprovava o espaço desmedido dado à Lava Jato porque queria, como seus pares, desestabilizar Dilma.

Mas, uma vez feito o serviço, a vida tem que continuar para a Folha. O que fazer para retirar dela a fama de golpista, direitista, desonesta?

O primeiro passo, e fundamental, era mostrar ao público que ela, como dizia sua propaganda, não tem rabo preso com ninguém.

É a hora de publicar coisas que ela jamais quis publicar durante o tormento imposto a Dilma.

Se a Folha sabe fazer jornalismo, é uma questão para a qual cada um tem sua resposta. Pessoalmente, acho que não.
Mas que é excelente em marketing, isso é indiscutível.

Os Frias sabiam que o Globo imediatamente se converteria numa máquina de conteúdo chapa branca assim que Dilma fosse retirada.

A Globo voltaria imediatamente a ser o que foi na ditadura e depois em sucessivos governos até a chegada de Lula ao poder. A corrupção sumiria do noticiário. Os problemas econômicos também. Temer seria apoiado tão radicalmente quanto Dilma foi massacrada.

Crises econômicas, na Globo, agora derivam de fatores externos. A Bolsa cai e o dólar sobe já não são mais consequências do governo. São coisas que vêm de fora.

Os Frias sabiam também o que esperar da Veja: nada. A capa desta semana, por exemplo, quando gravações de conversas quase enxotaram o governo interino, foi a pílula do câncer.

O terreno estava livre para, mais uma vez, a Folha se afirmar como o ” jornal combativo, pluralista, isento, o único que dá qualquer coisa doa a quem doer”.

Tudo isso de mentirinha, mas o que é marketing senão a mentirinha em forma de frases de efeito?

Para usar o jargão publicitário, a Folha se reposicionou prontamente. As demais empresas jornalísticas, ao aderir a Temer sem escalas e sem ressalvas, a ajudaram um bocado.

De certa forma, é um retorno a uma situação antiga. No fim da ditadura, enquanto a Globo defendia os generais que a patrocinavam e o então grande Estadão publicava receitas como forma oca de protesto, a Folha começou a pregar as diretas já.

Virou, com isso, o maior jornal do Brasil.

A opinião pública mais esclarecida carregava sob os braços exemplares da Folha. Universitários eram vistos todos os dias com sua Folha nas mãos.

Tudo isso se tornou pó quando a Folha se juntou às demais companhias de jornalismo para derrubar um governo progressista.

O jornal hoje é desprezado pelo mesmo público que o louvou no passado. O mesmo processo que pegou antes a Veja — a rejeição terminante pelos leitores mais esclarecidos — acabou depois por alcançar a Folha.

Agora é hora de tentar refazer a imagem do jornal.

É possível? Pessoalmente, creio que a melhor resposta foi dada, num artigo recente, pelo ex-ombudsman da Folha Mário Vítor Santos.

Ele notou que, assim como a Nova República se encerra com o golpe, o jornalismo tal como o conhecemos por muitos anos se degradou irremediavelmente quando as empresas passaram a fazer propaganda anti-PT.

Os leitores terão que ser muito ingênuos para acreditar nos bons propósitos desta nova velha Folha.

Credibilidade, como a virgindade, uma vez perdida, para sempre perdida.

Evoco uma frase de Wellington para fechar o artigo: quem acredita nos Frias acredita em tudo..

LEIA NO DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO, CLIQUE AQUI

Em carta, Aderbal Freire-Filho desmente a revista Veja

A revista Veja publicou uma matéria acusando Aderbal Freire Filho de ter um cargo público com salário de 91 mil reais. O diretor, ator e autor e ator de teatro denuncia em carta a "tática da mentira" que a revista põe em prática.


Leia a carta escrita por Aderbal:

"Circula contra mim - "o marido da atriz defensora de Dilma" - uma acusação nas redes sociais de ter "um cargo em uma empresa pública com salário de 91 mil reais".

Essa tática abjeta de deturpar fatos, mentir e difamar é a mesma que domina o Brasil de hoje, onde o cinismo, a falta de decoro e de escrúpulos nos surpreende a cada dia.

Sou de fato companheiro de uma atriz, Marieta Severo, e ela de fato é uma das atrizes que, ao lado de muitos artistas, de muitas cidadãs e muitos cidadãos brasileiros defendem a presidente Dilma Roussef e a democracia.

Mas a forma de me apresentar profissionalmente é: o diretor, autor e ator de teatro Aderbal Freire-Filho. Tenho 75 anos de idade, mais de 60 de carreira, criei mais de 100 espetáculos no Brasil, além de ter dirigido também em outros países. Ganhei todos os prêmios importantes do teatro brasileiro: Molière, Golfinho de Ouro, Faz a Diferença, Mambembe, Shell, APTR, entre muitos outros. Dirigi centenas de atrizes e atores brasileiros. Existem alguns livros e teses sobre meu trabalho como diretor. Fui o coordenador da comissão que criou a Escola de Direção Teatral, da UFRJ. Tenho textos sobre teatro e literatura publicados em livros e revistas, no Brasil e em outros países. Sou autor de vários peças encenadas.

Na verdade, me apresento aqui para a enorme quantidade de pessoas que recebeu e até compartilha a publicação abjeta e que é natural que não me conheça, sequer tenha ouvido falar de mim. A cultura e a arte brasileiras são pouco conhecidas. Mas para o universo artístico e cultural - para os que vão a teatro, leem, frequentam centro culturais, etc - sei que poderia, sem falsa modéstia, dispensar essa apresentação.

Não tenho cargo algum em uma empresa pública. Querendo dar a ideia de que o "marido..." tem uma assessoria, uma secretaria, uma diretoria, sei lá o que, eles intitulam assim uma realidade absolutamente diferente, que vou resumir.

A TV Brasil teve um programa de entrevistas com artistas, criado e apresentado pelo ator Sérgio Britto. Quando Sérgio Britto morreu, seu produtor me procurou, para que a tv continuasse a ter esse espaço aberto para a arte brasileira. Aceitei o convite, projetei um novo programa, mantendo os mesmos princípios, mas criando uma nova linguagem. Além das entrevistas, o programa passou a ter uma dramaturgia, que pode incluir a presença de atores.

A TV Brasil, para economizar custos, propôs às equipes de alguns programas, esse entre eles, um regime misto de produção. No nosso caso, a TV entraria com os estúdios, câmeras e técnicos e nossa produção se responsabilizaria por todos os demais gastos, previstos em planilhas que acompanham o contrato.

E assim é feito. Com o valor mensal do contrato, de R$ 91 mil no ano passado, eram pagos: um diretor de produção e quatro colaboradores: um produtor assistente, um diretor de tv, uma editora e um pesquisador e co-roteirista; os cachês dos atores e atrizes convidados; gastos com cenografia; passagens aéreas para entrevistados vindos de outras cidades; passagens aéreas para a equipe, quando vai a outras cidades; hospedagem da equipe em viagens; hospedagem no Rio de convidados de outras cidades; transporte local para convidados; técnicos e aluguel de equipamentos para gravações feitas fora do Rio; custos de material e despesas de administração. É ainda nesse orçamento que está incluído meu pagamento, pelas funções que exerço: roteirista, apresentador e diretor geral.

Neste ano, com a recomendação da presidenta Dilma Roussef de reduzir em 30% os gastos públicos, o programa cortou do seu orçamento passagens aéreas, hospedagens, programas fora do Rio (e, consequentemente pagamento de técnicos e aluguel de equipamento em viagem), cachês para atores, despesas de administração e outras despesas reduzindo o valor mensal do contrato para R$ 68 mil.

Concluo convidando os que não me conhecem, nem conhecem o programa, para que entrem na página da TV Brasil e procurem o programa Arte do Artista. Clicando em Episódios, podem assistir a todos os mais de 150 programas já exibidos. Aí verão alguns dos mais importantes artistas brasileiros de todas as áreas, poetas, compositores, atrizes, atores, artistas plásticos, cineastas, coreógrafas, romancistas, artistas populares, grafiteiros, músicos de rua, etc, enfim, uma mostra rica da grande produção artística brasileira. E, claro, poderão me ver no exercício do meu 'cargo público milionário'. "

Os jornais diante de um gorila cibernético de uma mega tonelada

por John Naughton, articulista do jornal The Guardian  
(texto aqui reproduzido do Observatório da Imprensa) 

Muitos anos atrás, o teórico político Steven Lukes publicou um livro influente – Power: A Radical View , no qual argumentava que o poder sempre vinha em três variedades: a faculdade de obrigar as pessoas a fazerem o que não querem fazer; a capacidade de fazer elas pararem de fazer o que querem fazer; e o poder de formar a maneira pela qual elas pensam. Este último é o tipo de poder exercido pelos nossos meios de comunicação.

A mídia pode dar forma à pauta do público (e, portanto, política) selecionando as notícias que as pessoas leem, ouvem e veem; e podem dar forma às maneiras pelas quais as notícias são apresentadas. A “terceira dimensão” do poder de Lukes é aquilo que é produzido, na Grã-Bretanha, por veículos como o programa Today, da Radio 4, e os jornais The Sun e Daily Mail. E esse poder é concreto: é por esse motivo que todos os governos britânicos dos últimos anos sempre tiveram tanto medo do Daily Mail.

Mas como o nosso ecossistema de mídia mudou com o impacto da internet, surgiram novos corretores de poder.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, CLIQUE AQUI

Justiça censura reportagens do jornalista Marcelo Auler sobre a Lava Jato


(do site GGN, o jornal de todos os Brasis)

Jornal GGN - Três juízes de Curitiba determinam a suspensão e proibição de 10 reportagens do blog do Marcelo Auler. O jornalista está recorrendo e os advogados que acompanham o caso impetraram um Mandato de Segurança na Turma Recursal dos Juizados Especiais do Estado do Paraná para impedir a cassação de uma das liminares, que obriga a retirada de nove matérias do blog. Na avaliação dos advogados a determinação do 12º Juizado Especial “incorre em cerceamento nítido da liberdade de expressão” garantida pela Constituição Federal.

“De maneira clara e acintosa, o blog do Impetrante está sendo alvo de censura, inclusive na modalidade de censura prévia, quando proíbe a publicação de novas matérias envolvendo o Requerente", prosseguem os advogados. Um deles, Rogério Bueno da Silva pondera que a justiça está sendo utilizada para atacar jornalistas que criticam algumas das práticas da Lava jato. Recentemente o delegado de Curitiba, Igor Romário de Paula entrou com uma ação contra o jornalista Luis Nassif, editor do GGN.

Do Blog Marcelo Auler

Justiça retira matérias do blog e proíbe falar do DPF Moscardi


Em decisões proferidas respectivamente em 30 de março (que só tomamos conhecimento dia 10 de maio) e 5 de maio (da qual recorremos sem notificação oficial) o 8º e o 12º Juizados Especiais Cíveis de Curitiba, a pedido dos delegados federais Erika Mialik Marena e Mauricio Moscardi Grillo, ambos da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Paraná (SR/DPF/PR) determinaram a suspensão de 10 reportagens publicadas neste blog. A juíza do 8º Juizado Especial, Vanessa Bassani, foi além e proibiu.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE GGN, CLIQUE AQUI



JORNAL O GLOBO NOTICIA CENSURA 
AO BLOG DO JORNALISTA MARCELO AULER



(da redação do Panis/BQVManchete) - Marcelo Auler é um dos mais autênticos repórteres do jornalismo investigativo brasileiro e um dos poucos a atuar com a necessária independência. Suas trajetória é respeitável. Trabalhou na
 Rádio Globo, O Globo, O Pasquim, Jornal Movimento, Revista Manchete (no Rio, entre 1974 e 1978); Sucursal do Jornal do Brasil e Jornal de Brasília (Brasília de 1978 a 1980); Folha de São Paulo, Jornal Informática Hoje, revistas Balanço Financeiro e Isto É (São Paulo de 1980 a 1986); Revistas Administração & Marketing e Isto É, Jornal Retrato do Brasil, Jornal do Brasil, Revista Veja, Jornal O Dia, Carta Maior (site) no mínimo (site), TV Alerj, sucursal de O Estado de S. Paulo, ACERP/TV Escola, Consultor Jurídico (site), Revista Carta Capital, Jornal Lance!, Jornal do Brasil (on line). Estes, entre 1986 e 2013, no Rio de Janeiro.

VISITE O BLOG MARCELO AULER REPÓRTER, CLIQUE AQUI

ONU Brasil lança concurso de vídeos de 1 minuto em defesa da igualdade de gênero

(do site ONU BR)
Concurso da campanha “O Valente Não é Violento” é voltado para estudantes do Ensino Médio e profissionais de audiovisual e está com inscrições abertas até 30 de setembro.

A proposta é responder em um minuto, em qualquer formato audiovisual, a questão: “Como seria o mundo sem as imposições sociais em relação ao que é esperado de homens e mulheres?”

O “Concurso de Vídeos de 1 minuto: O Valente Não É Violento” traz o tema “Como seria o mundo sem as imposições sociais em relação ao que é esperado de homens e mulheres?”

As e os vencedores do concurso terão seu vídeo exibido por canais da ONU Brasil durante os ’16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres’, celebrados mundialmente de 25 de novembro a 10 de dezembro.

O concurso é realizado pela ONU como parte da iniciativa regional O Valente não é Violento da campanha do secretário-geral das Nações Unidas “UNA-SE Pelo Fim da Violência contra as Mulheres”.

O objetivo do concurso de vídeos é celebrar o direito de todas e todos a uma vida plena e com dignidade – sem discriminações de gênero, raça, etnia e orientação sexual. A ação busca também estimular papeis sociais que empoderem as mulheres e meninas: nas escolas, na vida profissional, na política, nos esportes, entre outros.

As pessoas interessadas podem concorrer enviando suas inscrições e vídeos até o dia 30 de setembro de 2016.

As inscrições estão disponíveis em www.ovalentenaoeviolento.org.br, na aba “Concurso”.

Os vídeos devem ter a duração máxima de 1 minuto e podem ser realizados nos mais diferentes formatos: minidocumentário, ficção, animação, sequência de fotos, textos ou desenhos, matéria jornalística, entre outros.

Fonte: ONU Brasil

sábado, 28 de maio de 2016

Copa América Centenário: Dunga sob cerco, Kaká como o Sobrenatural de Almeida e o que a mídia esportiva tem a ver com tudo isso...

Dunga durante treino no StubHub Center, na Califórnia. Foto de Rafael Ribeiro/CBF


por José Esmeraldo Gonçalves

O relacionamento de Dunga com a mídia esportiva, ou boa parte dela, jamais foi sereno. A isenção dos comentaristas em relação ao gaúcho passou longe, muitas vezes, do que deveria e o temperamento do ex-jogador o colocou em permanente defensiva, sempre pronto para comprar brigas.

Na Copa de 1990, quando o técnico da seleção era Sebastião Lazaroni e o Brasil não passou da primeira fase, Dunga, embora não fosse um protagonista, foi apontado pela mídia como o símbolo injustamente individualizado de uma era, a Era Dunga, de futebol opaco e defensivo. Aquela seleção foi um desastre - hoje até relativizado já que, apesar de tudo, não sofreu um mega vexame do tipo 7 X 1 - e tinha nomes dos quais se esperava muito mais como Bebeto, Careca, Ricardo Rocha, Alemão, Renato Gaúcho, Romário, Branco, Mauro Galvão etc. 

Mas sobrou para Dunga, talvez pelo seu jeito reservado a avesso a tapinhas nas costas. Em 1994, ele e vários dos passageiros do trem desgovernado de 1990 ganharam a Copa. Não sem críticas: para muitos, foi um mundial de futebol de resultados, sem brilho. Talvez, mas quem não viu luz nos gols de Romário e Bebeto, nas defesas de Tafarel, nos foguetes de Branco e no empenho e garra de Dunga?  No material da cobertura dos jornais e da revista Manchete, havia muitas fotos do volante sorrindo, mãos na taça, mas a mais publicada, na época, o mostrava raivoso, marrento, de punho fechado. Dunga lavou a alma e foi escalado na seleção da Fifa em 1994 (em 1998, também, quando foi vice após a convulsão de Ronaldo, vetado e em seguida espantosamente chamado por Zagalo já nas sombras do vestiário, enquanto o som do estádio anunciava Edmundo como titular na final contra a França, mas essa é outra história).    

Curiosamente, foi a imagem de garra e força de vontade na Copa de 1994 que levou Dunga a ser o técnico da seleção após outro desastre, o de Parreira, na Copa de 2006, com um time considerado forte e que era tido como favorito em função da constelação de craques. Mas aquela seleção foi ineficiente em campo, embora extremamente animada fora das quatro linhas. Liberalidade, compromissos com patrocinadores e com veículos, um certo excesso de folgas, a noite europeia e as louras alemãs livres e maiores de idade, tudo isso foi apontado com fator de perda de foco. Nesse ponto, os jogadores foram poupados pela mídia brasileira e coube às agências internacionais revelar, por exemplo, um flagrante de balada na Suíça, durante a fase de treinos, pouco antes da Copa. As fotos foram publicadas no Brasil, obviamente, mas como material adquirido da mídia europeia, embora as saídas noturnas de alguns atletas fossem conhecidas por quem cobria a seleção. Inegavelmente, a mídia demonstrava manter boas relações com Parreira e evitava levantar a bola da crítica. Claro que se o jogadores tivessem resolvido a parada em campo tudo acabaria bem e em um caminhão de bombeiro nas ruas do Brasil. Só que não deu ou melhor, tudo isso aí somado, deu no que deu. Depois, a CBF reconheceu que faltou o rigor que deveria haver na agenda de uma Copa do Mundo. Mas essas críticas do front alemão só ganharam divulgação depois que a França mandou o Brasil de volta para casa direto de Frankfurt.   

Após a nova frustração, a CBF surpreende ao chamar Dunga para botar ordem na casa. O treinador classifica a seleção, ganha a Copa América e a das Confederações, mas falha na hora dos vamos-ver. E na Copa da África do Sul, o Brasil, como na Alemanha, não passa das quartas de final. Não foi tranquila a Segunda Era Dunga. Ele foi marcado sob pressão pela mídia. Barrou investidas de apresentadores poderosos que queriam ter o acesso livre, como haviam tido na Alemanha, acirrou adversários, discutiu com repórter e proibiu entrevistas. Sob qualquer pretexto - até a camisa berrante ou o agasalho fashion do treinador - tudo virava crise, um clima péssimo para um time que disputava uma Copa. De novo, tudo isso junto, não apenas o time, não apenas o clima, carimbou a passagem de volta para o Brasil. 

Veio a Copa do 7X1, em casa, um novo desastre, dessa vez de proporções apocalípticas. Antes da Copa, Mano Menezes foi tragado e, durante, Felipão foi triturado. Ambos tiveram boas relações com a mídia. E o acesso à Granja Comari voltou a ser risonho e franco para patrocinadores, assessores de jogadores, amigos famosos e nem tanto etc. O Brasil chega às semifinais, mas melhor seria ter sido desclassificado antes, quando ainda restava alguma dignidade. 

Com a seleção de moral na grama, a CBF surpreende ao chamar Dunga para conduzir o Brasil à Copa do Mundo da Rússia. Dessa vez, até aqui, pode-se afirmar que a mídia está deixando o treinador em paz. Se critica seu esquema de jogo, a falta disso ou suas escalações e convocações - o que deveria ter sido desde sempre o foco das críticas - parou de encher o saco por querer que o gaúcho seja o máximo da etiqueta, um anfitrião, se derrame em gentilezas, faça sala na concentração e lhe conceda privilégios.   

Se ele vai chegar a Moscou? Muito difícil. Já não vai bem nas Eliminatórias. 

Se será o treinador do time nas Olimpíadas? Talvez. Mas para disputar a Rio 2016 ficaria mais confortável se ganhasse a Copa América Centenário, nos Estados Unidos. 

Com Kaká vai ser difícil. 

Dunga já convocou o jogador, mas o utilizou por poucos minutos. Não faz sentido. Só vejo uma "explicação" surreal: Kaká está morando nos Estados Unidos, jogando em uma daquelas ligas de aposentados e a Comissão Técnica deve ter preferido economizar nas passagens aéreas.  

O Sobrenatural do Almeida, a quem Nelson Rodrigues recorria para explicar o inexplicável, anuncia turbulências nos voos da seleção.  

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Que horas ele volta? Governo aguarda mais propostas de Alexandre Frota...

por Omelete

Ontem, o governo teve um probleminha de comunicação, mas nada grave. Estava tudo pronto para a repercussão do pacote econômico levado ao Congresso. A Globo News tinha 325 câmeras no plenário, 85 repórteres e 42 comentaristas. Um vôo que saiu de SP e outro do Rio levavam tantos comentaristas de política e economia que foi considerado até temerário, caso, deus nos livre, caíssem: a imprensa brasileira ia levar décadas para voltar a pender ao nível atual.

O governo esperava emplacar capas de revistas, telejornais e primeiras páginas e até virar fundo de tela dos celulares da Martha Suplicy, do Cristovão Buarque e do Hélio Bicudo.

Mas o imponderável aconteceu e Alexandre Frota foi levar sugestões ao Ministério da Educação de Michel Temer.

Daí, só deu Frota para os milhares de leitores da mídia impressa e, principalmente, para os milhões e milhões das redes sociais.

As multidões que vestiram a camisa da CBF e bateram panelas comemoraram a chegada das suas propostas de governo aos centros do poder em Brasília.

E o ator bombou nos trend topic mundiais.

Não foram divulgados ainda os detalhes das propostas. Provavelmente, será necessário um pronunciamento nacional na TV, mas tudo indica que uma delas é levar pro tatame e pro octógono do MMA e UFC os professores comunistas que assolam nossas escolas. Os coxinhas alegam que isso é unanimidade nacional e nem a Rússia seria contra. Talvez, só a Coréia do Norte.

Claro, ao lado de elogios à demonstração de cidadania de Frota - houve até quem o lançasse candidato a presidente, isso aí, não sei ainda, mas vereador, deputado, prefeito de São Paulo, pelo PSDB, PMDB, DEM ou qualquer outro partido da base de Temer, vai ser moleza - os insatisfeitos de sempre postaram memes. Lamentável.

Mas se não fossem eles, como nós conheceríamos os detalhes do programa de governo da República dos Coxinhas?


Alexandre Frota registra em selfie sua visita ao Ministério da Educação. Ao fundo, o titular da pasta no governo Temer, Mendonça Filho, confere o plano plurianual apresentado. Reprodução

MEMES QUE BOMBARAM NA REDE















Hacker invade Smart TV e filma casal em noite de sexo. No Brasil, políticos se assustam como nova forma de vazamento e estão voltando às TVs de tubo e válvula...




por Omelete
Se você tem um a Smart TV conectada à internet, considere, quando estiver à frente dela, que pode estar tão exposto quanto se estivesse em uma praça pública.

A maioria dos modelos de SmartTV é dotada de câmeras frontais e funcionam como computadores com memória, browser, wifi, aplicativos etc. Mas os usuários ainda tendem a ver o equipamento mais como TV e não como computador, daí não se protegem como deveriam.

Há poucos dias o Daily News divulgou um caso ocorrido na Inglaterra. Um casal assistia TV, em casa, o sofá estava ali mesmo e o clima esquentou. O que o par não sabia era que, naquele, instante, um hacker estava conectado à TV, gravou a cena e postou na rede. Só souberam que estavam bombando na web quando amigos viram o reality explícito, reconheceram os protagonistas e os alertaram sobre a performance. Ou seja, para cair nas bocas das matildes não precisa mais gravar vídeo no celular, basta vacilar diante da TV.

As Smart TV também são muito usadas para exibir fotos. E estas também correm risco, caso o equipamento seja invadido.

Atualmente, um cidadão pode ter imagens fora do seu controle que o mostram ao sair de casa, andar na rua, no trânsito, no trabalho, nos elevadores, nos prédios residenciais, comerciais e públicos, nos shopings, nos consultórios, nas igrejas, nos ônibus, táxis e metrô e, agora, até dentro de casa.

Se você tiver uma televisão antiga, aproveite: temendo espionagem, políticos estão substituindo as Smart TVs de suas casas e gabinetes por aparelhos Colorado, Zenith, RCA, GE, Semp e Telefunken. 
Tanto que, em futuro próximo, será comum uma dessas Lava Jato vazar não apenas áudios mas vídeos de alguns políticos e suas patroas em momentos de prazer à custa do erário. Claro, porque nem a Smart TV que vai filmá-los terá sido comprada com dinheiro próprio e vaza por aí que eles eles só dormem, viajam e bebem às custas da viúva. Por que, então, não comeriam de graça na frente da TV?

Segundo uma fonte bem informada da mídia - o amigo de um vizinho do colega de faculdade de um sobrinho do cunhado de um conhecido político - várias excelências já estão cobrindo as câmeras com adesivos "Fora Dilma" que sobraram das manifestações ou trocando suas Smart por TVs a tubo e válvula.

Em rio de piranha, jacaré usa camisinha.

terça-feira, 24 de maio de 2016

História: o mistério da Sala de Âmbar, o tesouro imperial de 500 milhões de dólares que os nazistas roubaram da União Soviética


A revista National Geographic já fez um documentário sobre o mistério do Sala de Âmbar. E, há pouco dias, o Daily Beast abordou o assunto.

Historiadores, pesquisadores caçadores de obras de arte perdidas não desistem e há décadas tentam localizar um tesouro artístico avaliado em mais de 500 milhões de dólares. Até agora, em vão.

Não há pistas sobre o paradeiro da Sala de Âmbar, uma obra criada pelo escultor Andreas Schlüter e instalada em 1709 no palácio do rei da Prússia, Frederico I, após oito anos de trabalho. Logo depois da Segunda Guerra Mundial, especialistas em arte reviraram os escombros da Alemanha em busca do conjunto de esculturas e revestimentos em ouro, mosaicos em âmbar e pedras preciosas, em um total de seis toneladas, que cobria a sala do chão ao teto.

Em 1716, ao subir ao trono, Frederico II doou a Sala a Pedro, o Grande, da Rússia, como um símbolo da paz entre os dois países e para comemorar a aliança de ambos contra a Suécia. O tesouro foi, então, transferido para o Palácio de Inverno do czar, em São Petersburgo. Em 1755, a família real o levou para o Palácio Catarina, em Pushkin, a 20 quilômetros da então capital do império russo. A Sala de Âmbar ali permaneceu por quase dois séculos.

Em 1941, os nazistas invadiram a União Soviética. Os soviéticos tentaram desmontar a sala para escondê-la. Fizeram isso, com sucesso, com vários dos tesouros artísticos do país. No caso da Sala, tiveram que interromper o trabalho diante do risco de destruir os delicados painéis. Na pressa - as tropas de Hitler se aproximavam - apenas forraram as paredes com papel e  madeira em uma tentativa desesperada de salvar o tesouro histórico.

Como aconteceu em outras invasões, os nazistas tinham brigadas encarregadas de recolher peças de arte públicas e particulares e levá-las para a Alemanha. Da URSS, eles queriam, principalmente, a Sala de Âmbar, que foi desmontada, embalada e enviada para o Castelo Königsberg, onde foi vista pela última vez, no começo de 1944.  Em abril de 1945, as tropas soviéticas invadiram o castelo, que sediava um quartel, mas já não encontraram as peças de âmbar e ouro, que estariam encaixotadas no subsolo da antiga fortaleza.

O mundo perdeu o rastro da Sala de Âmbar. Restaram apenas algumas teorias sobre o seu desaparecimento: teria sido destruída em bombardeios da aviação aliada; estaria escondida em um túnel ou mina abandonados; soterrada nas ruínas de um antigo bunker nazista; ou jaz no fundo do mar, desde o naufrágio do navio que transportava o tesouro para um local seguro, às vésperas do fim da guerra..

Para aumentar o mistério, um dos mosaicos da Sala apareceu durante um leilão na Europa, há dez anos. O fato animou os pesquisadores. Mas, supostamente, a peça havia sido roubada por um soldado nazista, quando a caminho da Alemanha, e estava em poder de sua família.

Em 1979, os soviéticos começaram a reconstruir a Sala de Âmbar, com base em fotos. O projeto levou 24 anos, foi concluído já após a queda do comunismo graças a doações milionárias da Alemanha. A réplica é fiel, apesar da enorme dificuldades para localizar artesãos capazes de reconstituir as peças em âmbar, um arte quase esquecida, talvez não seja tão rica quanto a original mas, pelo menos, está à vista em Pushkin.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO DAILY BEAST, AQUI


VEJA O DOCUMENTÁRIO DA NATIONAL GEOGRAPHIC SOBRE A SALA DE ÂMBAR, CLIQUE AQUI

O Dia: jornalistas em greve



(do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro) 

Os jornalistas de ‘O Dia’ e ‘Meia Hora’ decidiram iniciar uma greve a partir de segunda-feira (23/05) por conta dos recorrentes atrasos salariais, incluindo o 13º salário, e da redução de benefícios.

Em assembleia nesta quinta-feira (19/05), os trabalhadores decidiram que o mobilização será progressiva e começará em uma paralisação de uma hora com ato público na porta da Ejesa, na Rua dos Inválidos 198, na Lapa, às 16h de segunda (ontem).

A pauta de reivindicações dos jornalistas foi protocolada pelo Sindicato nesta sexta-feira (20/05) junto com o comunicado de greve. Nela, os trabalhadores exigem a regularização imediata dos salários atrasados, do 13º salário e das férias de todos os funcionários – celetistas e pessoas jurídicas. Os funcionários também reivindicam a recomposição salarial de 2015 (7,13%), com o retroativo; a regularização e a manutenção do plano de saúde e do vale-refeição; e a quitação dos depósitos atrasados de FGTS e INSS. A carta exige ainda o pagamento integral das verbas rescisórias dos funcionários que foram demitidos recentemente e a garantia de diálogo permanente com os donos/gestores da empresa.

Nesta quarta-feira (18/05), a direção da Ejesa comunicou a redação que fracassou uma operação financeira que poderia sanar todas as dívidas da empresa. Na mesma ocasião, foi anunciada chegada do executivo Mário Cuesta, do ‘Diário de S.Paulo’, que deverá atuar como ‘gestor’ da Ejesa por um ano e já sinalizou intenção de cortar 30% dos custos, incluindo a folha salarial atual. Na assembleia desta quinta, os trabalhadores se manifestaram contrários a novas demissões. Pelo arranjo apresentado pela empresa, Maria Alexandra Mascarenhas e Nuno Vasconcellos continuariam como donos da Ejesa.

A greve nas redações de ‘O Dia’ e ‘Meia Hora’ é o passo mais recente da via crúcis que atravessam os jornalistas da Ejesa há dois anos. Os atrasos salariais começaram em 2014 e, de lá para cá, foram se tornando cada vez mais longos e sistemáticos. No ano passado,  a empresa demitiu mais de 40 jornalistas de ‘O Dia’, ‘Meia Hora’ e ‘Brasil Econômico’ – que foi encerrado. Esses trabalhadores até hoje não receberam integralmente suas verbas rescisórias, pois a empresa não honrou o compromisso de pagamento parcelado. Uma série de atos, assembleias e paralisações de funcionários e ex-empregados dos jornais pressiona, desde meados do ano passado, a empresa a cumprir suas obrigações. A pedido do Sindicato, a empresa hoje também é fiscalizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e alvo de inquérito em curso no Ministério Público do Trabalho.

Fonte: SJPMRJ

ATUALIZAÇÃO (17H): Os jornalistas de ‘O Dia’ e ‘Meia Hora’ prometem cruzar os braços de vez a partir desta quarta-feira (25/05) caso a Ejesa não apresente respostas efetivas às reivindicações dos trabalhadores. Nesta segunda-feira (23/05), mais uma vez, a empresa não honrou compromisso feito com os jornalistas de pagar os salários atrasados de março e abril aos empregados que trabalham com carteira assinada. Em resposta, os funcionários paralisaram as atividades por uma hora antes do fechamento e se reuniram em plenária com o Sindicato para discutir a intensificação da greve – deflagrada ontem -, com a manutenção de apenas 30% dos jornalistas trabalhando, como prevê a lei. (Fonte: SJPMRJ)

Conversa marginal: o som ao redor do golpe...

Temer, o interino pós-golpe, é vaiado ao chegar ao Congresso após a divulgação do grampo Jucá-Machado. Nos cartazes, "Temer e Jucá; golpe revelado". e... 

"Delcídio = Jucá - Prisão e Conselho de Ética Já". Fotos de Lula Marques/Agência PT


A repercussão internacional da baixaria política do governo pós golpe

O golpe foi encaminhado pela oposição e desmascarado imediatamente no segundo dia do segundo governo de Dilma Rousseff. Nos meses seguintes, apenas se acelerou, testou "justificativas" jurídicas e contábeis, até forçar a versão que chegou à Câmara, fundamentada na ficção e na virada de mesa. O diálogo divulgado pela Folha de São Paulo entre o breve ministro Romero Jucá e Sergio Machado, ex-senador e líder do PSDB, nos anos 90 e filiado ao PMDB desde 2001, desmoraliza de vez o complô e expõe os verdadeiros motivos do golpe. As gravações já seriam conhecidas desde antes da votação do golpe na Câmara e no Senado. Políticos conhecidos perdem o sono com o possível aparecimento de outras conversas gravadas.
Esses grampos deveriam ser a trilha sonora dos trios elétricos e dos panelaços do pessoal que vestiu nas ruas a camisa da CBF para cantar Prá frente Brasil.

Agora, foi patético ouvir ontem e ler hoje certos comentaristas e articulistas apoiados simbolicamente nas próprias mãos e joelhos a tentar justificar as revelações e a defender interpretações extremamente criativas do baixo diálogo nos porões golpistas. Sinistro.

OUÇA TRECHOS DA "SINFONIA" DE ROMERO JUCÁ E SERGIO MACHADO. CLIQUE AQUI

Leia alguns trechos de um diálogo "edificante" e sem asteriscos no lugar dos palavrões:

Sérgio Machado 
Acontece o seguinte, objetivamente falando, com o negócio que o Supremo fez (autorizou prisões logo após decisão de segunda instância), vai todo mundo delatar.

Romero Jucá
Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo (Odebrecht), e a Odebrecht, vão fazer.

Machado
Odebrecht vai fazer.

Jucá
Seletiva, mas vai fazer.

Machado
A Camargo (Correa) vai fazer ou não. Estou muito preocupado porque acho que... O (procurador-geral, Rodrigo) Janot está a fim de pegar vocês. E acha que sou o caminho.

Jucá
(inaudível)

Machado
Hum?

Jucá
Mas como é que está sua situação?

Machado
Minha situação não tem nada, não pegou nada, mas ele quer jogar tudo pro (juiz Sergio) Moro. Como não tem nada e como estou desligado...

Jucá
É, não tem conexão né...

Machado
Não tem conexão, aí joga pro Moro. Aí fudeu. Aí fudeu para todo mundo. Como montar uma estrutura para evitar que eu "desça"? Se eu descer...

Jucá
O que que você acha? Como é que você...

Machado
Queria discutir com vocês. Cheguei a essa conclusão nesta semana. Ele acha que sou o caixa de vocês, o Janot. Janot não vale cibazol (algo sem valor). Quem esperar que ele vai ser amigo, não vai... (...) E ele está visando o Renan (Calheiros) e vocês. E acha que sou o canal. Não encontrou nada, não tem nada.

Jucá
Nem vai encontrar, né, Sérgio.

Machado
Não encontrou nada, não tem nada, mas acha... O que é que faz? Como tem aquela delação do Paulo Roberto dos 500 mil (reais) e tem a delação do Ricardo (Pessoa), que é uma coisa solta, ele quer pegar essas duas coisas. Não tem nada contra os senadores, joga ele para baixo (Curitiba). Tem que encontrar uma maneira...

Jucá
Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. (...) Tem que ser política, advogado não encontra (inaudível). Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra... Tem que mudar o governo para poder estancar essa sangria.

Machado
Tem de ser uma coisa política e rápida. Acho que ele está querendo... o PMDB. Prende, e bota lá embaixo. Imaginou?

Jucá
Você conversou com o Renan?

Machado
Não, quis primeiro conversar contigo porque tu é o mais sensato de todos.

Jucá
Acho que a gente precisa articular uma ação política.

Machado
Quis conversar primeiro contigo, que tenho maior intimidade. Depois quero conversar com (José ) Sarney e o Renan, com vocês três. (...) Estou convencido, com essa sinalização que conseguiu do Eduardo (incompreensível). Desvincula do Renan.

Jucá
Mas esse negócio do Eduardo está atacando (incompreensível).

Machado
Mas ele (Janot) está querendo pegar vocês, tenho certeza absoluta.

Jucá 
Não tenha dúvidas.

Machado 
Não, tenho certeza absoluta. E ele não vale um cibazol. É um cara raivoso, rancoroso e etc. Então como é que ele age? Como não encontrou nada nem vai encontrar. (inaudível)

Jucá
O Moro virou uma Torre de Londres.

Machado
Torre de Londres?

Jucá
Mandava o coitado pra lá para o cara confessar.

Machado
Para o cara confessar. Então a gente tem que agir como (incompreensível) e pensar numa fórmula para encontrar uma solução para isso.

Jucá 
Converse com ele (Renan), converse com o Sarney, ouça eles, e vamos sentar pra gente...

Machado 
Isso, Romero, o que eu acho primeiro: que é bom para a gente.

Jucá
Acho que você deveria procurar o Sarney, devia procurar o Renan, e a gente voltar a conversar depois. [incompreensível] Como é que é...

(...)

Machado
É porque... Se descer, Romero, não dá.

Jucá
Não é um desastre porque não tem nada a ver. Mas é um desgaste, porque você, pô, vai ficar exposto de uma forma sem necessidade.

Machado
O Marcelo (Odebrecht), o dono do Brasil, está preso há um ano. Sacanagem com Marcelo, rapaz, nunca vi coisa igual. Sacanagem com aquele André Esteves, nunca vi coisa igual.

Jucá
Rapaz... (concordando)

(...)

Machado
Outra coisa. A frouxidão de vocês em prender o Delcídio foi um negócio inacreditável. (O Senado concordou com prisão decretada pelo STF)

Jucá
Sim, pô, não adianta soltar o Delcídio, aí o PT dá uma manobra, tira o cara, diz que o cara é culpado, como é que você segura uma porra dessa dentro do plenário

Machado
Mas o cara não foi preso em flagrante, tem que respeitar a lei. Respeito à lei, a lei diz clara...

Jucá
Pô, pois então. Ali não teve jeito, não. A hora que o PT veio, entendeu, puxou o tapete dele, o Rui (Falcão, presidente do PT), a imprensa toda, os caras não seguraram, não.

Machado
Eu sei disso, foi uma cagada.

Jucá
Foi uma cagada geral.

Machado
Foi uma cagada geral. Foi uma cagada o Supremo fazer o que fez com o negócio de prender em segunda instância, isso é absurdo total que não dá para interpretar, e ninguém fez nada. Ninguém fez Adin, ninguém se questionou. Isso aí é para precipitar as delações. Romero, esquentou as delações, não escapa pedra...

Jucá
(incompreensível) no Brasil.

Machado
Não escapa pedra sobre pedra.(incompreensível)(...)Estou com todos os certificados do TCU, agora me deram, não devo nada, zero. E isso adianta alguma coisa? Então estou preocupado.

Jucá
Não, tem que cuidar mesmo.

Machado
Estou preocupado porque estou vendo que esse negócio da filha do Eduardo (Cunha), da mulher, foi uma advertência para mim. E das histórias que estou sabendo, o interesse é pegar vocês. Nós. E o Renan, sobretudo.

Jucá
Não, o alvo na fila é o Renan. Depois do Eduardo Cunha... É o Eduardo Cunha, a Dilma, e depois é o Renan.

Machado
E ele (Janot) não tem nada. Se ele tivesse alguma coisa, ele ia me manter aqui em cima, para poder me forçar aqui em cima, porque ele não vai dar esse troféu pro Moro. Como não tem nada, quer ver se o Moro arranca...

Jucá
 ... para subir de novo.

Machado
...para poder subir de novo. É esse o esquema. Agora, como fazer? Porque arranjar uma imunidade não tem como, não tem como. A gente tem que ter a saída porque é um perigo. E essa porra. A solução institucional demora ainda algum tempo, não acha?

Jucá
Tem que demorar três ou quatro meses no máximo. O país não aguenta mais do que isso, não.

(...)

Machado
Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel (Temer).

Jucá
(concordando) Só o Renan que está contra essa porra. Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.

Machado
É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.

Jucá
Com o Supremo, com tudo.

Machado 
Com tudo, aí parava tudo.

Jucá 
É. Delimitava onde está, pronto.

Machado
Parava tudo. Ou faz isso... Você viu a pesquisa de ontem que deu o Moro com 18% para a Presidência da República?

Jucá
Não vi, não. O Moro?

(Sobre Aécio)

Machado
É aquilo que você diz, o Aécio (Neves) não ganha porra nenhuma...

Jucá
Não, esquece. Nenhum político desses tradicionais não ganha eleição, não.

Machado
O Aécio, rapaz... O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB...

Jucá
É, a gente viu tudo...

Machado
O primeiro a ser comido vai ser o Aécio.

Jucá
Todos, porra. E vão pegando e vão...

Machado
(Sussurrando) O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele ser presidente da Câmara? (Mudando de assunto) Amigo, eu preciso da sua inteligência.

(Sobre STF e impeachment)

(...)

Machado
Mas viu, Romero, então acho a situação gravíssima.

Jucá
Ontem fui muito claro. (...) Só acho o seguinte: com Dilma não dá, com a situação que está. Não adianta esse projeto de mandar o Lula para cá ser ministro, para tocar um gabinete, isso termina por jogar no chão a expectativa da economia. Porque se o Lula entrar, ele vai falar para a CUT, para o MST, é só quem ouve ele mais, quem dá algum crédito, o resto ninguém dá mais credito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Lula vai reunir ali com os setores empresariais?

Machado
Agora, ele acordou a militância do PT.

Jucá
Sim.

Machado
Aquele pessoal que resistiu acordou e vai dar merda.
(...)

Jucá
(Em voz baixa) Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem 'ó, só tem condições de (inaudível) sem ela (Dilma). Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca'. Entendeu? Então... Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar.

Machado
Acho o seguinte, a saída (para Dilma) é ou licença ou renúncia. A licença é mais suave. O Michel forma um governo de união nacional, faz um grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo. Esse país volta à calma, ninguém aguenta mais. Essa cagada desses procuradores de São Paulo ajudou muito. (Possível referência ao pedido de prisão de Lula pelo Ministério Público de SP e à condução coercitiva ele para depor no caso da Lava-Jato)

domingo, 22 de maio de 2016

Brasileira manda nudes para o jogador Piqué, do Barcelona




por Omelete
O site americano TMZ publica fotos que uma brasileira, Suzy Cortez, a Miss Bumbum, enviou para Pique, do Barcelona. O jogador é casado com a cantora Shakira, mesmo assim, a miss quis lhe mandar nudes de presente pelo título de campeão espanhol que o craque acaba de ganhar.

O TMZ diz que Suzy Cortes já foi bloqueada pelo jogador Messi por ter lhe enviado fotos sensuais há algumas semanas.

Casal de modelos iraniano é preso por postar fotos consideradas anti islâmicas




por Clara S. Britto

Casados e modelos, Elnaz Golrokh e Hamid Fadaei postaram as fotos acima no Instagram. A polícia religiosa prendeu o casal. Após alguns dias, foram soltos, receberam ameaças e preferiram deixar o país. As imagens foram consideradas um atentado sexy às leis fundamentalistas do país.

Mas não apenas Elnaz e Hamid forqam vítimas da ação policial. Neste momento, acontece no Irã uma ofensiva contra pessoas que trabalham em agência de modelos. Cerca de 170 profissionais entre fotógrafos, estilistas, modelos, maquiadores e cabeleireiros foram detidos sob a acusação de incentivar a moda anti-islâmica. O objetivo da operação é combater "ameaças `a moralidade".

Com o Brasil sob crescente influência de políticos religiosas nas questão de Estado - tais figuras acabam de dar mais um passo rumo ao poder neste governo Temer que o pessoal das manifestações com camisa da CBF levou ao Planalto -, não parece muito ser ficção imaginar que o Brasil caminha para esse tipo de derivativo fanático da intolerância. Alguns exemplos já estão virando leis.

Hoje é dia de rock...

Da coluna de Fernando Molica, no jornal O Dia, hoje. 

Na capa da Time, a crise que o Brasil não quer ver...

por Flávio Sépia
A capa da Time é a crise do capitalismo. Em meio a uma ampla discussão sobre mudanças de rumos surgem dados reveladores. Um deles: para cada 25% dos lucros empresas criam-se apenas 4% de postos de trabalhos. Parte esmagadora desses recursos gira apenas no mercado especulativo. 

Enquanto o mundo, em função do agravamento da crise, é obrigado a estudar limites e regras para que os mercados financeiros não destruam países e consumam economias, com os catastróficos abalos sociais, no Brasil, forças econômicas e políticas promovem um assalto à democracia cujo objetivo principal é transferir ainda mais poder e total liberdade às milícias financeiras. 

Mas não só aqui o sistema especulativo se apossa da democracia. A Time mostra que Washington está tão dominada pelos traficantes de dinheiro que, na atual campanha pré-presidencial, 10 dos maiores doadores são ligados aos fundos de hedge especulativos. 

Veja alguns tópicos da matéria: 

- Trilhões de dólares saíram do caixa público, em suma, dinheiro do contribuinte, para estimular o mercado financeiro e, apesar disso, a economia ainda cresce muito lentamente oito anos após o pico da crise. 

-  Até Donald Trump defende que fundos de hedge paguem mais impostos; Sanders quer cobrar a 
conta dos grandes bancos; Hillary Clinton pretende reforçar a regulação do mercado financeiro. 

- O papel dos mercados de capitais e do setor bancário no financiamento de novos investimentos está diminuindo. A maioria do dinheiro no sistema é usada para empréstimos contra ativos existentes, tais como habitação, ações e títulos. Ou seja, auto alimenta a especulação, não a produção.

-  Os negócios passaram a girar, em subserviência, em torno do sistema financeiro. A dependência foi facilitada por mudanças na política pública e a cooptação de líderes governamentais, políticos e reguladores que foram encarregados pelos especuladores de manter os mercados operando sem problemas.

- Os bancos estão mais interessados ​​na obtenção de lucros crescentes na especulação pura e simples do que do que no papel tradicional de emprestar para as pessoas e empresas que querem fazer investimentos de longo prazo. 

- As empresas americanas em todos os setores, hoje, ganham cinco vezes com a atividade financeira do que até 1980, em detrimento da produção. 

-  A criação de empresas é menor do que era há 30 anos. O dinamismo empresarial rendeu-se à especulação.

-  O sistema financeiro parou de servir à economia real e agora serve principalmente a si. 

- Time comenta que a situação é deprimente, mas pode trazer a oportunidade para reorientação e dimensionamento correto do setor financeiro, o que deveria ter sido feito nos anos, imediatamente após a crise de 2008. Apesar do lobby, há uma crescente pressão para colocar o sistema financeiro de volta no seu devido lugar, como um servo de negócio ao invés de seu mestre. Pesquisas mostram que a maioria dos americanos gostariam de ver o sistema fiscal reformado e o governo tomando medidas mais direta para a criação de emprego e redução da pobreza e da desigualdade.

- O público americano entende profundamente que a ordem econômica não está funcionando para a maioria das pessoas.

Conclua você mesmo: os golpistas que assumiram o Brasil estão ou não na contramão do que os cidadãos de vários países começam a perceber? Aqui, a especulação financeira pretende ditar a eliminação de direitos trabalhistas, previdenciários, de Saúde, Educação, de moradia, de terra, ambientais, indígenas etc. E longa a catastrófica "ponte para o futuro" que pretende determinar a financeirização completa do Estado. 

As milícias que vão acelerar esse processo já estão em Brasilia. 

sábado, 21 de maio de 2016

As "surpresas" do Brasil em Cannes e a falta de espaço na mídia para a cultura alternativa

Cena de "Cinema Novo", documentário brasileiro premiado no Festival de Cannes 2016. Foto:Divulgação

por José Esmeraldo Gonçalves
Especulando: se o Cinema Novo começasse hoje, no Brasil, provavelmente só seria percebido cerca de dez  anos depois quando ganhasse um prêmio no Festival de Cannes. Talvez a mídia, na época, fosse mais generosa com a Cultura, especialmente com os projetos alternativos ou ideológicos. 

Quando Glauber ganhou o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cannes de 1969, o Cinema Novo recebia, havia muito tempo, ampla cobertura das revistas e dos cadernos culturais dos jornais. Não apenas o Cinema, como a Música, as Artes Plásticas, a Literatura, a Arquitetura, o Design, o Teatro. 

E não apenas projetos de potencial comercial, como a Jovem Guarda e os Festivais da Canção, mas iniciativas quase artesanais que, a partir da ação ainda visionária de pequenos grupos, fariam o Brasil entrar na era da arte engajada e, paralelamente, em seu primeiro modelo de cultura de massa. 

Ruth de Souza, atriz egressa do Teatro Experimental do Negro, foi entrevistada em 1953.
Foi a primeira negra, e por muito tempo a única, a ilustrar a capa de um revista brasileira,
fato raríssimo ao longo da história da própria Manchete. 

A "História do Cinema Brasileiro", segundo Manchete, nos anos 50. 

Em 1961, Luiza Maranhão na capa de O Cruzeiro. O assunto?
As filmagens de "Barravento", de Glauber, diretor ainda desconhecido
para o grande público.
Em 1953, a Manchete cobria regularmente em reportagens e colunas especializadas, cinema, teatro e artes plásticas. Com pouco mais de uma ano de existência, publicou uma História do Cinema Brasileiro assinada pelo crítico e pesquisador Salvyano Cavalcanti de Paiva.

Justino Martins, que assumiu a direção da Manchete em 1958, vindo de Paris, onde vivera a efervescência cultural da cidade, abriu amplo espaço na revista para movimentos que nasceram na virada para a década de 1960 e revelaram um Brasil que, se dependesse da comunidade cultural conservadora, permaneceria confortavelmente oculto naqueles dias em que a urbanização "modernizava" o país e o consumo, na forma de automóveis, eletrodomésticos, vestuário, utensílios, acessórios importados e um varejo anabolizado pelo crediário seduzia a classe média. 

Justino frequentou Cannes durante décadas e foi jurado do Festival. Tinha um grande interesse por cinema, especialmente a Nouvelle Vague e o Neorrealismo, mas as coleções da Manchete e seu fabuloso arquivo fotográfico hoje dado como desaparecido registram passo a passo cada um daqueles movimentos de todas as artes. 

Entrevistas, bastidores de filmagens, estreias de filmes, peças e espetáculos musicais, perfis de diretores, escritores, cantores, compositores artistas plásticos, na maioria das vezes fotografados na intimidade dos seus redutos de criação, fossem estúdios, ateliês ou casas eram pautas presentes nas edições de Manchete na década que Rubem Gershman nomeou de "utopia absoluta".  

No Brasil, a vida nunca foi fácil para os criadores e promotores culturais fora do main stream. Hoje, parece ainda mais complicada. Divulgar ou obter financiamento para um filme que não tenha um nome nacionalmente conhecido, um ídolo, geralmente formado pela TV, é missão difícil.


O atual Festival de Cannes já ofereceu duas "surpresas" aos brasileiros: a indicação para a Palma de Ouro, com repercussão positiva e elogios da crítica para o filme "Aquarius", do pernambucano Kleber Mendonça Filho, e o Prêmio Olho de Ouro, na Mostra Cannes Classic, evento oficial fora da competição, para o documentário "Cinema Novo", de Eryk Rocha, que faz uma jornada no tempo rumo à cena épica de realizadores como Ruy Guerra, Nelson Pereira dos Santos, Joaquim Pedro de Andrade, Cacá Diegues e Glauber Rocha, pai de Eryk. 

Os dois filmes viajaram para a França praticamente em silêncio. Nas redes sociais, houve quem se surpreendesse com a "volta" de Sonia Braga, que está no elenco de "Aquarius". Para muitos, ela estava aposentada e recolhida a um apartamento em Niterói. 

Quanto ao filme de Eryk Rocha, basta dar um google agora para ver que ganhou visibilidade apenas a partir da premiação divulgada há poucas horas. 

A Cultura vem perdendo nos últimos anos mais do que verbas e ministério. A maioria dos jornais cancelou, reduziu ou fundiu seus cadernos culturais. Com menos espaço na mídia, produto que não arrasa quarteirão só vira notícia quando é referendado por  "resultados". Antes disso, só se trouxer um ex-BBB no elenco. 

Sem divulgação, os patrocinadores não aparecem. Faz falta, talvez, um "occupy internet" por parte dos realizadores para divulgar seus projetos e tudo o que acontece com os seus produtos durante a maturação, depois de prontos etc. Se não, quase tudo será "surpresa": um filme brasileiro estar entre os concorrentes à Palma de Ouro, um desenho brasileiro ("O menino e o mundo") concorrer a um Oscar de Melhor Animação, um documentário brasileiro ser premiado em Cannes...