terça-feira, 31 de outubro de 2017

Pesquisa mostra que leitores começam a se proteger contra fake news em todas as mídias

por Flávio Sépia
A empresa de pesquisa de mídia, Kantar, divulga os resultados de um levantamento sobre os índices de confianças nos noticiários de diversos tipos de veículos. Segundo o Meio &Mensagem, o "Trust In News" ouviu oito mil pessoas nos Estados Unidos, Brasil, França e Reino Unido. As conclusões são interessantes e mostram um avanço por parte dos leitores na busca de mais de uma fonte para confirmar notícias. De acordo com o estudo, 40% dos entrevistados aumentaram o número de fontes que usam para comparar informações. Mais de 75% dos consumidores de notícias fizeram averiguação própria dos fatos em várias origens. 
Sites jornalísticos exclusivamente on line têm a confiança de 50% dos leitores. Aplicativos de mensagens e mídias sociais, mais comumente geradores de fake news, são confiáveis para apenas 30% dos pesquisados. 
Outro número interessante demonstra que 40% dos leitores admitem que têm a responsabilidade de combater fake news. Um em cada cinco entrevistados fez mea culpa por ter compartilhado informação após ler apenas o título.
O público começa a adotar um comportamento defensivo para se proteger das fake news. E isso é bom.

Fake news: menos, Estadão, menos...


Ela e a brisa: holandesa viaja com uma câmera na mão... e nada mais

por Jean-Paul Lagarride
Uma loura holandesa, de 21 anos, faz um tour pela Austrália e resolve postar fotos no Instagram. Normal. O diário visual pode ser visto na conta a.naked,girl.

Para não ter muito trabalho em carregar malas ela faz nudismo junto com o turismo. Ao Daily Mail (vídeo AQUI), a holandesa disse que faz fotos e vídeos de não-sexual.

Seja lá qual for sua intenção, as fotos estão abalando o Instagram.


"Soldados do Araguaia": documentário quebra o silêncio dos recrutas que foram jogados no horror do "Vietnã brasileiro"


A 41ª Mostra Internacional de São Paulo quebrou o silêncio sobre a história dos recrutas do Exército Brasileiro que participaram da Guerrilha do Araguaia (1967-1974).

Convocados junto às comunidades rurais por conhecer o terreno, eles revelam no documentário "Soldados do Araguaia", exibido na mostra, que não tinham a menor ideia do que o conflito significava para o país. Restou-lhes o trauma, que os acompanha até hoje. Os ex-soldados, que foram dispensados ao fim das operações, contam o que testemunharam, das lembranças de sessões de tortura à frieza das execuções. A extrema crueldade da campanha (com prisioneiros sendo lançados de helicópteros) é um fantasma que ainda atormenta homens humildes que se viram em meio a um triste capítulo da história do Brasil.

Pela primeira vez, soldados de baixa patente que participaram das operações para exterminar guerrilheiros que se opunham à ditadura militar, descrevem os horrores que viveram.

"Soldados do Araguaia" tem direção de Belisario Franca, é uma realização da Giros Produtora, com o apoio do canal Cinebrasil TV.

VEJA O TRAILER DE "SOLDADOS DO ARAGUAIA", CLIQUE AQUI



Depois do golpe, o cargo de vice agora é "o cara"

por Flávio Sépia 
O ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles, foi mordido pelo carrapato azul. Quer ser presidente. É o candidato do "mercado", que também não ficaria infeliz com o Bolsonaro presidente.

O problema é que Meireles, ex-empregado de Joesley Batista, não tem voto. As pesquisas o colocam na zona de rebaixamento. E isso, em termos políticos, equivale a uma obstrução eleitoral tão problemática quanto o entupimento urinário sofrido pelo seu atual chefe. Meireles sabe disso tanto que estaria pensando em aceitar ser o vice de algum candidato mais embalado para 2018.

Especula-se que poderia ser o reserva de Luciano Huck ou de Bolsonaro. Antes, Meireles teria recusado um convite para ser o vice de Lula, em 2006, de Dilma, em 2010 e de Aécio Neves em 2014.

Só que, com o golpe que catapultou Temer ao Planalto, o cargo de vice ganhou mais status. Meireles pode estar considerando que pra quem não tem voto ser o regra três facilita, quem sabe, subir a rampa do Planalto caso o "mercado", que já mostrou sua força, também não fique muito feliz com o próximo presidente.



Quem controla o que você lê? Pesquisa investiga subterrâneos dos grupos que mandam na grande mídia e mapeia as ligações perigosas dos seus proprietários


por Pedro Juan Bettancourt 
Hoje, às 18h, a organização internacional Repórter Sem Fronteiras em parceria com Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social lança em São Paulo o "Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor/MOM). A pesquisa faz um mapeamento dos 50 maiores veículos de mídia impressa, rádio, televisão e internet do país, desvenda as corporações a que pertencem e apura outros negócios dos controladores e suas relações com políticos e governantes, ligações religiosas e financeiras. Estarão presentes no auditório do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo Olaf Steenfadt, coordenador global do Media Ownership Monitor, Cynthia Ottaviano (Presidente da Organização Interamericana de Defensoras e Defensores das Audiências – OID), Martín Becerra (Universidad Nacional de Quilmes/Argentina) e o jornalista e ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins.

Entre  outros aspectos do cenário midiático brasileiro, destaca-se a concentração das concessões e propriedades: como exemplo, dos 50 veículos líderes em audiência, nove pertencem ao Grupo Globo, cinco ao Grupo Bandeirantes, cinco à família Macedo (do Grupo Record e da corporação Igreja Universal), quatro são da RBS e três da Folha de S.Paulo.

Os resultados apontam para uma alta oligopolização da mídia. Um dos motores da concentração é a permissão de propriedades cruzadas - com um mesmo dono controlando TV aberta, rádio, TV paga, jornais, revistas, portais da internet - algo proibido em muitos países, incluindo os Estados Unidos, eleva a concentração dos meios e da circulação de notícias a níveis dramáticos, com danos a liberdade e ao ambiente democrático.

Justiça censura show de Caetano Veloso

O show foi proibido, mas o ato político aconteceu. Reprodução Instagram


"Ocupação Povo Sem Medo", de São Bernardo. Foto de Ricardo Stuckert
A grande mídia em geral tenta desqualificar a censura ao show que Caetano Veloso faria na ocupação do MTST em São Bernardo do Campo. Focaliza-se preferencialmente o despacho da juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública local, que enfatiza a suposta falta de "estrutura para shows, ainda mais, de artista tão querido pelo público, por interpretar canções lindíssimas, com voz inigualável”.
Mas há outros fatos a considerar. O pedido do MP caracteriza a censura ao fundamentar o pedido no argumento de que o show seria realizado "em local que foi ocupado, e que está sub judice referida ocupação". Além disso, em operação para tentar proibir o ato político a Prefeitura de São Bernardo impediu a entrada de equipamento de som no terreno ocupado que, aliás, tem alta dívida de IPTU com a própria prefeitura e estava abandonado há 40 anos, segundo o MTST.

Depois da proibição, Caetano Veloso e vários artistas foram à ocupação, ontem. O cantor subiu ao palanque, mas não cantou. Foi a primeira vez que um show de Caetano foi censurado desde o fim da ditadura militar. Sem música, o ato político aconteceu.


Nesta manhã de terça-feira, 6.500 famílias fazem uma marcha de 23km, até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para pressionar o governador Geraldo Alckmin a ceder o tereno para a construção de moradias.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Ainda bem que a Folha esclareceu...


Ainda bem que o estagiário da Folha deixou claro, hoje. que um homem matou cinco pessoas e depois se suicidou. Se foi preciso enfatizar o depois, vai ver que o futuro jornalista tem conhecimento de um caso similar, mas com o suicídio vindo antes. (O.V.Pochê)

Já viu isso? o presidente da Fiesp, Paulo "Pato Infável" Skaff, do PMDB, leva uma trolada direto na sua folclórica cara de plástico...


Com o sorriso do tipo inflável, o presidente da Fiesp, Paulo "Pato" Skaff, levou uma invertida antológica. O empresário e político se aproxima de um rapaz, que ele pensava ser um "fã", certo de que vai fazer uma selfie-exaltação em nome das suas "realizações", uma delas o famoso pato inflável, um símbolo da "revolução ética" que levou ao poder a facção de Temer hoje investigada por corrupção. Skaff é do do PMDB e se diz novamente candidato ao governo do Estados de São Paulo, embora os eleitores já o tenham rejeitado duas vezes em eleições para o mesmo cargo.
Veja o que aconteceu. Leia a matéria e veja o video no Conexão Jornalismo, , clique AQUI

sábado, 28 de outubro de 2017

E o impresso desembarcou...




A New York comemora 50 anos. O pintor Alex Katz ilustrou a capa e o site da popular NYMag, a revista do jornal NY Times - que inspirou a antiga Domingo, do Jornal do Brasil - com cenas do metrô, o ponto de não-encontro de desconhecidos na multirracial Nova York.

Katz recriou para a NYMag sua própria série de "desenhos dos subterrâneos" feita nos anos 1940, no mesmo ambiente.

Quando a revista foi lançada em 1967, tinha a pretensão de unir os personagens, as facetas e as variadas situações de uma "cidade dividida", identificar os pontos onde essas vidas se entrelaçavam e aproximá-los, talvez. Um ideal muito acima da influência de uma simples revista. O ilustrador, ele mesmo um voyeur da vida urbana, observa que "todo mundo constrói sua própria Nova York". E talvez haja alguma beleza nessas múltiplas cidades.



O metrô continua conduzindo multidões de desconhecidos, mas os novos desenhos de Alex Katz, às vésperas de completar 90 anos, apresentam uma sutil e nostálgica diferença entre as versões 1940 e 2017. Ler revistas ou jornais impressos  - livros, poucos, até que ainda se vê, o que não deixa de ser um alento.- é hábito cada vez mais raro nos subterrâneos das grandes cidades.

Um novo e hipnótico personagem se impõs: o smartphone.


O plenário-octógono do STF

Reprodução Instagram
por O.V.Pochê

O plenário do STF será redecorado. Com a alta frequência de embates entre ministros, geralmente com Gilmar Mendes no ringue, renomados designers projetam um octógono para o ambiente.

A ideia é que a cada barraco os contendores sejam conduzidos coercitivamente à arena, com Carmen Lúcia cuidando da arbitragem.

Voluntárias serão indicadas para ring girls e o Instituto Nacional de Pesos e Medidas realizará a pesagem dos lutadores.

Ministro que finalizar o adversário ganhará férias em Miami.

O cinturão de ouro será entregue por Aécio. Vale armlock, alavanca, baiana, base invertida. Se um dos lutadores quiser desistir durante um mata-leão é só bater com a Constituição no chão.

O perdedor ganhará uma bolsa de estudos no Instituto Brasileiro de Direito Público oferecida por Gilmar Mendes, um dos donos da instituição.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Fotografia: revista People lança o livro The 100 Best Celebrity Photos

por Ed Sá 

A revista People foi lançada em 1974. Em mais de 40 anos, acumulou um impressionante acervo de fotos produzidas para quase três mil edições, incluídos os números especiais.

O livro The 100 Best Celebrity Photos (disponível na Amazon) seleciona as melhores imagens, segundo os editores, e destaca o enredo dos bastidores de cada cena.

São registros de várias épocas, mesmo anteriores ao lançamento da publicação, que também recorreu para isso aos arquivos da Time-Life, à qual pertence.

Uma das fotos fala por si, não apenas pela simbologia do flagrante como ao resumir o espírito do livro. Em 1957, a atriz Sophia Loren desembarcava em Hollywood contratada pela Paramount. A estrela italiana brilhava pelo talento e pela beleza das suas acentuadas curvas. Houve uma recepção de gala e Jayne Mansfield, então uma aposta da produtora, foi escalada para a mesma mesa da diva italiana. Deu-se o choque dos planetas.
A foto em destaque está no livro da People. O flagrante é do fotógrafo Joe Shere. Nessa composição reproduzida no Pinterest, vê-se a loura Jayne Mansfield "atacando" a morena Sophia Loren com atributos de potencial nuclear. Anos depois, Sophia Loren contou que chegou a temer que o par de peitos desabasse sobre o seu prato.

Sophia Loren focaliza o mega busto da rival. Nem precisava de legenda. E olha que La Loren não era exatamente uma tábua, muito longe disso. O fotógrafo Joe Shere registrou o olhar seca-pimenteira fatal.

Em 1954, uma fila do gargarejo vê, ao vivo, as famosas pernas de Marilyn Monroe. Foto: Sam Shaw/Divulgação

Outra foto famosa, a do vestido de Marilyn Monroe flutuando sobre um bueiro de ventilação, também está no livro. Mas a People destaca um ângulo menos conhecido da situação: o dos fotógrafos e das equipes técnicas que tiveram o prazer de ver ao vivo as pernas da loura que reinava em Hollywood.

The 100 Best Celebrity Photos está à venda na Amazon.

Do Comunique-se: 20 impactos da reforma trabalhista para jornalistas

por Anderson Scardoelli (para o Comunique-se)

Jornalistas sofrerão impactos negativos com a reforma trabalhista. As afirmações são dos sindicatos da classe em São Paulo e no Distrito Federal

A reforma trabalhista elaborada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer pode trazer malefícios aos profissionais da comunicação social. Quem garante isso são entidades ligadas a quem trabalha em órgãos da imprensa, como os sindicatos dos jornalistas do Distrito Federal e de São Paulo. As duas instituições chegam a endossar 20 pontos que impactam negativamente no setor.

A lista – elaborada pela jornalista Flaviana Serafim, publicada originalmente no site do sindicato de São Paulo e repercutida pela instituição da capital do país – traz o seguinte conteúdo:

1. Prevalência do negociado sobre o legislado
A mudança é que se podem reduzir direitos. Hoje, já é permitido que os sindicatos negociem com as empresas pontos previstos em lei, mas só para melhorar as condições de trabalho. Os direitos trabalhistas legais são o mínimo. O projeto permite que as empresas forcem negociações nocivas aos trabalhadores, sem a necessidade de qualquer contrapartida.

2. Fim da homologação no sindicato
Atualmente, quando o trabalhador é demitido (com mais de um ano no emprego), a empresa tem de homologar sua demissão no Sindicato dos trabalhadores. Isso permite que a entidade sindical confira as contas e alerte o trabalhador sobre os direitos que a empresa possa estar sonegando. Além do mais, também permite que o Sindicato tenha conhecimento das demissões que ocorrem na categoria. O projeto prevê que a homologação seja feita diretamente pela empresa, sem a participação do Sindicato.

3. Criação de uma nova modalidade de demissão sem justa causa…
Na qual o trabalhador recebe apenas metade da multa do FGTS e do aviso-prévio, além de só poder sacar apenas 80% do Fundo de Garantia e perder o direito ao seguro-desemprego – abre uma nova forma de pressão contra o trabalhador, forçando acordos de demissão com redução de direitos.

4. Criação de banco de horas por acordo individual, sem a intermediação do sindicato
Hoje, a lei garante o respeito à jornada de trabalho, com o pagamento de horas extras (se as empresas não cumprem, violam a lei). Mas é possível flexibilizar a jornada, se houver acordo com o Sindicato. Isso permite que os trabalhadores negociem coletivamente a questão com as empresas. O acordo individual acaba com isso: como a empresa é a parte forte das relações de trabalho, ela pode impor sua posição ao assalariado individualmente.

5. Jornada de 12 horas X 36 horas por acordo individual, ou seja, sem a participação do sindicato
É o mesmo problema do ponto anterior. Na relação de trabalho frente ao assalariado, a empresa tem posição de força e pode impor o que quiser.

6. Autorização para demissões coletivas, sem exigência de negociação prévia com o sindicato de trabalhadores
Hoje, há jurisprudência considerando que, em caso de demissões coletivas, as empresas têm de avisar previamente as categorias, por meio dos sindicatos, para que haja uma negociação. Com base nisso, o SJSP tem conseguido forçar negociações que estabeleceram contrapartidas, barraram demissões e até chegaram à reintegração de demitidos. Agora, a lei “libera” demissões em massa.

7. Retirada da natureza salarial de verbas pagas a título de “ajuda de custo”, diárias de viagens, abonos, vale-refeição (ainda que pagos em dinheiro) e prêmios pagos ao empregado
A medida “legaliza” o salário “por fora” (sem incidência de Fundo de Garantia, férias, 13º salário etc.), propiciando que as empresas fixem um salário baixo (como um piso salarial) sobre o qual incidem direitos, e determinem o restante do salário como verbas adicionais, sem direitos associados.

8. Limitação dos valores em caso de condenação por danos morais em no máximo 50 salários nominais
A determinação inclui até acidentes de trabalho, mesmo em casos de responsabilidade direta do empregador. Com isso, um trabalhador pode sofrer um dano que o impeça de ter uma vida produtiva, mas a empresa responsável não poderá ser condenada a arcar com as consequências de seu ato.

9. Em três pontos: dificulta a responsabilização solidária do grupo econômico em caso de não pagamento ao trabalhador, livra o ex-sócio de empresa da dívida trabalhista de seus antigos empregados e deixa os débitos à empresa sucessora, impedindo que o empregador originário seja acionado
Hoje, já são muitos os casos em que trabalhadores ganham ações trabalhistas, mas não conseguem ser pagos (pois a antiga empresa alega não ter patrimônio, bem como os seus donos, para honrar os compromissos). Os jornalistas sabem muito bem disso, como nos casos da Gazeta Mercantil, TV Manchete e Diários Associados. A lei introduz ainda mais obstáculos para que se responsabilize judicialmente empresas do grupo, seus donos ou seus compradores, facilitando aos empresários que “esvaziem” empresas em dificuldades e deixem os trabalhadores na mão.

10. Desestimula o ingresso de reclamações trabalhistas, pois limita a concessão de gratuidade da Justiça e impõe o pagamento ao trabalhador de honorários advocatícios e periciais (ainda que ele ganhe vários pontos do processo)
Hoje, o trabalhador entra com ação judicial para reclamar de questões legais não respeitadas pelas empresas. No caso de jornalistas, são correntes ações pelo não pagamento de horas extras (situação generalizada na categoria), não pagamento de adicional noturno, não cumprimento de intervalo intrajornada, acúmulo de função e equivalência salarial (decorrente do exercício de função de responsabilidade sem que a empresa formalize o cargo). Segundo o projeto, mesmo que o trabalhador ganhe em diversos pontos, terá de pagar honorários para os pontos que a Justiça não lhe der ganho de causa. A medida visa expressamente bloquear o ingresso de ações trabalhistas.

PARA LER MAIS 10 TÓPICOS DA REFORMA TRABALHISTA QUE PREJUDICAM JORNALISTAS, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Piada intelectual de esquerda...



Em dia de Temer com obstrução urológica - uma espécie de registro fechado no encanamento -  ao mesmo tempo em que a Câmara Federal desobstruía sua ficha em espetáculo burlesco, um leitor do blog resumiu o momento político: Penis et Circenses

Fotografia: a Costa Verde por Alex Ferro

O verão aponta na esquina e o caderno Boa Viagem, do Globo, publica hoje matéria de dez páginas sobre Angra dos Reis, Ilha Grande e Paraty, com fotos de Alex Ferro, ex-Manchete, e texto de Denis Kuck.

Ilhas, praias, referências históricas, tudo está lá relatado e registrado de frente para o mar aberto.

A região é exuberante e a matéria um exemplo idem. E com o DNA do jornalismo ilustrado.
Confira AQUI 

2ª FESTA LITERÁRIA DE NOVA FRIBURGO: AGITO CULTURAL NA SERRA FLUMINENSE COMEÇA HOJE



Uma reportagem recente publicada no Globo mostrou que Nova Friburgo - em maio do ano que vem a cidade vai comemorar seus 200 anos -,  atravessa a crise econômica e se recupera melhor do que outras regiões do Estado do Rio de Janeiro. Polos produtivos em setores têxtil, de agricultura, floricultura, turismo, metal-mecânico e de microempreendedores, incluindo o de cerveja artesanal, impulsionam a retomada.

A área cultural acompanha esse dinamismo. Começa hoje em Nova Friburgo (vai até o dia 29/10), a 2ª  FLINF - Festa Literária de Nova Friburgo - que esse ano homenageia os escritores Affonso Romano de Sant'Anna e Marina Colassanti.

Além dos homenageados, a Flinf contará com o jornalistas e escritores Zuenir Ventura, Arthur Dapieve, Sergio Rodrigues, Hugo Sukman, Álvaro Ottoni, Paulo César Araújo e Flávia Oliveira, o historiador Luiz Antonio Simas, os poetas Omar Salomão, Ana Blue, Botika e Iracema Macedo, entre outros convidados. A dica é da jornalista Dalva Ventura, ex-Pais & Filhos.

Festa Literária de Nova Friburgo

Data: 26 a 29 de outubro de 2017

Local: no Cadima Shopping (Rua Moisés Amélio, 17 centro), no corredor cultural da cidade (Oficina Escola e Fundação D João VI – Praça Getúlio Vargas, 71 e 89, centro) e no Teatro Municipal (Rua Salusse, 616, Praça do Suspiro) – Nova Friburgo
Todas as atividades são gratuitas e sujeitas à lotação, exceto as oficinas de mediação de leitura na OAB e Usina Cultural Energisa.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA AQUI

"Querido, não esquece a listinha do supermercado"... Deputado confere relação de "demandas" durante votação que impede que Temer seja investigado por corrupção

Foto de Lula Marques/Twitter



Foto de Lula Marques/Twitter

por O.V.Pochê 

Faça esse sacrifício.  Finja por um minuto que você é um deputado da base governista. Ao sair de casa, gravata arrumada sob o colarinho branco, vossa excelência se despede da "patroa". Tem pressa para chegar ao plenário. Dá um beijinho no rosto da mulher ainda com restos de lama vulcânica para esticar as rugas e entra no carro com motorista que os contribuintes lhe deram. Mal sai da garagem vê a "patroa" correndo com um papel na mãos. "Amor, você esqueceu a listinha do supermercado". Ufa, vossa excelência respira aliviado. Aquela lista é a sua missão do dia.

As fotos acima são do fotógrafo Lula Marques, profissional que tem captado flagrantes reveladores do momento político no Congresso.

O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), que conferia uma lista na hora da votação que impediu que Michel Temer fosse processado por corrupção, alega que o documento não era uma relação de "votos comprados" através da liberação de emendas para a bancada governista, mas uma excel de "demandas" de municípios do Rio Grande do Sul.

Então, tá.

Parece que foi ontem... Serviço de Meteorologia informa: chove dinheiro em Brasília

Charge de Mariano publicada na revista Fatos em 1985.
Em 1985, o inacreditável José Sarney, o Odorico Paraguaçu anabolizado, era presidente. Não é fake news, as novas gerações podem acreditar.

Naquele ano, o Brasil teve eleições municipais. As primeiras realizadas sob o poder da fracassada "Nova República". Havia, claro, os escândalos da vez. Embora ainda pouco noticiados, ganhavam apelidos: "Escândalo das Jóias ou Caso Ibrahim Abi-Ackel", "Escândalo Coroa Brastel", "Escândalo do INAMPS", "Caso Brasilinvest etc.

Mas a charge acima ilustrava uma reportagem da Fatos sobre a não menos escandalosa compra de votos em todo o país durante as eleições municipais ocorridas naquele fim de ano ou fim de mundo.

A matéria dava conta de uma chuva torrencial de dinheiro, com empresários molhando a mão de muitos políticos e políticos fazendo um "carinho" em eleitores.

Nas últimas semanas, a tempestade foi mais forte ainda. Com duas diferenças: choveu apenas sobre os felizes eleitores de Michel Temer. E a contrapartida, para maior prejuízo da sociedade, também foi dada por caneta e assinatura, em forma de decretos que favorecem setores e beneficiam certos políticos e seus padrinhos empresários. A eterna dobradinha que rege os podres poderes.

A Lava Jato do futuro? Para eles, é passado. Não os assusta.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Anitta no Multishow: "tem que ter muito peito para chegar até aqui"

Reproduções You Tube


VEJA UMA SELEÇÃO DE IMAGENS, CLIQUE AQUI

por Ed Sá

O prêmio Multishow, ontem, foi #chato.

O som era péssimo. A embalagem - cenário e efeito -, até que funcionou, pena que o conteúdo era medíocre e os desempenhos musicais idem, com algumas exceções, principalmente as do Nego do Borel e Anitta, esta com o seu balé da diversidade.

No mais, saudades da MTV.

Os apresentadores Tatá Werneck e Fábio Porchat deram a impressão de estar conduzindo um show de colégio em fim de ano. Perderam a graça em algum lugar antes de subirem ao palco da Jeunesse Arena, no Parque Olímpico. Não conseguiram envolver a plateia. Provocavam 'ahãs', 'ois' e silêncios constrangedores.

Anitta, a grande vencedora (Melhor Música, Melhor Cantora e Música Chiclete, Loka, com Simone e Simaria, onde fez participação) acabou salvando a noite, e não apenas pelo topless involuntário, que está bombando no You Tube.

O show de peitos, alás, ela levou no bom humor.

A cantora postou um textão no Instagram onde diz tudo e mais um pouco.

Mão boba: ex-presidente assediou atriz...


Reprodução Mail on Line

por Ed Sá 

George HW Bush, 93, tinha 89 anos quando posou em Houston, Texas, para a foto acima publicada no Mail.

Aparentemente, tudo normal, um ex-presidente, ao lado da sua mulher, Barbara Bush, recebe um equipe de televisão, entre as quais a atriz Heather Lind então com 30 anos.

O detalhe oculto na imagem só foi revelado agora. Sentado na cadeira de rodas, Bush pai tem a mão esquerda livre para explorar certas latitudes curvilíneas do corpo da atriz. Enquanto todos sorriem para a câmera, inclusive a atriz que naquele momento era bolinada, o anfitrião concede apenas um meio sorriso já que estava concentrado em atividade que lhe pareceu prioritária.

Em meio à atual onda de denúncias de assédio sexual envolvendo figuras famosas, Heather Lind revelou no Instagram - e achou melhor apagar depois - a apalpada presidencial.

Diante da repercussão, Bush pediu desculpas e disse que em sua "tentativa de humor" não quis ofender a atriz.

Esse tipo de investida do ex-presidente já seria conhecido do seu staff. Um dos seguranças percebeu as evoluções da mão boba do chefe e comentou que a atriz não deveria ter ficado ao lado do ex-presidente. Certamente ali não era uma zona de segurança.

A polêmica do papel higiênico preto



A campanha do papel higiênico preto gerou polêmica por que usou a frase "Black is beautiful" e internautas viram nisso um conotação racista. A frase é derivada de uma importante etapa do movimento nos anos 60 e 70.
A marca de desculpou, a protagonista da campanha, Marina Ruy Barbosa, idem, mas o assunto rendeu memes como essa na internet a partir de outras e criativas interpretações do novo papel.

Memória da publicidade: no tempo em que o empoderamento feminino ainda não rodava por aí...


terça-feira, 24 de outubro de 2017

Censura em revistas masculinas inspira livro de arte







Reproduções do livro "Censored", da RVB Books. Divulgação

por Jean-Paul Lagarride

Nos anos 1960 e 1970, havia países que toleravam revistas masculinas desde que fossem impressas com recursos gráficos que encobriam o essencial. Curiosamente, os tais adereços do tipo estrelinhas, flores e bolinhas e outros destinados a esconder seios, vaginas e bundas estão de volta nas redes sociais e selfies íntimas..

A designer francesa Tiane Doan Na Champassak foi buscar em uma coleção de antigas revistas tailandeses - um daqueles países que liberava a nudez feminina mas só em meia-bomba - viu nesse tipo de censura gráfica alguma criatividade e até uma forma de pop arte.

A pesquisa deu origem ao livro "Censored", recém-lançado pela RVB Books, com 280 páginas e mais de quatro mil fotos.

Certamente, os designers daquela época tinham muito mais tempo para criar o tapa-sexo gráfico que profanava curvas com alguma delicadeza.

O padrão censório adotado hoje nas redes sociais dificilmente resultará em livro. Diante de um selfie como essa abaixo, da notória Kim Kardashian, uma personagem das redes sociais, o estagiário nervoso colou apenas grosseiras tarjas pretas.

Se é pra não ferir a moral e os bons costumes, sou mais os rapazes das revistas tailandesas que faziam variações criativas sobre o mesmo tema.
Tarja preta na selfie de Kim Kardashian. Reprodução Instagram

Exposição: Imagens Impressas no Museu Nacional de Belas Artes

Rembrandt Van Rijn: auto retrato
em água-forte, 1642.
Reprodução/Divulgação
Do dia 27 de outubro deste ano até 18 de fevereiro de 2018, estará aberta no Museu Nacional de Belas Artes, no Centro do Rio de Janeiro, a exposição 'Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural', com 140 imagens representativas de 500 anos da produção gráfica europeia.

Entre os trabalhos expostos, estarão desde desde as xilogravuras do Século 15 a original de charge publicada no jornal satírico Le Charivari, do Século 19, além de obras de artistas mais celebrados como pintores, como Manet, Goya, Toulouse-Lautrec e Rembrandt Van Rijn.

A partir dessa sexta-feira, 'Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural' poderá ser visitada de terça-feira a sexta-feira das 10h às 18h e, aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h. Museu Nacional de Belas Artes (MnBA) - Avenida Rio Branco, 199, Centro (Cinelândia).


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Hora errada, lugar errado, causa errada


As ruas de Gainesville, Flórida, receberam ao mesmo tempo manifestantes supremacistas brancos e grupos que protestavam contra os crescentes casos de violência ligados a racismo em várias cidades americanas.

Entre estes últimos, uma questão tem sido levantada: você deve bater em um neonazista ou abraçá-lo e tentar diálogo pacifista com o elemento?

"Provavelmente, nem uma coisa nem outra", sugere o site Mashable, que publicou a matéria.

Em Gainesville aconteceram as duas abordagens: um homem socou o neonazista e, pouco depois, um manifestante o abraçou e quis saber porque ele não gostava de negros. "Eu não sei", foi a resposta do supremacista branco.


VEJA O VÍDEO DA TENTATIVA DE ABORDAGEM PACIFISTA A UM NAZISTA, CLIQUE AQUI

Ano novo, nova direção: dança das cadeiras no Globo e na revista Época em janeiro de 2018

Após sucessivas levas de demissões nos veículos do grupo, geralmente justificadas por processos de integração das redações de todas as plataformas, a Infoglobo anunciou mudanças nas estruturas de O Globo, Época, Extra e Expresso, que passam a ter como Diretora Editorial Ruth de Aquino. Os diretores de redação desses veículos passam a responder à experiente jornalista, que passou por Manchete, Jornal do Brasil, O Dia, BBC, Editora Abril, além da revista Época, onde ultimamente era colunista.
Frederic Kachar, diretor-geral de Infoglobo, Editora Globo e Valor Econômico, distribuiu hoje comunicado sobre as mudanças que serão implementadas a partir de janeiro de 2018.
Abaixo, a nota oficial:
"No Globo, Ascânio Seleme, diretor de Redação, deixa a empresa no fim de novembro. Até lá, contribuirá na transição para a nova gestão. Depois, passará a atuar como colaborador do Globo, dedicando-se à função de colunista.
Ascânio entrou no Globo em 1988. Somando-se as suas duas passagens pela empresa, completou 27 anos na Infoglobo, tendo aqui construído uma carreira muito bem-sucedida. Iniciou em Brasília como repórter de Economia, sendo, depois, repórter de Nacional e coordenador de Assuntos Nacionais da sucursal. Trabalhou também como correspondente em Paris por três anos, de 1996 a 1998. Saiu do jornal por um ano, em 2000, e retornou em 2001, quando veio para o Rio de Janeiro como editor-executivo, respondendo pela produção de notícias e, depois, pelas edições de fim de semana. Ascânio ganhou três prêmios Esso, dois de Reportagem e um de Meio Ambiente, além de outros prêmios nacionais. Assumiu a Direção da Redação do Globo em 2011 e, desde então, liderou projetos imprescindíveis para a evolução do negócio no meio digital, como a mudança no fluxo de trabalho e na estrutura da redação. À frente do jornal, Ascânio sempre prezou pela excelência editorial, atuando com uma equipe de jornalistas e colunistas renomados, coberturas amplas e analíticas e furos de reportagem históricos, características que garantiram o posicionamento do Globo como um dos principais veículos de comunicação do País.
Alan Gripp, editor de Integração, assumirá a direção da Redação do Globo com a principal missão de consolidar o avanço do negócio na atuação multiplataforma, potencializando o desenvolvimento de narrativas e abordagens adequadas às necessidades dos consumidores.
Alan é formado em Jornalismo pela UFF e pós-graduado em Políticas Públicas pelo Iuperj. Começou a sua carreira como repórter no Globo. Atuou por um período na Folha de S.Paulo, onde foi editor de Cotidiano e da Primeira Página, entre outras funções. Retornou ao Globo em 2014 como editor de Política. Alan recebeu dois prêmios Esso na categoria principal (Jornalismo) e o prêmio Rey de España, entre outros.
Maria Fernanda Delmas assumirá o cargo de editora de Integração, posição que até então era ocupada por Alan. O seu principal desafio será garantir o melhor funcionamento da Redação integrada, alinhando as práticas e os processos aos objetivos do negócio. Em breve, anunciaremos quem ocupará a posição anterior (editora executiva) de Delmas.
Na Época, a jornalista Daniela Pinheiro assume, a partir de janeiro, a Direção da Redação, que interinamente estava sob a gestão de Diego Escosteguy, editor-chefe de Época.
Daniela vem da revista piauí, onde atuou por dez anos. Lá, iniciou como repórter sênior e, mais recentemente, respondia pela operação digital e coordenação de novos projetos da revista. Começou a sua carreira na Folha de S.Paulo, de onde saiu para integrar a primeira equipe de jornalistas de Época. Teve passagens pelo Jornal do Brasil e trabalhou por dez anos na revista Veja, onde atuou como editora. Daniela já teve trabalhos mencionados por veículos como The New York Times, The Guardian, The Economist e The Financial Times. Venceu quatro vezes o Troféu Mulher Imprensa e três vezes o Prêmio Comunique-se como a melhor jornalista de mídia escrita do País.
Diego Escosteguy permanece no cargo atual até o fim do ano, colaborando no processo de integração das redações. No primeiro trimestre de 2018, ele assumirá um novo desafio na redação integrada.
Além dessas mudanças, em 2018, as redações da Infoglobo e a redação de Época passarão a atuar em uma nova configuração, com a estrutura integrada, sob a liderança de um diretor Editorial, que concentrará a gestão das marcas O Globo, Extra, Expresso e Época. Essa posição será ocupada, a partir de janeiro, pela jornalista Ruth de Aquino, que responderá diretamente a mim.
Com isso, Época muda sua sede para o Rio de Janeiro. São Paulo e Brasília passam a ser as sucursais, numa atuação também integrada das redações de Época, O Globo e Extra. As mudanças visam ao fortalecimento editorial das marcas, enriquecendo a produção do jornalismo de excelência com a união das equipes em um ambiente de colaboração constante.

Ruth é uma profissional com profundo conhecimento no mercado de mídia. Construiu uma carreira consistente, tendo atuado em grandes empresas de comunicação do País, como Jornal do Brasil e Manchete, além da BBC de Londres. No jornal O Dia, foi editora-chefe e diretora de Multimídia e, na Abril, respondeu pela área de Projetos Especiais, além de ter atuado como correspondente em Paris. Em sua passagem pela Editora Globo, ocupou o cargo de redatora-chefe e diretora da sucursal do Rio de Janeiro da revista Época, para onde ainda colabora como colunista. Fez mestrado em Ética versus necessidade de vender na London School of Economics e presidiu o Fórum Mundial de Editores, da WAN (Associação Mundial de Jornais), em Paris.
Os diretores de Redação Alan Gripp, Octavio Guedes e Daniela Pinheiro passam a se reportar a Ruth.
O apoio de todos será fundamental para o sucesso do time editorial na liderança de marcas prestigiadas e na contínua construção de uma empresa cada vez mais inovadora e indispensável neste novo contexto de mercado em que nos encontramos.
Agradeço ao Ascânio pela dedicação e pelas significativas contribuições dadas durante todo o tempo em que esteve na Infoglobo.
Em nome de toda a empresa, dou as boas-vindas a Ruth e a Daniela, desejando a elas muito sucesso nesta nova etapa profissional.
Da mesma forma, a Alan, Fernanda e Diego transmito os meus votos de muitas realizações nos
desafios profissionais que assumem agora.” 
(Frederic Kachar Diretor-geral Infoglobo, Editora Globo e Valor Econômico)

Juca Kfouri lança livro no Rio. É amanhã


Juca Kfouri transforma em livro seus 50 anos de jornalismo esportivo. O título não podia ter melhor inspiração: remete a "Confesso que vivi", a autobiografia de Pablo Neruda, e à frase de Darcy Ribeiro sobre suas próprias lutas. "Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu", sentenciou o antropólogo e político.
São referências que fazem sentido na trajetória de um dos mais combativos jornalistas esportivos das últimas décadas. Em nome da paixão pelo esporte, Juca desafiou poderosos.
"Grandes lutas da minha vida, por um país justo e um futebol bem gerido, claramente perdi", disse ele à Revista do Brasil.

Leitura recomendada para paneleiros...


domingo, 22 de outubro de 2017

Tá debochando de eu? Larga deu... Como dizia Bezerra da Silva, "já passou da hora do bicho pegar"

por O.V.Pochê

Depois da ideia da Ração Doria, que é um exemplo bem acabado de "segurança alimentar", organizações sociais estão virando a noite para apresentar projetos ao presidenciável. É um campo novo de negócios aproveitar sobras para engordar o povão. As iniciativas agora vão desde o útil ao lazer. A maioria dos projetos está sob sigilo, mas uma fonte próxima ao "terceiro setor" entregou algumas informações em troca de um mimo: um quadro de Romero Britto.

Seguem alguns projetos em estudo. E são apenas alguns, as sugestões não param de chegar após o extraordinários sucesso da Ração Doria.


Chope artesanal Doria - há um grande desperdício dos restos de chope que os pinguços deixam nas calderetas. Daí um projeto integrado com botequins vai reciclar a sobre a distribuir chope pós-gourmet nas comunidades. Futuramente, o mesmo será feito com champã

Tênis Doria - Um grupo de voluntários vai recolher todos os tênis pendurados na rede elétrica - são milhares só em São Paulo - lavá-los no Tietê e doar às crianças das escolas públicas.

Camisinha Doria - Pobre tem a mania de se reproduzir. Isso tem que acabar. Senhoras da sociedade paulistana vão percorrer as ruas, canais, bueiros e rios recolhendo restos de sacolas de supermercados. O material será reaproveitado na fábrica de um empresário colaborador e transformada em camisinhas.

Perfume Doria - Pobre às vezes não cheira bem. Esse problema vai acabar. Voluntárias da elegante região dos Jardins vão passar de mansão em mansão recolhendo sobras de perfumes nos banheiros da madame. Acontece muito de os maridos ou amantes não gostarem da fragrância e o produto ser desprezado até evaporar. Com essa iniciativa, os perfumes serão reembalados e distribuidos gratuitamente. Até o ar do metrô vai ficar mais respirável.

Cuecas e calcinhas Doria - Socialites já confessaram em entrevistas que não é elegante mandar lavar calcinha e cueca. Usou, jogou fora, compra outra. Aí está outra grande oportunidade social: pedir doações à elite paulistana. O material será devidamente higienizado e distribuído em parceria com a Arquidiocese.

Cruzeiros Doria - Autoridades observaram que há muitos barcos parados em algumas represas de São Paulo. Serão feitos convênios com os proprietários para levar famílias de pobres a passeios que simularão um pouco dos elegantes cruzeiros marítmos. Haverá mesa de croquetes feitos com Ração Dória. Os pobres merecem ter essa sensação. Haverá também uma função educativa que é mostrar in loco que a poluição do meio ambiente não impede o lazer.


Milhagem Doria - Será criado um programa de milhagens para linhas de ônibus. O pobre que gastar mais de quatro horas para ir e voltar do trabalho vai ser compensado: suas milhas poderão ser trocadas por um tour nas comunidades do ABC. Por cinco mil milhas poderá até fazer o mesmo indo ao Rio de Janeiro visitar áreas conflagradas que só conhecem pela TV.


E aí, History Channel, pode isso? Escritores Lira Neto e Laurentino Gomes denunciam no Facebook que foram enganados por programa do canal a cabo