sábado, 31 de outubro de 2009

Boas intenções, de novo

Já se falou aqui sobre o perigo das "boas intenções" que justificam tudo. Sou a favor da Copa de 20014 no Brasil e, ainda mais, da Olimpíada de 2016, no Rio. Mas há o risco de que, em nome desses eventos, desvios aconteçam. É a teoria do tudo-pode em função do pretexto. Tudo isso para falar que, hoje, está no jornais que o governo do estado está desistindo da parceria público-privada para a reforma do Maracanã. Aparentemente, não apareceu o parceiro privado disposto a botar dinheiro no projeto. Resultado: a obra será feita mesmo com dinheiro público e, quando pronta, entregue, aí sim, ao parceiro privado que administrará a "receita". Alguma novidade ou surpresa nisso? Claro que não. É a famosa receita da privatização-moleza desenvolvida nos anos 90. Para esclarecer: sou a favor de que o estado cuide de saúde, educação, serviços públicos, empresas mistas estratégicas e fomente o desenvolvimento, outros setores devem mesmo privatizados. Mas que tal o parceiro privado meter a mão no bolso também e não apenas usufruir dos lucros?

Um comentário:

debarrros disse...

Caros, com boas intenções não se consegue adiministrar um galinheiro, que dirá administrar uma Empresa Privada. A Empresa Privada visa somente o lucro é esse o seu objetivo enquanto Empresa. Se não for assim ela deixa de ser Empresa Privada. As Empresas Públicas é que, por não visarem o lucro, são chamadas públicas. Essa pequena diferença semântica complica todo o sistema admninistrativo. Embola o meio de campo como diz aquele, que hoje é chamado de Jesus Cristo. As únicas Empresas que deveriam ser públicas seriam a de transporte de massa, a Saúde e a Educação o resto joga nas mãos dos Empresários que irão ganhar dinheiro ou perder dinheiro nas
Empresas Públicas Privatizadas. De que forma eles irão ganhar a exploração dessas Empresas é outro problema.
Não adianta, o Estado sempre foi mal administrador de suas empresas. Elas – aparentemente – não vão à falência porque o governo as sustenta com o dinheiro dos impostos. Que dizer quem vai pagar é o povo, como sempre. Aquele, que hoje está sendo comparado a Jesus Cristo, acha que o dinheiro do Tesouro Nacional – por não entender nada de nada – é dele, quer dizer do Governo. Tenho a impressão que ele acha que é mais dele. É apenas uma desconfiança.