domingo, 25 de outubro de 2009

O Trem? Que trem?

Hoje, li com tristeza uma reportagem no jornal O Globo em que foca o abandono em que se encontram as ferrovias, privatizadas ou não, da malha ferroviária do país. O estranho nessa história é que os países,– fora os EUA – que colaboraram na nossa colonização sempre priveligiaram o transporte ferroviário. A velha Europa tem o seu continente cortado de norte a sul e de leste a oeste por llnhas férreas que o levam a qualquer parte dele. Sem falar no "Orient Express", uma composição – de alto luxo – que transportava o seu passageiro, de Londres a Istambul, na Turquia, passando por vários paises. O "Orient Express" serviu até de cenário para um dos romances p0liciais de Agatha Christie. A Índia, colonizada pelo Império Ingles , até hoje tem nos seus trens o seu melhor meio de transporte implantado por esses mesmos ingleses, que vieram implantar no Brasil a "Leopoldina Raylwais", que parece ficou nisso. Para citar o EUA, que para conquistar e implantar o o seu domínio, atravessou o país do Atlântico ao Pacífico com a estrada de ferro ou, o chamado "Cavalo de Ferro", assim chamado pelos habitantes naturais do oeste americano, os Índios selvagens americanos.
O Brasil não chegou nem a ter uma linha férrea, que ligasse Rio de Janeiro a São Paulo com eficiência e produtividade.
Agora, a megalomania de um governo, que não sabe nem que é governo, quer criar o "trem bala" ligando Rio a São Paulo. Imagina, se nem conseguiu a proeza, simples, de fazer essa comunicação tradicional, quer fazer através de um meio complexo e de alto custo tecnológico, que não tem.
O presidente Juscellino Kubischek, que dizem progrediu o país cincoenta anos em cinco, conseguiu acabar com a malha ferroviária, que não era tão boa, para implantar as rodovias, que atravessariam o país, favorecendo desta maneira as montadoras de automóveis.
Hoje, temos estradas por todos os Estados brasileiros pagando um preço muito alto por esse transporte rodoviário. O país progrediu cincoenta anos em cinco? Na minha opinião, não. Acho até que regrediu.
Há cincoenta anos atrás existia no Brasil um serviço marítimo de cabotagem, por pequenos navios batizados de "Ita", que faziam o transporte, não só de passageiros como o de cargas comerciais e alimentos. Esses "Itas"iam parando de porto em porto descarregando as suas encomendas por um preço baixo o que facilitava a sua comercialização. Acabaram também com essa modalidade de transporte barato que facilitava as trocas comerciais sem inflacionar o mercado. Praticamente a única forma de transporte no brasil, sem falar no avião, que é um transporte caro, é o automóvel e o caminhão, transportes em nada econômicos se comparados com o trem e o navio mercante.
Mas, é assim que esse país vem funcionando, porque é assim que as grandes empresas, nacionais ou não, querem, para se enriquecerem, na venda dos seus combustiveis, às custas do bolso do povo.

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