domingo, 3 de novembro de 2013

O amor está aí para decorar a vida. Não para bagunçar

por Eli Halfoun
O Brasil começa a aceitar e a tratar com naturalidade o cada vez maior número de relações homoafetivas (elas sempre existira, mas ficavam muito escondidas) formando novos casais de homens com homens e de mulheres com mulheres em uma sociedade na qual até recentemente essas relações eram menosprezadas, agredidas e desrespeitadas Como se fosse possível desprezar o amor. Qualquer tipo de amor desde que seja amor verdadeiro.

Estamos vivendo numa nova realidade mundial e os veículos de comunicação não poderiam, por mais preconceituosos que alguns ainda sejam deixar de olhar diretamente para esse novo tempo. A televisão que nessa questão se impunha uma autocensura cruel, abriu os olhos e percebeu que se quer mesmo refletir o novo tempo da humanidade precisa olhar esse novo tempo de frente e sem medo. Está fazendo isso: viro comum as novelas mostrarem casais homoafetivos (na recém terminada “Sangue Bom” formaram-se pelo menos dois aceitos casais). O assunto também ganha espaço em outros programas. Foi o caso recente do, por exemplo, ótimo “Decora” que destacou a competente arquiteta Bel Lobo para reformar o quarto de um casal de mulheres que ia casar. A Globo jamais se permitiria esse tipo de decoração se a sociedade não estivesse consciente de que os tempos mudaram e que é preciso aceitar e respeitar as mudanças. Respeito que a família das duas mulheres envolvidas na intensa relação de amor fizeram com naturalidade como o programa também mostrou sem forçar a barra e sem esconder ou disfarçar nada. A mãe de uma das moças definiu a situação: “o importante é que minha filha está feliz e se ela está feliz também estou”. Relações de amor precisam nascer para decorar a vida. (Eli Halfoun) 

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