por Eli Halfoun
Assuntos médicos ligados
a novas doenças, novas formas de tratamento e principalmente e possibilidade de
uma cura definitiva sempre estiverem muito presentes na mídia como prestação de serviço. O que deveria ser uma prestação de serviço está virando um perigoso desserviço tamanha a
quantidade de informações científicas que são das vias televisão, jornais e revistas. A exagerada quantidade de informações pode acabar provocando muitas doenças, mais insegurança e muito mais medo. Ocorre que o leigo que não entende direito a questão, interpreta do jeito que quer e termina por fazer seu próprio diagnóstico e tratamento, que só pode e deve ser dado por um especialista.
São na maioria das vezes médicos que ocupam os programas de televisão para falar de doenças e tratamentos, mas mesmo assim nenhum médico, por mais competente que seja, tem a capacidade verbal e profissional de
promover ou incentivar a curas através de um veículo de comunicação. Além do mais é sabido que quando se fala de um novo tratamento fala-se de uma espera de dez ou vinte anos para que a nova descoberta científica tenha valor comprovado. Não importa: o paciente se enche de esperança e como quase sempre não acontece nada, a esperança vira frustração e desânimo e deixa o paciente mais doente. Profissionais de saúde precisam pensar muito antes de falar, não se pode brincar com quem está doente.
Também é preciso dar um
basta nas centenas de dietas sugeridas diariamente para a perda de vários quilos em poucos dias. É chá disso, chá daquilo, e o resultado é que as pessoas passam a consumir chá e mais chá e abrem mão do verdadeiros e cientificamente comprovados medicamentos. É preciso ter responsabilidade para falar de saúde com a população que se anima com qualquer coisa e, o que é pior, acredita em qualquer coisa em nome da cura e do fim de uma dor que acaba sempre mais doída e sofrida. (Eli Halfoun)
2 comentários:
A medicina no Brasil em que ser socializada e gratuita como em outros países. Porque não gratuita? Existe o SUS, mas o governo não lhe dá a devida atenção e sempre falta verba para sua continuidade e fins e o que lhe é destinado é desviado para outras vias.
É estatística. O bairro de Icaraí, em Niterói, tem a maior concentração de consultórios médicos na América do Sul.
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