quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Medicina não é para ser exercitada através da mídia

por Eli Halfoun
Assuntos médicos ligados a novas doenças, novas formas de tratamento e principalmente e possibilidade de uma cura definitiva sempre estiverem muito presentes na mídia como prestação de serviço. O  que deveria ser uma prestação de serviço está virando um perigoso desserviço tamanha a quantidade de informações científicas que são das vias televisão, jornais e revistas. A exagerada quantidade de informações pode acabar provocando muitas doenças, mais insegurança e muito mais medo. Ocorre que o leigo que não entende direito a questão, interpreta do jeito que quer e termina por fazer seu próprio diagnóstico e tratamento, que só pode e deve ser dado por um especialista. São na maioria das vezes médicos que ocupam os programas de televisão para falar de doenças e tratamentos, mas mesmo assim nenhum médico, por mais competente que seja, tem a capacidade verbal e profissional de promover ou incentivar a curas através de um veículo de comunicação.  Além do mais é sabido que quando se fala de um novo tratamento fala-se de uma espera de dez ou vinte anos para que a nova descoberta científica tenha valor comprovado. Não importa: o paciente se enche de esperança e como quase sempre não acontece nada, a esperança vira frustração e desânimo e deixa o paciente mais doente. Profissionais de saúde precisam pensar muito antes de falar, não se pode brincar com quem está doente. 

Também é preciso dar um basta nas centenas de dietas sugeridas diariamente para a perda de vários quilos em poucos dias. É chá disso, chá daquilo, e  o resultado é que as pessoas passam a consumir chá e mais chá e abrem mão do verdadeiros e cientificamente comprovados medicamentos. É preciso ter responsabilidade para falar de saúde com a população que se anima com qualquer coisa e, o que é pior, acredita em qualquer coisa em nome da cura e do fim de uma dor que acaba sempre mais doída e sofrida. (Eli Halfoun)

2 comentários:

J.A.Barros disse...

A medicina no Brasil em que ser socializada e gratuita como em outros países. Porque não gratuita? Existe o SUS, mas o governo não lhe dá a devida atenção e sempre falta verba para sua continuidade e fins e o que lhe é destinado é desviado para outras vias.

J.A.Barros disse...

É estatística. O bairro de Icaraí, em Niterói, tem a maior concentração de consultórios médicos na América do Sul.