quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Ninguém é tão louco quanto parece ou quer ser

por Eli Halfoun
Assim como de técnicos de futebol, o país está cheio de “psiquiatras e psicólogos de botequim”, todos com uma solução na ponta da língua, como se fosse assim tão fácil entender a mente e o comportamento humano. Estamos (e ainda bem) cada vez menos normais até do ponto de vista médico que exagera. O psiquiatra americano Dale Archer que acaba de lançar o livro “Quem disse que é bom ser normal?” declarou para a  Folha de São Paulo que existe um excesso de diagnóstico de doenças mentais e que estão “patologizando”, ou seja, transformando em doenças comportamentos normais. Portanto, não está “todo mundo louco” como diz a música de Silvio Britto e como pelo visto querem os psiquiatras. Na área médica as opiniões se dividem: a psicanalista Regina Elisabeth, da Sociedade de Psicanálise de São Paulo, diz que “as pessoas estão menos tolerantes às emoções". Ela acredita que “há menos lugar para a tristeza e por isso mesmo a “exaltação e excitação são confundidas com felicidade.” Para a psiquiatra e psicanalista “vivemos de uma forma mais estimulante na qual as emoções mais depressivas, reflexivas, não têm espaço".

Ninguém é tão normal ou anormal quanto pensa e nem todo diagnóstico psiquiátrico é verdadeiro e definitivo. Importante é não confundir tristeza com depressão e encarar a vida de frente, com entusiasmo e sem medo. Afinal somos todos sempre um pouquinho loucos Isso é convenhamos muito saudável.  (Eli Halfoun)

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