Adolpho Bloch ao lado do elenco e da diretora Tizuka Yamazaki, à direita, comemora o lançamento da novela "Kananga do Japão". Foto Rede Manchete/Divulgação |
Os cenários de "Kananga do Japão" recriaram a Praça 11, no centro do Rio. Foto Rede Manchete Divulgaçãoão |
por Alberto
Carvalho
O encontro
dos ex-funcionários da Bloch no restaurante Ernesto, no último sábado, me fez lembrar dos velhos
tempos da Lapa. Encontros como esse se realizavam no restaurante Capela, que
ficava no Largo da Lapa, em frente ao abrigo dos bondes. Era o point dos cariocas boêmios, malandros,
sambistas, músicos e outras camadas da night que, no final de cada jornada nos
dancing's, salões de sinuca e rodas de samba, se dirigiam ao Capela para
saborear o melhor filé mignon acebolado do Rio.
O ambiente no Ernesto, no dia da ExpoBloch me fez lembrar desse tempo.
Me lembrou também do saudoso Adolpho Bloch, que era um judeu de Kiev, tão
carioca como os cariocas nascidos na cidade do Rio de Janeiro. E ele estava
ali, presente nas fotografias do mural,
observando seus funcionários felizes se confraternizando e relembrando
os tempos áureos da empresa que tão bem ele construiu. A caioquês do
"titio" - como era chamado carinhosamente - se revelou uma vez quando
pediu ao Carlos Heitor Cony que fizesse um roteiro para uma novela que foi
exibida pela TV Manchete. O tema era a boêmia carioca que bombava na Praça Onze
onde existia uma gafieira chamada "Kananga do Japão". A novela, exibida entre 1989 e 1990, foi um
grande sucesso. Christiane Torloni, Raul
Gazola e outros grandes atores reviveram os anos 40/50, época máxima da boemia
carioca. Gostaria de fazer aqui uma sugestão: Que tal no próximo encontro
fôssemos fantasiados com modelitos da "antiga" e se possível uma
banda ou aparelho de som, tocando marchinhas maxixe, chorinho e jazz?
REVEJA O VÍDEO DE ABERTURA DA NOVELA "KANANGA DO JAPÃO". CLIQUE AQUI
3 comentários:
Adolpho Bloch foi um carioca de nacionalidade estrangeira.
Já dizia Vinicius de Morais: "ser carioca é antes de mais nada um estado de espírito".
Essa novela foi maravilhosa, nota dez, não sabia que tinha a ver com a vida do boemio Adolpho Bloch.E comio é bonita a cena do casal dançando com uma musica muito legal. Dificil ver isso nas novelas atuais que nem elenco bom tem, é uma gsrotada deslumbrada que vem de Malhação e Big Brother. Desculpem mas é verdade
O homem só dá valor ao que tem quando perde, Nesses almoços de reencontros com os colegas e amigos com quem trabalhamos é que sentimos o quer perdemos com o fechamento da Bloch.
Belos dias, belas madrugadas, belos carnavais que se foram e nunca mais teremos. E como reclamávamos da Bloch? Repetindo antigo e chato bordão: "éramos felizes e não sabíamos"
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