por Eli Halfoun
Através da Secretaria de
Envelhecimento e Qualidade de Vida, o governo do Estado do Rio de Janeiro está
oferecendo (afinal é tempo de eleição) o pioneiro e importante atendimento
médico aos idosos em casa. A idéia, já em prática, foi criar o Qualimóvel, que é
um ambulatório ambulante instalado em ônibus que passarão por 29 municípios
para atender 21 mil pacientes. O ambulatório móvel terá um geriatra, um oftalmologista,
um odontologista, uma enfermeira, um técnico em enfermagem e também um técnico
para ensinar a fazer uma adequada higiene bucal. Não há dúvida de que é um
quase “programa de saúde” que poderá realmente dar mais e melhor expectativa
aos já tão abandonados e rejeitados idosos que enfrentam muitas dificuldades de
atendimento em ambulatórios hospitais e em postos de saúde. A iniciativa será
(seria) louvável se funcionar como se promete (em tempo de eleição promete-se tudo),
mas sabemos por experiências anteriores que o bom funcionamento só acontecerá
na fase inicial, que é a fase de promover o “produto” e promover-se com ele.
Depois os médicos começarão a faltar ao serviço, os ônibus quebrarão e serão
jogados em abandonados em uma das muitas garagens do estado que são verdadeiras
fábricas de sucatas e de desperdício de dinheiro público. Esse filme a população
está cansada de ver e por mais que tente ter esperança de que o programa
funcione tem mesmo é a certeza de que tudo será como antes. Não se trata de pessimismo:
em todos os governos esse tipo de novela sempre vira um “não vale a pena ver de
ovo” e como sempre deixa os idosos no ora veja. Enquanto ainda consegue
enxergar um mínimo de vida saudável e digna. (Eli
Halfoun)
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