por Eli Halfoun
O Jornal Nacional noticiou
que está pronto o projeto de reforma política que o Brasil tanto espera e
precisa. Se for aprovado pela Câmara, pelo Senado e pela Presidência da
República, as novas regras eleitorais só passarão a valer a partir de 2018.
Até lá é evidente que muitas questões ainda serão debatidas, mas ninguém tem
dúvidas de que a principal será a não mais obrigatoriedade de votar. Deixar ao
eleitor a decisão de comparecer ou não às juntas eleitorais é uma sábia decisão:
um país só é inteiramente democrático quando o povo tem o direito de fazer
todos os tipos de escolha. Obrigar o eleitor a votar é uma imposição absurda e
ditatorial como, aliás, são todas as imposições. O grande argumento dos favoráveis
a obrigatoriedade do voto é o de que a população preferirá ir à praia a comparecer
para cumprir seu dever de cidadão. Não é não e não será bem assim: o brasileiro
está cada vez mais politizado e consciente de seu dever como cidadão e se preferir
não votar será apenas como uma forma de protestar contra a política que ainda
se faz no país e principalmente contra os políticos que o país ainda nos
oferece. Levando em conta o que se tem no momento por aí nas disputas
eleitorais dá mesmo vontade de não comparecer para votar. Não tenho dúvidas de
que essa liberdade de votar ou não votar fará o brasileiro amadurecer ainda mais
politicamente e só permitirá que se candidatem os políticos que realmente
possam fazer o eleitor preferir a urna a praia. (Eli Halfoun)
2 comentários:
Está pronto o projeto da reforma política disse o Jornal Nacional. Mas, que reforma política é essa? Ela não pode ser somente discutida pelos falsos representantes do povo no Congresso. Essa reforma política tem que ir para as ruas primeiro e ser submetida e discutida pelo povo antes de tudo. Uma reforma política que só interessará aos políticos não será uma reforma política. Esses atuais políticos são representantes deles mesmos. Primeiro tem que ser ouvida a opinião pública comentada e discutida em Seminários, Assembleias das comunidades, nas Escolas, nas Universidades, nos Sindicatos – apesar da incompetência deles – nas fábricas enfim o povo tem de ser ouvido.
Em ter que votar nesse bando de oportunistas, aproveitadores e incompetentes então é preferível não votar.
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