por Eli Halfoun
Com o final de “Sangue
Bom”, a Rede Globo tem em seu recheado baú de dramaturgia mais uma novela para
dentro de alguns meses (ou anos) nos empurrar goela abaixo no “Vale a pena ver
de novo”, embora nem sempre valha mesmo. O recém-concluído trabalho de Maria
Adelaide Amaral e Vincent Villari não chegou a ser uma atração extraordinária.
Foi apenas mais um produto produzido com capricho como, aliás, costumam ser
todas as novelas da Globo. Como aconteceu com outras chamadas “novelas das sete”
“Sangue Bom” só quis divertir e o fez muito bem, mas sem deixar de colocar para
o público algumas questões para pensar. Uma delas, talvez a principal, foi a de
mostrar que correr atrás do dinheiro praticando um verdadeiro vale-tudo para ganhá-lo
não garante felicidade para ninguém, caso da personagem Amora (Sophie
Charlotte) que só descobriu que a paz da felicidade estava nela depois que
perdeu quase tudo. Não é preciso perder nada para perceber que a felicidade não
depende de fama ou de bens materiais. Ela mora inteira dentro de nós.
A solidariedade também
foi uma constante na novela e se fez presente na conduta nada forçada do
personagem Bento (Marcos Pigossi) e na camaradagem criada naquele mundinho da
“Casa Verde, que apesar das dificuldades era um paraíso construído nas mãos
dadas de uma vizinhança absolutamente cooperativa. Os personagens Gilson
(Daniel Dantas) e Salma (Louise Cardoso) foram porta vozes da necessidade de apoiar
crianças abandonadas com amor e educação. Outro importante aspecto da novela
foi mostrar através da personagem (Verônica/Palmira) que jamais se deve abandonar
um sonho (no caso dela o de ser cantora) e que sonhos podem e devem ser sempre
resgatados para proporcionar momentos de realização e de felicidade em qualquer
época. (Eli Halfoun)
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