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por Ed Sá
Gore Vidal já escreveu que sexo é política e é de Oscar Wilde a frase que emoldura o retrato de Frank Underwood (acima).
Trata-se do operador do vale-tudo institucional que é tema do seriado House of Cards, interpretado pelo ator Kevin Spacey.
Underwood joga todos os escrúpulos às favas, como pregava o ministro da ditadura Jarbas Passsarinho e como demonstra Joesley Batista.
As gravações de Joesley superam a ficção mas mostram um ponto em comum com o personagem do seriado: se o dinheiro é o hardware do suborno, sexo é o aplicativo que amacia eventuais resistências.
Trechos da gravação demonstram que, apesar dos milhões, Joesley não dispensava o approach sexual para abrir caminhos. Para ele, era apenas mais uma estratégia de negócios.
Ao falar com tanta naturalidade sobre suas manobras, o bilionário dá a impressão de que falta muito a contar na sua delação premiada. É possível que alguns valores contabilizados como propinas tenham sido depositados em camas ilustres e lençóis republicanos de Brasília. Havia até opções de gênero para atender preferências diversificadas.
Quem sabe um futura força-tarefa se concentre nesse aspecto apimentado da operação Sexo a Jato.
No mínimo dará um filme bem melhor do que o promocional "Polícia Federal, a lei é para todos".
OUÇA TRECHOS DA GRAVAÇÃO ONDE O SEXO É A PROPINA, CLIQUE AQUI
Um comentário:
Bem, com a delação do Palloci, começa a se desenrolar este novelo de lã que se expressa nos governos de Lula e Dilma Rousseff. Ora, 300 milhões de reais oferecidos a essa dupla é alguma coisa de muito séria. Vem daí os recursos que a dona Dilma usou para comprar a sua Mansão em Porto Alegre por 5 milhões de reais. Fica explicado também o seu vai e vem para todo o Brasil enrolada nas pernas do seu patrão, Lula. Alguém tem de pagar essas viagens e estadias. Como disse o célebre economista: "não existe almoço de graça", porque de alguém ou de algum lugar vem o dinheiro para sustentar essa orgia de campnahas pessoais e eleitorais.
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