por O.V.Pochê
O Brasil vive a era dourada dos caguetas. Tem até fila para delação premiada. Segundo O Globo de hoje, Sérgio Cabral e seus parceiros já estão se desentendendo no presídio à medida em que antigos participantes do "trenzinho" na noite parisiense se penduram na delação como única forma de diminuir os prejuízos. Tem cagueta disposto a não poupar nem a cara-metade, muito menos a mãe.
Ao ver que alguns delatores viraram celebridades e preservaram parte dos ganhos, além de se livrar da cadeia fechada propriamente dita, tudo mundo que entrar nessa boquinha. Por enquanto, o doleiro Alberto Youssef é uma espécie de guru da modalidade. Ele já foi delator no processo do Banestado - foi "acordo de colaboração", já que não existia no Brasil a figura jurídica da "delação premiada" - , deu-se bem, reincidiu no crime, repetiu a dose premiada na Lava Jato e já está em seu apê paulista e com direito a percentual em parte da grana que for localizada graças à sua delação.
Antonio Palloci sonha em ser X-9, mas ainda não sabe se sua delação será aceita. Ele já tentou várias vezes, ensaiando vários conteúdos. Insinuou que tinha muito a dizer sobre o sistema financeiro e sobre as grandes corporações da mídia. Não colou, "dona Justa" não achou que fosse por aí. Avançou um pouco junto a suas excelências ao centrar fogo em Lula. Palloci parece precisar de mais tempo para encontrar o tom certo da sua delação.
Pouca gente lembra, mas o Brasil já ajudou a criar um delator famoso e não falo do Calabar. Em 1984, foi preso o mafioso Tomaso Buscetta, que a pronúncia do Jornal Nacional chamou de "Busketa", para evitar que a família brasileira entrasse em pânico ao ouvir Cid Moreira dizer via satélite "Boa Noooite! Juiz pede condução coercitiva para Bucetta". O italiano foi preso pela PF e deportado para a Itália. Lá, entregou a Cosa Nostra, teve punição aliviada, ganhou um salário e proteção policial até morrer na cama, de câncer, em 2000.
Há dúvida na História para se identificar o ancestral dos atuais delatores. O ministério público bíblico ainda não sabe exatamente quem dedurou Adão por ter comido a maçã depois que Eva deu uma dentada no "fruto proibido. A cobra? Estudiosos não sabem, na verdade se a fruta era maçã ou jabuticaba do "conhecimento". De qualquer forma, o crime do primeiro casal - não confundir com Sérgio e Adriana - já prescreveu. Até prova em contrário, o título de primeiro X-9 premiado passa então para o conhecido Judas.
A charge de Schröder, acima, foi publicada pela Mídia Ninja, no Twitter.
É possível, segundo um pergaminho cifrado encontrado mas não enviado na caixa postal de Herodes, que os ladrões tenham se livrado da cruz ao denunciar à força-tarefa romana que Jesus pretendia ressuscitar. E que Maria Madalena estava envolvida no acontecimento. De fato, os romanos passaram a perseguir a seguidora de Cristo,testemunha da ressurreição, que fugiu para a Gália, a atual França. Se non è vero, è ben trovato.
3 comentários:
Não saiu no jornal acusação sobre facilitação ou venda de delações premiadas? Deve ser bom negócio então
Parabéns pela charge, uma verdadeira charge – sem "entreouvidos" – usando apenas os valores da charge. Essa charge eu comparo a uma outra charge que saiu o JB e o chargista era o Ziraldo que focava a agonia da morte do ditador Franco da Espanha.
Tato essa charge como a do Ziraldo usava o fato como a sua crítica. Charge do Ziraldo: vamos ver se consigo descreve-la : Ao fundo uma janela imensa deixando ver riscos representando vozes de uma multidão. No primeiro plano uma cama de hospital deixando antever um vulto de alguem nela deitado e ao seu lado uma caricatura de um general bem fardado falando para o suposto enfermo: "Generalíssimo Franco esse som é o povo se despedindo." Em seguida o generalíssimo responde: "Ué! eles vão para onde?"Simples e genial assim como essa charge com Jesus sozinho na cruz. Schröder está de parabéns.
E no filme de Tom Hanks com a história do escritor americano Maria Madalena seria na verdade o cálice sagrado e Maria Madalena mulher de Jesus se refugiou na França então Gália carregando no ventre um filho de Jesus.
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