LEIA AQUI
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Mostrando postagens com marcador gravações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador gravações. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 10 de junho de 2019
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Joesley Batista e a força-tarefa da Operação Sexo a Jato
Reprodução Pinterest |
por Ed Sá
Gore Vidal já escreveu que sexo é política e é de Oscar Wilde a frase que emoldura o retrato de Frank Underwood (acima).
Trata-se do operador do vale-tudo institucional que é tema do seriado House of Cards, interpretado pelo ator Kevin Spacey.
Underwood joga todos os escrúpulos às favas, como pregava o ministro da ditadura Jarbas Passsarinho e como demonstra Joesley Batista.
As gravações de Joesley superam a ficção mas mostram um ponto em comum com o personagem do seriado: se o dinheiro é o hardware do suborno, sexo é o aplicativo que amacia eventuais resistências.
Trechos da gravação demonstram que, apesar dos milhões, Joesley não dispensava o approach sexual para abrir caminhos. Para ele, era apenas mais uma estratégia de negócios.
Ao falar com tanta naturalidade sobre suas manobras, o bilionário dá a impressão de que falta muito a contar na sua delação premiada. É possível que alguns valores contabilizados como propinas tenham sido depositados em camas ilustres e lençóis republicanos de Brasília. Havia até opções de gênero para atender preferências diversificadas.
Quem sabe um futura força-tarefa se concentre nesse aspecto apimentado da operação Sexo a Jato.
No mínimo dará um filme bem melhor do que o promocional "Polícia Federal, a lei é para todos".
OUÇA TRECHOS DA GRAVAÇÃO ONDE O SEXO É A PROPINA, CLIQUE AQUI
domingo, 4 de junho de 2017
"Jornalismo" à venda: conversa gravada entre Aécio Neves, Moreira Franco e Douglas Tavolaro, sobrinho do "bispo" Macedo, indica negociação para entrevista na Rede Record em troca de patrocínio da Caixa...
(do DCM)
Conversas entre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral de Governo) e um executivo da TV Record indicam uma negociação para a emissora ter demandas atendidas pela Caixa Econômica Federal em troca de fazer uma entrevista com o presidente Michel Temer (PMDB).
A conversa, travada entre Aécio e Douglas Tavolaro, sobrinho do bispo Edir Macedo e vice-presidente de jornalismo do grupo, fala em “juntar tudo num pacote e sair”.
Em outra conversa, citando o conhecimento do presidente Temer do pedido da Record, Aécio cobrou o ministro Moreira Franco para “entrar no circuito com o cara da Caixa” e este disse que já tinha encaminhado a demanda da emissora.
Tratava-se de um pedido de patrocínio da Record à Caixa — que foi negado pela área técnica do banco. Segundo a Caixa, foi o próprio Moreira Franco quem encaminhou o pedido da emissora. A entrevista da Record com Temer não foi realizada.
Em mais de um momento, durante um telefonema, Aécio e Moreira Franco dão a entender que há o aval de Temer. Em todos os diálogos, o telefone grampeado é o do senador Aécio Neves. Os grampos foram realizados na noite de 19 abril.
LEIA MATÉRIA COMPLETA E OUÇA A GRAVAÇÃO NO SITE DCM, CLIQUE AQUI
Conversas entre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral de Governo) e um executivo da TV Record indicam uma negociação para a emissora ter demandas atendidas pela Caixa Econômica Federal em troca de fazer uma entrevista com o presidente Michel Temer (PMDB).
A conversa, travada entre Aécio e Douglas Tavolaro, sobrinho do bispo Edir Macedo e vice-presidente de jornalismo do grupo, fala em “juntar tudo num pacote e sair”.
Em outra conversa, citando o conhecimento do presidente Temer do pedido da Record, Aécio cobrou o ministro Moreira Franco para “entrar no circuito com o cara da Caixa” e este disse que já tinha encaminhado a demanda da emissora.
Tratava-se de um pedido de patrocínio da Record à Caixa — que foi negado pela área técnica do banco. Segundo a Caixa, foi o próprio Moreira Franco quem encaminhou o pedido da emissora. A entrevista da Record com Temer não foi realizada.
Em mais de um momento, durante um telefonema, Aécio e Moreira Franco dão a entender que há o aval de Temer. Em todos os diálogos, o telefone grampeado é o do senador Aécio Neves. Os grampos foram realizados na noite de 19 abril.
LEIA MATÉRIA COMPLETA E OUÇA A GRAVAÇÃO NO SITE DCM, CLIQUE AQUI
terça-feira, 24 de maio de 2016
Conversa marginal: o som ao redor do golpe...
Temer, o interino pós-golpe, é vaiado ao chegar ao Congresso após a divulgação do grampo Jucá-Machado. Nos cartazes, "Temer e Jucá; golpe revelado". e... |
"Delcídio = Jucá - Prisão e Conselho de Ética Já". Fotos de Lula Marques/Agência PT |
A repercussão internacional da baixaria política do governo pós golpe |
O golpe foi encaminhado pela oposição e desmascarado imediatamente no segundo dia do segundo governo de Dilma Rousseff. Nos meses seguintes, apenas se acelerou, testou "justificativas" jurídicas e contábeis, até forçar a versão que chegou à Câmara, fundamentada na ficção e na virada de mesa. O diálogo divulgado pela Folha de São Paulo entre o breve ministro Romero Jucá e Sergio Machado, ex-senador e líder do PSDB, nos anos 90 e filiado ao PMDB desde 2001, desmoraliza de vez o complô e expõe os verdadeiros motivos do golpe. As gravações já seriam conhecidas desde antes da votação do golpe na Câmara e no Senado. Políticos conhecidos perdem o sono com o possível aparecimento de outras conversas gravadas.
Esses grampos deveriam ser a trilha sonora dos trios elétricos e dos panelaços do pessoal que vestiu nas ruas a camisa da CBF para cantar Prá frente Brasil.
Agora, foi patético ouvir ontem e ler hoje certos comentaristas e articulistas apoiados simbolicamente nas próprias mãos e joelhos a tentar justificar as revelações e a defender interpretações extremamente criativas do baixo diálogo nos porões golpistas. Sinistro.
OUÇA TRECHOS DA "SINFONIA" DE ROMERO JUCÁ E SERGIO MACHADO. CLIQUE AQUI
Leia alguns trechos de um diálogo "edificante" e sem asteriscos no lugar dos palavrões:
Sérgio Machado
Acontece o seguinte, objetivamente falando, com o negócio que o Supremo fez (autorizou prisões logo após decisão de segunda instância), vai todo mundo delatar.
Romero Jucá
Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo (Odebrecht), e a Odebrecht, vão fazer.
Machado
Odebrecht vai fazer.
Jucá
Seletiva, mas vai fazer.
Machado
A Camargo (Correa) vai fazer ou não. Estou muito preocupado porque acho que... O (procurador-geral, Rodrigo) Janot está a fim de pegar vocês. E acha que sou o caminho.
Jucá
(inaudível)
Machado
Hum?
Jucá
Mas como é que está sua situação?
Machado
Minha situação não tem nada, não pegou nada, mas ele quer jogar tudo pro (juiz Sergio) Moro. Como não tem nada e como estou desligado...
Jucá
É, não tem conexão né...
Machado
Não tem conexão, aí joga pro Moro. Aí fudeu. Aí fudeu para todo mundo. Como montar uma estrutura para evitar que eu "desça"? Se eu descer...
Jucá
O que que você acha? Como é que você...
Machado
Queria discutir com vocês. Cheguei a essa conclusão nesta semana. Ele acha que sou o caixa de vocês, o Janot. Janot não vale cibazol (algo sem valor). Quem esperar que ele vai ser amigo, não vai... (...) E ele está visando o Renan (Calheiros) e vocês. E acha que sou o canal. Não encontrou nada, não tem nada.
Jucá
Nem vai encontrar, né, Sérgio.
Machado
Não encontrou nada, não tem nada, mas acha... O que é que faz? Como tem aquela delação do Paulo Roberto dos 500 mil (reais) e tem a delação do Ricardo (Pessoa), que é uma coisa solta, ele quer pegar essas duas coisas. Não tem nada contra os senadores, joga ele para baixo (Curitiba). Tem que encontrar uma maneira...
Jucá
Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. (...) Tem que ser política, advogado não encontra (inaudível). Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra... Tem que mudar o governo para poder estancar essa sangria.
Machado
Tem de ser uma coisa política e rápida. Acho que ele está querendo... o PMDB. Prende, e bota lá embaixo. Imaginou?
Jucá
Você conversou com o Renan?
Machado
Não, quis primeiro conversar contigo porque tu é o mais sensato de todos.
Jucá
Acho que a gente precisa articular uma ação política.
Machado
Quis conversar primeiro contigo, que tenho maior intimidade. Depois quero conversar com (José ) Sarney e o Renan, com vocês três. (...) Estou convencido, com essa sinalização que conseguiu do Eduardo (incompreensível). Desvincula do Renan.
Jucá
Mas esse negócio do Eduardo está atacando (incompreensível).
Machado
Mas ele (Janot) está querendo pegar vocês, tenho certeza absoluta.
Jucá
Não tenha dúvidas.
Machado
Não, tenho certeza absoluta. E ele não vale um cibazol. É um cara raivoso, rancoroso e etc. Então como é que ele age? Como não encontrou nada nem vai encontrar. (inaudível)
Jucá
O Moro virou uma Torre de Londres.
Machado
Torre de Londres?
Jucá
Mandava o coitado pra lá para o cara confessar.
Machado
Para o cara confessar. Então a gente tem que agir como (incompreensível) e pensar numa fórmula para encontrar uma solução para isso.
Jucá
Converse com ele (Renan), converse com o Sarney, ouça eles, e vamos sentar pra gente...
Machado
Isso, Romero, o que eu acho primeiro: que é bom para a gente.
Jucá
Acho que você deveria procurar o Sarney, devia procurar o Renan, e a gente voltar a conversar depois. [incompreensível] Como é que é...
(...)
Machado
É porque... Se descer, Romero, não dá.
Jucá
Não é um desastre porque não tem nada a ver. Mas é um desgaste, porque você, pô, vai ficar exposto de uma forma sem necessidade.
Machado
O Marcelo (Odebrecht), o dono do Brasil, está preso há um ano. Sacanagem com Marcelo, rapaz, nunca vi coisa igual. Sacanagem com aquele André Esteves, nunca vi coisa igual.
Jucá
Rapaz... (concordando)
(...)
Machado
Outra coisa. A frouxidão de vocês em prender o Delcídio foi um negócio inacreditável. (O Senado concordou com prisão decretada pelo STF)
Jucá
Sim, pô, não adianta soltar o Delcídio, aí o PT dá uma manobra, tira o cara, diz que o cara é culpado, como é que você segura uma porra dessa dentro do plenário
Machado
Mas o cara não foi preso em flagrante, tem que respeitar a lei. Respeito à lei, a lei diz clara...
Jucá
Pô, pois então. Ali não teve jeito, não. A hora que o PT veio, entendeu, puxou o tapete dele, o Rui (Falcão, presidente do PT), a imprensa toda, os caras não seguraram, não.
Machado
Eu sei disso, foi uma cagada.
Jucá
Foi uma cagada geral.
Machado
Foi uma cagada geral. Foi uma cagada o Supremo fazer o que fez com o negócio de prender em segunda instância, isso é absurdo total que não dá para interpretar, e ninguém fez nada. Ninguém fez Adin, ninguém se questionou. Isso aí é para precipitar as delações. Romero, esquentou as delações, não escapa pedra...
Jucá
(incompreensível) no Brasil.
Machado
Não escapa pedra sobre pedra.(incompreensível)(...)Estou com todos os certificados do TCU, agora me deram, não devo nada, zero. E isso adianta alguma coisa? Então estou preocupado.
Jucá
Não, tem que cuidar mesmo.
Machado
Estou preocupado porque estou vendo que esse negócio da filha do Eduardo (Cunha), da mulher, foi uma advertência para mim. E das histórias que estou sabendo, o interesse é pegar vocês. Nós. E o Renan, sobretudo.
Jucá
Não, o alvo na fila é o Renan. Depois do Eduardo Cunha... É o Eduardo Cunha, a Dilma, e depois é o Renan.
Machado
E ele (Janot) não tem nada. Se ele tivesse alguma coisa, ele ia me manter aqui em cima, para poder me forçar aqui em cima, porque ele não vai dar esse troféu pro Moro. Como não tem nada, quer ver se o Moro arranca...
Jucá
... para subir de novo.
Machado
...para poder subir de novo. É esse o esquema. Agora, como fazer? Porque arranjar uma imunidade não tem como, não tem como. A gente tem que ter a saída porque é um perigo. E essa porra. A solução institucional demora ainda algum tempo, não acha?
Jucá
Tem que demorar três ou quatro meses no máximo. O país não aguenta mais do que isso, não.
(...)
Machado
Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel (Temer).
Jucá
(concordando) Só o Renan que está contra essa porra. Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.
Machado
É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.
Jucá
Com o Supremo, com tudo.
Machado
Com tudo, aí parava tudo.
Jucá
É. Delimitava onde está, pronto.
Machado
Parava tudo. Ou faz isso... Você viu a pesquisa de ontem que deu o Moro com 18% para a Presidência da República?
Jucá
Não vi, não. O Moro?
(Sobre Aécio)
Machado
É aquilo que você diz, o Aécio (Neves) não ganha porra nenhuma...
Jucá
Não, esquece. Nenhum político desses tradicionais não ganha eleição, não.
Machado
O Aécio, rapaz... O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB...
Jucá
É, a gente viu tudo...
Machado
O primeiro a ser comido vai ser o Aécio.
Jucá
Todos, porra. E vão pegando e vão...
Machado
(Sussurrando) O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele ser presidente da Câmara? (Mudando de assunto) Amigo, eu preciso da sua inteligência.
(Sobre STF e impeachment)
(...)
Machado
Mas viu, Romero, então acho a situação gravíssima.
Jucá
Ontem fui muito claro. (...) Só acho o seguinte: com Dilma não dá, com a situação que está. Não adianta esse projeto de mandar o Lula para cá ser ministro, para tocar um gabinete, isso termina por jogar no chão a expectativa da economia. Porque se o Lula entrar, ele vai falar para a CUT, para o MST, é só quem ouve ele mais, quem dá algum crédito, o resto ninguém dá mais credito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Lula vai reunir ali com os setores empresariais?
Machado
Agora, ele acordou a militância do PT.
Jucá
Sim.
Machado
Aquele pessoal que resistiu acordou e vai dar merda.
(...)
Jucá
(Em voz baixa) Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem 'ó, só tem condições de (inaudível) sem ela (Dilma). Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca'. Entendeu? Então... Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar.
Machado
Acho o seguinte, a saída (para Dilma) é ou licença ou renúncia. A licença é mais suave. O Michel forma um governo de união nacional, faz um grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo. Esse país volta à calma, ninguém aguenta mais. Essa cagada desses procuradores de São Paulo ajudou muito. (Possível referência ao pedido de prisão de Lula pelo Ministério Público de SP e à condução coercitiva ele para depor no caso da Lava-Jato)
Assinar:
Postagens (Atom)