sábado, 23 de setembro de 2017

Fotomemórias das redações: eles se 'teletransportavam' entre o JB e a Bloch...


Os diagramadores Oswaldo, Nélio e Laerte, que trabalharam na Bloch e no JB posam
na sacada da antiga sede do JB, na Av. Rio Branco. A foto é dos anos 60, pertence ao acervo
de Laerte e foi publicada originalmente no blog Álbum Jotabeniano. 

No detalhe de uma foto do acervo de Nélio Horta, Ezio Speranza e Laerte Gomes
na redação da Fatos & Fotos na rua Frei Caneca, nos anos 60.

Oswaldo e o repórter e redator Sérgio Riff no JB, sede da Av. Brasil. Foto publicada
originalmente no blog Álbum Jotabeniano.

Até as décadas de 1970 e 1980, a imprensa carioca oferecia mais diversidade como opção de trabalho para jornalistas. Quer dizer, havia mais patrões à disposição. Sem enumerar todos os veículos, eram cerca de oito jornais diários e quatro editoras de revistas pertencentes a dez empresas. Era comum a rotatividade de profissionais nessas redações. Talvez fosse raro encontrar um jornalista que não tivesse passado ou viesse a passar por quatro a cinco desses grupos ou veículos.

Na extinta Bloch, por exemplo, eram muitos os coleguinhas que de lá saíram para o Jornal do Brasil ou que fizeram o percurso inverso.

Mas havia uma classe, a dos diagramadores, que até acumulou os quatro endereços: a Bloch, na Frei Caneca e, depois, no Russell, e o JB na Rio Branco e, em seguida, na Av. Brasil. Fácil de explicar: o horário de trabalho nas revistas era normalmente das nove às seis, com raros "pescoções" nos fechamentos; para os diagramadores, especialmente aqueles que desenhavam os cadernos de Cidade, Política, primeira página etc do JB, a demanda começava às seis, sete horas.

Era uma correria, mas, segundo eles, era possível conciliar os dois times.

Jornalistas que trabalharam no lendário JB criaram em 2010 um blog de memórias. Desde 2013 não é atualizado, mas tem fotos memoráveis e pode ser acessado no endereço http://albumfotojotabeniano.blogspot.com.br/

 há fotos de várias colegas que acumulando ou em épocas diferentes tiveram a  Bloch e o JB nas suas trajetórias profissionais, como os  diagramadores Nélio Horta, Oswaldo Carneiro, Laerte Gomes e Ezio Speranza e o repórter e redator Sergio Riff, que depois de passar pelo JB trabalhou na Fatos & Fotos, Fatos e EleEla. 

Este Panis já contou o "causo" de um fotógrafo da Manchete que recebeu duas ordens de serviço para o mesmo dia e horário, uma em Niterói e outra na Barra da Tijuca, e, indignado, reclamou com o chefe de reportagem: “Cara, olha só, eu não sou onipotente, não!”.

No caso, os acima citados diagramadores JB-Bloch conseguiam ser onipresentes. Com igual competência e arte.

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