sábado, 7 de julho de 2018

Rio-Bruxelas: na alegria e na tristeza, a conexão dos Manequinhos...

Reprodução Facebook

Não pergunte por quem o Manneken Pis, de Bruxelas, está mictando. Na linguagem da arquibancada, ele mija por nós. E nas cabeças de Jesus, Fernandinho, Willian, Tite e sua trupe.

O símbolo mais popular da Bélgica inspirou a famosa réplica do Botafogo. Ontem, após a derrota da seleção brasileira para a Bélgica, os dois nunca estiveram tão distantes.

Reprodução Pinterest
O menino mijão da General Severiano já molhou dias melhores: comemorou títulos vestindo camisas de Garrincha, Nilton Santos, Zagalo, Jairzinho...

Provavelmente, os atuais jogadores da seleção, "estrangeiros" devidamente globalizados, não fazem ideia do símbolo mais irreverente do futebol brasileiro e do Botafogo. Em compensação, Manequinho jamais vestiu suas camisas.

Pior para eles.

Ontem, um Manequinho carioca fazia seu xixi silencioso em contraste, no tempo e no espaço,  com a alegria do parça belga.

Diz a lenda que a estátua do Mannekin celebra a coragem do filho de um nobre que urinava tranquilamente enquanto observava seu pai defender o castelo e a aldeia contra invasores. Já o nosso Manequinho foi uma iniciativa do escultor Belmiro de Almeida, que simplesmente achou curiosa a representação e jamais imaginou, em 1914, que sua obra se ligaria ao futebol

O Manequinho torcedor está até agora mandado sua tristeza pelo ralo.


Philippe Close, prefeito de Bruxelas, postou ontem a montagem acima, com a frase "nada a acrescentar".

Também não precisava tripudiar. As redes sociais estão revoltadas...

Professor da UNB analisa a atual crise da Abril e recorda o fim da Bloch Editores




do Facebook de Luís Felipe Miguel (*)
(Leia a seguir o texto completo)

"Uma frase de autoria incerta, que circulou pela internet, diz que a classe dominante não tem ódio. O que ela tem são interesses. O ódio ela terceiriza.

A frase é interessante. Mas talvez ela superestime a racionalidade da classe dominante. Por vezes, seu ódio supera seus interesses.

Penso num caso. Meu pai trabalhou por muitos anos em Bloch Editores. Na época, Bloch contava com uma publicação de grande sucesso – a revista Manchete, que ocupara o espaço que antes fora da mítica revista O Cruzeiro. Mas era um formato, a revista ilustrada, que estava em irremediável curva descendente, devido a fatores como a difusão da televisão em cores.

A grande editora do Brasil não era Bloch. Era Abril. Em quase todos os segmentos, Abril liderava e Bloch ficava atrás. Jornalismo econômico: Tendência (Bloch) atrás de Exame (Abril). Revista “feminina”: Desfile (Bloch) atrás de Cláudia (Abril). Revista de mulher pelada: Ele Ela (Bloch) atrás de Revista do Homem, depois Playboy (Abril). Revista infantil: Bloquinho e Recreio. Revista de fofocas: Amiga e Contigo. Fotonovelas: Sétimo Céu e Capricho. Etcétera.

Tá certo, Bloch tinha uma revista sólida de puericultura, Pais & Filhos. Mas a Abril corria sozinha no jornalismo esportivo, com a Placar. Tinha os gibis (Disney e Turma da Mônica), verdadeiras minas de ouro.

E tinha a joia da coroa, a revista Veja. Bloch nunca conseguiu firmar uma revista semanal de informação geral. Tentou, durante um curto período de tempo, transformando a Fatos & Fotos (uma espécie de Manchete mais magrinha) na revista Fatos, mas não pegou.

Bloch decaiu no final do século passado e acabou falindo, em grande medida pelo investimento desastrado na TV Manchete. Abril ia de vento em popa. Veja tirava mais de um milhão de exemplares por semana. O boom do mercado de revistas fez com que seus títulos se multiplicassem. O espaço que era de Manchete nos consultórios dentários e salões de beleza foi ocupado pela Caras, que no início era da Abril.

E hoje Abril é uma pálida sombra do que foi. Fechou ou vendeu a maior parte dos seus títulos. Anuncia mais uma retração para breve. Seu próximo passo, ninguém duvida, é a falência.

Muitos fatores contribuem para esta débâcle, a começar pelas dificuldades vividas pelos meios impressos no novo mundo digital. Mas um deles, acredito, é o ódio. O ódio de classe que fez com que a editora recusasse qualquer coisa parecida com jornalismo e transformasse seu principal veículo no arauto de uma seita, desprovido de credibilidade e desinteressado de obtê-la. Uma das maiores revistas de informação do mundo, que (mesmo sem nunca ter sido isenta ou confiável) era leitura obrigatória no Brasil, transformou-se num pasquim risível e irrelevante, sem que a direção da empresa esboçasse qualquer reação; pelo contrário, sempre preferiu aprofundar sua opção pelo apostolado antipetista.
Agora Abril morre e ninguém chora por ela."

(*) Luís Felipe Miguel é professor de Ciência Politica na Universidade de Brasília e filho de um ex-funcionário da Bloch Editores.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Copa da Rússia - Fotografia - O lugar onde a coruja mora...



Reprodução
O goleiro argentino Armani, já batido, olha a bola chutada por Griezmann se chocar no ângulo do travessão. Foi no jogo em que a França derrotou os hermanos por 3x2.

A foto viraliza nas redes sociais e o site português Observador, que a considera uma das melhores da Copa da Rússia, lamenta que o autor da imagem não tenha sido identificado até o momento.

Os antigos locutores de rádio tinham um nome para o ponto alvejado pelo chute de Griezmann: "o lugar onde a coruja mora".

VEJA NO OBSERVADOR, CLIQUE AQUI 


Até o Olé admite: Neymar é caçado em campo. E olha que o jornal é argentino..




Apesar da história rivalidade, prevalece no Olé o respeito ao futebol.

O jornal argentino publicou uma matéria especial com fotos e vídeos sobre a caça a Neymar. "Neymar sofre um jogo bruto sistemático", denuncia. Ao terminar o jogo contra o México, o brasileiro detinha um recorde: o de jogador que mais sofreu faltas (23) desde a fase de grupos.

O Olé admite que Neymar às vezes exagera, mas defende que as imagens dos vários jogos são provas claras da caçada. Enquanto a mídia argentina ainda sob o impacto da desclassificação de Messi& Cia abre espaço para reconhecer o que não pode ser desmentido, uns poucos jornalistas esportivos brasileiros (é só zapear a TV por assinatura) promovem uma ofensiva contra o craque - em tom que lembra 'haters' de rede social - em outro campo: o das mesas redondas.
VEJA A MATÉRIA NO OLÉ, CLIQUE AQUI

terça-feira, 3 de julho de 2018

Empresas que apoiaram "influenciador" que publicou post racista fazem mea culpa

Nos últimos anos, "influenciadores" das redes sociais e seus milhões de seguidores passaram a disputar com outros meios anunciantes de peso. Não foram poucas as marcas que trocaram revistas impressas por youtubers, blogueiras, celebridades em geral capazes de atrair enormes audiências. Uma sucessão de incidentes racistas, homofóbicos, de preconceito social, religioso, ideológico, etário, contra pessoas com deficiência, imigrantes, entre outras demonstrações de agressiva rejeição à diversidade, mostra que, muitas vezes, a maioria dessas empresas não tem a menor ideia de onde sua marca vai parar. Casos recentes demonstram que pode ser em depósito de lixo moral. Comparando: é como se o anunciante não se preocupasse com o entorno e colocasse o outdoor que vende seu produto bem no meio de um esgoto ou no alto de uma montanha de aterro sanitário.

O youtuber Júlio Cocielo fez um comentário racista sobre o jogador francês e um dos destaques da Copa do Mundo Kylian Mbappé. Após repercussão na web, várias marcas, entre aquelas que veicularam campanhas no veículo das ofensas (Coca Cola, Adidas, Submarino, Itaú, McDonald's, Gilette) anunciaram cancelamentos de patrocínio. Antes tarde...


Mas é surpreendente que nenhuma dessas marcas - até que o caso Mbappé chocou as redes sociais - tenha se preocupados em verificar, com alguns cliques, os conteúdos do Cocielo. Não se pode acusá-lo de disfarçar. As demonstrações de racismo estão lá, claras e contundentes. Só não viu o anunciante que não quis ou, pior, gostou. Mesmo com seu histórico, o youtuber virou queridinho e foi convidado para atuar no "Pânico na Band", em teatro e em filmes como "Os Penetras 2", produzido pela Conspiração e Globo Filmes, onde interpretou a ele mesmo.

Segundo a Carta Capital, depois da polêmica Mbappé, o autor do post racista correu para apagar quase 50 mil outras mensagens semelhantes.

Na maioria das vezes racistas ficam impunes, a condenação só vem quando instituições, empresas e anunciantes despertam para a consciência social e de cidadania  - e, claro, temem as consequências da repercussão nas redes sociais, como eventuais riscos de boicotes a produtos e marcas - e param de beneficiar canais de ódio.

Viu isso? Flamengo, Corinthians, Cruzeiro, Grêmio, Bahia e Atlético-PR torcem contra a Seleção Brasileira

Segundo a coluna Radar on line, da Veja, o dirigente do Flamengo Bruno Espindel se reuniu com os clubes citados no título acima para tentar dar um golpe na CBF e comandar o futebol brasileiro.

Para virar a mesa é importante para os conspiradores que o Brasil não vença a Copa da Rússia.

Daí, uma forte torcida para que a Seleção seja devidamente atropelada.

Sai pra lá!

Vai ver os dirigentes que estão secando o time de Tite esperam ansiosamente que um dos próximos adversários enfie um 7 X 1 no Brasil.  Até aqui, estão decepcionados. Mas talvez ainda contem que a Bélgica vai destruir Neymar, Philippe Coutinho, Firmino, Paulinho, Alisson, Willian e companhia.

Devem ter festejado a contusão de Marcelo, a suspensão de Casemiro ou esperam diarreia galopante no elenco às vésperas do jogo.

Os novos "inconfidentes" dos bastidores deviam era deixar a Seleção fora do jogo baixo dos bastidores. Geralmente, ao contrário dos torcedores, o que dirigente menos gosta na vida é de... futebol.

Copa do Mundo - Dançando pagode russo... os laterais que não entraram numa fria


Tite e o banco de reservas observam Fagner trabalhando na lateral. Foto de Lucas Figueiredo/CBF

Felipe Luís dá adiós aos mexicanos. Foto de Lucas Figueiredo/CBF

Faltava sal grosso contra mau-olhado. O Brasil perdeu Daniel Alves e Marcelo, os dois laterais que mais atuaram na Era Tite, e Danilo, substituto do jogador do PSG. Para segurar a onda, Felipe Luís e Fagner vestiram as camisas de titulares e se tornaram xerifes do campo minado que costuma ser aquela estratégica faixa de terreno. O  Estadão já falava em "maldição da lateral". Pai Santana e Mário Américo, massagistas que serviram à Seleção e respeitavam as energias, devem ter trabalhado no Além para aparar a ziquizira que rondava a beira do gramado. .     

Rússia 2018 - Neymar tira da Alemanha o posto de maior goleador em todas as Copas

No jogo Brasil 2 X 0 México, Neymar comemora  o gol que faz o Brasil
o recordistas de gols em todas as Copas. Foto de Lucas Figueiredo/CBF

(do site da CBF) 

Única seleção que participou de todas as edições de Copas do Mundo, a maior campeã, com cinco títulos, e agora a recordista de gols. O gol de Neymar que abriu o placar para a Canarinho diante do México pelas Oitavas de Final da Copa do Mundo FIFA 2018 colocou o Brasil como o país que mais vezes balançou as redes em Mundiais. No total, a Seleção Brasileira balançou as redes 228 vezes nos 21 Mundiais que participou.

Eram 227 gols. Mas, aos 42 minutos da etapa final, Firmino fez o segundo da Seleção Brasileira e ampliou o recorde para 228. Na Primeira Fase, Philippe Coutinho (2), Neymar, Paulinho e Thiago Silva também deixaram as suas marcas com a Amarelinha. Até o jogo desta segunda-feira (2), o Brasil estava empatado com a Alemanha, com 226 gols.

Já o camisa 10 se isolou como o quarto maior artilheiro da história da Canarinho com 57 gols. O seleto grupo é liderado por Pelé, o maior jogador de todos os tempos, com 95 bolas na rede. No segundo lugar, vem o fenômeno Ronaldo, com 67 gols marcados, uma a mais do que Zico, com 66, no terceiro lugar.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA N SITE DA CBF, CLIQUE AQUI

Fotomemória - Chacrinha por Guina Ramos

Chacrete e Chacrinha, TV Tupi, Cassino da Urca, 1978.
Foto de Guina Araújo Ramos

por Guina Araújo Ramos  (do blog Bonecos da História)

Este domingo, 01/07/2018, marca 30 anos da morte do “comunicador” Chacrinha (Abelardo Barbosa, que, aliás, teria feito 100 anos em 2017), e eu só fico sabendo disso porque me apareceu uma rememorativa postagem no Facebook, não por acaso do jornalista Denílson Monteiro, autor de “Chacrinha, a biografia”, livro de 2014 (também disponível em e-book).

O fato é que se Chacrinha continua na memória do povo, talvez seja porque resumiu em sua tão absurda quanto surrealista arte o incompreensível espetáculo que é este país, Brasil.
E continua vivo nos palcos, assumido pelo ator Stepan Nercessian, que encarna sua irreverência num espetáculo que circula pelo Brasil e deve virar filme em 2019, intitulado, muito simplesmente, "Chacrinha, o musical".

Que ninguém estranhe ver Chacrinha, nesta série Bonecos da História, de costas para o distinto público do blog!...

Tive a subida honra (e o grande divertimento) de fotografar algumas das Discotecas do Chacrinha no final dos anos 1970, ainda TV Tupi, no Cassino da Urca, em preto-e-branco para a revista Amiga e em cor para Sétimo Céu, trabalhando para a Bloch Editores.

O próprio programa era um espetáculo!... Começava pelas longas filas de ansiosos espectadores, seguia pelos camarins congestionados de artistas, jornalistas e técnicos, e se expandia pelo auditório circular, que engolfava um palco ainda mais congestionado: grandes câmeras de TV, dois grupos de Chacretes, contrarregras e grupos musicais, jurados em seus postos etc...

Centralizando toda esta loucura, o inabalável Chacrinha, sempre brilhante em suas espantosas vestimentas repletas de lantejoulas e de penduricalhos, nesta época ainda nem tanto, mais tarde incluindo a buzina, o disco telefônico, a cartola de cano alto, os óculos de aros grossos, sempre com os gestos largos com que provocava os fãs da plateia, quando não jogava um bacalhau ao léu...

Não me restaram mais do que estas duas fotografias, de todas estas coberturas da Discoteca do Chacrinha que fiz (e que dependiam das atrações da semana), de uma das quais retiro este boneco de costas. Mas, talvez evidenciando o motivo por que guardei apenas estas fotos, entre tantas que foram parar (e sumir) no desaparecido arquivo da Manchete, publico as duas fotos que me restaram...

VEJA MAIS FOTOS DE CHACRINHA POR GUINA ARAÚJO RAMOS 
NO BLOG BONECOS DA HISTÓRIA, CLIQUE AQUI

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Aqui é Brasil! - Árbitro de vídeo chega às peladas de futebol...


CLIQUE AQUI PARA VER O VÍDEO

Fototrívia: identifique o ministro se for capaz...



por O.V. Pochê
Se fosse um concurso, o prêmio para o acertador poderia ser uma toga de relator, usada, a ser sorteada pelo STF. Ou uma cesta de pães de queijo da terra da presidente Carmen Lúcia. Ou uma bolsa para a escola de Direito de Gilmar Mendes. Ou uma viagem em jatinho da FAB a convite de Fachin. Ou um auxílio moradia concedido por Fux. Ou um estágio com o Máskara para administrar os sorteios do STF. Ou, se preferir, uma passagem só de ida para um país onde o tribunal seja Supremo.

Bastidores da Copa da Rússia - O material esportivo de hoje pode ser "tecnológico", mas as seleções não dispensam os velhos sapateiros para cuidar do que importa: as chuteiras dos craques

Foto Getty Images/Fifa

A Copa do Mundo é cada vez mais tecnológica, o relógio do árbitro apita quando sensores eletrônicos indicam que a bola ultrapassou a linha do gol, o VAR, que estréia na Copa da Rússia pode calar um grito de gol ou referendar ou não pênalti, as camisas são feitas de tecidos inteligentes e as chuteiras incorporam recursos de alto rendimento a cada modelo lançado.

A foto acima mostra o vestiário da seleção da Dinamarca. As ferramentas dispostas sobre a mesa são o elemento romântico que resiste às inovações. O material fica em espaço nobre, arrumado como se fosse o instrumental de um cirurgião.

Apesar de toda a tecnologia, os roupeiros das equipes não dispensam o pé-de-ferro (a bigorna do sapateiro), martelos e alicates para ajustar as travas aos campos secos, molhados, de grama alta ou baixa. Muitos jogadores usam, atualmente chuteiras personalizadas, mas isso não dispensa o ofício do artesão. Talvez apenas elimine uma função que era quase obrigatória no tempo das pesadas chuteiras de couro: amaciar o calçado. Para isso, alguns roupeiros "domavam" as chuteiras e gastavam um pouco de sola e antes de entregá-las aos pés dos craques.

Vale lembrar que a Dinamarca se classificou para as oitavas. Até aqui, o sapateiro da equipe mandou bem no pé-de-ferro. (José Esmeraldo Gonçalves)

Rússia 2018: jornal inglês coloca Brasil em primeiro no ranking da Copa. Até agora.

Foto Getty Images/Fifa

The Telegraph publica hoje um ranking das 32 seleções na Copa da Rússia após a primeira fase. Em último lugar, Panamá. A carismática Islândia ficou em 22° lugar. Alemanha surpreende negativamente no 21° posto. Rússia em 14° lugar, quase colada à Argentina, em 12°. Inglaterra em 10°. México, próximo adversário do Brasil, em 8°, França em 7°, Portugal em 4°, Espanha em 3° e Croácia em 2°. Liderando o ranking, Brasil.

O Telegraph explica porque colocou o Brasil em 1° lugar. Diz que a seleção de Tite joga na defesa se for necessário e é rápida no contra-ataque. Observa que o time dá a impressão de que ainda não está dando tudo e pode ser muito mais forte. Neymar é a "superstar", mas Philippe Coutinho é o cérebro. Acrescenta que a defesa é confiável, lembra que o Brasil está invicto há 14 jogos, encontrou a forma na hora certa e deve ganhar a Copa.

Que os deuses do futebol os ouçam.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Brasileiro faz a foto que se torna símbolo contra o racismo e a Fifa compartilha a imagem para o mundo

Foto de Rodrigo Villalba
Uma das fotos da Copa mais compartilhadas até o momento é do fotógrafo brasileiro Rodrigo Villalba. A cena, durante o jogo Senegal 2 X Polônia 0, em Moscou, mostra o momento em que Thiago Cionek, o brasileiro naturalizado da seleção polonesa, ajuda Sadio Mané a se levantar.

Rodrigo Villalba queria flagrar a diversidade, como contou ao site Chuteira FC: "Eu estava no estádio credenciado para fazer o jogo. Quando as duas seleções (Polônia e Senegal) entraram no campo, fiquei impressionado. Muito contraste. Senegal muito negro, negro. Polônia, branca. Fiquei com essa ideia na cabeça esperando por um momento.”

A Fifa compartilhou para o mundo a foto que se torna símbolo da rejeição ao racismo.

A hora é Hexa...

Foto de Lucas Figueiredo/CBF
Com Philippe Coutinho se destacando, a Seleção Brasileira parte para cima do México.

Na hora do vamos ver, dia 2 de julho, em Samara, Rússia, o que vai contar é bola na rede, mas o histórico de Brasil X México em Copas do Mundo favorece o Brasil.

Até hoje foram quatro confrontos, com três vitórias e um empate.

Em tempo de "guerra", Ruy Castro lança "A Arte de Querer Bem"

Em tempo de torcidas divididas, trincheiras cavadas e cidadelas erguidas, Ruy Castro celebra seus 70 anos lançando no campo de batalha em que se transformou o Brasil o livro "“A arte de querer bem” (Estação Brasil).

São 70 pequenas crônicas escritas entre 2008 e 2017 publicadas na Folha de São Paulo.

Não procure conflitos nas 256 páginas do livro onde Ruy, que foi redator da Manchete e da Fatos & Fotos no anos 1970, reúne amigos e experiências de vida e narra encontros com personagens que admira, como Braguinha, Pixinguinha, Paulo Francis, entre outros.

Leitura que oferece tréguas e desata armaduras.

Repórteres lançam livro "Rio sem Lei". É o B.O. de uma tragédia social...

Os repórteres Hudson Corrêa e Diana Brito acabam de lançar o livro "Rio sem Lei: como o Rio de Janeiro se transformou num estado sob o domínio de organizações criminosas, da barbárie e da corrupção política" (Geração Editorial).

Na capa, dois dos muitos símbolos da tragédia social: a juíza Patrícia Aciolli, assassinada em 2011 e a vereadora Marielle Franco morta em 2018.

Hudson Corrêa trabalhou nos Diários Associados de Campo Grande (MS), JB, Folha, Globo e Época.

Diana Brito foi da TV Brasil, UOL, Canal Futura. Folha de S.Paulo e BBC Brasil.

Hudson e Diana demonstram a partir de uma longa investigação como o Rio foi rendido pelo narcotráfico, milícias e corrupção.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Jornalismo? Manuela D'Ávila, do PCdoB, é submetida a "interrogatório" em TV tucana. Não, não havia pau-de-arara no recinto...

Foto: Reprodução You Tube/Roda Viva/TV Cultura
Tudo bem que a TV Cultura em matéria do jornalismo não passa necessariamente pela estação de tratamento de efluentes. Tanto que estranhos resíduos fecais de ultra-direita vieram à tona durante a entrevista que o Roda Viva, da emissora tucana, fez com Manuela d'Ávila, pré-candidata do PCdoB à presidência.

O programa cheirou à altura dos rejeitos, claro.

O pelotão conservador atuou como se estivesse em uma trincheira da Guerra Fria, deixou de lado coisas como programa de governo, temas urgentes do país, prioridades. Idéias da candidata não interessavam, nem respostas. O importante era o que os "entrevistadores" tinham a dizer. Parecia mais um interrogatório do antigo CCC (Comando de Caça aos Comunistas), incluindo a característica de interromper a fala da entrevistada, provocar etc.

Davam a impressão de que, em vez de perguntas, teriam preferido ter à mão máquinas de choques elétricos. O pau-arara foi dispensado ou, pelo menos, não apareceu nas imagens. O logotipo do DOI Codi também não.

Um dos "entrevistadores" era, aliás, um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro e, incrivelmente, suas ideias nem se chocaram muito com as dos demais interrogadores.

Segundo o PCdoB, Manuela foi interrompida 62 vezes. O partido comparou a extrema falta de educação dos interrogadores, para dizer o mínimo, com a do programa em que Ciro Gomes foi recebido. Na ocasiões, suas respostas foram cortadas apenas 8 vezes.

O jornalista Ricardo Kotscho escreveu no seu blog Balaio do Kotsho: "Tratada como se fosse uma criminosa no tribunal de Nüremberg, Manuela foi interrogada por uma bancada de fuzilamento, acusada de todos os crimes praticados por regimes comunistas ao longo da história. (...) Como havia na bancada também jornalistas, fiquei envergonhado com o que estão fazendo da nossa profissão, sem o menor respeito ao público que assistia ao programa e queria ser melhor informado sobre a candidata, que está há vinte anos na vida pública e não é uma paraquedista como tantos outros."

Copa do Mundo - Rússia 2018 - Alemanha é derrotada pela Coréia do Sul; Argentina dá lição de garra

Timo Werner incrédulo ao fim do jogo. Foto Getty Images/Fifa/Divulgação


* A Alemanha nunca se deu bem na "Frente Russa". O futebol confirma dramaticamente a história. A Coréia do Sul desclassifica a poderosa tetracampeã. Com a Itália fora da Copa, a Alemanha era a única equipe capaz de se igualar ao penta brasileiro. 

* O destaque de ontem  - Maradona na platéia, à parte - foi a garra da Argentina. Nunca a frase do folclórico Neném Prancha, na voz de Sandro Moreyra e João Saldanha, ou vice-versa, foi tão verdadeira. Os hermanos foram na bola como quem ataca um prato de comida. No caso dos jogadores argentinos, impulsionados por fome de honra. Um pouco desse apetite faria bem ao time de Tite, logo mais.

* Fora de campo, ontem, o show foi de Maradona. Dançou, pairou perigosamente sobre o guarda-corpo da arquibancada, tirou um cochilo tão bom que pareceu incomodado ao ser acordado e xingou torcedores adversários quando foi ao delírio com o gol salvador de Rojo. No fim, desmaiou. O Marca, espanhol, foi na contramão dos risos que o comportamento do ex-jogador, genial camisa 10, provocou. "Deixem de rir com Maradona; ele está doente, precisa de ajuda", pediu o jornal.

* Uma coisa e´certa: os chamados "pequenos" botaram pressão e eletricidade na Copa do Mundo da Rússia.

domingo, 24 de junho de 2018

Neymar sob ataque. Não é o primeiro, nem será o último

Brasil 2 X 0 Costa Rica. Neymar "fingindo" que está sendo puxado. Foto CBF

por José Esmeraldo Gonçalves 

Neymar está sob ataque. E a ofensiva é "fogo amigo" em colunas especializadas, mesas redondas e redes sociais do Brasil.

O jogador não é o primeiro na história do futebol brasileiro a virar alvo pelos mais diversos motivos. É extensa a lista dos que se tornaram "malditos". Tinham todos uma característica em comum: eram "rebeldes". Um traço saudável, mas repudiado pelo conservadorismo de todas as épocas.

No auge da força do rádio, nos anos 1940, Heleno de Freitas foi a bola da vez de odiosa campanha. Nos campos, incomodava como o craque excepcional e temperamental que era. Fora do campo, recebia críticas por ser um ponto fora do padrão: rico, bem nascido, galã cercado de mulheres, de carros e de fama. Heleno foi personagem forçado de um dos momentos mais baixos e repulsivos do jornalismo esportivo: já doente, fisicamente degradado, foi cruelmente fotografado pela revista O Cruzeiro que estampou reportagem paparazzo mostrado seu triste estado no interior do hospício que consumiu seus últimos dias de vida, em Barbacena. Minas Gerais.

Almir, o Pernambuquinho, tinha apenas 19 anos quando chegou ao Vasco. Logo se impôs pela habilidade e garra extraordinárias. O torcida celebrava seu espírito de luta, mas a imagem que predominava nos jornais era a do "brigão". Almir tanto se destacava que em 1957 foi convocado para uma amistoso da seleção brasileira. Pediu dispensa porque, na mesma semana, iria viajar para a Europa em longa excursão do Vasco. Por isso, não voltou a ser lembrado pela CBD. Ganhou títulos pelo Vasco, como o lendários super-super de 1958. Havia muito jogadores brigões, mas Almir era "o" brigão. Com alto salário no bolso e vida boêmia, ficou marcado pela "falta de patriotismo" e pelas encrencas. Não demorou muito a preferir deixar o Brasil, jogou no Boca Juniors, na Fiorentina, no Genoa, sem muito sucesso. Virou heroi quando voltou ao Brasil, contratado pelo Santos e substituiu Pelé, machucado, nas finais contra o Milan e fazendo gols nos dois jogos decisivos. Foi o título mundial (de clubes) que a seleção não lhe deu.

Garrincha, que era ídolo e fazia o impossível nos campos, também não escapou do bombardeio. No seu caso, bombardeio moralista. O bicampeão mundial foi massacrado por deixar a primeira mulher, "fiel companheira dos tempos difíceis", para ficar com a amante, a cantora Elza Soares.  Ela, por sua vez, foi rotulada e massacrada como a "destruidora de lares".

Com a ditadura e a militarização do futebol brasileiro às vésperas da Copa de 1970, a então CBD assumiu esse tipo de código até então não escrito e emitiu o "Regulamento do Atleta Convocado", que incluía normas de comportamento e até de corte de cabelo e barba. O objetivo, contudo, era preventivo. No curto período em que ficou à frente da seleção, João Saldanha deu entrevistas para jornais franceses denunciando prisões políticas e tortura no Brasil. O fato não apenas o tirou do cargo - a recusa em convocar Dario, indicado por Garrastazu Médici, foi um detalhe na crise que se instalou na CBD - como acendeu o alerta dos militares preocupados com declarações semelhantes no México, com a mídia mundial presente. As normas de "comportamento" ficaram em vigor por muitos anos.

A barba e as convicções de Afonsinho, a personalidade e a "arrogância" de Paulo César Caju, rotulado como "o preto incômodo que não sabia seu lugar", a militância política de Reinaldo (seu estilo de comemorar gols com punho fechado não era bem visto), depois do anos 1980 a Democracia Corintiana de Casagrande, de Sócrates, Wladimir, Zenon etc, Sócrates e Casagrande na campanha das Diretas Já, não eram exatamente o que a mídia hegemônica esperava dos jogadores de futebol. Mais recentemente, Dunga, que foi criticado em 1990, dando até nome à pejorativa "era Dunga", também o foi em 1994. Tanto que ao erguer a taça da Copa de 1994, jogou o gesto na cara da imprensa. Depois, como treinador, quis evitar privilégios, não teve habilidade para enfrentar pressões, desafiou a Globo e perdeu, playboy.

Em tempo de redes sociais, as opiniões, os fatos e as fake news têm o poder de incinerar imagens.

Neymar está no meio desse furacão. Jornais espanhóis ressentidos com a saída de Neymar do Barcelona espalham "notícias" sobre o jogador, sem fontes, há mais de um ano. São matérias inteiras baseadas em um "amigo próximo", um "dirigente", "um influente assessor". Até a prisão de Neymar foi noticiada. Muitos desses "furos", que jamais se confirmaram nos dias e semanas seguintes, são reproduzidos por sites e jornais brasileiros sem o mínimo de checagem. A Copa está cheia de jogadores que simulam faltas, Neymar é "o" simulador. Claro que pelo seu estilo de jogo, de prender a bola e driblar (habilidade que em tempo de elogios a longos minutos de troca de passes passou a ser considerada quase uma heresia), Neymar está mais sujeito a faltas, a simples desequilíbrios ou simulação, quem nunca? Neymar se ajoelha em campo ao fim do sofrido  jogo contra a Costa Rica, é "ator", "está fingindo". Jogadores da Alemanha fazem o mesmo após o sufoco que levaram da Suécia e estão sob "intensa emoção".


Dos marcadores em campo, Neymar sabe se defender. Mas aparentemente não
lida bem com a marcação cerrada fora de campo. Talvez deva pedir ajuda ao
Canarinho Pistola.

Hoje circula na internet, Globo, DCM, entre outros sites, uma antiga foto de Neymar pai com Milton Lyra, lobista do PMDB preso em uma das operações da PF. A nota explica que o encontro deu-se antes da denúncia. Supostamente, Lyra teria se oferecido ao pai do jogador para intermediar gestões com a Receita Federal em pendências fiscais. O encontro com o lobista, diz o jornal, em foi em abril de 2018, Lyra ainda não estava encalacrado na PF. Digamos que seria como se jornalistas posassem ao lado de Eduardo Cunha e Aécio Neves ainda  não citados pela Lava Jato. Ocorre que entre março e agosto de 2017, bem antes do tal encontro, a Fazenda desistiu de recurso e o caso foi encerrado. Neymar Jr nem precisou recorrer ao Refis - como fazem grandes empresas acusadas de sonegação - para regularizar sua situação. A nota conclui que depois que Lyra foi solto por Gilmar Mendes, "a conversa não teve prosseguimento".

Provavelmente porque não havia mais o que conversar.

Como não há mais detalhes ou apuração em cima do suposto fato, se é verdade ou não, a nota cumpre sua função, que claramente é insinuar. E botar mais lenha na fogueira que cerca Neymar.

Não é possível prever se Neymar algum dia ganhará a Bola de Ouro de melhor jogador do mundo. Mas um título já lhe foi conferido na mídia e nas redes sociais: é o mais novo "bad boy" do futebol.

sábado, 23 de junho de 2018

Alô, jornalista! Imigrante bom é imigrante preso?.

Reprodução O Globo

Algumas opiniões parecem recolhidas de valões. Artigo publicado no Globo (22/6/2018) assinado pelo jornalista Rasheed Abou-Alsamh justifica a política anti-imigratória de Trump. Ele escreve que há meio milhão de menores ilegais e famílias vindos da América Central, "a maioria deles ainda à solta nos Estados Unidos". "Ainda", o jornalista quer mais jaulas? Fala em cidadãos americanos "sitiados" por imigrantes. E que já estava na hora de "botar ordem'. Lembra a linguagem autoritária dos ditadores da Arábia Saudita. O colunista do Globo é filho de sauditas, nasceu em Washington e mora em Brasília.

Deu na Variety: executivo da Netflix usa expressão racista e vai pro olho da rua...



A Netflix acaba de demitir seu diretor de comunicação, o jornalista Jonathan Friedland. Ele usou a palavra "nigger" em duas ocasiões ao se dirigir à sua equipe. Antes de entrar para a Nwetflix, ele trabalhou na Disney. A notícia está na Variety.

As empresas sérias tendem a se tornar cada vez mais sensíveis a ofensas à diversidade. Não que sejam anjos, o fato é que denúncias como essa se propagam nas redes sociais e podem causar graves prejuízos às corporações. Executivos despreparados já não estão tão livres para cometer assédio sexual, moral, racismo, homofobia, perseguir funcionários por motivos culturais, humilhar clientes etc.

Rede social neles!

A liberdade sequestrada


Chamada de capa? Legenda? Quem precisa disso?

O artista gráfico canadense Barry Blitt, autor da capa da revista The New Yorker para o mês de julho, dispensa adereços.

Blitt costuma ser irônico e satírico nas suas aquarelas.

Às vezes, carrega no humor. Dessa vez, não. Ele não sacou essas importantes armas.

Criou uma capa dramática. Sombria. A indignação que envia um apelo à Liberdade. (José Esmeraldo Gonçalves)

sexta-feira, 22 de junho de 2018

A foto do fato: Neymar entre a cruz e a espada...

Fim do jogo Brasil 2 x 0. Depois do sufoco, a prece de Neymar. Haja proteção. Após se recuperar de uma fratura, o jogador tem sido alvo constante de botinadas e pisões Foto Richard Heathcote/Getty Images/FIFA/Divulgação

Dois toques: o alívio e a decepção




Fotos Getty Images/FIFA/Divulgação

Brasil e Argentina vivem momentos de tensão na Copa da Rússia. Hoje, Phillipe Coutinho e Neymar aliviaram o drama da seleção brasileira ao fim do jogo contra a frágil Costa Rica.

Para Messi & Cia, sobrou a enorme decepção da derrota por 3x0 para a Croácia. A situação da Argentina é desesperadora, como mostram as imagens de Messi e companheiros. o time depende de vitória no último jogo e de resultados dos demais adversários.

O Brasil está em melhor posição, mas não pode comemorar ainda a classificação para a segunda fase.

As duas tradicionais escolas de futebol ainda não brilharam em campo.

Drama na Copa - Nos jornais dos hermanos, Argentina é terra em transe...






Adivinhou! Gato Achilles faz sucesso na Copa da Rússia

Reprodução Instagram
O gato Achilles, cujo CEP é ilustre (mora no Hermitage, o antigo palácio de inverno dos czares), adivinhou mais um vencedor em jogo da Copa.

Foi por pouco. A seleção brasileira quase derruba o palpite felino.

Ele apostou no Brasil contra a Costa Rica, em São Petersburgo, sua terra, e a vitória só veio a partir dos 40 minutos do segundo tempo. Achilles já acertou vários resultados, cravou as vitórias da Rússia e escapou das zebras da Alemanha e Argentina por não ter sido convidado a palpitar: suas aparições são racionadas para evitar estresse. Ele se prepara para indicar o campeão, mas só mais adiante, quando sobrarem menos concorrentes. É que o gato aponta o vencedor ao escolher o prato de ração correspondente. Com 32 seleções jogando, correria o risco de se empanturrar com tanta comida.

Reprodução 
Cada performance diante das bandeirinhas das seleções é acompanhada por dezenas de fotógrafos e câmeras.

Achilles desperta mais interesse e atrai mais mídia do que qualquer coletiva convocada por um Michel Temer da vida.

Obviamente, o gato tem muito mais a dizer.


quinta-feira, 21 de junho de 2018

Capa da Time: a besta encara sua pequena presa

Matéria da Time lança uma pergunta sobre os Estados Unidos: "que tipo de país nós somos?
Para compor a montagem da capa, a Time usou o detalhe de uma foto dramática de autoria
do fotojornalista John Moore, da Getty Images. O fotógrafo flagrou o instante em que uma menina chorava desesperadamente ao ser separada da mãe na fronteira do Texas com o México. A foto foi reproduzida
em centenas de países e se tornou o símbolo da crueldade da política imigratória de Donald Trump. 

Ruy Portilho: trajetória de integridade e profissionalismo, com ponto de partida na Manchete

Reprodução Facebook
Em 1981, como responsável pela sucursal do Estadão, no Rio, Ruy Portilho e equipe levantaram uma informação crucial sobre o caso do ato terrorista no Riocentro: os militares transportavam no Puma as bombas que explodiriam durante o show de 30 de abril. Foi a matéria que desmentiu a versão oficial  e fantasiosa da ditadura imposta em transmissão em rede nacional de televisão, segundo a qual militantes de esquerda haviam "plantado" uma bomba no carro dos militares.

Criado em 1965, o Prêmio Esso de Jornalismo foi extinto em 2015. Foram 60 anos de existência, dos quais 23 (desde 1992), sob a coordenação de Portilho.

Antes de ser o responsável pela comunicação da multinacional, ele ganhou o Prêmio Esso Regional Sudeste, em 1984, pela matéria "Os Vintes anos do BNH", do Jornal da Tarde.

Fatos como esses balizam a carreira de um atuante profissional de comunicação que, além das funções acima, foi diretor de comunicação e marketing do grupo Viamar, da área de navegação e siderurgia. Nos últimos anos, dirigia a RP consultoria. 

Ruy Portilho começou sua carreira na Bloch Editores, em meados dos anos 1960.  Ele morreu na última quarta-feira, aos 74 anos.  Era irmão de Creston Portilho, jornalista que também trabalhou na Manchete. Ruy e Creston entraram na Bloch por uma porta de mérito: o Curso Bloch de Jornalismo.

"Make 'guetos' again" ? - A jornalista que não conseguiu ler notícia sobre crianças engaioladas pelo governo Trump


As redes sociais compartilham um vídeo que mostra a jornalista Rachel Maddow, da emissora MSNBC, emocionada e impossibilitada de falar ao vivo sobre a separação de crianças imigrantes do seus pais detidos na fronteira. Ao ler a notícia sobre bebês engaiolados, Maddow chora e sob intenso nervosismo pede que um repórter a substitua na continuação da cobertura.

De fato, as imagens são fortes. Há celas que abrigam 20 crianças. Folhas de papel servem de cobertores.

The New York Times lembra que Trump não foi o primeiro a separar crianças dos seus pais.
Reprodução

A política parece inspirada em manuais nazistas, que também separavam crianças dos pais e produziam cenas terríveis que o mundo jamais esquecerá e talvez imaginasse que não se repetiriam. Donald Trump começa a rascunhar seu próprio manual ao se aproximar desses métodos na sua missão de clonar princípios que lhe agradam e aos seus apoiadores racistas e preconceituosos.

Guetos, ele já criou.

As imagens dos filhos de imigrantes, incluindo bebês, detidos e engaiolados no Estados Unidos chocam o mundo. Em dois meses, o governo republicano já segregou mais de 2 mil crianças. Há 49 brasileiros nas gaiolas de Trump.

Diante das reações, os Estados Unidos suspenderam a política de separação de crianças, mães e pais. Mas anunciam que a tolerância zero contra imigrantes continuará. Na verdade, ontem mesmo, republicanos pediram "mais" tolerância zero. Suspender a separação é um recuo parcial e atinge apenas um aspecto visível da política que classifica estrangeiros sem documentos, notadamente os que entram pela fronteira mexicana, como traficantes, estupradores, insetos, vermes e criminosos.

Sim, isso tem sido dito com todas essas palavras.

VEJA O VÍDEO AQUI

E os torcedores brasileiros em Moscou? Por que não escolheram um hooligan russo para molestar?

Não vale a pena reproduzir a cafajestagem em vídeo de torcedores brasileiros na Rússia.

Mas é importante valorizar a reação nas redes sociais condenando os molestadores de jovens russas.  Faltou educação na turma de boçais que ilustra pelos menos três vídeos. E sobraram mau caratismo, machismo em suspeita intensidade e até ficha suja, como comprovam registros policiais divulgados.

A indignação de milhões de internautas teve consequências. Algumas instituições e empresas às quais os elementos são ligados já anunciaram demissão e abertura de procedimentos de punição interna. A agressão moral não foi obra de meninos. Há até engenheiro e advogado em meio à turba.

Pessoas solidárias às vítimas da covardia e que conheciam os boçais ajudaram na identificação. A ativista russa Alena Popova oficializou petição para transformar o episódio em caso de polícia.

Durante a Copa de 2014, no Brasil, um atleta americano forjou um assalto e o fato foi divulgado no mundo inteiro. A polícia carioca entrou em ação, comprovou a mentira, e o mentiroso sofreu processo por falsa comunicação de crime. Espera-se que os torcedores envolvidos na agressão moral às mulheres e até a uma criança não fiquem impunes. Que a polícia russa aja e que empresas, escolas e instituições que abrigam esses elementos sejam cobradas a responder à ação dos molestadores.

Um dos envolvidos alegou que estava bêbado. O que não é atenuante. Se estavam bêbados, não pareciam estar sem noção. Tanto que escolheram para molestar jovens russas. E não correram o risco de maltratar, por exemplo, um holligan russo. 

Da rede social: quem dá mais?



sexta-feira, 15 de junho de 2018

Desculpe aí, foi mal! Quando a foto compromete a imagem...


Trump bate continência para general norte-coreano. "Falcões" americanos não gostaram da foto...
Reprodução Korean Central Television.

Teerã, 1943: cadeira mais baixa deixou Churchill inferiorizado na comparação com Roosevelt e Stálin.
No fim do mesmo ano, em...

...Yalta, o protocolo organizou a pose oficial dos líderes no mesmo plano. 

por Flávio Sépia 

O encontro de Donald Trump e Kim Jong-un pode até ser cenográfico e resultar em nada ou pouca coisa. Mas a Coréia saiu na frente na cobrança dos pênaltis do jogo político. O presidente americano bateu continência para um general norte-coreano sob o olhar de Kim Jong-un. Cowboys e falcões americanos se irritaram com a foto que viraliza na internet.

Durante a Segunda Guerra, mesmo sem a força das redes sociais, a divulgação de uma foto de Stálin, Roosevelt e Churchil em Teerã, 1943, não agradou aos ingleses. Embora o "leão britânico" fosse  baixo, como Stálin, a cadeira minimalista que lhe coube o deixou na foto em versão mais compacta ainda diante do líder soviético. No fim daquele mesmo ano, na conferência de Yalta, o protocolo providenciou para que os líderes aparecessem no mesmo plano.