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quinta-feira, 21 de junho de 2018

Ruy Portilho: trajetória de integridade e profissionalismo, com ponto de partida na Manchete

Reprodução Facebook
Em 1981, como responsável pela sucursal do Estadão, no Rio, Ruy Portilho e equipe levantaram uma informação crucial sobre o caso do ato terrorista no Riocentro: os militares transportavam no Puma as bombas que explodiriam durante o show de 30 de abril. Foi a matéria que desmentiu a versão oficial  e fantasiosa da ditadura imposta em transmissão em rede nacional de televisão, segundo a qual militantes de esquerda haviam "plantado" uma bomba no carro dos militares.

Criado em 1965, o Prêmio Esso de Jornalismo foi extinto em 2015. Foram 60 anos de existência, dos quais 23 (desde 1992), sob a coordenação de Portilho.

Antes de ser o responsável pela comunicação da multinacional, ele ganhou o Prêmio Esso Regional Sudeste, em 1984, pela matéria "Os Vintes anos do BNH", do Jornal da Tarde.

Fatos como esses balizam a carreira de um atuante profissional de comunicação que, além das funções acima, foi diretor de comunicação e marketing do grupo Viamar, da área de navegação e siderurgia. Nos últimos anos, dirigia a RP consultoria. 

Ruy Portilho começou sua carreira na Bloch Editores, em meados dos anos 1960.  Ele morreu na última quarta-feira, aos 74 anos.  Era irmão de Creston Portilho, jornalista que também trabalhou na Manchete. Ruy e Creston entraram na Bloch por uma porta de mérito: o Curso Bloch de Jornalismo.