Foto Getty Images/Fifa |
A Copa do Mundo é cada vez mais tecnológica, o relógio do árbitro apita quando sensores eletrônicos indicam que a bola ultrapassou a linha do gol, o VAR, que estréia na Copa da Rússia pode calar um grito de gol ou referendar ou não pênalti, as camisas são feitas de tecidos inteligentes e as chuteiras incorporam recursos de alto rendimento a cada modelo lançado.
A foto acima mostra o vestiário da seleção da Dinamarca. As ferramentas dispostas sobre a mesa são o elemento romântico que resiste às inovações. O material fica em espaço nobre, arrumado como se fosse o instrumental de um cirurgião.
Apesar de toda a tecnologia, os roupeiros das equipes não dispensam o pé-de-ferro (a bigorna do sapateiro), martelos e alicates para ajustar as travas aos campos secos, molhados, de grama alta ou baixa. Muitos jogadores usam, atualmente chuteiras personalizadas, mas isso não dispensa o ofício do artesão. Talvez apenas elimine uma função que era quase obrigatória no tempo das pesadas chuteiras de couro: amaciar o calçado. Para isso, alguns roupeiros "domavam" as chuteiras e gastavam um pouco de sola e antes de entregá-las aos pés dos craques.
Vale lembrar que a Dinamarca se classificou para as oitavas. Até aqui, o sapateiro da equipe mandou bem no pé-de-ferro. (José Esmeraldo Gonçalves)