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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Copa do Mundo Catar - Seleção Brasileira: autoajuda no vestiário



Imagens reproduzidas de vídeo CBF/Divulgação 

por O.V. Pochê

Tite adota o estilo "autoajuda" nas preleções aos jogadores e durante as entrevistas. Às vezes fala difícil, como se fosse um tecnocrata do futebol. Pois os vestiários do estádio  doo Al Arabi Sports Club onde a seleção brasileira faz seus treinamentos no Catar, reproduzem nas paredes as bordões. São palavras-chave de incentivo e motivação: "Coragem", "Trabalho", "Mentalmente forte", "Determinação", "Se preparar bem para merecer vencer", "Equilíbrio" , "Força "...

Como Neném Prancha diria se vivo fosse, autoajuda não ganha jogo. 

Fico pensando no genial Pelé, em 1958, e se, antes de dar um chapéu no zagueiro na pequena área, ele dizia para si mesmo: "estou cheio de determinação", "tenho coragem". 

E Garrincha? Quando entortava adversários em 1962, a Copa em que ditou o ritmo e a magia da seleção, ele usava mantras do tipo "iniciativa", " mentalização", "acreditar"? E Ronaldinho, Ronaldo, Carlos Alberto Torres, Nilton Santos, Romário, Didi, Tostão, Rivelino, Gerson, Rivaldo e tantos outros? O que pensava Ronaldinho quando fez aquele golaço contra a Alemanha em 2002? "Tenho confiança", "trabalhei e mereço vencer"? Romário quando dava um drible curtinho, medido em milímetros, antes de furar as redes vibrava com um "caraio, tô mentalizado". 

Sei não, Neymar está tão confiante que já anda com a sexta estrela do Hexa no logo da CBF, mas o Brasil vai precisar muito mais de autoajuda e do já ganhou" para não voltar cedo pra casa.

A grande dúvida do Brasil - e que vai deixar os torcedores tensos - é como o time vai se comportar diante de uma seleção competitiva européia. O time de Tite não sabe o que é isso desde que perdeu para a Bélgica em 2018. Foi pro Catar no escuro. A caixa preta só começará a ser aberta nos jogos contra Sérvia, Suíça e Camarões. Vamos encarar?



terça-feira, 30 de março de 2021

Jogadores europeus protestam contra o Catar. Construção de estádios da Copa custou a vida de milhares de imigrantes. Seleção brasileira, pra variar, ignora o assunto

Com alguns jogos das Eliminatórias de Copa 2022 em andamento na Europa, seleções protestam contra o Catar, que sediará o torneio e não é país que respeita direitos humanos, algo comum aos países islâmicos. Para construir os estádios, o Catar utiliza mão de obra de imigrantes em condições degradantes. Quase sete mil trabalhadores já morreram desde o começo das obras. Só isso já vai determinar que a Copa de 2022 estará manchada pela morte. A FIFA e a CBF não se pronunciaram sobre os protestos dos europeus. E, provavelmente, não precisarão se preocupar com possíveis manifestações dos jogadores brasileiros. A grande maioria ignora até o que seja a expressão direitos humanos. 

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Até o Olé admite: Neymar é caçado em campo. E olha que o jornal é argentino..




Apesar da história rivalidade, prevalece no Olé o respeito ao futebol.

O jornal argentino publicou uma matéria especial com fotos e vídeos sobre a caça a Neymar. "Neymar sofre um jogo bruto sistemático", denuncia. Ao terminar o jogo contra o México, o brasileiro detinha um recorde: o de jogador que mais sofreu faltas (23) desde a fase de grupos.

O Olé admite que Neymar às vezes exagera, mas defende que as imagens dos vários jogos são provas claras da caçada. Enquanto a mídia argentina ainda sob o impacto da desclassificação de Messi& Cia abre espaço para reconhecer o que não pode ser desmentido, uns poucos jornalistas esportivos brasileiros (é só zapear a TV por assinatura) promovem uma ofensiva contra o craque - em tom que lembra 'haters' de rede social - em outro campo: o das mesas redondas.
VEJA A MATÉRIA NO OLÉ, CLIQUE AQUI

terça-feira, 3 de julho de 2018

Rússia 2018 - Neymar tira da Alemanha o posto de maior goleador em todas as Copas

No jogo Brasil 2 X 0 México, Neymar comemora  o gol que faz o Brasil
o recordistas de gols em todas as Copas. Foto de Lucas Figueiredo/CBF

(do site da CBF) 

Única seleção que participou de todas as edições de Copas do Mundo, a maior campeã, com cinco títulos, e agora a recordista de gols. O gol de Neymar que abriu o placar para a Canarinho diante do México pelas Oitavas de Final da Copa do Mundo FIFA 2018 colocou o Brasil como o país que mais vezes balançou as redes em Mundiais. No total, a Seleção Brasileira balançou as redes 228 vezes nos 21 Mundiais que participou.

Eram 227 gols. Mas, aos 42 minutos da etapa final, Firmino fez o segundo da Seleção Brasileira e ampliou o recorde para 228. Na Primeira Fase, Philippe Coutinho (2), Neymar, Paulinho e Thiago Silva também deixaram as suas marcas com a Amarelinha. Até o jogo desta segunda-feira (2), o Brasil estava empatado com a Alemanha, com 226 gols.

Já o camisa 10 se isolou como o quarto maior artilheiro da história da Canarinho com 57 gols. O seleto grupo é liderado por Pelé, o maior jogador de todos os tempos, com 95 bolas na rede. No segundo lugar, vem o fenômeno Ronaldo, com 67 gols marcados, uma a mais do que Zico, com 66, no terceiro lugar.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA N SITE DA CBF, CLIQUE AQUI

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Fotos que falam - O respeito ao Velho Lobo...




Fotos Lucas Figueiredo/CBF

por Niko Bolontrin 

Em meio ao caos de ontem, coube ao futebol dar um toque de emoção ao noticiário.

Zagallo visitou a concentração da seleção brasileira, em Comary, Teresópolis.

Boleiros respeitam boleiros. Mas no caso do velho treinador, havia muito mais do que respeito na expressão dos jogadores enquanto ouviam o Velho Lobo falar. Zagallo ganhou duas copas como jogador (1958-1962), uma como treinador (1970) e outra como assistente técnico (1994). Não é pouca coisa. Aliás, é um feito único na história do futebol.

A fragilidade do corpo, aos 86 anos, não abalou a alma de vencedor, um armador pela esquerda, o jogador inovador e incansável que ganhou o apelido de Formiguinha por atacar e voltar para a defesa como reforço na lateral.

Zagallo ganhou dos jogadores a camisa 13 - seu número de sorte - autografada. Elogiou Tite por trazer de volta a esperança no Hexa e procurou motivar o time.

- "Já está no meu pensamento e no deles. Vamos trazer essa Copa''.

Pé quente o Lobo é.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Foi armação! Michel Platini confessa que manipulou sorteio dos grupos na Copa de 1998.

A Copa de 1998, a da França, já entrou para a história da seleção brasileira como uma das mais controversas. A mídia esportiva jamais conseguiu explicar claramente tudo o que aconteceu na concentração poucas horas antes da final e no vestiário do Stade de France, a minutos da bola rolar.

Talvez só Arséne Lupin, do escritor Maurice Leblanc, fosse capaz de desvendar o mistério.

O choro e a convulsão de Ronaldo, os relatos dramáticos do seus companheiros de quarto, o atendimento de urgência em hospital, sistema de som do estádio anunciando a escalação de Edmundo, os jogadores que não aparecem em campo para o aquecimento, Ronaldo surpreendentemente confirmado e, finalmente, a apatia do camisa 9 e o apagão do time em campo.

Claro que Zidane & Cia jogaram muito naquele 12 de julho, mas o jornalista italiano Stefano Barbetta definiu a postura de Ronaldo em campo como a de um "ectoplasma ambulante" e escreveu no livro "La Biblia dei Mondiale" que patrocinadores da seleção o constrangeram a jogar. Barbetta ainda registra o que chamou de "alheamento" dos demais jogadores brasileiros, preocupados com as condições de Ronaldo.

Pois 20 anos depois a Copa do "mistério" acaba de ganhar mais uma controvérsia. O ex-jogador Michel Platini, que era co-presidente do Comitê Organizador da Copa de 1998, confessou hoje que manipulou o sorteio dos grupos para impedir que a França cruzasse com o Brasil antes da final. "Quando organizamos o calendário, fizemos um pequeno truque", disse. A notícia está no Diário de Notícias, de Lisboa.

Platini não detalha o método usado para falsificar o sorteio. Uma pista: em 2016, o ex-presidente da Fifa Joseph Blatter deu uma entrevista ao "La Nacion", da Argentina, confirmando o uso bolas quentes e frias em sorteios de competições de futebol. Não convenceu quando afirmou que na Fifa isso não acontecia, mas revelou a jogada. "As bolinhas são colocadas antes na geladeira. A mera comparação entre umas e outras com o toque determina as bolas frias e quentes. Quando tocamos, sabemos o que é".

Com a manipulação de Platini, a França acabou campeã - mereceu, apesar da ajuda. Pena que o Brasil foi à final para ganhar a "taça" do vexame. Melhor seria ter sido eliminado com dignidade uma semana antes, quando ficou no 1x1 contra a Holanda e foi salvo na decisão por pênaltis.

O Brasil é penta, vai tentar o hexa, mas é tri em vexames em Copas: o maracanazzo de 1950, a desastrada escalação de um jogador que praticamente saiu da emergência de um hospital para calçar as chuteiras, em 1998, e o time-zumbi massacrado pela Alemanha no pastelão do 7X1 de 2014.

Que a Rússia poupe a seleção de Tite dos "dribles da vaca" da história... 


quarta-feira, 16 de maio de 2018

Copa do Mundo 2018 - Federação argentina ensina como pegar russas. Manual também instrui jornalistas a "molhar a minhoca"... Os hermanos pisaram na bola



por Niko Bolontrin

Garrincha não falava um só palavra em sueco e mesmo assim pulou o muro da concentração e descolou uma loura escandinava. Deixou até um filho no terreiro dos vikings.

Eram outros tempos, de dominação machista.


A seleção de Messi ainda não está escalada mas já sabe como se dar bem com a mulherada graças a um manual para evitar problemas de comunicação na Rússia.


A Federação Argentina de Futebol esqueceu que o tempo passou - mais exatamente  60 anos desde as peripécias do Mané - e incluiu no seu manual para a Copa da Rússia, "consejos para seducir a mujeres rusas".

O tutorial da pegação é destinado a dirigentes, jornalistas, comissão técnica e jogadores. “Qué hacer para tener alguna oportunidad con una chica rusa”, é um dos tópicos do livrinho. As russas são lindas, informam os cartolas hermanos, mas devem ser abordadas com cuidado, já que a maioria reclama que os homens logo querem levá-las para a cama.

Não se sabe se a AFA, a CBF da Argentina, mandou emissários á Rússia para investigar o comportamento feminino local e pesquisar as melhores estratégias.

A manual da azaração pegou mal e repercute internacionalmente.

A AFA diz que o trecho foi impresso "por equívoco". A culpa foi de um estagiário tarado.

terça-feira, 6 de março de 2018

Rússia 2018: faltam 100 dias. Mas a "copa das 100 embaixadinhas" já começou...

Fifa


Reproduções You Tube

Para marcar os 100 dias que faltam para a Copa do Mundo, a Fifa lança um vídeo onde 100 craques que fizeram história nas seleções dos seus países reencontram a bola. Ronaldo e Maradona entre eles. VEJA AQUI

domingo, 31 de maio de 2015

O OUTRO LADO: os verdadeiros interesses dos EUA ao investigar acusação de propinoduto entre empresários privados, empresas e dirigentes da Fifa. Deu no UOL


(do UOL - link abaixo)
"Eu estou chocado, você não está?", diz John Shulman ao atender a reportagem do UOL. Ele tem uma opinião diferente sobre o envolvimento dos Estados Unidos no escândalo da FIFA. Professor convidado da Fundação Dom Cabral, especialista em mediação de negociações, cofundador do Centro para a Negociação e a Justiça dos EUA, e formado em direito pela Universidade de Harvard, ele acredita que a intervenção "não teve cunho legal, mas geopolítico".
"Com essa ação, os EUA enviam dois recados. Para o mundo, o de que o nosso sistema legal pode te pegar se você estiver fazendo algo errado. Internamente, mostramos que tomamos a iniciativa de resolver a corrupção dos outros", diz o professor.
E John entende tanto de geopolítica quanto de futebol. Seu currículo de mediador inclui diversos trabalhos ao redor do mundo, incluindo no Oriente Médio, na Índia e em Ruanda. Sobre o "soccer", uma curiosidade: o hoje professor já jogou profissionalmente na Índia, onde, segundo ele, foi o primeiro jogador ocidental por aquelas bandas.
"Os Estados Unidos nunca deram a menor bola para o futebol. De repente, pela primeira vez na história, o The New York Times vem com a primeira página inteira falando do assunto. Aí eu me pergunto: por quê?", questiona John. Para o professor, há vários pontos obscuros no envolvimento americano. "A logística de uma operação internacional deste porte simplesmente não vale a pena. Até porque não há um número de vítimas nos EUA que justifiquem tamanha mobilização", argumenta ele. "Há empresas nos EUA muito mais corruptas do que a FIFA, pode ter certeza", crava o especialista.
LEIA MAIS NO UOL/ESPORTE, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A camisa de Luis Suárez vai ficar no armário

Foto Getty Images-Fifa - Divulgação
por José Esmeraldo Gonçalves
A mordida em Chielini, no jogo contra a Itália, custou a Luis Suárez o afastamento da Copa. A Fifa impôs ao jogador uma suspensão de nove jogos pela seleção do Uruguai. A Copa perde um craque mas seria muito alto o preço de mantê-lo em campo. Ao morder um adversário pela terceira vez na sua carreira - sem contar as cabeçadas, outra arma que o jogador costuma usar - Suárez, na prática, pediu pra sair. No últimos dias, uma perplexa imprensa mundial o chamou até de "canibal". Além dos nove jogos pela sua seleção, o uruguaio foi banido do futebol por quatro meses. A Fifa parece deixar claro, agora, que outra mordida em campo poderá encerrar definitivamente a carreira de Suárez. O jogador poderá recorrer, se quiser, após pagar uma multa de 250 mil reais. A punição já valerá para o jogo Uruguai X Colômbia, no próximo sábado, no Maracanã. Embora a atitude de Suárez tenha sido tão flagrante e até figuras isentas como o ex-jogador Ghiggia tenham condenado a espantosa mordida, haverá especulações. Caso Brasil passe pelo Chile e o Uruguai avance, as duas seleções se enfrentarão nas quartas-de-final. O Uruguai certamente vai chiar e dirá que "forças ocultas" abriram o maxilar de Suárez e o fizeram abocanhar Chielini. Faz parte da choradeira. 
Mas a dramaticidade da cena da mordida renderia uma boa crônica ao escritor e jornalista Nelson Rodrigues. Duvida? Pois Nelson, que sempre apontava nas suas crônicas um personagem da semana, uma vez elegeu não o Dida, do Flamengo, mas uma atitude do atacante em campo. O cronista saiu do estádio impressionado com uma cena inusitada. O Flamengo jogava contra o Canto do Rio. Ganhava por 2 x 1. O jogo era tenso, dois jogadores já haviam sido expulsos, quando o árbitro Gama Malcher marca pênalti contra o Flamengo. Quase fim do jogo, era a chance do empate. Osmar, do Canto do Rio, ajeita a bola e se prepara para chutar. Conta Nelson: "Estava a bola na marca fatídica. Dida aproxima-se, ajoelha-se, baixa o rosto e vai fazer o que nem todos, na afobação, percebem. Para muitos, ele estaria rezando o couro. Mas eis, na verdade, o que acontecia: Dida estava cuspindo na bola. Apenas isso e nada mais. Objetará alguém que este é um detalhe anti-higiênico, antiestético, que não deveria ser inserido numa crônica. Mas eu vos direi que, antes de Canto do Rio x Flamengo, já dizia aquele personagem shakespeariano que há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia. Quem sabe se a cusparada não decidiu tudo? Só sei que lá ficou a saliva pousada na bola. O que aconteceu depois todos sabem: Osmar bate a penalidade de uma maneira que envergonharia uma cambaxirra. Atirava o Canto do Rio pela janela, a última e desesperada chance de um empate glorioso. E ninguém desconfiou que o fator decisivo do triunfo fora, talvez, a cusparada metafísica de Dida, que ungiu a bola e a desviou, na hora H". 
O trecho destacado acima é da crônica "A Cusparada" que Nelson Rodrigues publicou na Manchete Esportiva com data de capa do dia 9 de novembro de 1957. 
A cusparada épica virou, claro, a Personagem da Semana de Nelson Rodrigues. 
Imagine o que ele não faria com a mordida inglória de Luis Suárez.
  

sábado, 24 de novembro de 2012

Seleção: dois anos e meio de preparação cenográfica

por Gonça
A queda de Mano Menezes não tem a menor importância. O tempo que o Brasil perdeu para preparar sua seleção, sim. Vamos ao replay: depois do fiasco de 2006, quando a concentração brasileira na Alemanha parecia  o terreiro do samba frequentado por pagodeiros, humoristas, estrelas globais e jornalistas privilegiados, que lá jantavam em noites de queijos e vinhos com a comissão técnica, a CBF quis botar ordem na suruba. Chamou Dunga, aquele que, para a torcida, ganhou no braço e na moral a Copa de 1994. Dunga era o símbolo para  vencer a crise. Fez um bom trabalho. Ganhou a Copa América, a Copa das Confederações, venceu amistosos contra equipes fortes, e classificou o time, bem, com folga, nas Eliminatórias para África do Sul 2010. Fez quase tudo certo. Mas, por temperamento, deixou azedar seu relacionamento com a mídia. Foi isso que decretou seu fim. A crise Seleção x Mídia incomodou patrocinadores fortes. Mais do que isso, tirou a tranquilidade dos jogadores em plena Copa- conta quem lá esteve que houve até caso de jornalista "importante" que fez "barraco" no hotel onde a seleção se hospedava, por querer entrevistar jogadores nas suites a qualquer custo. A campanha da mídia contra Dunga chegou então à beira do fanatismo talibã. Apesar do clima pesado, a seleção evoluiu na Copa até a falha fatal do goleiro Júlio Cesar no jogo contra a Holanda. Pior para o Dunga que viu todo o trabalho ruir em um segundo. De resto, coisas da magia e da tragédia do futebol, que o diga Barbosa, o goleirão da Copa de 50.
Com Dunga demitido e com a Copa seguinte em casa, a CBF resolveu convocar Mano Menezes. Apostou menos no treinador e mais no "relações-públicas", no profissional bem articulado capaz de desarmar tensões no contato com a elite de jornalistas e apresentadores. Na primeira etapa da preparação, a CBF programou amistosos com times fortes. Vexames sucessivos em campo. A torcida já pedia a cabeça do escolhido. A Copa América foi pro espaço. E a CBF mudou a estratégia: para evitar derrotas humilhantes baixou o nível dos adversários. O Brasil passou a jogar contra "galinhas-mortas". Algumas partidas eram quase cenográficas, algo como os embates do Divino, o time do Tufão, da novela "Avenida Brasil. Mano sobreviveu até ontem. Nos últimos meses, talvez animada por patrocinadores, difundiu-se a impressão de que Mano encontrara o segredo da vitória e a Seleção estava, finalmente, no caminho certo para o Hexa. Isso apesar de continuar enfrentando peladeiros nos piores gramados do mundo. Um jornalista escreve hoje que a demissão de Mano foi "surpresa" por ele ter acabado de ganhar um "título". Fala sério. Título? Essa piada da Bombonera conta para alguma coisa? Outro teme que no lugar do Mano venha um sujeito de "maus bofes". Bom, nós, simples torcedores, esperamos que venha alguém mais preocupado em montar um time com padrão de jogo, que saiba variar o jogo, que mude o ritmo de um partida não apenas com substituições mas com mudanças de estratégias, que saiba botar o técnico adversário no "bolso", criar "armadilhas" letais. Esse é o papel de quem está "pensando" o jogo fora de campo, o o resto os craques fazem. Cuidar de imagem, administrar egos, "fazer sala" para jornalistas-celebridades, ser anfitrião de jantares, isso não cabe ao treinador. Se o cargo necessitasse apenas de um cara "educado" e de "boas maneiras", seria melhor chamar a Danuza Leão, que escreveu um livro sobre etiqueta social.
Ou, na falta do João Saldanha, convocar o Felipão.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fátima Bernardes cresceu...

O JN que você não vê. Direto da África do Sul, o macete de Fátima Bernardes para ficar menos baixinha ao lado do repóter Tadeu Schmidt. (Foto do blog Jornal Nacional na Copa). Clique AQUI

quinta-feira, 17 de junho de 2010

por Gonça
Maracanã, 60 anos. Palco iluminado de dramas e de incontáveis alegrias, o belo estádio está fechado para obras. Receberá, pela segunda vez, os maiores jogadores do mundo para uma final de Copa: a de 2014. O Maraca é uma lenda. Embora terra sagrada de craques quase foi vítima de pernas-de-pau. O ex-presidente da Fifa, João Havelange, seguido por uma corte de jornalistas perdidos em campo, tentou dar um ponta-pé, na verdade, um bico, em uma campanha para a demolição do Maracanã. Era uma imitação barata do que os ingleses fizeram com o Wembley. Felizmente, o idéia de jerico não vingou. O que veio foi a doce vingança do Maracanã que está aí, sessentão, pronto para uma reforma que o deixará brilhando para ser a estrela de mais uma Copa. Ademir, Heleno, Zizinho, Pelé, Almir, Bellini, Garrincha, Didi, Nilton Santos, Roberto Dinamite, Zico, Quarentinha, Barbosa, Manga, Gilmar, Brito, Coutinho, Pagão, Telê, Zito, Gerson, Tostão, Dirceu, Romário, Edmundo, Reinaldo, Rivelino, Paulo Cesar Caju, Dida, Henrique e dezenas de artistas que já encenaram espetáculos no gramado do Maraca... agradecem.    
A propósito, o nosso caro Renato Sérgio é autor de um livro indispensável para quem gosta de futebol e, especialmente, das lendas e mitos do futebol. Quando o estádio comemorava cinco décadas, Renato, co-autor de "Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou" - lançou "Maracanã, 50 anos de glória" (Ediouro). Um gol de placa.  (Fotos: Divulgação)  

domingo, 6 de junho de 2010

Jabulani, a polêmica da bola murcha...

por José Esmeraldo Gonçalves
O filósofo Neném Prancha costumava dizer que o jogador deve tratar a bola como uma amante. Dormir com ela, cuidar para que não perca as curvas, que role macio na maior parte do tempo mas que saiba explodir na hora certa, que seja veloz mas conheça as vantagens da marcha lenta, quando for o caso. Por tudo isso, não parece começar bem essa Copa da África do Sul. Jogadores e bola, a Jabulani, estão em crise de relação. Os goleiros, principalmente, estão protestando. A Jabulani, dizem, é bola rápida, aerodinâmica. E para o goleiro, convenhamos, quanto mais devagar, melhor. "Parece bola de supermercado", diz Júlio César. Robinho afirma que o designer da Fifa jamais jogou futebol. Para o francês Hugo Lloris, a nova bola é um desastre. Talvez tenham razão, talvez não. Os citados são patrocinados pela Nike. A bola é da Adidas, marca que tem Kaká sob contrato. Não por acaso, o meia elogia a Jabulani. Pelé argumenta que não importa a bola, o que vale é a qualidade do jogador. Desde que o futebol existe, a bola, com ou sem tanta tecnologia, mudou muito. Já teve cadarços como um coturno, já teve costura aparente, costura interna, costura nenhuma, 32 gomos, 16 gomos (a Jabulani tem oito), com ranhura e sem ranhura. A fila anda. Apesar disso, não deixou de ser quadrada para tantos jogadores e manteve-se redondinha para os pés dos craques. O erro, acho, é lançar uma bola nova durante a Copa. Por que não nas Eliminatórias? Mas aí a Fifa teria que resistir à estratégia da Adidas de mostrar seu produto na maior vitrine do futebol mundial.
Marketing à parte, só resta aos craques, nesses poucos dias, ganhar intimidade com a Jabulani. Levá-la pra cama e chamar de Jabu.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Família Mandela "Dungou"


A filha e a neta de Mandela já sabem para quem torcer assim que os "Bafana, Bafana" e Parreira pegarem o caminho da roça na Copa: estão com Dunda e a Seleção Brasileira. Zenani Mandela e Siwze foram ao hotel The Fairway, concentração do time, para dar um "oi" a Dunga. (Foto: CBF/Divulgação)

Logomarca da Copa de 2014...

Será? Essa logomarca foi divulgada ontem como sendo o símbolo oficial da Copa do Mundo de 2014. É uma versão estilizada da própria taça. A CBF só fará o anúncio formal no dia 8 de julho, três dias antes do jogo final na África do Sul. Sei não, parece desenho de criança...

sábado, 22 de maio de 2010

Max Gehringer, o consultor da CBN, lança livro sobre as Copas

por Gonça
O consultor de carreiras Max Gehringer, que é um das atrações da CBN, lança o o livro Almanaque dos Mundiais (Editora Globo, 440 páginas), sobre as Copas do Mundo. O autor, especialista em mundo corporativo e um dos conferencistas mais requisitados do país, revela um lado até então desconhecido: o de apaixonado por futebol, a ponto de colecionar desde a infância informações sobre o mais importante torneio de futebol do mundo. Os capítulos relatam a situação dos países-sede e revelam os bastidores das Copas, como a política de regime fascista de Mussolini, que criou uma loteria para financiar o Mundial de 1934, além defichas técnicas, fatos curiosos e números das partidas.