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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Cadê a garota da capa que estava aqui ? Sumiu...

 

Algumas capas de revistas estrangeiras em 2021.


No Brasil, algumas revistas sobreviventes.

por José Esmeraldo Gonçalves

O panorama de títulos de revistas no Brasil é devastador. Não é o que acontece em muitos países, onde milhares de veículos impressos sobrevivem. A propalada crise do modelo de negócios no que se refere a revistas impressas foi, no Bananão, como dizia Ivan Lessa, um tsunami. Como se as editoras fossem uma "Pompéia" soterrada de uma hora para outra e coberta de cinzas. 

O fim de muitas revistas levou embora opções de qualidade no campo das reportagens, do fotojornalismo, do comportamento, da economia, do serviço, entre outros segmentos. 

O que impressiona é que as revistas vaporizadas foram substituídas por... nada. O meio é a mensagem, lembram?, e o meio digital não tem o alcance gráfico das revistas. É outro patamar, que obviamente vai evoluir, quem sabe da 5G para a revista holográfica quando uma reportagem ilustrada será fielmente encenada na sua sala. 

Comunicólogos que estudem essa particularidade brasileira e tentem explicar porque o mercado editorial de revista foi aqui praticamente destruído, restando bravos e poucos sobreviventes. 

Nosso foco é mais embaixo, mais pop. 

Independentemente da conclusão dos futuros estudos, apontamos que a  grande vítima foi a garota da capa. Sumiu. Xuxa e Luíza Brunet serão imbatíveis para sempre. Cada uma fez mais de 100 capas, da Manchete à Playboy.  

Tudo bem, as garotas sem capa agora se viram em ensaios no Instagram, que elas mesmas produzem. Ok, atingem milhões, mas não recebem de volta o impacto estético de uma capa impressa, brilhante, que pode ser vista permanentemente, sem cliques, muito além da dimensão de uma tela de smartphone. É isso não é nostalgia, é uma abordagem técnica. Uma questão espacial, de forma, tamanho, posição. 

Tem a ver com a geometria, uma linha da matemática. Perguntem às garotas que foram capas. 

Ou, lá fora, às garotas que ainda são capas.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Editora Escala anuncia a volta da revista Tititi em versão impressa

Uma boa notícia para o combalido mercado de trabalho. A Escala volta a produzir a Tititi em versão impressa.
Especializada em cobertura de TV e celebridades, a revista, que permanecia apenas em digital desde agosto de 2018, sempre manteve forte apelo em bancas.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Memória da propaganda: Em 1962, o Natal do consumo antes da crise...

O sonho de consumo. 

Os brinquedos analógicos, ainda quase artesanais. 

A anúncio da Coca-Cola apelando para Deus às vésperas de um ano de crises..

O presente de Natal da Seleções

Calça Lee nem pensar: o dólar alto deixava o sonho pra depois. O Brasil vestia Far-West.


A Varig oferecia o trenó aéreo para um White Christmas em Nova York.

Em 1962, o Brasil curtia um Natal de consumo marcado pela onda de industrialização que JK acelerou. O mineiro já não era presidente, mas os resultados da sua política repercutiam na mídia, que também se modernizava, e estavam nas páginas das revistas que passaram a receber centenas de páginas de anúncios.
Apesar do otimismo que a propaganda refletia, 1962 antecedeu uma ano de crise
econômica e política.
Pelo menos um dos anúncios - o da Coca Cola - apelava para Deus segurar a barra no Ano Novo que despontava. Não deu. A crise tornou-se aguda e acabou em golpe militar. 1963 foi último ano integralmente democrático antes da longa noite a partir de 1964 e que só começaria a clarear em 1985.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Editora Escala fecha as revistas Tititi e Minha Novela...

Há menos de três meses, a Editora Caras transferiu para a Escala as revistas Tititi e Minha Novela, ex-Abril. Durou pouco. Mais veículos impressos abatidos pela internet e menos empregos para jornalistas. A informação é do colunista Fernando Oliveira, do Zapping (Agora São Paulo).

Atualização em 15/8 - A Escala não confirmou oficialmente a medida, até o momento, e não se pronunciou sobre rumores de que outros títulos impressos seriam cancelados.

Atualização em 16/8 - A Editora Escala divulgou ontem nota oficial sobre o assunto. Segue:  

As revistas impressas, de um modo geral, atravessam seu momento mais crítico, devido à desestruturação logística e financeira do atual processo de distribuição.

Sem um novo modelo para entregas e administração, as revistas que mais sofrem são as que dependem exclusivamente das vendas em bancas, como é o caso das semanais de novelas e celebridades.

Ainda que tenham forte apelo junto ao público leitor e vendas bastante expressivas de suas edições, a Editora Escala se viu obrigada a descontinuar os títulos Tititi, Minha Novela, Conta Mais, TV Brasil e 7 Dias.

Outras seis revistas que seriam atingidas por essa deficiência do processo foram descontinuadas ou sofreram fusão de seus conteúdos com as de melhor penetração junto a assinantes.

Comunicação Escala”

terça-feira, 3 de julho de 2018

Fotomemória - Chacrinha por Guina Ramos

Chacrete e Chacrinha, TV Tupi, Cassino da Urca, 1978.
Foto de Guina Araújo Ramos

por Guina Araújo Ramos  (do blog Bonecos da História)

Este domingo, 01/07/2018, marca 30 anos da morte do “comunicador” Chacrinha (Abelardo Barbosa, que, aliás, teria feito 100 anos em 2017), e eu só fico sabendo disso porque me apareceu uma rememorativa postagem no Facebook, não por acaso do jornalista Denílson Monteiro, autor de “Chacrinha, a biografia”, livro de 2014 (também disponível em e-book).

O fato é que se Chacrinha continua na memória do povo, talvez seja porque resumiu em sua tão absurda quanto surrealista arte o incompreensível espetáculo que é este país, Brasil.
E continua vivo nos palcos, assumido pelo ator Stepan Nercessian, que encarna sua irreverência num espetáculo que circula pelo Brasil e deve virar filme em 2019, intitulado, muito simplesmente, "Chacrinha, o musical".

Que ninguém estranhe ver Chacrinha, nesta série Bonecos da História, de costas para o distinto público do blog!...

Tive a subida honra (e o grande divertimento) de fotografar algumas das Discotecas do Chacrinha no final dos anos 1970, ainda TV Tupi, no Cassino da Urca, em preto-e-branco para a revista Amiga e em cor para Sétimo Céu, trabalhando para a Bloch Editores.

O próprio programa era um espetáculo!... Começava pelas longas filas de ansiosos espectadores, seguia pelos camarins congestionados de artistas, jornalistas e técnicos, e se expandia pelo auditório circular, que engolfava um palco ainda mais congestionado: grandes câmeras de TV, dois grupos de Chacretes, contrarregras e grupos musicais, jurados em seus postos etc...

Centralizando toda esta loucura, o inabalável Chacrinha, sempre brilhante em suas espantosas vestimentas repletas de lantejoulas e de penduricalhos, nesta época ainda nem tanto, mais tarde incluindo a buzina, o disco telefônico, a cartola de cano alto, os óculos de aros grossos, sempre com os gestos largos com que provocava os fãs da plateia, quando não jogava um bacalhau ao léu...

Não me restaram mais do que estas duas fotografias, de todas estas coberturas da Discoteca do Chacrinha que fiz (e que dependiam das atrações da semana), de uma das quais retiro este boneco de costas. Mas, talvez evidenciando o motivo por que guardei apenas estas fotos, entre tantas que foram parar (e sumir) no desaparecido arquivo da Manchete, publico as duas fotos que me restaram...

VEJA MAIS FOTOS DE CHACRINHA POR GUINA ARAÚJO RAMOS 
NO BLOG BONECOS DA HISTÓRIA, CLIQUE AQUI

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Memória da publicidade: afinal, quem descobriu a preferência nacional ?


Preferência nacional você sabe o que é. A expressão frequentou muitas chamadas de capa das revistas Playboy, EleEla, Status, Sexy. Foi até nome de uma revista erótica especializada em... preferências nacionais.

Em 1964, uma campanha do Crush veiculada na Manchete usou  pela primeira vez esse título para badalar a nova embalagem do refrigerante de vidro claro e curvas destacadas que substituia a anterior e clássica, de vidro marrom e linhas horizontais empilhadas.

Nos anos 1970, a marca de cigarros Continental também deu ao seu produto a alcunha de preferência nacional.

Mas se você digitar "preferência nacional " no Google dificilmente vai encontrar a expressão associada a refrigerantes e cigarros.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Kim Kardashian: revistas sofisticadas se rendem a um fenômeno popular




Essas três capas - Vogue, GQ e Bazaar - lideram a lista de melhores de 2016.  Em duas delas, a campeã de covers no ano, a onipresente Kim Kardashian. A socialite foi capa em mais de 100 revistas, no mundo. Entre estas, descartando-se as revistas de celebridades populares, as mais icônicas publicações dos Estados Unidos. Não está fácil para ninguém. São os novos tempos. Todo dia é dia de vender revista, bebê! (Clara S. Britto)

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Como diria Chico Buarque, "devolva o Neruda que você me tomou e nunca leu". Grupo Abril retoma revistas que haviam sido repassadas à Editora Caras...

A Editora Abril, conforme antecipado há algumas semanas, anuncia a retomada de cinco revistas que haviam sido transferidas para a Editora Caras.

Simples assim, ao estilo "devolva o Neruda".

Placar, Você RH, Minha Casa, Você SA e Arquitetura e Construção voltam para os Civita.

Segundo o presidente do Grupo Abril,Walter Longo, a iniciativa resulta do novo posicionamento da empresa ao valorizar a produção de conteúdo.

"A volta dessas publicações, além de reforçar nossa crença em revistas, aumenta as opções de exploração dessas marcas em outras plataformas e oportunidades de sinergia entre nossos negócios. Com elas, passamos, a partir de agora, a ter mais opções de segmentação para nosso consumidor e todos os mercados em que atuamos”, justificou Longo.

Há pouco tempo, a estratégia da Abril apontava para rumo oposto. Uma certa falta de crença em algumas revistas. De 2014 para cá, em duas ocasiões, a editora repassou à Caras títulos como "Contigo", "Aventuras da História", "Bons Fluidos", "Manequim", "Máxima", "Minha Casa", "Minha Novela", "Placar", "Recreio', "Sou+Eu", "Vida Simples", "Ana Maria", "Tititi" e "Viva Mais".

Como parte do "reposicionamento" no mercado, "Capricho, e "Guia Quatro Rodas" passaram a ter apenas versões digitais, enquanto as edições brasileiras de "Playboy", Men's Health" e "Women's Health foram encerradas.

A empresa alegava que iria se concentrar apenas nas marcas rentáveis como "Veja", "Exame" e "Cláudia".

Desde 2013, a Abril tem sido abalado por sucessivas mudanças de estratégia, às vezes contraditórias, como no caso do vai-e-volta das revistas.

O que não muda aparentemente é a política de corte de custos e enxugamento de equipes, que já custou perto de 500 postos jornalísticos. Mesmo em tempo de "valorização de conteúdo", os empregos continuam em risco.

Em fins de setembro, na mesma semana em que era lançada a biografia "Roberto Civita, o dono da banca", escrita pelo jornalista Carlos Maranhão, a Abril demitiu os editores André Seligman e Denis Russo, respectivamente de "Vip" e "Superinteressante". Há também casos de editores levados a acumular funções.

Nos corredores do prédio da Marginal Pinheiros, sede da editora, a "nova reestruturação de negócios" não é vista como capaz de interromper uma "estratégia: a dos voos do insaciável passaralho dos "donos da banca'.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Deu no Portal Imprensa: a dança dos títulos de revistas


(do Portal Imprensa)
Títulos da Abril vendidos nos últimos dois anos para a Caras devem retornar à empresa. Em comunicado, a editora informou que iniciou tratativas e um novo acordo começa a ser discutido entre ambas.
A negociação envolve produção de conteúdo, circulação, impressão gráfica e venda de publicidade e assinaturas. A editora ainda não especificou quais títulos devem retornar. Em dois acordos anteriores com a Caras, foram repassados 17 marcas - 10 em 2014 e 7 em 2015.

Nomes como Aventuras na História, Recreio, Bons Fluidos, Manequim, Máxima, Minha Casa, Minha Novela, Recreio, Sou+Eu, Vida Simples, Viva Mais, Ana Maria, Arquitetura & Construção, Contigo e Placar estão entre eles.
LEIA A MATÉRIA NO PORTAL IMPRENSA, CLIQUE AQUI

sábado, 9 de maio de 2015

Edson Aran, ex-editor de revistas, fala da crise que desmonta redações...

(do Comunique-se)
"Sexy, Vip, Playboy. Foi depois de editar essas três revistas masculinas, além de outras experiências como jornalista, que Edson Aran decidiu mudar. Desde o ano passado contratado pela Globo, o profissional aposta na carreira de roteirista, sendo, inclusive, um dos responsáveis pela reformulação do 'Zorra Total', que vai ao ar de cara nova neste sábado, 9. A mudança profissional tem motivo: falta perspectiva no mercado. "As empresas jornalísticas não investem mais em bons profissionais. Parece que decidiram se suicidar".
Autor de mais de 10 livros, Aran é um profissional multifacetado e sempre esteve envolvido com humor, principalmente em seu trabalho como cartunista. A mudança em sua vida profissional aconteceu diante da vontade de ter espaço e um convite para atuar como roteirista, área que ele já apostava com sua empresa, a Cão Filósofo Produções. "Não existe mais perspectiva de futuro no jornalismo. Adoro fazer revista e acho uma pena o mercado estar desta maneira, com desmonte de equipes". O jornalista comenta que a crise acontece no mundo inteiro, mas que o Brasil chegou a proporções trágicas. "Parece suicídio. Enquanto o jornalismo estiver entregue às mãos dos marqueteiros, o futuro é naufragar mesmo, não tem outro caminho. Aqui, o jornalismo foi nivelado por baixo. Você lê jornais e revistas e não encontra qualidade de texto e apuração".
LEIA A MATÉRIA COMPLETA E VEJA VÍDEO DO NOVO "ZORRA" NO COMUNIQUE-SE. CLIQUE AQUI