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terça-feira, 5 de abril de 2022

Vidas importam - Dossiê contabiliza 314 jornalistas brasileiros mortos pela Covid-19 em dois anos


O Departamento de Saúde e Segurança da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) produziu um relatório especial sobre as vítimas da pandemia entre a categoria. Foram 314 casos fatais no Brasil, numa média de 1 morte a cada dois dias. O país é o rercordista mundial de falecimentos de profissionais da comunicação, seguido pela Índia, Peru e México. A FENAJ registra que, após a campanha de vacinação o número de óbitos caiu em janeiro e fevereiro de 2020 para 11 casos fatais. No mesmo período de 2021 foram 42 casos.  Muita paz para os colegas que se foram.

Você pode ler o relatório completo AQUI

sábado, 2 de outubro de 2021

Pelanca gourmet e sopa de ossos • Por Roberto Muggiati


Em 2021, a nova era da fome. 

Não contaram isto na ONU. A fome por aqui anda braba. No Rio o caminhão de ossos faz sucesso. Transporta restos de carcaças das feiras e supermercados para serem transformados em adubo e rações animais. Recentemente, o caminhão dos ossos passou a estacionar no bairro da Glória, no Rio, e disponibilizar suas primícias a pessoas famintas que ali recolhem o que podem para alimentar suas famílias. Este gesto desesperado lhes custa 15 ou 20 reais da passagem de trem ou ônibus dos subúrbios distantes da Baixada fluminense.

Querem uma receita? Nunca se sabe, pode ser útil amanhã. Vem da merendeira desempregada Denise Fernandes da Silva, 51 anos, do bairro Parque Alian, São João de Meriti.

• Pegue uma seleta de pelancas e ossos, junte uns restos de legumes e frutas do lixão da feira, o que sobrou de batatas e arroz com feijão, e refogue tudo no resto do óleo de soja. (Se não tiver pode ser qualquer óleo).

Foi assim que dona Denise, com suas mãos mágicas, providenciou o almoço para os filhos e doze netos.

Em 1983, a fome na ditadura

Mas será que não existem outras opções? O Brasil ficou chocado em 1983 com a foto na primeira página do Jornal do Brasil do Homem do Calango. Cearenses à mingua comiam lagartos para sobreviver. (Outro dia vi da minha janela na pedra um lagarto, parecia bem gordinho.)

A origem do ragu.
Foto Sainsbury
Já ouviram falar em ragu? Podem até achar que se trata de uma iguaria da cuisine française. Nada mais significa do que rat-au-gout de... complete com a imaginação fértil do seu estômago vazio: picanha, pernil de porco, coxa de cordeiro, asa de peru. Foi durante a “famine” que levou à Revolução Francesa que os pobres se esmeraram em criar temperos fabulosos para maquiar a carne básica de seus pratos: ratos de esgoto e outros bichos fétidos. Sem esse “laboratório” os franceses jamais teriam se tornado os mestres mundiais dos molhos.

Tom e Jerry brasileiros, se cuidem! Ainda não se lembraram de vocês, embora seja banal entre os quitutes de rua cariocas o “espetinho de gato”. E o que dizer dos gatos de rua extraviados e dos patos, gansos e cisnes nos lagos dos parques públicos? E os robustos ratões que rondam as ruas da noite?

Seria levar a coisa ao extremo, mas lembro o clássico da sátira do irlandês, Jonathan Swift, Modesta Proposta, que sugeria em 1729: “A venda de carne dos filhos beneficia vidas de adultos e a venda de carne de crianças irá beneficiar a economia.” 

Daí para o ‘canibalismo solidário’ é um passo. Quem sabe Paulo Guedes já não estaria articulando um plano?

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Brasil não desenvolveu um imunizante mas já tem a versão canalha: a "vacina de vento"

Reprodução

por Flávio Sépia

O Brasil não conseguiu desenvolver uma vacina contra a Covid-19, mas criou uma versão canalha; a "vacina de vento". Já são vários casos, alguns registrados em vídeo, em que o profissional de saúde - no caso, falso profissional - apenas finge que aplica o imunizante. Geralmente as vítimas são idosos. O MP está investigando esses casos. É bom que o faça e encontre uma explicação, já que a vacinação se estenderá por meses. 

Não se sabe se por corporativismo ou ingenuidade, circula a hipótese de que pode ser apenas um erro da pessoa que aplica a vacina. É bom duvidar disso. Pelo menos um vídeo mostra que no momento da aplicação o êmbolo da seringa vazia não é acionado. Ou seja, não é crível que um verdadeiro  profissional de saúde faça a picada no braço do cidadão e "esqueça' de empurrar o êmbolo. 

Funcionários flagrados já foram afastados, segundo as autoridades, e a investigação deverá responder sobre o objetivo do funcionário flagrado envolvido no ato. Iria guardar a vacina para um amigo? Teria um parente esperando pelo imunizante? Quanto valeria no mercado negro a dose surrupiada? 

A fraude já está assustando idosos que agora já não têm certeza de que se vacinaram realmente ou se foram enganados. Alguns pensam em fazer testes para saber se desenvolveram anticorpos ou apenas gases após injetados pela "vacina de vento".

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Como Trump foi derrotado e as lições que o Brasil pode tirar do autoritarismo miliciano que pôs em risco a democracia americana

 

Ler essa reportagem da Time deveria ser dever de casa da esquerda brasileira e de quem prefere viver em um país democrático. 

Sob o título "A história secreta da campanha nas sombras que salvou as eleições de 2020", a revista escaneia o movimento social que deteve Trump. Não era segredo que, havia meses, as milícias de direita estavam se preparando para a batalha, enquanto Donald Trump desacreditava o processo eleitoral. Tudo era parte de uma conspiração que, após o fechamento das urnas, se intensificou. Entre 3 de novembro de 20 de janeiro, o candidato derrotado passou a abrir processos, fazer pressão sobre autoridades estaduais e, finalmente, a convocar suas gangues de apoiadores, muitos armados, para o comício que incentivou a invasão do Capitólio.  

O golpe contra a democracia planejado por Trump, com apoio da direita radical do Partido Republicano e da massa de trumpistas e dos proud boys, entre os quais supremacistas brancos e neofascistas, foi vencido com uma união de forças difíceis de se juntarem, mas que se tornou necessária, formadas por empresários liberais (lembrando que, nos Estados Unidos, o liberalismo contemporâneo defende a justiça social, as liberdades civis, a igualdade e a economia mista. Não é a aglomeração de selvagens concentradores de renda que, no Brasil, a mídia comumente chama de "liberais") e trabalhadores. "O aperto de mão entre as empresas e os trabalhadores" - diz a Time -  "foi apenas um componente de uma vasta campanha interpartidária para proteger a eleição - um extraordinário esforço paralelo dedicado não a ganhar o voto, mas a garantir que fosse livre e justo, confiável e não corrompido. Por mais de um ano, uma coalizão de militantes vagamente organizados lutou para apoiar as instituições dos Estados Unidos à medida que estas eram atacadas simultaneamente por uma pandemia implacável e um presidente com inclinação autocrática". Juntos, segundo a revista, buscaram financiamento público e privado, se defenderam de ações judiciais de supressão de eleitores, recrutaram exércitos de voluntários eleitorais, fizeram milhões de pessoas votarem pelo correio pela primeira vez e pressionaram com sucesso as empresas de mídia social a adotar uma postura mais dura contra a desinformação.  Com um detalhe: muitos republicanos perceberam o risco que Trump representava para a democracia e participaram da campanha-cidadã.

A revista destaca um personagem especial e decisivo: Mike Podhorzer, um experiente conselheiro político da maior confederação sindical do país. Em fins de 2019, ele se convenceu de que as eleição sob Trump seria um desastre e decidiu protegê-la. Ao sair em campo, descobriu que não era o único a pensar nesses termos. Conversou com centenas de lideranças em vários setores. "O que ele queria saber" - escreve a Time - "não era como a democracia americana estava morrendo, mas como poderia ser mantida viva". 

Se você perceber na longa reportagem da Time muitos pontos de contato entre o assalto ao poder planejado por Trump - um protótipo de ditador que conseguiu chegar à Casa Branca -, e as ações organizadas de Jair Bolsonaro à frente dos seus militares, milicianos, magistrados e políticos adquiridos no balcão do Congresso, não será mera coincidência. 

Mas há uma diferença crucial: Bolsonaro chegará às eleições de 2022 com maior sustentação do que Trump teve para tentar impor um segundo mandato do seu regime autoritário. 

Leia a reportagem da Time, AQUI 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Lembra do Caco Antibes, do Sai de Baixo? Era comédia virou realidade...

 O colunista do UOL, Matheus Pichonelli mandou bem em seu artigo hoje. Ele revisita o personagem Caco Antibes, de Miguel Falabella, exibido no "Sai de Baixo" (Rede Glono) entre 1996 e 2002, e encontra "o protótipo do brasileiro médio e decadente, tomado de ódio e preconceito de classe". "Eu tenho horror a pobre" era seu bordão de Caco Antibes. Veja porque milhões de Caco Antibes saíram do armário nacional nos últimos anos.  

Leia o artigo no UOL, AQUI

domingo, 3 de maio de 2020

Jam session recorda canção da Segunda Guerra que ecoa mensagem de esperança em dias de isolamento


Em 30 de abril foi comemorado mais um Dia Internacional do Jazz. Dessa vez, em uma pegada diferente, o mundo se uniu virtualmente para relembrar uma canção histórica, que pediu a volta da paz em plena Segunda Guerra Guerra, e agora soou alusiva à tragédia global do coronavírus.

Sete países se uniram em uma jam session que simboliza a resistência e responde com arte à terrível ameaça. Os Airmen of Note da Banda da Força Aérea dos EUA lideraram a sessão, em colaboração única com músicos militares de todo o mundo. A música "Eu vou ver você", em tradução livre, é uma mensagem de esperança para aqueles que estão no isolamento, às vezes distantes das famílias e dos amigos.

“I’ll Be Seeing You”, no título original, foi gravada por Billie Holliday e tornou-se muito popular durante a Segunda Guerra Mundial tanto para quem estava nos cenários da batalha quanto para quem vivia a saudade nos países de origem dos soldados.

Participaram da jam session cantores e músicos da Austrália, Brasil, Finlândia, Alemanha, Japão e Reino Unido. O Brasil foi representado por um integrante da Banda de Música do 10° Batalhão de Infantaria Leve Montanha

Há 75 anos, as bombas afastaram as pessoas, hoje um vírus as isola. A música, mais uma vez, ecoa a esperança de reunião.

Assista à jam session AQUI

"Eu Vou Ver Você (I'll Be Seeing You)

Eu vou vervocê
Em todas os lugares familiares
Que este meu coração abraça
Através dos dias

Neste pequeno café
O parque ao longo do caminho
O carrossel das crianças
Os castanheiros
O poço do desejo

Eu vou ver você
Em cada adorável dia de verão
Em tudo o que é brilhante e colorido
Eu vou sempre pensar em você daquele modo

Eu vou encontrar você
Na manhã de sol
E quando a noite for nova
Eu vou estar olhando para a lua
Mas eu vou estar vendo você

Eu vou ver você
Em cada adorável dia de verão
Em tudo que é brilhante e colorido
Eu vou sempre pensar em você daquele modo

Eu vou encontrar você
Na manhã sol
E quando a noite for nova
Eu vou olhar para a lua

Mas eu vou ver você

sexta-feira, 27 de março de 2020

Midia: chegou a hora de mostrar o drama humano e a dura realidade da pandemia

A mídia brasileira faz, em geral, um bom trabalho na cobertura da pandemia do coronavírus. Tira dívidas, ouve especialistas, aborda os aspectos políticos e divulga as estatísticas. Cumpre um papel importantíssimo.
Errou no começo, ao perder o senso crítico e se deslumbrar com o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Desde o inicio, Mandetta foi reticente quanto a tomar ou sugerir ao Planalto medidas restritivas. A mídia não cobrou atitudes nessa direção. Provavelmente já retratava a imposição do "gabinete do ódio", a instância maior que aconselha o sequelado que dirige o país.
Isolamento e medidas que visaram diminuir a circulação de pessoas e reduzir a lotação nos transportes coletivos foram tomadas pelos prefeitos e governadores, com pesquisas mostrando que a população apoia o confinamento.

Nos últimos dias, sim, a mídia caiu na real quanto à política federal para a Covid-19 que, na contramão do mundo, faz pesada campanha publicitária para defender a volta ao trabalho, às escolas, comércio aberto e transporte urbano lotado precisamente no momento em que a contaminação dispara, junto com as mortes.

Temos um governo, talvez o único no mundo, que literalmente "apoia" o vírus. A "gripinha" como diz Bolsonaro, a "virose", segundo o rótulo agora adotado por Mandetta. O governo federal  considera como "de oposição" quem tenta combater a pandemia com seriedade.



Uma olhada nos telejornais e jornais da Espanha, França e Portugal é um choque. A cobertura nesses três países mostra cenas dramáticas que as TVs brasileiras têm até aqui evitado. São imagens do  interior dos hospitais, frequentemente flagrando a expressão do desespero de médicos e enfermeiras diante da agonia de pacientes, às vezes em camas enfileiradas em corredores. A França, por exemplo, já registra um morto a cada quatro minutos.

Hoje a CBN, que tem feito cobertura primorosa, botou no ar vários depoimentos de parentes de vítimas fatais da Covid-19 narrando seus dramas e fazendo apelos emocionados a todos para que levem a sério a pandemia.

Diante da campanha irresponsável do governo federal para combater não o vírus mas o combate ao vírus, a mídia brasileira deve mostrar o drama humano, as pessoas, as famílias que já contam seus mortos. Evitar a impessoalidade que transforma as vítimas em mera estatística. Será um alerta importante aos cidadãos desavisado no momento em que no Brasil -também caso único no mundo - milicias bolsonaristas prometem ir às ruas para protestar contra medidas adotadas por prefeitos e governadores na luta contra uma pandemia mortal e até ameaçam assassinar o governador de São Paulo, João Dória, que desafia a irracionalidade do governo federal.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Fatos: o Brasil rebobinado...

por José Esmeraldo Gonçalves (*)

Dê uma olhada nessa edição da Fatos. Você provavelmente vai achar que lembra o filme Feitiço do Tempo, quando o dia da marmota se repete como farsa.

Na capa, o general Newton Cruz era apresentado como "o guru da nova direita". A ditadura acabara de ser enterrada, a viuvada não queria largar o osso e tentava influir na política. Conseguiram, de certa forma. Mas levaram exatos 34 anos. O guru não foi o Cruz de ontem e atende pelo nome do Bolsonaro de hoje. A matéria de Luiz Carlos Sarmento e Carlos Eduardo Beherensdorf vinha com um título premonitório; "Direita: por dentro do ovo da serpente". Um "manifesto" lançado por aquela ultra direita, reproduzido pela revista, poderia ser divulgado pelo Planalto hoje. Veja o trecho sobre a ameaça do "dragão do comunismo": "Liberais oportunistas, populistas embusteiros, assessores da desordem, minorias vociferantes, idealistas do ódio, vingativo vorazes e aliciadores das massam tentam encetar uma campanha de desmoralização das Forças Armadas".

Um assassinato também assombrava o governo. Apesar das tentativas de arquivar a investigação, o delegado Ivan Vasques insistia em ouvir agentes do SNI supostamente envolvidos no caso Alexandre von Baumgarten, ex-colaborador da ditadura. A suspeita era que sua morte tinha carimbo oficial: queima de arquivo.


De Brasília, vinha uma matéria sobre a desintegração dos partidos políticos. Não, o PSL de Bolsonaro ainda não existia. As siglas em crise eram PMDB, PFL, PDS.



Em entrevista às repórteres Lenira Alcure e Maria Luíza Silveira, Jair Menegueli, presidente da CUT, profetizava: "Trocamos a ditadura militar pela ditadura econômica". E o neoliberalismo nem era a palavra da moda.


A editoria de Cultura da Fatos publicava a crítica da peça "A Filha do Presidente", assinada por Marli Berg. Patricia Pillar fazia Paula, a filha, e Ari Leite encarnava o presidente Bermudez, descrito como "rico em  palavrões e grosserias estereotipadas". Não, o autor Hersch Basbaum nem sonhava com o atual clã que manda no país.

O repórter Rodolfo de Bonis visitou prisões do Rio de Janeiro. a matéria é dramática. Superlotação, falta de assistência jurídica, violência etc. E abordava um tema que os diretores dos presídios evitavam admitir: a separação de presos. Falange Vermelha de um lado Falange Jacaré de outro e celas para protestantes, gays, "faxinas" e "alienígenas", como a direção classificava os estrangeiros. Um preso também deu uma declaração premonitória ao se referir a um tipo de criminoso que, segundo ele, deveria estar na cadeia e não está: "São os bacanas das contas na Suíça".


Na editoria de Economia, o destaque era uma matéria de Rosângela Fernandes sobre as "moedas" que os abonados usavam para escapar da inflação enquanto o populacho sofria com o cruzeiro debilitado e corroendo salários. Eram "moedas" que não faziam parte do dia a dia das pessoas, mas compravam apartamentos, carros, terrenos e passagens para Miami. ORTN (Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional), UPC ( Unidade Padrão de Capital) só frequentavam bolsos de fino trato. O dólar no câmbio paralelo também era o seguro contra a inflação adotado da classe média alta pra cima e longe do alcance da geral do Maracanã. Esta tinha que se virar com o cruzeiro desvalorizado diariamente. Um dos entrevistados para a matéria foi Paulo Guedes. Ele mesmo, o atual ministro da Economia, então vice-presidente do Ibmec (Instituto Brasileiro do Mercado de Capitais). Ontem, Paulo Guedes impulsou a alta do dólar - extremamente lucrativa para os especuladores - ao sonhar com o AI-5 e declarar que não se preocupa com o câmbio que, não por acaso, está fazendo Brasil queimar reservas. Quem sabe, além do ato institucional ditadura, Guedes queira o Brasil, mais adiante, de volta ao controle do FMI.


A última página da Fatos era da seção Hip Hop, de Cláudio Paiva, que fazia uma bem-humorada crítica dos acontecimentos. O Congresso estava polarizado, então, em torno da discussão sobre a adoção ou não do segundo turno para as eleições. Entre as fotocharges, uma era sobre o clima de briga no plenário; a outra sobre a entrada a la Patton do general Newton Cruz na política. Era piada. Mas o dia das armas como argumentos estava para chegar.

Não parece que é hoje?

(*) Fui editor-executivo da Fatos e atesto que todas as referências acima foram colhidas de uma mesma edição da revista, a de número 12, que foi para as bancas em 10 de junho de 1995. 


domingo, 8 de setembro de 2019

Já pensou nessa pergunta essencial? Quando o Brasil começou a não dar certo? Essa capa da Manchete pode ser uma pista


por O.V.Pochê

Os institutos de pesquisa jamais fizeram a pergunta essencial: quando o Brasil começou a não dar certo?

Quando Cabral desembarcou? Quando a família imperial chegou ao Rio de Janeiro? Quando Deodoro proclamou a República? Quando Getúlio saiu da vida para entrar na história? Quando Jânio foi eleito? Quando militares fizeram a "revolução" de 64? Quando inventaram o axé?  Ou quando a música sertaneja se tornou a trilha sonora do país que já foi da bossa nova? Quando o "bispo" Macedo escreveu sua biografia? A eleição de Bolsonaro? Essa não ajuda, é mais um complicador na escolha.

Difícil responder à pergunta. .

Melhor ficar com uma capa representativa da Manchete, em 1992: Chico Anysio e Zélia Cardoso de Mello.

Essa capa e esse encontro sentimental tão inesperado de figuras nacionais deve significar alguma coisa. O humorista e a ministra que entrou para a posteridade ao confiscar a poupança de milhões de brasileiros.

Carlos Heitor Cony contava um caso que cabe nesse post. Nos anos 60, intelectuais se reuniam em um casarão da rua das Palmeiras, em Botafogo, para discutir a "conjuntura". O Brasil estava no escuro e não havia qualquer indicação luminosa da porta de saída. O debate lançava todo tipo de ideia para a possível solução do impasse institucional. Lá pela madrugada - contava Cony - levanta-se um idoso, voz trêmula, e faz sua única e última intervenção: "Temo que não dê certo".

Essa frase deveria estar na bandeira do Brasil no lugar do insípido "ordem e progresso".

Ou, pelo menos, na chamada de capa da Manchete.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

"Tá OK? Vamos invadir a China": essa guerra pode passar na sua timeline...



Peter Sellers em "O rato que ruge". 

As tropas do Grand Fenwick conquistam uma grande potência. 

O cartaz da comédia lançada em 1959

por Ed Sá 

Em 1959, no auge da Guerra Fria, foi lançado o longa "O rato que ruge" ("The mouse that roared"), baseado no livro do escritor irlandês Leonard Wibberley.

O filme contava a história de um pequeno pais europeu, o fictício Grand Fenwick, que estava em crise econômica. Seu líder imaginou salvar o país criando o que deveria ser uma explosiva fake news geopolítica: invadir os Estados Unidos.


A intenção era perder a guerra, obviamente, e com isso descolar uma ajuda econômica pós-derrota, algo como um Plano Marshall de reconstrução. O Grand Fenwick preparou sua tosca força invasora equipada com arcos e flechas e desembarcou e Nova York. Por terrível coincidência, a cidade estava deserta: havia sido evacuada por causa de uma ameaça de bomba nuclear. Os briosos fenwickianos invasores encontraram um único cientista, que se rendeu. Só que o homem era físico nuclear e tinha desenvolvido uma poderosa bomba que foi capturada pelos invasores. Com isso, as tropas de Fenwick "ganham" a guerra. E um problemão: o que fazer com a inesperada vitória e o país conquistado?

Segundo sucessivas declarações, o presidente eleito do Brasil, ao contrário de Fenwick, é aliado dos Estados Unidos, não vai invadir Washington, mas segue o modelito Donald Trump e ameaça romper com uma grande potência, a China, com os países árabes, com Cuba, com o Mercosul e com a Venezuela que, dizem os comentaristas internacionais, pode até ser invadida.

Tudo a ver: essa comédia pode até voltar à sua timeline.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Vinicius Jr. na terceirona, Paulinho no banco e Brasil na Quinta Divisão do futebol mundial... A culpa é do Titanic de Tite que bateu no iceberg belga...

por Niko Bolontrin 

Quem defende que o Brasil está hoje na Quinta Divisão mundial, depois da Inglaterra, Espanha, Itália e França, cujos campeonatos reúnem as maiores estrelas do futebol, ganhou fortes argumentos, ontem.

Reprodução jornal Marca

Vinicius Jr., ex-Flamengo, estreou no campeonato espanhol: disputou um jogo pelo Real Madrid B. Detalhe: o jogo foi da Terceira Divisão da La Liga.

Vinicius não fez gol, foi sacado do time no segundo tempo e a mídia espanhola considerou sua  estréia "discreta". O Real do B ganhou de 2X0 do Las Palmas Atlético.

Paulinho, ex-Vasco, outra promessa da nova geração do futebol brasileiro, ficou no banco no jogo em que seu novo time, o Bayern Leverkusen, perdeu para o Borussia Monchengladbach, pela Bundesliga.

Vinicius e Paulinho devem ser pacientes. Mesma alguns grandes craques, como Marcello, Jesus, Phillipe Coutinho, William e Neymar, perderam certo brilho após o fiasco da Rússia. No momento, estão ralando para recuperar relevância. Dois sobreviventes do Titanic de Tite na Copa do Mundo saem na frente: no último fim de semana, Neymar, com "nova postura", segundo a imprensa francesa, fez gol e foi aplaudido na vitória do PSG sobre o Angers por 3x1. E a torcida do Liverpool vibrou com defesas do goleiro brasileiro Allison no jogo em que seu time venceu o Bringhton por 1X0.

A coisa está tão feia que a CBF só conseguiu marcar seus próximos amistosos com El Salvador e Estados Unidos. Peru conseguiu adversários melhores: Holanda e Alemanha. Na retomada da preparação pós-Copa, os europeus farão amistosos mais produtivos: Croácia X Portugal,  Inglaterra X Suíça, Bélgica X Holanda, Croácia X Portugal...

quinta-feira, 28 de junho de 2018

A hora é Hexa...

Foto de Lucas Figueiredo/CBF
Com Philippe Coutinho se destacando, a Seleção Brasileira parte para cima do México.

Na hora do vamos ver, dia 2 de julho, em Samara, Rússia, o que vai contar é bola na rede, mas o histórico de Brasil X México em Copas do Mundo favorece o Brasil.

Até hoje foram quatro confrontos, com três vitórias e um empate.

domingo, 11 de março de 2018

Copa da Mundo da Rússia... Prepara!


Reproduções You Tube

A menos de 100 dias da bola rolar Mc Donald's lança o primeiro filme da campanha para a Copa da Rússia, da DPZ&T, com Neymar, Anitta e a música Show das Poderosas. VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Instituto Rio Branco admite pela primeira vez uma diplomata negra. E a instituição existe há 73 anos...

Reprodução/Site Fala Piauí
Luana Alessandra Roeder, 28 anos, abandonada ao nascer na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, e posteriormente adotada pela agrônoma alemã Reinhild Roeder - que morava na praia de Barra Grande, litoral do Piauí - cursou Relações Exteriores na Universidade de Brasília.

No último dia 15, ela tomou posse no Itamaraty depois de aprovada no concurso público do Instituto Rio Branco.  O site Fala Piauí celebra a conquista da jovem piauiense.

O primeiro embaixador negro foi Benedicto Fonseca Filho, nomeado pelo ministro Celso Amorim, apenas em 2010. O Itamaraty empreende, hoje, ações afirmativas e fornece bolsas para afrodescendentes, mas, ao longo da sua história, acumulou episódios de racismo.

O ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, já revelou uma anotação no relatório do seu exame psicotécnico, quando fez concurso em 1980: “tem uma auto-imagem negativa, que pode parcialmente ter
origem na sua condição de colored”, escreveu o avaliador. E na entrevista com diplomatas, Barbosa ganhou um "regular" no quesito "aparência". Parte dessas informações estão no estudo "Da exclusão à inclusão consentidas: negros e mulheres na diplomacia brasileira", de Karla Gobo.

Luana é a primeira negra diplomata do Itamaraty, embora o Rio Branco tenha sido fundado em 1945, e chega 100 anos depois da primeira mulher, branca, diplomata, nomeada em 1918. Registre-se que depois disso o Itamaraty fechou as portas às mulheres: a segunda diplomata branca só assumiu um cargo em 1953, por força de um mandato de segurança.

Luana ganha o direito de representar o Brasil no ano em que serão comemorados os 518 anos do Descobrimento, os 198 de Independência e os 130 anos da Lei Áurea.

O site do Instituto Rio Branco ainda não registrou no seu canal de notícias a nomeação da primeira mulher negra.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Revista do século 19 já antecipava capas do Governo Temer...

Duas capas de revistas atualíssimas registram as principais realizações do Governo Temer.

Não adianta procurar nas bancas, provavelmente já estão esgotadas.



A Revista Illustrada se antecipa à Veja e à Istoé e mostra o jornalista e político Quintino Bocaiúva pintando um quadro sobre a febre amarela enquanto as autoridades apenas observam.

A febre amarela é uma das realizações mais estratégicas de Temer. Foi planejada desde que a farra do ajuste fiscal a todo custo cortou verbas da Saúde para animar a festa do "mercado".


E a mesma Revista Illustrada destaca outra conquista do governo. Foi divulgado hoje que o número de operações para a erradicação do trabalho escravo caiu 23,5% em 2017 em comparação com 2016. No mesmo período, a fiscalização resgatou menos 61,5% de trabalhadores em regime de escravidão. Empresários que exploram essa mão de obra 0800 estão comprando liteiras importadas para ir ao Planalto agradecer o incentivo.

Nas duas capas, o traço genial de Angelo Agostini, o editor e dono da revista. A da febre amarela é de 1886. A dos trabalhadores escravizados é de 1880.

Mas as datas são meros detalhes.

sábado, 13 de janeiro de 2018

Notícias da Europa, atualizadas, a custo 0800? Conheça esse site... Apesar do Brasil ser má notícia


As agências AFP, ANSA e DPA se uniram para lançar um agregador de notícias, o European Data News Hub (EDNH), em inglês, alemão, francês, espanhol e italiano, com conteúdo gratuito dos seus serviços.

O Brasil não é pauta direta. Mas por tabela, literalmente, é citado em uma notícia que é ao mesmo tempo boa e má. Daqui a cerca de 80 anos, políticos corruptos e seus descendentes não serão mais problema. A maioria será fritada em sucessivas ondas de calor. A notícia ruim é que parte da população também entrará no microondas da natureza.

Segundo a AFP,. o autor de um estudo sobre ondas de calor assassinas em todo o mundo - Camilo Mora, da Universidade do Havaí -  conclui que medidas de controle do clima estão atrasadas e a tendência de aquecimento será irreversível em 2100.

Em torno de 50% da população mundial será exposta à churrasqueira solar. Pra variar, o hemisfério sul será mais atingido. E esse é o nosso CEP,, certo? Mas isso não significa que o hemisfério norte fica imune. Nada disso. A Europa Ocidental já sofreu uma onda de calor há pouco mais de dez anos, que resultou em 70 mil mortes e esses fenômenos se tornarão mais frequentes.


A Universidade do Havaí montou um infográfico que prevê o número de "dias mortais". Os trópicos, principalmente, serão bem passados. Parte do Brasil, especialmente o norte e o nordeste enfrentarão 300 dias de calor letal por ano.

Já lá em cima, em Miami, perto de Mar-a-lago - onde Trump, que é contrário a acordos climáticos, tem casa - haverá 150 e 200 dias de "mortais" por ano.

A vantagem é que parte da população poderá conhecer o cenário de Mad Max, Estrada da Fúria, sem precisar ir à Namíbia ou ao deserto do Utah, onde foi filmado.

Público e meios de comunicação podem acessar gratuitamente o EDNH, nem sempre com más notícías, AQUI

domingo, 11 de junho de 2017

Esgoto a céu aberto

Ar irrespirável: o jatinho da JBS que fez o voo da mentira. Reprodução


Foi uma semana fecal.

Houve a revelação de que Temer fez um voo-jabá no jatinho da JBS e o ilegítimo agora mais ilegítimo do que nunca negou a carona suspeita, mentiu, mas os fatos, esses desnaturados, desmascaram o elemento; o TSE (nas redes, internautas dão à sigla novas versões: "Tribunal Sem Ética", "Tribunal Sem Eleitores" ) escreveu cuidadosamente , como estava previsto e com o mesmo dedo oculto do passageiro que fez check in no jatinho, uma das páginas mais abjetas da história do Brasil; a Veja denunciou que o Planalto acionou a Abin para espionar o ministro do STF, Edson Facchin. E, como parte da estratégia para melar investigações sobre recebimento de propina, entre outras acusações, Temer também ajudou a  jogar um pouco mais de vergonha sobre certas figuras do jornalismo dominante ao plantar na mídia, com a ajuda de dois ou três colunistas amigos, fake news segundo a qual o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, havia pedido ao STF autorização para grampear Temer. O golpista nega a acusação, mas coincidentemente, nas últimas semanas, os mesmos rapazes e moças da press deram divulgação a supostas irregularidades cometidas por Facchin no exercício da advocacia, no passado, como um explícita tentativa de levantar dados para impedir o juiz de julgar os processos contra o Temer. Não saiam às ruas sem usar suas máscaras contra flatulências, especialmente se morar em Brasília: o poder e seus penduricalhos estão sem fraldas.


A título de ilustração, verifique aqui como as semanais traduziram a semana fecal que abalou o Brasil.

A Veja dramatiza a reação de Temer, que parte pra guerra
com suas armas de desmoralização em massa
A Época registra o flagrante da submissão do TSE.
A Istoé rasteja na crise
e tenta alvejar um "inimigo" de Temer 




terça-feira, 9 de maio de 2017

OIT lança campanha para Brasil assinar tratado internacional de combate ao trabalho forçado

Nesta terça-feira, 9 de maio, trabalhador resgatado da escravidão pedirá a ratificação do Protocolo da OIT sobre trabalho forçado no Senado para marcar o lançamento da campanha 50 For Freedom no Brasil.

(do site ONU BR) 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançará a campanha 50 For Freedom para pedir que o Brasil ratifique o Protocolo sobre trabalho forçado de 2014. O lançamento será realizado a partir das 16h numa audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, aberta para membros da imprensa.

Estarão presentes o diretor da OIT no Brasil, Peter Poschen; o especialista técnico sobre Trabalho Forçado da OIT, Houtan Homayounpour; o ministro do Tribunal Superior do Trabalho e membro do Comitê de Peritos da OIT, Lélio Bentes; o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury; e o conselheiro de curadores do Fundo das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão, Leonardo Sakamoto; entre outras autoridades.

O Protocolo da OIT sobre Trabalho Forçado de 2014, já ratificado por 13 países, complementa a histórica Convenção 29 da OIT, de 1930, para reforçar o combate às novas formas de escravidão moderna, mais complexas e difíceis de erradicar. Atualmente, 21 milhões de pessoas ainda são vítimas do trabalho forçado em todo o mundo.

Durante o lançamento da campanha, haverá um momento dedicado a dar voz a quem normalmente não é ouvido, com a exibição de um vídeo com depoimentos de trabalhadores vulneráveis e resgatados da escravidão moderna ao Embaixador da Boa Vontade da OIT, Wagner Moura. Além disso, um trabalhador resgatado de condições análogas à escravidão participará do evento para entregar à Casa Civil uma carta pedindo que o Brasil ratifique o Protocolo.

Um painel digital também será instalado no Senado, para exibir em tempo real as postagens publicadas pelos brasileiros nas redes sociais com as hashtags da campanha 50 For Freedom em apoio à ratificação (#50FF, #50ForFreedom e #AssinaBrasil).

Segundo o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, a adoção do Protocolo é “o fruto da nossa determinação coletiva de pôr fim a uma abominação que ainda aflige o nosso mundo do trabalho e de libertar as suas 21 milhões de vítimas”.

Considerado uma referência internacional no combate ao trabalho forçado, o Brasil foi um dos países selecionados para protagonizar a campanha 50 For Freedom. O nome da campanha se refere à convocação da OIT e de seus parceiros – a Confederação Sindical Internacional e a Organização Internacional dos Empregadores – para que 50 países ratifiquem o Protocolo até 2018.

O Protocolo atua em três níveis: prevenção, proteção e reabilitação das vítimas. Os países que o ratificam devem garantir que todos os trabalhadores de todos os setores sejam protegidos pela legislação.

Eles deverão reforçar a fiscalização do trabalho e de outros serviços que protejam os trabalhadores da exploração. Eles deverão também adotar medidas complementares para educar e informar a população e as comunidades sobre crimes como o tráfico de seres humanos. Além disso, o Protocolo garante às vítimas o acesso à ações jurídicas e à indenização – mesmo que elas não residam legalmente no país onde trabalham.

Fonte: ONU BR

sexta-feira, 24 de março de 2017

ONU no Brasil divulga comunicado sobre assassinatos de defensores de direitos humanos

(do site ONUBr)
O Sistema das Nações Unidas no Brasil divulgou nesta sexta-feira (24) uma nota sobre os assassinatos de dois defensores de direitos humanos no Brasil. Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi assassinado dentro da UTI de um hospital na cidade de Parauapebas, no Pará. Em Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, o cacique Antonio José Mig Claudino foi assassinado com cinco tiros dentro de um bar numa aldeia onde há disputa de terras.
Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi assassinado dentro da UTI de um hospital na cidade de Parauapebas, no Pará. Ele estava internado depois de ter sido baleado três dias antes durante invasão do sítio dele, próximo de Eldorado do Carajás.
Em Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, o cacique Antonio José Mig Claudino foi assassinado com cinco tiros dentro de um bar numa aldeia onde há disputa de terras.
Segue a íntegra da nota:
“O Sistema das Nações Unidas no Brasil recebeu com preocupação as notícias dos assassinatos de Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e do Cacique Antonio Mig Claudino, defensores de direitos humanos, que ocorreram no último dia 20 de março, em Parauapebas, Pará, e na Terra Indígena Serrinha, Rio Grande do Sul.
O Sistema das Nações Unidas no Brasil insta as autoridades brasileiras a investigar, processar e punir os autores dos assassinatos e se solidariza com os familiares e amigos das vítimas.
É importante fortalecer os esforços para proteger defensores e defensoras de direitos humanos no país. As Nações Unidas no Brasil se colocam à disposição para apoiar as ações nessa temática.”

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Sí Senõr, muchachos del gobierno brasileño contratam "coiote" para entrar na terra do Tio Trump...

por Omelete 

É famosa a historia do ministro do PSDB que apesar de estar em viagem oficial submeteu-se a tirar os sapatos, curvar docilmente a coluna e erguer as ilhargas ao entrar nos Estados Unidos. E isso é dos idos de 90, quando Trump pediu falência por três vezes e nem sonhava com a Casa Branca.

Mas não é que o tal burocrata fez escola?

Veja isso: o atual presidente americano atirou no que viu e acabou acertando no que não viu: duas meras insignificâncias brasileiras que atendem pelo nome de Joseph Mountain e Max Beltron. Tio Trump acaba de deixar 'los muchachos brasileños' penduradas na broxa. No momento em que ambos, um como Ministry of Foreign Affairs e outro como Ministry of Tourism, tentavam exercer todos os poderes das suas subserviências a Washington, Tio Trump tirou a escada e deu-lhes uma rasteira de cowboy.

Representante do governo brasileiro
tenta entrar nos Estados Unidos
para negociar exportações e convidar americanos
a visitarem o Brasil. Foto Internet
Mountain sonhava em colocar o Brasil no Nafta, na Otan, na NBA, na NFL, no Tratado Transpacífico, no Oscar, no dia de Ação de Graças, no 4 de Julho, na Parada da Disney,  na Associação Nacional de Rifles e nos rodeios do Texas.

Tio Trump fechou a entrada de serviço.

Beltron pretendia abrir aeroportos, portos e cancelas da estrada Pan-Americana a todo e qualquer americano que quisesse vir ao Brasil livre e descontrolado.

Não importa se, para conseguir visto para a terra do Tio Trump, um brasileiro tenha que se ajoelhar em milho, beber óleo de rícino, jurar que não conhece a mãe black bloc e fazer blow job no Uncle Sam.

Tio Trump botou uma tranca nos aeroportos.

Mr. Mountein e Mr. Beltron têm viagens agendadas para os Estados Unidos. A data do embarque ainda não foi marcada. O "coite" já contratado ficou de avisar o dia da travessia e se a entrada ilegal será feita pela fronteira mexicana ou no bote levará os dois até a Flórida.

Diz-se em Brasília D.F que o Brasil pretende enviar seus altos representantes a Washington antes que Trump construa o novo megamuro na fronteira.

Note: All characters appearing in this work are fictitious. Any resemblance to real persons, living or dead, is purely coincidental.