terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Os "influencers" e a prática do jabaculê digital...

por Pedro Juan Bettencourt

Como subproduto das redes sociais surgiu o jabaculê digital. Trata-se da prática dos influenciadores da internet, aqueles que acumulam muitos seguidores, de promover produtos em meio à interação com os seus públicos. Muitos recebem cachês em dinheiro e outros pedem presentes às marcas e grifes em troca de um elogio. E há denúncias sobre influencers que insinuam falar mal do produto caos este não lhe dê algum "benefício". A tática não é nova. Assis Chateaubriand. como conta o livro Chatô, de Fernando Morais, pedia dinheiro a empresários e políticos e, se alguém negasse, veria a vingança estampada nas páginas da sua poderosa rede de jornais.

O hotel White Moose, em Dublin, na Irlanda, talvez cansado de ser assediado por jabaculeiras resolveu resolveu encarar a influenciadora britânica Elle Darby. Com 91 mil seguidores no You Tube e 80 mil no Instagram, ela pediu a Paul Stenson, dono do hotel, hospedagem gratuita em troca de falar bem do White Moose. Stenson negou o jabá, tornou pública a proposta e proibiu a entrada de influenciadores no local. Ele foi criticado pelos fãs de Darby, mas recebeu apoio de empresários que não aguentam mais o assédio dos influencers e, principalmente, não confiam nesse tipo de publicidade, já que muitos sites oferecem venda de seguidores-robôs e fazem bombar contas artificialmente. 

Um comentário:

Bruno Z disse...

Publicidade na internet não é muito bem medida. Sites de compras medem sucesso pelas venda, índice real. Mas quantas pessoas veem um anúncio digital. E se for um robô?