domingo, 28 de janeiro de 2018

Terra em transe


por Flávio Sépia 

*Cartão de embarque -  No Brasil polarizado continua difícil a vida dos políticos que embarcam em voos comercias. Em um ano eleitoral, essa turbulência tende a chacoalhar cada vez mais reputações. O mais recente check in para o escracho foi feito do ministro do STF, Gilmar Mendes. Um vídeo que circula nas redes mostra o coro de "Fora Gilmar", "Amigo de Daniel Dantas, Aécio Neves".  Veja no You Tube AQUI

* E o aliado? - A pré-candidata à Presidência da República, Marina Silva, defendeu ontem a Lava Jato, em BH,  durante lançamento da candidatura do ex-deputado João Batista Mares Guia ao governo de Minas. Ela pediu à Justiça rapidez nos processos que envolvem outros políticos. No mesmo dia, um pedido de investigação sobre propina recebida por Aécio Neves, de quem Marina era aliada nas últimas eleições, foi arquivado pelo STF, por prescrição de prazo. Era uma denúncia que fazia parte da delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.

* O canal de Imprensa do site do STF: registra "A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu a extradição do argentino Gonzalo Sanchez, acusado da prática do crime de sequestro contra opositores do regime militar entre os anos de 1976 e 1983. No julgamento da Extradição (EXT) 1270, por maioria, os ministros entenderam que não ocorreu a prescrição de tais crimes. A extradição foi requerida pelo governo da Argentina sob a acusação de prática dos crimes de homicídio, tortura e cárcere privado, realizados quando Sanchez era militar da Marinha argentina. O governo da Argentina sustenta que os crimes da ditadura militar são considerados crimes contra a humanidade e, como tal, imprescritíveis, segundo a Convenção sobre a Imprescritibilidade dos Crimes de Guerra e dos Crimes contra a Humanidade e a Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas". Já os crimes da ditadura no Brasil...

Reprodução Daily Star Sunday

* A chacina ocorrida em Fortaleza (CE), na madrugada de sábado, quando 14 pessoas foram assassinadas por traficantes, e a excelente matéria da repórter Vera Araújo, hoje, no Globo, sobre a parceria entre traficantes e milicianos e o consequente avanço do crime organizado no interior do Estado do Rio de Janeiro mostram que a atual política de repressão às drogas - que é o motor da expansão do crime organizado - não faz efeito. E enxugar gelo, como dizem policiais que estão na linha de frente. Apesar disso, o Brasil está cada vez mais distante de experimentar novos caminhos na luta contra o tráfico de drogas e na questão dos usuários, como vários países têm feito, casos do Uruguai, Holanda, e até Estados Unidos.

* Fortaleza é muito procurada por europeus, em função da rota aérea menor. Jornais ingleses, italianos e alemães relacionaram a chacina à condição de destino turístico da cidade. A região de praias paradisíacas é apontada como uma das mais perigosas do Brasil.

Márcia Tiburi na Guaiba. Clique AQUI

Requião na Guaíba. Clique AQUI

* Sobre a polêmica envolvendo a filósofa Márcia Tiburi, que se recusou a debater com o representante da direita radical Kim Kataguiri, do MBL, em um programa ao vivo na Rádio Guaíba:  ao convidá-la, o radialista Juremir Machado não informou a Márcia que ela participaria na verdade de um debate com o ativista. Nesse caso, faltou ética profissional ao radialista, que tinha a obrigação de comunicar as condições  as características e os demais convidados do debate. Simples. Kim Kataguiri acabou "debatendo" com Roberto Requião. O senador destruiu o oponente, que simbolicamente pediu a chupeta. Requião também apontou a falta de ética do radialista por não informá-lo da presença do ativista da direita radical. "Sabe o que é Taylorismo? Não? Deixa eu explicar", foi um dos momentos, entre outros, em que Requião escaneou o cérebro do líder do MBL

Um comentário:

Correa disse...

Como disse RequiaR foi armação. Para um fascista aparecer