Apesar de ter nascido como subproduto da Guerra Fria, a internet incorporou uma porção subversiva Implodiu modelos de negócios, desburocratizou a troca de informações, abriu espaço para todo tipo de opiniões e empreendimentos, até os mais inimagináveis, aproximou e afastou pessoas, inaugurou novos tipos de crimes, criou moedas e deu velocidade supersônica à especulação financeira.
Mídia digital, streaming, Spotfy, Airbnb e milhares de outros aplicativos invadiram cidadelas e deixaram vítimas no caminho.
Os cartunistas também ganharam concorrentes poderosos.
A internet nem existia quando Ziraldo inaugurou no O Cruzeiro a seção Fotopotocas, que depois virou revista. Em forma gráfica, as fotopotocas eram as memes analógicas. Ziraldo não sabia disso, mas a fórmula de descontextualizar uma imagem e nela aplicar uma dose de humor ou gozação transformaria milhões de internautas em cartunistas digitais.
E a rede é rápida. Um fato ou uma foto que chame atenção e logo alguém - os autores quase sempre ficam anônimos - cria uma meme que viraliza em questão de segundos e atinge milhões de pessoas.
A meme é o "uber" dos cartunistas.
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