Mostrando postagens com marcador publicidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador publicidade. Mostrar todas as postagens

domingo, 14 de junho de 2020

Discriminação na internet mostra que Hitler e Mussolini adorariam ter algorítimos para chamarem de seus...

Hitler e Mussolini morreriam de inveja.

Os regimes autoritários têm hoje à disposição um arsenal digital extremamente útil aos ditadores. Reconhecimento facial, redes sociais, hackeamento, pesquisa de dados, localização geográfica etc.

Ferramentas perfeitas para caçar opositores.

A atual temporada de protestos nos Estados Unidos mostra mais uma faceta: o uso antidemocrático dos algorítimos. Institutos que medem audiências na internet identificaram anunciantes que marcam palavras como "black lives", "george floyd", "black people", "racism" etc para bloquear seus comerciais junto a sites que veiculam o conteúdo que consideram indesejado.

Não apenas apenas a comunidade negra está reclamando junto às agências de publicidade, sites jornalísticos também apontam perda de receita com a tática corporativa racista.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Há 45 anos - Desastre em Paris levou a Varig a boicotar as revistas da Bloch

Reprodução

por José Esmeraldo Gonçalves
Há pouco mais de 45 anos - em 11 de julho de 1973 - um Boeing da Varig fez um pouso forçado nos arredores de Paris, a quatro quilômetros do aeroporto de Orly. Um incêndio a bordo, cujo foco foi provavelmente um cigarro em um dos banheiros, gerou um enorme volume de fumaça que asfixiou os passageiros antes mesmo que as chamas devorassem o avião. O desastre provocou 123 mortes. O site BBC Brasil publicou ontem uma excelente matéria com um dos poucos sobreviventes, o brasileiro Ricardo Trajano. A reportagem é de Thomas Pappon, da rádio Witness, da BBC World Service. 




De alguma forma, aquele acidente respingou na Manchete. A tragédia de Orly aconteceu em uma quarta-feira e chocou o Brasil. A bordo estavam o cantor Agostinho dos Santos e a bela socialite Regina Rosemburgo Léclery, a musa do Cinema Novo. Manchete e Fatos & Fotos mobilizaram a sucursal de Paris para uma grande cobertura e chegaram rapidamente às bancas com um amplo panorama do terrível acidente. 

As duas revistas praticamente se esgotaram, mas pagariam caro pelo destaque que deram à tragédia de Orly. 

Um parêntese: com a crise das revistas impressas e o encerramento de muitas delas, o fotojornalismo tem lamentado o fim das páginas duplas. Nas revistas ilustradas, era de lei selecionar a foto mais expressiva ou dramática para abrir as principais reportagens. O objetivo era causar impacto, emocionar, se fosse o caso, e atrair o leitor para a continuação da reportagem. O foto podia se destacar pela beleza ou pelo choque, mas devia ser obrigatoriamente irresistível. Nos veículos digitais que progressivamente tomam o lugar do impresso a tendência é verticalizar os layouts. Por uma simples razão: na internet, as revistas são acessada majoritariamente através dos celulares, cuja visualização horizontal é mais utilizada para a visualização de vídeos. A tecnologia está levando embora a plasticidade da página dupla.

Voltando à Manchete, foi uma dessas páginas duplas de grande impacto que provocou uma séria crise nas semanais da Bloch. 

Uma foto impressionante do jato da Varig desabado em um campo de cebolas perto de Orly, ainda com a fumaça mortal escapando dos escombros, abria a dramática reportagem. Via-se a fuselagem com rombos provocados pelas chamas. No seu relato, o sobrevivente Ricardo Trajano conta que não ouviu gritos nem sinais de pânico a bordo nos minutos que antecederam o pouso já com a fumaça invadindo o interior do Boeing. Ele foi o único que deixou seu assento nos fundos do avião e se refugiou próximo à cabine do piloto. Os demais passageiros pereceram asfixiados ainda nas poltronas. Na foto que a Manchete publicou era possível ver algumas silhuetas das vítimas nas janelas. Na empenagem do Boeing, em primeira plano da foto, destacava-se um imenso logotipo da Varig. 

A diretoria de publicidade da companhia aérea, uma das maiores anunciantes da época, não gostou de ver a rosa-dos-ventos, seu tradicional símbolo, dominando a cena. Não colou nem mesmo a Manchete argumentar que a chamada de capa - A Tragédia do Boeing - excluía o complemento da Varig

A retaliação veio rápida e foi duradoura; a Varig passou mais de dez anos sem anunciar nas revistas da Bloch.  A Manchete e a Fatos & Fotos sobreviveram, mas algumas cicatrizes restaram no caixa dos seus departamentos de publicidade. 

A seguir, Roberto Muggiati, que editou, ao lado de Justino Martins, aquela Manchete fatídica, conta os bastidores da redação em uma certa sexta-feira, 13 de 1973.  






1973: No fechamento da edição do desastre de Orly, muito humor negro e pão com ovo na redação da Manchete 

Reprodução

por Roberto Muggiati 

Na noite de sexta-feira 13 de julho de 1973 fomos convocados para fechar a edição antecipada da Manchete com a cobertura do desastre do avião da Varig num campo de cebolas a quatro quilômetros das pistas de aterrissagem do aeroporto de Orly. 

O repórter que cobriu o acidente era o polêmico Carlos Marques, então na sucursal de Paris. Não lembro o nome do(s) fotógrafo(s) – depois da crise traumática com a Varig a Manchete nunca mais voltou a publicar fotos do acidente.

Eu era o “segundo” do diretor da revista, Justino Martins, que tinha à sua disposição na mesa de editor, iluminada por baterias de lâmpadas fluorescentes, cromos impressionantes da tragédia: além de fotos da devastação causada pela queda do Boeing, imagens detalhadas dos corpos carbonizados. 

Nenhum Bloch compareceu àquele festim editorial; portanto, não houve autocensura, pensando na Varig como anunciante. Justino foi em frente, governado por seu instinto natural de editor de uma revista ilustrada: dar ao leitor o que sua curiosidade exigia. Particularmente chocante foi a foto do corpo carbonizado – inteiro, sentado – do ex-chefe da censura da ditadura Vargas, Felinto Müller.

Outra vítima ilustre, Regina Léclery, née Rozemburgo – amiga do Justino desde os tempos em que era aeromoça da Panair com Florinda Bolkan em Paris – visitou a Manchete para se despedir do Justino na véspera de embarcar no voo 820, acompanhada do seu chevalier galant, o jovem Christian Rühl, que também morreu no acidente. 

Na madrugada do fechamento, enquanto os taifeiros da cozinha serviam o tradicional pão-com-ovo para uma trupe faminta, outra notícia fúnebre chegou à redação. O cantor Ciro Monteiro, morto naquela noite no Rio, protagonizou, enquanto cadáver, um estranho episódio. O camburão que transportava seu corpo para o IML sofreu um acidente, a porta de trás abriu e o corpo do cantor saiu rodando sozinho no esquife pelas ruas cariocas. “O Formigão aprontou e quis fugir do caixão!” foi assim que a história nos chegou, já editada. 


Foi uma noite macabra, mas isso, de modo algum, impediu que nos entupíssemos de pão-com-ovo e guaraná ao longo do fechamento.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Grife de cosméticos é criticada por publicar anúncio considerado racista


por Clara S. Brito
A Nivea, divisão do Oriente Médio, publicou no Facebook uma propaganda de desodorante com foto de uma mulher com a frase 'White is Purity' (Branco é Pureza). Comentários na página associaram o anúncio a slogans hitleristas. A marca recebeu críticas mas, igualmente, provocou posts racistas de neo-nazistas que reforçaram a mensagem.
A Nivea retirou o post do ar. No Brasil, a empresa enviou uma nota ao Estadão:

"A Beiersdorf, grupo detentor da marca NIVEA, esclarece que o post realizado no Facebook de nossa filial no Oriente Médio, referente ao desodorante NIVEA Invisible Black&White, gerou preocupações sobre uma possível discriminação étnica. Lamentamos profundamente a qualquer pessoa que possa ter se ofendido com o conteúdo. Depois de perceber que este post tinha dupla conotação, ele foi imediatamente retirado do ar pela equipe local.

Diversidade e igualdade são valores cruciais da NIVEA. Valorizamos a diferença e acreditamos que a discriminação, direta ou indireta, não deve existir em nossas atividades. Isso se aplica independentemente do sexo, idade, raça, cor da pele, religião, ideologia, orientação sexual ou deficiência. Nem a origem cultural, étnica ou nacional, nem a convicção política ou filosófica têm qualquer relevância."

sábado, 25 de março de 2017

Publimemória da redação: há 35 anos, a Manchete anunciava a chegada ao Brasil do walkman e do telex de última geração



por José Esmeraldo Gonçalves

Em 1982, a Manchete publicou os anúncios acima. A Sony lançava no Brasil o Walkman, "o menor toca-fitas  do mundo", "pode ser usado preso ao cinto e até dentro da bolsa", "acompanha todos os seus movimento nas horas de lazer", "vem com um levíssimo fone de ouvido que garante uma intimidade no som que é só seu".
Já fazia sucesso nos Estados Unidos e Europa desde o lançamento em julho de 1979. Para os padrões brasileiros, era um aparelho caro (em valores de hoje ficaria entre mil e mil e quinhentos reais). Mas logo passou a ser visto nas ruas. Nada mais era do que um gravador sem a função de gravar, com mais qualidade de som e bem mais leve (pesava menos de 300 gramas). Para as gerações que ouvem música hoje em celulares conectados à nuvem, registre-se que o walkman não tinha memória e obrigava o portador a levar mais de uma fita das bandas preferidas ou, como a maioria fazia, a usar uma fita só, previamente gravada com as músicas preferidas. Durante um tempo, dar de presente à namorada uma fita programada, desde que acertasse a preferência dela, poderia garantir algumas noites de sensuround a dois. O walkman pesava menos de 300 gramas.
Como alguns animais, espécimes tecnológicos também são extintos: o aparelho criado por Akio Morita deixou de ser fabricado em 2010. Até que resistiu.


A mesma edição de Manchete, em 1982, trazia mais um lançamento: o primeiro aparelho de telex eletrônico. Era um avanço e, entre outras coisas, a Siemens prometia mais velocidade nas mensagens teleimpressas. O melhor: era silencioso. Os modelos anteriores eram grandalhões com um barulho que lembrava rajada de metralhadora de filme de guerra em cinema de som ruim.
Que o diga Vicente, o eficiente e boa-praça Vic, que operava os telexes da Manchete.
A fita amarela perfurada vista no lado direito da foto é a "memória" do telex. Ali podiam ser gravadas as mensagens recebidas ou a enviar.
A internet, já com a chegada do email, antes mesmo dos aplicativos de mensagens dos celulares, abateu o telex, mas ainda não o matou. É usado em alguns países e tem uma particularidade ainda apreciada quando se trata de documentos importantes: a entrega é imediata e autenticada pelo próprio aparelho. Outra explicação para a sobrevivência: mensagens de telex seriam mais difíceis de rastrear e menos vulneráveis a espionagem por não se conectarem diretamente à peneira que é a internet. E, no mínimo, porque o espião teria que invadir a linha telefônica a partir de um aparelho semelhante. E telexes como o do anúncio acima não são tão fáceis de se encontrar. Algumas lojas da internet ainda vendem aparelhos (muito) usados. É mais fácil você encontrá-los em bares vintage como elementos cults da decoração.

sexta-feira, 24 de março de 2017

OK, celebridades não recusam publicidade. Mas agora descobriram que junto com o cachê também podem receber críticas das redes sociais... Nem sempre o dindin cobre eventuais danos à imagem


por Niko Bolontrin

O site RD1 levantou a polêmica ao reproduzir o post, acima, de Carolina Dieckman, que divulgou na sua página no Instagram, há dois dias, uma foto com três latas de refrigerante para ilustrar uma mensagem patrocinada.

Vários internautas replicaram a atriz. Um deles foi o apresentador da Globo, Evaristo Costa, que mandou um recado:  “Prefira sempre suco natural, refrigerante não faz bem. Fica a dica”.

Segundo o RD1, o comentário de âncora do Jornal hoje foi depois retirado da página. Mas a polêmica já estava viralizada. Na mesma semana em que Roberto Carlos, Tony Ramos e Fátima Bernardes foram criticados na web por garantirem em comerciais a qualidade da carne da Friboi, envolvida em rumoroso escândalo, Carolina Dieckman também é alvo de críticas por referendar produtos. Isso quer dizer que a publicidade, como o jornalismo, já não tem mão única, perdeu a imunidade. Os canais das redes sociais quebram o antigo silêncio e agora questionam credibilidades. É do novo jogo. E isso é bom.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Das páginas da Manchete: cinco carros-problema que os anúncios vendiam como maravilhas...

por Ed Sá 
Quem disse que publicidade tem compromisso com a verdade?
Claro que a legislação avançou, propaganda enganosa hoje é punida, mas o espaço para vender fantasias tinha sutilezas que nem sempre o freguês percebia.
De um baú de anúncios antigos retirei cinco exemplos de carros que não deram muito certo no mercado e que no entanto foram badalados em anúncios nas edições da Manchete como as oitavas maravilhas da indústria automobilística nos anos 1960 e 1970, chegando até a um exemplo rodante da chamada Era Collor.
Se não foram sucessos de venda, esses modelos ganharam com o tempo o selo de cults.
Viraram peças de coleção. Não eram nada do que a propaganda vendia, mas se tornaram referências de um tempo. Sinta a nostalgia...
O jipe Vemag foi lançado em 1958. Era barulhento, queimava uma mal cheirosa mistura de gasolina e óleo e não conseguiu concorrer com o adversário do mercado, o Jeep Willys. 


O Renault Dauphine chegou em 1959. Pretendia concorrer com o Fusca. Não deu. Era até mais confortável mas quebrava toda hora e ganhou um apelido popular: "Leite Glória", porque desmanchava sem bater. Ainda mais metendo o carro nessas pedras que o anúncio mostra...

A Veraneio era uma camionete robusta. A Chevrolet tentou vendê-la como um veículo "de luxo" e foi vencida por
um problema de imagem. Àquela altura, o utilitário era mais conhecido como camburão de polícia,
ambulância e rabecão. Como chegar em uma festa dirigindo tal vexame? 
O Fiat 147 era até simpático. Mas chamá-lo de carrão era um exagero. era frágil e tinha
uma famosa correia dentada que era o terror dos proprietários



O governo Collor abriu o mercado de importação de carros. A primeira leva trouxe os Niva.
Tinham alto consumo de combustível, direção dura, Em velocidades um pouco maiores, vibravam e
eram barulhentos.  Mas até hoje têm admiradores: são os "niveiros". 


terça-feira, 7 de junho de 2016

Em comercial, Daniella Cicarelli ironiza os próprios "rótulos"...


por Clara S. Britto
Não deu certo como modelo, não deu certo como atriz, teve um casamento relâmpago com um ídolo mundial, ficou na geladeira e sumiu. São vários os "rótulos" pregados na imagem de Daniella Cicarelli. Este é o conceito, ou o texto reverso, de um comercial que a Cicarelli fez para a Nextel. O vídeo tem repercutido nas redes sociais. Há quem interprete a expressão "geladeira" também como uma leve estocada no ex-jogador Ronaldo, com quem ela se casou em um castelo, na França. Foi há mais de dez anos e o casamento durou 86 dias. Cicarelli também foi protagonista de um vídeo célebre e polêmico feito por um paparazzo espanhol, mas o comercial não invade essa praia. Por tudo isso, mais a carreira de apresentadora interrompida na TV, ela é a estrela do filme cujo tema são os "rótulos que não definem". A Nextel pretende, com a campanha "Tá nas suas mãos" (da agência LDC), fazer um paralelo entre os "rotulados" e sua própria imagem pública, ainda confundida com operadora que fornece apenas serviços de rádio.
O texto é inteligente e Daniella Cicarelli convence no seu surto cênico de "sinceridade".
VEJA  O VÍDEO, CLIQUE AQUI

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Amar é... faturar juntinho...


por Clara S. Britto
Se a curiosidade é a razão do sucesso das revistas de celebridades, porque a publicidade não pegaria carona nesse fenômeno? Daí, a nova campanha da TIM é um bom exemplo. A atriz e apresentadora Dani Suzuki e o namorado Nikolas Antunes estrelam juntos anúncio da operadora de telefonia. No filme, ele leva uma bronca por não aproveitar o TIM Pré para mandar mensagens de aniversário de namoro para a Suzuki. VEJA O VIDEO, CLIQUE AQUI


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Antarctica ironiza a autorregulamentação moral e o conservadorismo da propaganda brasileira. Veja, a propósito, anúncios que fizeram sucesso no passado e que hoje não poderiam ser exibidos na TV

A Antarctica e normas "talibãs" da propaganda. CLIQUE AQUI
ANTARCTICA BRINCA COM AS REGRAS QUE ENGESSAM COMERCIAIS

Em sua nova campanha, "Gostosa além da conta", a Antarctica Sub Zero resolveu ironizar as rígidas normas da propaganda brasileira. Boa sacada. A nossa propaganda vive sob uma espécie de "sharia" da autorregulamentação privada que está banindo humor, sensualidade e criatividade. É gritante o conservadorismo  - o que, aliás, combina com esses tempos de 'coxinhas' carolas - da publicidade, hoje, se comparado - e o You Tube, uma espécie de área de preservação audiovisual, tem muitos exemplos - à irreverência de muitos anúncios que fizeram sucesso nas décadas de 70, 80 e 90. Adele Fátima no famoso comercial das Sardinhas 88 iria parar hoje em uma cela da PF de Curitiba; o filminho das Casas Pernambucanas ("Quem bate, é o frio...") seria vetado por excesso de machismo ao atribuir apenas à mulher a tarefa de "vou comprar flanelas, lã e cobertores eu vou comprar"; o anúncio do "primeiro sutiã seria execrado, assim como o do "tiozão" da Sukita por usar modelos jovens demais em cenas sugestivas; a Neston fez um comercial em que um aluno se apaixonava pela professora, imagine isso hoje em dia. Cadeia em regime fechado.

APÓS QUEIXAS, NOVA SCHIN RETIRA DO AR COMERCIAL DA OKTOBERFEST 2015

Meia-dúzia de nervosinhos reclamou do comercial da Oktoberfest. Foi o que bastou para as Nova Schin retirar a peça do ar. A alegação do pessoal que ficou perturbado é que as mulheres aparecem como operárias, mecânicas e caixas de supermercado em trajes sensuais. Eu, hein? Veja o vídeo e compartilhe e deixe os reclamões doidinhos... CLIQUE AQUI 



VEJA ABAIXO DOIS EXEMPLOS DE COMERCIAIS QUE, SE FOSSEM FEITOS HOJE, SERIAM DEGOLADOS PELOS "AIATOLÁS" DO CONSERVADORISMO. CLIQUE NOS LINKS.
Meninos deslumbrados com a gata de biquini? Hoje, nem pensar. A "ousadia" foi da Chocolates Garoto.
CLIQUE AQUI
Adele Fátima no anúncio das Sardinhas 88? Hoje, o rebolado da bela modelo seria banido da TV.
Clique AQUI

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O Brasil tem hoje uma espécie de ku-klux-klan da "moral" e dos "bons costumes". O alvo da turba é agora um comercial do Boticário.



por Clara S. Britto
O comercial do Boticário, que mostra casais heterossexual e homossexuais, está provocando polêmica. A repercussão irada dos intolerantes só sinaliza, mais uma vez, as trevas conservadoras e a histeria moral que assolam o país. A marca fez uma campanha para o Dia dos Namorados na qual celebra o amor e onde respeito e dignidade estão presentes. Em um universo de milhões, cerca de 30 pessoas escreveram para o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária protestando contra o anúncio. O Conar ainda vai julgar a reclamação e decidir se proíbe a peça. Mas o que fica evidente no Brasil de hoje são as manifestações de intolerância, geralmente originadas em grupos religiosos, com destaque para o autoritarismo evangélico. No You Tube, o vídeo ganha apoio, com as "curtidas" ganhando das "não curtidas". O que está em jogo nessa escalada dos 'talibãs" é a liberdade de expressão. Por enquanto. Mas adiante, se os brasileiros não derem uma resposta a essas trevas medievais, qualquer pessoas diferenciada, seja por motivos políticos, sociais, raciais, de orientação sexual e até religiosa, poderá ter comprometida sua liberdade de ir, vir e ser.
VEJA E COMPARTILHE O VÍDEO. CLIQUE AQUI




domingo, 12 de outubro de 2014

Publicidade: cenas dos melhores comerciais estrelados por Beyoncé Knowles

Além de dominar as paradas de sucesso há quase 10 anos, Beyoncé Knowles é uma superstar da publicidade. O site Adweek mostra um resumo dos melhores trabalhos nessa faceta da cantora. Segundo as agências, Beyoncé é seletiva não só nas marcas que escolhe para associar sua imagem mas dá palpites na produção, aprova roteiros e trilhas sonoras. Neste clipe, comerciais que ela fez para a Samsung, L'Oréal, American Express, Pepsi e H&M.
VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Memória da publicidade - Há 70 anos, marcas famosas que "prestaram serviço militar" se preparavam para ganhar mercado no pós-guerra... Veja nos reclames das revistas


por José Esmeraldo Gonçalves
A publicidade conta o cotidiano. É fonte importante de pesquisa dos hábitos de consumo de cada época. Os anúncios - ou "reclames" como eram chamados - reproduzidos abaixo foram publicados ao longo de 1944. Nas décadas seguintes, a publicidade se tornaria obviamente muito mais reveladora do comportamento e das preferências de milhões de brasileiros. Mas há 70 anos as revistas, como vitrines gráficas, mostravam que aqueles produtos em busca de consumidores já contavam alguma história. O Brasil acumulara divisas durante a guerra e estava prontinho para gastar. E os consumidores ávidos por novidades nem precisariam ir a Miami. As "lojas de departamento", os shoppings de então, como Mappin e Mesbla, esta instalada no seu célebre e suntuoso edifício do Passeio, no Rio, inaugurado em 1934, preparavam os estoques. Além disso, muitas marcas americanas estavam abrindo filiais brasileiras.  Ponto de venda não ia faltar. A Sears, por exemplo, chegaria em 1949. 
Um detalhe curioso: a guerra e principalmente o "porvir", como alguns anúncios citavam, estavam presentes na linguagem peculiar que oferecia um futuro consumista retumbante. Os textos prometiam que, quando a paz viesse, máquinas e equipamentos desenvolvidos para uso militar revolucionariam o cotidiano. Nada seria como antes. Financiamento não era problema. O cartão de crédito só chegaria ao Brasil no começo dos anos 50, o povão ainda não tinha inventado o cheque pré-datado, mas havia o carnet-crediário para não deixar ninguém desamparado na frente da vitrine.
Ainda chamado de "Constelação", o avião de transporte militar da Lockheed, se transformaria, após a guerra...

em um luxuoso avião de passageiros. Como "Constelation", foi sucesso até os anos 50, quando os primeiros jatos passaram a dominar os vôos transcontinentais. 
"Depois da guerra", a Smith-Corona portátil, uma inovação em vários modelos.
Melhoral, um grande anunciante no rádio desde os anos 30,  invadia o mercado com a ajuda dos balangandãs de Carmem Miranda. A indústria farmacêutica se engajou na guerra para criar analgésicos de efeito mais rápido, medicamentos que aceleravam a cicatrização, penincilina etc. Com o fim do conflito se aproximando havia um grande mercado civil a conquistar.

A Kodak Medalist acabava de ser criada para uso civil quando estourou a guerra. Toda a produção passou a ser comprada pelas forças armadas. Era eficiente, melhor para operar do que as máquinas do tipo "caixão" e sobretudo prática para uso de amadores. O anúncio da Kodak prometia que a câmera voltaria ao uso civil.
A fábrica dizia que "soldados e marinheiros de todas as frentes de batalha se habituaram a confiar nos Rádios Zenith". A comunicação de massa estava se impondo e certamente muitos dos programas da era de ouro da Rádio Nacional, por exemplo, foram sintonizados nas ondas médias e curtas de um Zenith.   

Coca-Cola era o "convite universal", já queria ser uma espécie de refrigerante da globalização, palavra que não existia mas a ideia era essa.

Novos tempos, nada de sabão de côco para fazer a barba. Para o novo homem brasileiro era hora do Williams. A fábrica já desenvolvia novos produtos embora ainda ocupada em produzir bálsamos para a pele dos soldados em luta nas selvas do Pacífico Sul.
A Indian era uma motocicleta lendária nos Estados Unidos. Tinha adeptos tão fanáticos quanto os admiradores da Harley Davidson. Toda a produção ia para os campos de batalha. Um ano antes da guerra acabar, o anúncio lembrava que logo estariam de volta, ainda mais aperfeiçoadas.

A sofisticação em forma de caneta. A Parker mostrava sua linha.
Bausch & Lomb, que produziu equipamentos óticos para bombardeiros e submarinos, queria mostrar que também podia ser fina e elegante para as mulheres.
Se você reclama dos aviões lotado, atualmente, no Brasil, saiba que o apelo para o "transporte alado" já estava presente nos anúncios de 1944. 

Finalmente, se você não tivesse dinheiro na mão para comprar tantos produtos que estavam chegando, sem problemas... o cartão de crédito não existia ainda no Brasil, mas compra a prestação, carnê e caderneta de anotação de crédito estavam aí mesmo para sustentar o consumismo que despontava. Bastava ser um "rapaz direito" como pregava o anúncio acima, de 1940.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Já viu isso? É sobre a Terra Santa...

por Omelete
Colaboradores deste blog, que defende a liberdade de expressão, têm criticado a censura na publicidade. Às vezes, a tesoura é dos talibãs do Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária), às vezes da Justiça, mas sempre é tesoura. O anúncio do tipo que você pode ver no link abaixo seria de veiculação impossível no Brasil. Mesmo sendo piada, o publicitário que o criasse aqui seria apedrejado em praça pública. Dois garotos, na praia, em Israel, começam disparando palavrões e, em seguida, deslumbrados com "aviões" planando em biquinis, passam a exclamar "Deus!", "Jesus!", "Venha para o papá", "Nossa Senhora!". No final, o narrador conclui: "Israel: não é à toa que é chamada de Terra Santa". Atenção, o vídeo se encerra com um "Holy Cow" ("Vaca Sagrada"). Vale a piada.
Veja o vídeo do Keta-Keta no YT. Clique AQUI