por J.A.Barros
Olhei
para os lados e não vi Maria.
Voltei
nos meus passos e não vi Maria.
Perguntei
a quem passava perto:
–
Amigo, viu Maria na estrada?
–
Não, meu senhor. Não vi ninguém na
estrada, muito menos Maria.
Baixei meus olhos e vi na terra vermelha
a marca dos passos de Maria. Procurei segui-los e assim a ela me levar. Andei
léguas. Passei por rios, cruzei montanhas. Campos sem fim atravessei. O sol se
foi e veio a chuva caindo sobre a terra seca, renovando as plantas que emergiam
do solo ansiando pela vida, buscando o ar, valentes, querendo alcançar o céu.
Mas, não encontrei Maria.
Passou a chuva e veio a neve cobrindo a terra com seu capote branco trazendo o frio e o recolhimento. Fogueiras foram acesas que brilhavam no fundo das florestas trazendo calor para os perdidos na imensidão do branco. Corpos tremiam e se achegavam uns aos outros buscando o calor nas suas almas porque corpos se perderam no vento gelado que soprava e a tudo congelava.
Continuei seguindo os passos de Maria marcados na terra sangrenta, castigada e violentada.
Um dia veio o sol. A terra escura se abriu abrindo o seu espaço para os raios quentes que penetraram em suas entranhas, chegaram nos corpos rígídos e com seu calor acordaram essas vidas para um novo ciclo, que chegava trazendo o riso e a alegria de um novo despertar.
Olhei para os lados e não vi Maria.
Voltei nos meus passos e não vi Maria.
Atrás do sol vieram as flores que encheram de beleza a terra sofrida e angustiada. Do botão se abriram pétalas em sorrisos para a vida que prometiam compartilhar. Vermelhas, as rosas encheram os campos e o seu perfume invadiu o ar deixando o viver mais alegre e mais consentido.
Nunca mais vi Maria.
Belos campos cobertos de flores se estendiam ao infinito prometendo a todos a cobiçada felicidade que os homens, com o sorriso nas faces, agradeciam aos senhores do céu e da terra o presente recebido.
Tudo em volta vibrava com o amor sentido, dado e ofertado, que a todos era dedicado, dádiva do céu, presente dos deuses aos seres que na terra rolavam de um lado para outro na busca eterna do amor um dia perdido.
No ar, corria veloz a brisa inconstante soprando dos quatro cantos para apagar do chão os rastros da mulher amada.
Olhei para um lado, olhei para o outro, voltei nos meus próprios passos e nunca mais vi Maria.
Passou a chuva e veio a neve cobrindo a terra com seu capote branco trazendo o frio e o recolhimento. Fogueiras foram acesas que brilhavam no fundo das florestas trazendo calor para os perdidos na imensidão do branco. Corpos tremiam e se achegavam uns aos outros buscando o calor nas suas almas porque corpos se perderam no vento gelado que soprava e a tudo congelava.
Continuei seguindo os passos de Maria marcados na terra sangrenta, castigada e violentada.
Um dia veio o sol. A terra escura se abriu abrindo o seu espaço para os raios quentes que penetraram em suas entranhas, chegaram nos corpos rígídos e com seu calor acordaram essas vidas para um novo ciclo, que chegava trazendo o riso e a alegria de um novo despertar.
Olhei para os lados e não vi Maria.
Voltei nos meus passos e não vi Maria.
Atrás do sol vieram as flores que encheram de beleza a terra sofrida e angustiada. Do botão se abriram pétalas em sorrisos para a vida que prometiam compartilhar. Vermelhas, as rosas encheram os campos e o seu perfume invadiu o ar deixando o viver mais alegre e mais consentido.
Nunca mais vi Maria.
Belos campos cobertos de flores se estendiam ao infinito prometendo a todos a cobiçada felicidade que os homens, com o sorriso nas faces, agradeciam aos senhores do céu e da terra o presente recebido.
Tudo em volta vibrava com o amor sentido, dado e ofertado, que a todos era dedicado, dádiva do céu, presente dos deuses aos seres que na terra rolavam de um lado para outro na busca eterna do amor um dia perdido.
No ar, corria veloz a brisa inconstante soprando dos quatro cantos para apagar do chão os rastros da mulher amada.
Olhei para um lado, olhei para o outro, voltei nos meus próprios passos e nunca mais vi Maria.
2 comentários:
Amigo Barros: Maria era o nome da minha mãe; Maria é o nome da mãe de Jesus.
Maria, o teu nome principia na palma da minha mão...e cabe bem direitinho entro do meu coração...Maria. ABRAÇÃO!
Maria, saudoso Nélio, é o nome das mulheres que assombraram as nossas vidas. Que bom Nélio, ler você é saber que ainda estamos sobrevivendo. Sou obrigado repetir esse chavão: "éramos felizes e não sabíamos". Alguns dos nossos pegaram a Barca e deixaram muitas lembranças e saudades como o inesquecível Alberto Carvalho. Enfim, é a roda da vida, mas guardo em mim a sorte de ter trabalhado com eles e amigos como você Nélio Horta. Vida que segue Nélio, eu aqui em Niterói e você, se não me enganos, às margens da Lagoa de Saquarema com sua querida esposa e filhos muito amados. ABRAÇÃO!!!!!!!!!!
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