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sábado, 19 de dezembro de 2020

Paçoca: o Viagra do pobre • Por Roberto Muggiati

Sim, a paçoca, aquela guloseima do nosso dia-a-dia, ganhou destaque na mídia em função da live deste sábado que mostra Caetano Veloso na intimidade. Entre outros detalhes, as imagens do celular de sua companheira Paula Lavigne revelam uma paixão gastronômica irresistível do cantor-compositor, a "fissura na paçoca". Cito da matéria do segundo caderno de O Globo, "O Mito de Pijama": "Paula achou engraçada a fixação dele pelo doce de amendoim e passou a registrar toda vez que papito, como ela o chama, abria um pacotinho. Era paçoca na cama do casal, no sofá amarelo da sala, na poltrona de leitura. Os flagras de um Caetano que parecia estar sendo pego numa travessura lhe renderam o apelido de Seu Paçoca."

Como sócio de carteirinha do clube dos consumidores de paçoca, só faço restrição à escolha que Caetano faz da modalidade diet, um verdadeiro crime de lesa-paçoquice ... Aliás, um de meus projetos literários pós-Covid é um tratado sobre filosofia budista intitulado Zen a arte de comer paçoca-rolha sem esfarelar.

Típica da comida caipira do estado de São Paulo, a paçoca de amendoim, ou capiroçava (na Região Norte), vem do tupi po-çoc ("esmigalhar") é feita de amendoimfarinha de mandioca e açúcar, e tradicionalmente preparada para as festividades da Semana Santa e festas juninas

Mas tem mais nessa história, muito mais. Por seu alto teor energético, o amendoim é reconhecido como um possante afrodisíaco. Sua versão concentrada, faz da paçoca uma verdadeira bomba. Nem todos os consumidores da guloseima de amendoim o fazem com segundas intenções. Mas a devastação na economia causada pela Covid-19 levou uma quantidade de casanovas inadimplentes a buscarem na paçoca o seu genérico barato do Viagra. Só podemos desejar boa sorte para eles...


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Há 50 anos • BEATLES: Caetano traduz o “álbum branco” para a Veja • Por Roberto Muggiati

Veja/Reprodução/Clique 2x para ampliar

Veja/Reprodução/Clique 2x para ampliar


Veja, 1968
por Roberto Muggiati

Na saída do filme Zuza Homem do Jazz, no Festival de Cinema do Rio, meu amigo Tárik de Souza, que trabalhava comigo na Veja em São Paulo há 50 anos, me faz uma reclamação – justíssima – com todo o peso de meio século.

Realmente, na matéria que publiquei no Panis sobre o turbulento primeiro ano da revista semanal de informação da Abril, esqueci de registrar outro feito da nossa editoria de Artes e Espetáculos. Em 22 de novembro de 1968 – uma sexta-feira – saía na Inglaterra o lendário “álbum branco” dos Beatles.

Seguindo as instruções de uma operação planejada com o rigor do lançamento de um foguete da NASA, nosso correspondente em Londres correu a uma grande loja de discos e comprou o vinil duplo, despachando-o imediatamente pelo malote da Varig para São Paulo. Na segunda-feira, 25/11, eu recebia o precioso álbum na redação e naquela noite mesmo, Tárik de Souza, repórter de música, ia buscá-lo em minha casa no Pacaembu e o levava esbaforidamente no seu Jeep para o apartamento de Caetano Veloso, na Avenida São Luís.

O tropicalista traduziu seis letras das trinta totais do revolucionário disco, que trazia as posturas politicamente ambíguas de John Lennon em Revolution 1 e Revolution 9.  Elas saíram publicadas na edição de 11 de dezembro de 1968 (prestem atenção: dois dias antes da sexta-feira 13 que nos brindou com o AI-5...).

A capa daquela edição era um besteirol pop sobre Pelé enquanto a Copa do México não vinha.

Curiosamente: a Realidade, mensal da Abril, foi na cola de nossa ideia e encomendou a tradução de letras do “álbum branco” a Carlos Drummond de Andrade. Se não me engano houve duas coincidências: Caetano e Drummond traduziram o curto e grosso Why Don’t We Do It In The Road?/Por que a gente não faz na estrada mesmo? e Blackbird/Pássaro preto. Pena que eu não tenho à mão as traduções do Drummond, mas posso garantir que foi um duelo mortal entre nossos dois grandes poetas, o mineiro e o baiano. Ah, sim, um detalhe típico daqueles Anos de Chumbo que começavam. Não conseguimos pagar o cachê combinado com Caetano porque ele estava preso incomunicável em local ignorado. Acho que o dinheiro depois foi repassado ao seu empresário Guilherme Araújo, quando Caetano e Gil iniciavam seu exílio londrino.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Fotomemória: Caetano, Gal, Bethânia: registros de Guina Ramos para a revista Amiga...

Caetano Veloso e Gal. Foto de Guina Ramos, 1978. 
No blog Bonecos da História, Guina Ramos documenta sua trajetória nos principais veículos de comunicação do Brasil. 
Na semana em que Caetano Veloso comemora 76 anos (dia 7/8) , o escritor e fotojornalista publica algumas imagens feitas em 1978 e estampadas na revista Amiga: Caetano e Maria Bethânia em show no Canecão (que resultou em antológico álbum gravado ao vivo); e Caetano e Gal durante ensaio para a turnê que a dupla faria na Europa. Naquele ano, Gal também preparava um disco histórico: Gal Tropical, que foi lançado em 1979.

Veja mais fotos e a matéria completa AQUI 

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Justiça censura show de Caetano Veloso

O show foi proibido, mas o ato político aconteceu. Reprodução Instagram


"Ocupação Povo Sem Medo", de São Bernardo. Foto de Ricardo Stuckert
A grande mídia em geral tenta desqualificar a censura ao show que Caetano Veloso faria na ocupação do MTST em São Bernardo do Campo. Focaliza-se preferencialmente o despacho da juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública local, que enfatiza a suposta falta de "estrutura para shows, ainda mais, de artista tão querido pelo público, por interpretar canções lindíssimas, com voz inigualável”.
Mas há outros fatos a considerar. O pedido do MP caracteriza a censura ao fundamentar o pedido no argumento de que o show seria realizado "em local que foi ocupado, e que está sub judice referida ocupação". Além disso, em operação para tentar proibir o ato político a Prefeitura de São Bernardo impediu a entrada de equipamento de som no terreno ocupado que, aliás, tem alta dívida de IPTU com a própria prefeitura e estava abandonado há 40 anos, segundo o MTST.

Depois da proibição, Caetano Veloso e vários artistas foram à ocupação, ontem. O cantor subiu ao palanque, mas não cantou. Foi a primeira vez que um show de Caetano foi censurado desde o fim da ditadura militar. Sem música, o ato político aconteceu.


Nesta manhã de terça-feira, 6.500 famílias fazem uma marcha de 23km, até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para pressionar o governador Geraldo Alckmin a ceder o tereno para a construção de moradias.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Caetano está desorientado?

por Gonça
Caetano Veloso é um grande compositor, todos concordam, tentou ser cineasta mas não deu, então, como qualquer um dos simples mortais, tem limitações, claro. Ela acaba de afirmar, em Lisboa, que a entrevista na qual chamou Lula de "analfabeto" foi uma "edição sensacionalista da imprensa". Como assim? Aqui no Brasli, ele até justificou o vocábulo "analfabeto" com o qual definiu o Presidente da República e argumentou que essa era a sua opinião, embora muitos a considerassem preconceituosa. Lula é analfabeto, e daí? Caetano gostaria que o Brasil fosse uma república de "dalits", com os cidadãos analfabetos jogados na  segunda classe e lançados no Ganges? Acho que não. Mas como é que, lá fora, diz que não disse? Segura a opinião, malandro! 'Seje' homem, como se diz no Nordeste! E o compositor baiano ainda acha que "quebrou um tabu" ao criticar o presidente. Como assim, de novo? Lula é o presidente mais criticado, pela imprensa, da história do Brasil? E de que maneira o Caetano poderia ser "pioneiro" ao criticar um presidente tão condenado pela mídia? Sei não, esse baiano hoje tem lenço e documento, mas anda meio sem rumo ou está querendo fazer média lá fora. Alô, Caetano, tá perdido? Usa um GPS geográfico e ideológico.

domingo, 15 de novembro de 2009

Família Velloso (com Dona Canô) pede desculpas a Lula


por Gonça
Rodrigo Velloso, irmão de Caetano Velloso e Secretário Municipal de Cultura de Santo Amaro, divulgou um pedido de desculpas a Lula. Rodrigo esclarece que família Velloso não tem nada a ver com a recente declaração de Caetano, que chamou o Presidente da República de "analfabeto". Segue a nota: "Venho a público esclarecer que a recente declaração, feita pelo cantor e compositor Caetano Veloso sobre o Presidente Lula, não expressa, em nenhuma hipótese, a opinião da família Velloso. Sua matriarca, Dona Canô, por meu intermédio, deseja se dirigir ao Governador Jaques Wagner, a todos os brasileiros e, principalmente, ao Presidente da República, com um sincero pedido de desculpas’. (Assinado): Rodrigo Velloso.
A propósito, ontem, durante um congresso de iniciação ciebntífica em Sãio Paulo, Lula ironizou Caetano e mandou latim pro baiano: “A educação é condição sine qua non para o crescimento. Eu digo sine qua non porque, se o Caetano Veloso fala sine qua non, o Lula também pode falar”. (Na foto de Ricardo Stuckert/Presidência da República, Lula cumprimenta Dona Canô, mãe de Caetano Velloso, durante visita às obras do edifício-sede da Universidade Federal do Recôncavo, em Cachoeiro, BA)

sábado, 7 de novembro de 2009

Caetano Veloso, o homem-melancia

por Omelete
Calma aí! Não vale a pena tanto barulho em torno do Caetano. Manja essas mulheres-frutas que dão mole aí na mídia? Pois é, o Caê é assim, um homem-melancia que dá opinião fatiada nos jornais, nas revistas e nos sites. Nem mesmo a declaração de voto do baiano na Marina Silva deve ser levada a sério. No máximo, é votinho de primeiro turno, no segundo Caê estará no colo do Serra. Alguém duvida?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sem lenço, sem documento

por Eli Halfoun
Aqui mesmo nesse movimentado Panis, o Gonça praticamente esgotou o assunto em torno da polêmica (diria até grosseira, mesmo que verdadeira) declaração de Caetano Veloso ao manifestar seu apoio à candidatura Marina Silva à Presidência da República (“É inteligente como o Obama, não é analfabeta como o Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro”). Assim como qualquer um, Caetano tem, sim, o direito de pensar o que quiser e o também democrático direito de expressar sua opinião, até quando o faz com a mesma grosseria que aponta no presidente. Anotem aí: esse episódio não ficará apenas no disse-me disse. Lula certamente vai reagir e também está em seu pleno direito democrático. Certamente a intenção de Caetano não era a de ganhar espaço na mídia que esse ele e seu indiscutível talento musical nem precisam mais, mas a bombástica declaração repercutiu e continuará repercutindo e dividindo opiniões, o que é saudável no também saudável jogo democrático. O mais engraçado é que esse agora falastrão Caetano era duramente criticado quando com preguiça baiana limitava-se a responder com um “é”, “pois é” u um simples “sei não” as perguntas que lhe eram feitas. Ninguém gostava (virou até motivo de gozação) do tom monossilábico de Caetano como parece não estar gostado agora quando ele mostra não ter papas na língua. Essa discussão ainda renderá muito e acabará sem qualquer conclusão como, aliás, acontece sempre na política. Então vamos ficar assim: eles que são nordestinos que se entendam”. Se é que é possível.

Deixem o Caê falar

por Gonça
Os jornais repercutem as declarações de Caetano Veloso, que chama o presidente Lula de analfabeto. Analfabetismo nem deveria ser palavra usada como "ofensa". Analfabetismo é um crime que os políticos que dirigiram este país, geralmente ricos e bem nascidos, cometeram contra os pobres. A Bahia, por exemplo, tem um dos mais baixos índices de escolaridade do país. E foi um estado dirigido por décadas por um clã que a família Veloso admira. ACM era chamado de "painho". Caetano, Bethania e outros tinham relacionamento amistoso com o "coronel", com a baianidade do "coronel", com o axé do "coronel". Caetano faz política, sempre fez e é o que faz agora. Está no seu direito. Pode ser criticado por baixar o nível do debate mas está no seu direito. Nas últimas campanhas, fez reuniões políticas em casa tentando atrair artistas para os candidatos do PSDB. De novo, está no seu direito. Por isso, não é surpresa que, a pretexto de defender a candidata criacionista, parta para o ataque. É do jogo. Caetano é um animal político. Tão político que, às vezes, se aproxima demais e perigosamente do governo. Recentemente, segundo denúncia da Folha de São Paulo, preparou uma turnê que, embora patrocinada por empresas privadas e considerada comercialmente viável, se beneficiou da Lei Rouanet, descolando assim um incentivo público. O procedimento não foi ilegal, já que a Lei Rouanet é criticada exatamente pela brecha que permite que o benefício seja utilizado para projetos de marketing. O problema é que Caetano, em público, é um dos críticos da Lei. O baiano se irritou porque foi acusado de estar recebendo uma "Bolsa Dendê". Deixem o Caetano falar. Ele já está em campanha política. Óí praí, tô certo "painho"?  

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Deu no Globo: Caetano chama Woody Allen de "careta" e provoca polêmica. Roberto Muggiati responde

Matéria de Arnaldo Bloch e Rodrigo Fonseca no Segundo Caderno de hoje joga lenha na fogueira das  polêmicas opiniões de Cateno Veloso sobre Woody Allen. Segundo o baiano, o diretor é "um cineasta pequeno", "chegado a uma decoração creme por trás de roupa bege"(!!!), "muito hetero" (será esta a nova definição de machista?). O Globo ouviu, entre outros, Roberto Muggiati (tema de post logo abaixo sobre o curso 100 Anos de Jazz). "Woody pequeno? Sim, é baixinho, como muita gente boa. Careta? Não pode haver coisa mais careta do que esta polêmica arretada. Allen não perderia tempo com uma besteira destas: deve estar muito ocupado fazendo um novo filme ou tocando jazz em sua clarineta", diz Muggiati.

A propósito, para quem prefere tirar a dúvida na tela, o CCBB abre hoje, no Rio, mostra dos filmes de Woody Allen com a estréia do inédito "Tudo pode dar certo" ("Whatever works").

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Coração Vagabundo


Vem aí, com estréia prevista para 24 de julho, o documentário Coração Vagabundo. É sobre ele, o filho da dona Canô, Caetano Veloso. Com direção de Fernando Groistein, o filme promete mostrar o baiano na intimidade, alegre, triste, pelado, contando piadas, refletindo, caetaneando, ao lado de personalidades como Pedro Almodóvar, Antonioni, David Byrne e Gisele Bundchen. Produzido por Paula Lavigne e Raul Dórea, o filme reúne imagens captadas durante turnê por São Paulo, Nova York, Tóquio e Kioto. Sobre o documentário, o próprio fala: “Não gosto de ser filmado e, depois que envelheci, nem mesmo de ser fotografado, mas gostei muito do filme porque achei que ele foi fundo em coisas importantes. Esse Coração Vagabundo é especialmente afetivo e termina por tocar em pontos muito relevantes”. (Foto de divulgação/Paramount Pictures Brasil)