por Flávio Sépia
Esse anúncio institucional da Veja é de 2001.
Embora as redes sociais ainda estivessem a anos-luz do impacto atual como veículos pessoais de comunicação a Internet não abalava a maioria dos jornais e revistas, mas já assombrava o futuro desses meios impressos.
Surgiam os primeiros smartphones e, três anos depois da publicação dessa mensagem, o Brasil atingia 30 milhões de internautas e o Orkut era uma febre.
A Veja publicava uma edição especial sobre Vida Digital, mas não deixava de mandar um recado em defesa do meio revista. A ameaça que na década seguinte se tornara crítica era antevista.
Em 16 anos de tempestades, o fim das revistas foi muitas vezes decretado. Com esforço e criatividade de alguns veículos, o desfecho tem sido adiado e, embora o próprio mercado o considere inevitável, o enterro não tem data marcada. O sinal mais recente é a política de integração das redações e plataforma com um indesejado mais visível esvaziamento do meio impresso, até pelas sua velocidade obrigatoriamente mais baixA
Muitos títulos sumiram no Brasil e no mundo desde 2001.A frase que, na época, tentava motivar o leitor a ir logo às bancas comprar um produto exclusivo e que estaria disponível por apenas uma semana, ganhou, ao longo do avanço das mídias digitais, um sentido mais apocalíptico: "já a revista só fica na banco por pouco tempo".
Se lesse tal anúncio, hoje, quando o Brasil tem ceca de 130 milhões de internautas, restaria ao leitor repetir o bordão do Chico Anysio: "captei vossa mensagem astrológico guru".
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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