Fotos Gonça |
Rede social tem um grande poder de mobilização, certo? Taí a praça Tahrir que não nos deixa mentir. Mas nem sempre. O Facebook anunciou o Toplessaço, em Ipanema, com mais de 5 mil adesões. Ou seja, dez mil seios eram aguardados no Posto 9. Não apareceram, pelo menos não em massa. Mas fotógrafos havia uns 50, câmeras, uns dez, ou mais, curiosos, centenas. O toque carioca de um vendedor de sutiãs tentando aproveitar oportunidades, outro de mate oferecendo o "mate do peitinho". Faixas. Uma de "Fora, Cabral", que agora parece obrigatória em qualquer reunião pública de mais de duas pessoas, com um detalhe: o mesmo cartaz que protestava contra o governador tinha no verso o slogan "Reginaldo vá com Deus". Pode até ser que hoje, abrindo o Verão, ao longo do dia nublado, o Posto 9 receba outras manifestantes do grupo que pede o fim da criminalização do topless na praia. Mas até por volta de meio-dia apenas uma ou duas "passionárias" enfrentavam de peito aberto o batalhão de fotógrafos e câmeras.
Agora um pouco de bastidores de redação: em 1972, Frederico Mendes, da Manchete fotografou por acaso um topless em Ipanema na imediações das "Dunas do Barato". Era uma desconhecida. Foi o primeiro flagrante do gênero. O diretor da revista, Justino Martins, publicou as fotos na Manchete. No dia seguinte, baixou polícia na portaria perguntando pelo Fred. Alegavam que ele havia dado dinheiro à jovem para tirar o sutiã, o que, segundo a polícia, caracterizaria incitação ao atentado ao pudor. O flagrante era autêntico, mas estávamos em plena ditadura e a Manchete preferiu tirar o fotógrafo da área e mandá-lo para uma viagem até que a onda passasse. Já perto do fim do anos 70, algumas meninas fizeram topless no Arpoador. Também era gesto autêntico, no início. Fez tanto sucesso que alguns jornais e revistas passaram a usar modelos profissionais e simular flagrantes de topless nas praias. Nessa época, o repórter Tarlis Batista emplacou várias capas em Manchete em Fatos & Fotos e acabou virando uma espécie de setorista de topless. As matérias vendiam tantas revistas em bancas que Tarlis ampliou o campo de ação e passou a fazer grandes reportagens sobre os primeiros campos oficiais de nudismo no Brasil. Tais "ousadias" criaram polêmicas nos anos 70. Curioso é que quarenta anos depois, o moralismo resiste e o topless ainda é motivo de manifestação. O tempo não passou nas areias do verão carioca...
8 comentários:
Jesus usaria o açoite contra as impuras. Penitencie-se. Vá orar na igreja evangélica mais próxima.Dia virá em que as impurezas serão banidas das ruas a ferro e fogo!
Dá um tempo maluco, vai tomar remédio!!!!!!
Fanatismo é uma merda
Religiosos despirocados precisam saber que i Brasil não uma republica talibã terrorista fanática. Todas as crenças e opiniões devem conviver.O Rio de Janero especialmente ja está cheio de leis religiosas aprovadas por esses lunáticos. Proibe tstuagem, beber em trasporte coletivo, obriga ensino religioso, parece Afeganistão
A covardia, ou preconceito de pudor de caretas, das mulheres brasileiras é impressionante. Não sei quanta mil mulheres iriam manifestar protestos contra qualquer coisa ficando com os seios nus na praia de Ipanema. Só apareceu uma e mesmo assim teve de ser convencida a por os seios de fora. As mulheres européias, haja vista as "Femme " que apanham da polícia , são presas mas manifestam os seus protestos ficando semi nuas com seus lindos seios à mostra.
"Viva as mulheres eurpoéias "!!!
As mulheres européias não tem vergonha de mostrar, corajosamente, os seus lindos seios. Não tem vergonha deles. E fazem campanhas contra as injustiças no mundo se desnudando ao grande público enfrentando policiais e preconceitos da sociedade.
Viva as mulheres européias!!!
Sem moralismo mas isso aí é palhaçada
Acho que essa jovem é uma das líderes do movimento, que tem meu apoio, mas acho que ela não é de praia e muito menos de toplesse (vejam os peitos brancões). Ela é paulista? Nem em praia deserta ela faz topless pelo jeito. Só na frente dos fotógrafos?
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