sábado, 14 de dezembro de 2013

Emergência devia ser prevenção para não destruir mais vidas nas chuvas

por Eli Halfoun

Quem tiver oportunidade de pesquisar arquivos de imagens e compará-las com as imagens da nova tragédia provocada pela chuva saberá que não há nada de novo nessas tragédias sempre anunciadas, mas nunca evitadas. Em muitos anos de carreira jornalística já vi essa história repetir-se muitas vezes e como sempre só depois da porta literalmente alagada é que se promete (será que se tomam mesmo?) providências. Agora o rejeitado governo do Rio anuncia um plano de emergência com aluguel social, equipamento pesado para limpar a sujeira (só a que a chuva deixou porque as sujeiras governamentais se empilham cada vez mais e não só no Rio) Dói de fazer chorar saber que uma parte da população que nada tem ainda perde esse nada alagado e destruído junto com a dignidade de seres humanos esquecidos e tratados com subprodutos humanos. Fica cada vez mais difícil entender o porquê só fazem planos de emergência depois que o mal arruinou tanta gente. Se esse tipo de tragédia se repete todo tempo planos de emergência deveriam ser feitos e executados antes da tragédia se impor. Se o governo tomasse qualquer tipo de medida preventiva essa vergonha não se repetiria anualmente. São governos assassinos que permitem que seres humanos estejam mortos ainda que vivos. Massacrados como se nada fossem e representassem como gente.  (Eli Halfoun)

Um comentário:

J.A.Barros disse...

A "tal da via binária ", ficou alagada com o último temporal. Isso poderia acontecer? Começo a temer pela reforma da "Praça da Banheira" que irá – afirmam os "engenheiros brasileiros " – acabar com as tradicionais enchentes que se repetem todos os anos.
Aliás, sobre os "engenheiros brasileiros " temos que confessar que estão superando seus próprios recordes. Em cada ano, pelo menos, caem 3 edifícios.
Ou fazem curvas em elevados que impedem a passagem de dois ônibus ao mesmo tempo.
A Perimetral, apesar de feia, não alagava quando chovia. Bem, ela foi construida por engenheiro da década de 50.