por Eli Halfoun
A Globo estreou dois humorísticos
na programação dominical de férias. Tanto o “Divertics” (exibido nas tardes de
domingo) quanto o “Junto e Misturado” (noites de domingo) são atrações com tempo
de validade: foram cridas justamente para “quebrar o galho” e o vazio das
férias e em abril, quando se inicia a nova-velha programação, batem em retirada.
Nesse período de teste é provável que um dos programas ganhe até espaço fixo na
programação (foi o caso de “Tapas & Beijos”), o que é muito difícil.
Com direção acertada e
agitada de Jorge Fernando o “Divertics” não tem o humor simples e direto que a
maioria dos telespectadores gosta e entende (gosta porque entende). É inevitável
que em alguns momentos o programa entre no esquema pastelão, mas é nítida a preocupação
da emissora em fazer um “programa de classe” o que começa no título. Para o grande
público humor é palhaçada (como a do ótimo Renato Aragão), ou seja, exatamente
o que ainda falta ao programa (um dia terá) que ainda assim é uma boa diversão.
“Junto e Misturado” não
chega a ser exatamente um humorístico nos padrões tradicionais. É uma espécie
de teatro de revista (sem as vedetes de pouca roupa) que faz desfilar vários
esquetes com textos de boa qualidade e que permitem muitos e engraçados cacos,
humor refinado e uma preocupação sempre crítica com o cotidiano. Como ganha,
ate pelo horário de exibição, um público mais seleto, o “Junto e Misturado”
pode emplacar, mas duvido muito que alguém deixe de dormir mais cedo para assistir
o programa que se não é um sonho também não é nenhum pesadelo. (Eli Halfoun)
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