por Eli Halfoun
O final do ano sempre
chega recheado de retrospectivas nos jornais, revistas e televisões. Faz parte
de uma espécie de pauta fixa da mídia juntamente com as muitas e chatas
relações de melhores do ano nisso e aquilo. É, eu sei, uma maneira de ocupar
espaço em uma época em que por conta das férias, não acontece muita coisa. Como
repórter, redator e editor fiz muitas retrospectivas ao longo de meu trabalho
jornalístico, mas confesso que sempre tive enorme má vontade com esse tipo de
retrocesso, que é exatamente o que as retrospectivas são porque nos fazem andar
pra trás quando o futuro caminha parra frente. Nunca me entusiasmei com essa
pauta que na maioria das vezes nos faz lembrar notícias e momentos que queremos
e precisamos esquecer. Como não dá para acreditar em bola de cristal e muito
menos em previsões (existem e aparecem de todos os tipos) o passado nada
criativo continuará sendo o assunto do presente a cada final de ano. Até que
aprendamos a perceber que o que passou, passou e o que realmente importa é o
que vem por aí. Afinal o passado escreve história, mas é o futuro que nos enche
de esperança. (Eli Halfoun)
2 comentários:
Com a minha idade não me arrisco a pensar no futuro. Procuro pensar só no presente. De que adianta relembrar o passado se nenhum conforto me dará? O presente é a minha realidade e o que sobra de vida fazendo horas extras.
E esse país não tem futuro. Stefan Zweig errou quando deu o título ao seu livro enocmendado pel presidente Getúlio Vargas.. O título deveria ser:
Brasil, o país sem futuro.
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