domingo, 15 de dezembro de 2013

Jornais se preocupam com o caos aéreo dos aeroportos no fim do ano. Ótimo. Mas e no caos aéreo "privê", a zona que as companhias fazem, não vai nada?

(da redação da JJcomunic)
Nos últimos dias, vários jornais têm publicado matérias alertando sobre o possível "caos aéreo" no fim do ano. Isso é bom. Só falta abrir o foco. É só perguntar a qualquer passageiro. Aeroportos reformados são bem-vindos, claro, mais pessoal no atendimento também. Mas nada disso vai resolver o problema enquanto as companhias aéreas operarem praticamente sem regulamentação, sem fiscalização, gerando o "caos" privado. São comuns atrasos, cancelamentos de vôos, mudanças de rota (o sujeito pensa que vai fazer um vôo direto Rio-BH-Natal e descobre, já dentro do avião, que vai para BH, desembarca, aguarda, e embarca em outro vôo para Natal mas com escala em Fortaleza. Nessa brincadeira, quem esperava voar por cerca de três horas, verá seu vôo levar doze horas. Na semana retrasada, houve caos, por exemplo, provocado pela deficiência de uma única companhia. O mau tempo que fechou Congonhas por poucas horas em SP afetou vôos até sábado de manhã. Nessas ocasiões, a Anac anuncia multas e os jornais publicam. Isso não é notícia, jornalista. Notícia é publicar que determinada companhia quitou sua multa . Quando isso acontecer merece primeira página, entendeu? O caos aéreo privê parece não interessar muito à grande imprensa. São sistemas de dados de companhias que caem, aviões que não decolam porque a empresa descobre que a tripulação estourou suas horas de vôo mensais, vôos que atrasam e se fundem para "otimizar" desempenho. Se, e quando, publicadas, tais queixas dos pobres passageiros viram pé de página ou saem em corpo oito na seção de cartas. E tudo isso com os preços das passagens nas alturas.

Um comentário:

AB.Dias disse...

Claro, as empresas são anunciantes. Vc acha que vão falar dos problemas das companhias? Como os politicos a imprensa é mivida a dinheiro, capilé, bufunfa, mirréis.