por Eli Halfoun
Não faz muito tempo presenciei um freguês sendo preso por funcionários em um grande supermercado onde câmeras de segurança o flagraram colocando (na base do escondidinho) um alicate de unha em seu carrinho de compras que só tinha o básico (arroz, feijão, macarrão, batata e óleo). O freguês, um senhor alto e quase careca aparentando ter pouco mais de uns 50 anos de idade, foi levado para uma sala reservada onde, dizem, apanhou como um cachorro vira-lata e ficou detido até explicar direitinho o furto de um simples alicate, que certamente não custava R$50 mil, mas roubo é roubo com qualquer quantia. Agora as câmeras flagram o governador de Brasília José Roberto Arruda do DEM (Dinheiro Em Moeda?) e seus assessores (asseclas seria a palavra correta) recebendo pacotes e mais pacotes de dinheiro (só vale dinheiro em moeda, que é supostamente menos comprometedor do que cheque ou depósito bancário) e ninguém vai preso para explicar direitinho essa história. Talvez o senhor Arruda (nós é que temos de usar arruda para espantá-lo das nossas vidas) também apanhasse se fosse pobre e tivesse tentado furtar um simples alicate de unhas. Nada acontece e ele, assim como seus asseclas, tem a cara-de-pau de dizer que é inocente, como se todos nós cidadãos-eleitores fôssemos cegos ou idiotas. As imagens que a televisão tem mostrado repetidamente representam com perfeição como se faz e se conduz a política nesse país que na verdade não precisa mais de políticos. Precisa sim é de policiais, muitos policiais, para prender os políticos que ainda estão por aí. Impunes e rindo de e nas nossas caras de idiotas.
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