terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Estão passando o trator no Centro histórico do Rio

por Gonça
Há casas e uma igreja secular interditadas no Centro do Rio por causa de uma obra (prédios de 23 andares) na estreita rua dos Inválidos.A região, de prédios históricos, tem uma das mais belas arquiteturas do Rio. A suposta falha de construção que abalou os terrenos em volta e pôs em risco a vida de centenas de pessoas, já é grave. Mas o absurdo maior, vendo-se o tamanho do buraco que abrigará vários andares de estacionamento, são os interesses que permitem a aprovação de um projeto como esse naquela área. Em todo o mundo, cidades tentam tirar automóveis do Centro, aqui, se estimula. E com o comprometimento de um patrimônio histórico. A justiça embargou a obra. Seria melhor impedí-la. E se os abalos forem sinais de que o terreno não suporta a construção? Vazio, só com a escavação, está desabando, imaginem com o peso dos prédios em cima. Uma prefeitura aliada dos cidadãos construiria ali uma praça, coisa que a cidade precisa mais do que espigões no centro. Ainda mais um espigão que pode ser um forte candidato a Palace 2. Alô Eduardo Paes, desapropria aquele mostrengo, ainda dá tempo, ou transfere a coisa para uma área da Zona Portuária. O Centro tem até prédio desabitado, não precisa de mais espigões. 

Um comentário:

deBarrros disse...

gonça, há alguns anos atrás, meu sobrinho era estudante de engenharia e estagiário de uma grande Empresa de Construçoes – uma Sérgio Dourado da vida – fazia obras na derrubada de um prédio bem antigo, na Marechal Floriano, quase em frente ao Itamarati, quando foi convocado, com urgência, de madrugada, pela Empresa para dar assistência nessa obra, porque com as escavações no terrreno, um prédio ao lado, um Hotel, estava ameaçando desabar. Não podia acontecer pior. Os casais, que desfrutavam suas horas de amor, sairam correndo do prédio, nus e desesperados, sem entender o que estava acontecendo. O prédio, antigo, sem grandes estruturas de base, sofreu uma inclinação acentuada, porque esava perdendo o seu apoio de sustentação, que era o nivelamento de terras, que o mantinha em pé e em equilibrio.